Clubes de Fado da Vitória – Corrida Com História.

Em ritmo de carnaval produzimos, na manhã do domingo (08), mais um conteúdo dentro do quadro “Corrida Com História”. Admirada e muito querida pelos antonenses a Agremiação Carnavalesca “Clube de Fado Taboquinhas” se configura num verdadeiro patrimônio da nossa terra.

Única no estilo e gênero musical na atualidade, é importante lembrar que antes da “Taboquinhas” já tivemos 3 outras agremiações nessa “pagada”. Ou seja: “Cana Verde”, “Cana Roxa” e “Fadista”. A “Cana Verde” foi fundada no século XIX e desfilou até 1920. Criada por dissidentes da pioneira, a agremiação “Cana Roxa” seguiu desfilando até 1915.

Já  Agremiação Carnavalesca “Clube Camponeses Fadista” foi criada em 1903 e abrilhantou o nosso carnaval até 1923. Detalhe: se tivesse ativa estaria comemorando esse ano 120 anos de folia.

Nossa cidade, se bem observada e estudada, é uma espécie de “museu a céu aberto”. Particularmente no reinado de momo vitoriense  já dobramos à esquina dos 140 anos de festa. Eis aí, portando, mais uma informação curiosa sobre nossas origens,  revelada pelo original projeto “Corrida Com História”.

Veja o vídeo aqui: https://youtu.be/iOF4wx1UJ6s

Há 79 anos viramos Vitória de Santo Antão – Corrida Com História.

E na última atividade de física do ano (2022), juntamente com parte do grupo de corrida ao qual faço parte – Vapor da Vitória – resolvi produzir mais um “Corrida Com História”. Diferentemente do que muita gente imagina nosso lugar – próximo de completar 400 anos – nem sempre se chamou Vitória de Santo Antão. A partir de 1843 até o ano de 1943, ostentávamos,  por assim dizer,  o nome representativo de  “Cidade da Vitória”.

Por conta de uma determinação nacional,  cidades que possuíam  o mesmo o nome deveriam promover modificações, com prevalência para as mais antigas. Assim sendo, a capital do estado do Espirito Santo – Vitória –  permaneceu.

Após consultar popular, ocorrida durante o ano de 1943, o nome escolhido para representar o nosso lugar, a parti de 1º de janeiro de 1944, foi Vitória de Santo Antão. Ou seja: permanecia o vinculo com a “vitória” alcançada na épica Batalha das Tabocas acrescentando o “santo” que chegou com a nossa fundação, ocorrida em 1626.  Assim sendo, apenas há 79 anos somos Vitória de Santo Antão – Corrida Com História.

Veja o vídeo aqui: https://youtube.com/shorts/Rya8hhMcWs0?feature=share

Corrida Com História – o centenário da chegada da energia elétrica!

Vivenciou a então “Cidade da Vitória”, em 15 de novembro de 1922, um dia de muita euforia. A partir de então, o nosso lugar passava a contar com a tão sonhada energia elétrica. Um grande acontecimento que reuniu expressiva parcela da população para acompanhar,  por volta das 17:30h, o acionamento do sistema.

De partida a “luz” era fornecida até as 2h, com exceção nos dias festivos – carnaval, festas de final de ano e reis – que seguia até 4:30h. Dentre as 26 cláusulas do contrato de fornecimento, uma dava isenção de pagamento ao consumo do prédio da prefeitura, hospital, cadeia e uma escola.

Antes, porém, a iluminação na cidade  – residências, comércio e etc – era realizada através de candeeiro, velas e lampiões, tendo como combustível vários elementos: óleo de azeite, cera de sebo, querosene, álcool e etc.

Para efeito de reflexão –  por mais que possamos imaginar- o efeito da chegada da energia elétrica na nossa bucólica cidade do início do século XX  foram impactantes.  No universo de todas as relações sociais do nosso lugar houve uma verdadeira “revolução”, merecendo, por assim dizer, uma apreciação bem mais ampla. O projeto Corrida Com História, entre outras coisas, também cumpre com a função do chamado “despertar”.  Assim sendo, comemoremos o centenário da chegada da energia elétrica ao nosso lugar!

Veja o vídeo:

https://youtu.be/trf-xbYb1Bw

Capela de São Sebastião – 79 anos – Corrida Com História.

Inaugurado em 9 de maio de 1875, o nosso “campo santo”, até o início da administração do prefeito Coronel Sebastião Carneiro de Cunha (1937/1942) era chamado por “Cemitério Público”. Após algumas intervenções, no sentido do melhoramento da sua estrutura, recebeu o mesmo o nome de Cemitério de São Sebastião. Em ato contínuo, em 02 de novembro de 1943, inaugurou o prefeito José Aragão a capela no cemitério com o mesmo nome.

Lembremos, contudo, que “rezava” no seu primeiro estatuto que a referida capela – quando edificada – deveria ser dedicada à Nossa Senhora da Boa Morte. Inclusive, a base da mesma já havia sido começada ainda no século XIX.

Nesse contexto, de maneira bastante abreviada, no dia dedicado aos mortos (Finados), nos propomos a  contar  um pouco da história do Cemitério São Sebastião, através das lentes do nosso projeto histórico/esportivo que atende pelo simpático nome de “Corrida Com História”.

Vídeo aqui:

https://youtube.com/shorts/i_olgRlVRBw?feature=share

 

Corrida Com História – Cemitério dos Coléricos!!!

Catalogado como o pior acontecimento coletivo ocorrido em nossas terras, desde a  sua fundação, em 1626, a epidemia da cólera transformou a recém criada “Cidade da Vitória” num cenário de filme de terror. Entre janeiro e abril de 1856, parcela significativa da nossa população foi dizimada. Segundo relatos, houve dia em que 80 antonenses morreram.

Atolados no caos as autoridades provinciais e municipais, sem alternativas, foram obrigados a abrir valas para enterrar os mortos, que não paravam de crescer. Os registros históricos nos permitem dizer – com segurança – que o local escolhido foi onde hoje conhecemos como “Estrada Nova” e suas adjacências.

Passado o drama, autoridades religiosas cobravam que o “campo santo” – Cemitério dos Coléricos – fosse cercado, no sentido da preservação e respeito aos mortos e suas respectivas famílias, algo que não aconteceu.

Assim sendo, mais adiante, a estrada construída pela província, inicialmente, suplantou o espaço dedicado aos mortos e, posteriormente, ao longo das décadas, edificações comerciais foram formando “nova paisagem” no contexto do espaço. Eis aí, portanto, mais uma memória da nossa cidade,  resgata pelo nosso projeto “Corrida Com História”.

Veja o vídeo:

https://youtube.com/shorts/jQPQf6YDEtA?feature=share

Corrida Com História – 110 anos da Guarda Noturna.

Entre altos e baixos a chamada “Guarda Noturna”, no ano em curso (2022), completou 110 anos. Para as pessoas que nasceram e foram criadas no nosso torrão, e já dobraram a esquina das quatro décadas de idade, certamente trás nas prateleiras da memória aqueles longos e fortes apitos,  que varavam o silêncio da madrugada.

Pois bem, por justa e imperiosa necessidade, para o contexto da época, uma nova cadeia foi construída justamente no local em que atualmente  funcional a “Guarda Municipal” (atual Praça Luís Boaventura),  já que a antiga estava imprestável. Lembremos que a primeira cadeia pública funcionou  em um  prédio que foi  demolido e no mesmo lugar surgiu o Mercado de Farinha.

Por conta dessa transferência, ocorrida em 1910, os comerciantes do centro da cidade da Vitória se sentiram inseguros. Assim sendo, após algumas reuniões, resolveram criar a “Guarda Noturna” para prestar-lhes serviço de proteção, funcionando todos os dias, das 22h às 5h.

Ao longo de todo esse tempo – mais de um século – as relações sociais mudaram bastante. Mas, independente que qualquer coisa, ainda contamos  – atuando na cidade – com algumas instituições  e  profissionais dessa área em plena atividade. 110 anos da Guarda Noturna – Corrida Com História.

Veja o vídeo:

https://youtube.com/shorts/O81Ank_ZVF8?feature=share

“Corrida Com História” – João Cleofas de Oliveira – 35 anos do seu falecimento.

Nossa cidade, Vitória de Santo Antão, possui com a  figura singular do político antonense,  João Cleofas de Oliveira,  uma dívida de reconhecimento. “Doutor João”, como muitos lhe tratava, na qualidade de homem público, ao seu tempo, produziu uma espécie de “coluna vertebral da modernidade” para sua terra.

Na carreira política, ele foi quase tudo: vereador, prefeito, deputado estadual e federal, senador, secretário estadual, ministro, presidente do Congresso Nacional e candidato a governador de Pernambuco por três vezes.  Um político vitorioso, mas que ficou catalogado na literatura política estadual pelas campanhas não vencidas ao Palácio do Campo das Princesas.

No sentido da infraestrutura  local, encontraremos suas  digitais em praticamente tudo. Energia elétrica, água encanada, escolas e faculdades, hospital João Murilo e etc. Assim sendo, na passagem dos 35 anos do seu falecimento, ocorrido no sábado,  17 de setembro de 2022 (1987),  produzimos um vídeo, dentro do quadro “Corrida Com História” para relembrar a figura do inigualável político local, João Cleofas de Oliveira.  

Assista o vídeo:

https://youtu.be/lzYXmQ5RlSo

Corrida Com História: no “grito de independência”, como era o nosso lugar?

FOTO ILUSTRATIVA

FOTO ILUSTRATIVA

Por ocasião da passagem do feriado da independência – 7 de setembro -, que esse ano (2022) marcou o bicentenário do evento, farto material foi exibido nas mais diversas plataformas e canais de informações realçando os fatos e curiosidades do Brasil de “antigamente”.

Nesse contexto, do nosso jeito, valendo-se das poucas informações da época que foram  registradas,   “viajamos no tempo” para então recém-criada  Vila de Santo Antão (1812). No momento do “grito de independência”, proferido pelo então Príncipe Regente  Dom Pedro I, nosso lugar era uma comunidade rudimentar e basicamente agrícola.

Nossa população girava em torno de 18 mil habitantes, destes pouco mais de 4 mil nativos africanos vivendo no regime da escravidão. Um “lugarejo” de poucos prédios: não tínhamos cemitério, estação de trem ou mesmo o atual imponente templo da Matriz de Santo Antão.

A notícia do distanciamento administrativo de Portugal, na Vila de Santo Antão, não causou sobressaltos. Em outubro de 1822, nossos representantes legais, ao enviar mensagem para os deputados provincianos, entre outras coisas,  sugeriram  pela extinção de impostos, sobretudo o que incidia à carne verde e décimas de casas (atual IPTU). Para concluir mais uma edição do quadro Corrida Com História lembremos que muitas coisas mudaram, mas os impostos na direção da comunidade continuam elevados……

Veja o vídeo:

https://youtube.com/shorts/EP15cDylHHE?feature=share

CORRIDA COM HISTÓRIA – Praça Padre Félix Barreto – 72 anos.

Oriundo da cidade da Mata Sul, Palmares, trazido pelo pai, Major Austriclino Paes Barreto, com poucos meses de idade,  Padre Félix Barreto foi criado e educado na  Vitória do seu tempo. Faleceu no Recife em 1948.

Ordenado padre, atuou de maneira plural no engrandecimento da sociedade antonense. Em Recife, fundou um educandário  –  Ginásio do Recife – que, anos depois,  tornou-se referência à época. No campo politico, mais tarde,  na qualidade de deputado estadual, foi presidente da Assembleia Legislativa do estado e, nessa condição, assumiu, interinamente, o governo estadual por várias ocasiões.

Na qualidade de educador, juntamente com o Mestre Aragão, com visão de futuro, empreendeu no sentido da efetivação  do ensino secundário na nossa terra. É oportuno lembrar que até o ano de 1936 as crianças e adolescentes para continuarem  os estudos,  além do curso primário,  eram obrigados a se matricularem nos colégios da capital, algo, para época, restritos à pouquíssima famílias.

Com o seu falecimento, em reconhecimento ao seu trabalho na Vitória de Santo Antão, o governo municipal de então – em dia 03 de agosto de 1950 –  inaugurou a Praça Padre Félix Barreto. Para concluir, realcemos que o data magna da Batalha das Tabocas  (03 de agosto), ao longo dos anos, também foi “aproveitada” para marcar outros momentos importantes, ocorridos na nossa polis. CORRIDA COM HISTÓRIA.

ASSISTA O VÍDEO AQUI:

https://youtube.com/shorts/KFnp0DIJYlw?feature=share

Pedro Ferrer – 80 anos – Corrida Com História.

Completando no sábado – 16 de julho de 2022 – 80 anos redondos, o professor Pedro Ferrer foi objeto do nosso projeto esportivo/histórico/cultural  “Corrida Com História”, no qual realçamos datas emblemáticas vinculadas ao nosso torrão, Vitória de Santo Antão.

Filho de família que empreendeu em nossas terras  de maneira próspera, quando criança, o mesmo vivenciou uma cidade bucólica. Na adolescência, foi encaminhado à vida religiosa para ser padre. Com bagagem intelectual  bem alicerçada, o mesmo também avançou na vida acadêmica quando foi estudar na Europa. De volta ao Brasil Pedro virou professor da Universidade Federal. Biólogo de formação, ele  se revelou um historiador apaixonado pela sua terra. Recentemente lançou sua décima obra literária – o Livro Asas Para Vitória de Santo Antão. Opúsculo que conta a história da fundação do nosso Aero Clube. 

Presidente do Instituto Histórico e Geográfico da Vitória há mais de uma década, Pedro se configura numa das maiores expressões culturais vivas da terra de Maria do Carmo Tavares de Miranda. Assim sendo, no dia da passagem do seu aniversário, tomamos a liberdade de chama-lo de “Patrimônio Vivo da Vitória” – Corrida Com História.

Vídeo aqui:

https://youtube.com/shorts/rO1eZUCcM-4?feature=share

 

Corrida Com História – Hecatombe do Rosário – 142 anos.

Dentro do nosso Projeto “Corrida Com História” que, entre outros objetivos,   nos propomos a

compartilhar informações históricas sobre o nosso torrão, hoje, 27 de junho de 2022, alardeamos a passagem dos 142 anos do trágico acontecimento que ficou catalogado na história politica nacional como a “Hecatombe do Rosário”.

Por ocasião  da consolidada rivalidade nacional e alguns “fatos novos” entre as duas agremiações partidárias – Conservador  e Liberal  -,  na terra de Santo Antão,   o processo eleitoral fez a  “temperatura” política subir por aqui. Naquele tempo, a votação ocorria dentro das igrejas – vivíamos, ainda, no Brasil Império.

Funcionando como “Matriz”, por conta da construção da terceira igreja dedicada a Santo Antão (o prédio atual), a Igreja do Rosário, um dia antes da eleição,  testemunhou umas das cenas mais tristes da nossa história. Um embate político que deixou um saldo de 16 mortes e inúmeros feridos. Dentre os quais, quadros de alta patentes, socialmente e politicamente falando.

O tempo passou e a nossa cidade, no campo politico,  continua tendo disputas eleitorais acaloradas. Quais e quantas lições deveremos aprender,  com episódio como esse? Vale a pena refletir…..

Veja o Vídeo Aqui.

https://youtube.com/shorts/z55va64wBug?feature=share

 

Corrida Com História – 142 anos do jornal “O Lidador”.

Após participar da 17º edição da Corrida das Pontes, em Recife, domingo (12),  evento que deveria ter acontecido ainda em 2020 –  adiado por conta da pandemia –, resolvi gravar um vídeo para o nosso Projeto Cultural/Esportivo que atende pelo simpático nome de “Corrida Com História”.

No contexto, por se tratar da data de fundação do nosso mais importante veiculo de comunicação impresso – O Lidador –, relembrei que foi só  a partir da chegada do trem à Vitória (1886) que os antonenses de então puderam sair do “isolamento”, no que diz respeito às mais diversas informações, inclusive internacional,  através dos jornais impressos  da capital.

Voltando ao “Lidador”, fundado exatamente em 12 de junho de 1880, é considerado uma joia da imprensa matutina. Circulou – com alguns hiatos – por mais de 100 anos. Vale lembrar que todo esse acervo, uma espécie de “diário da nossa cidade”, repousa no nosso Instituto Histórico, mas já disponível para consultas na forma digital.

Viva O Lidador! Viva a Imprensa da Vitória e vida longa ao nosso Instituto Histórico……

Veja o vídeo.

https://youtube.com/shorts/cIFuCMI6vqE?feature=share

 

Corrida Com História – 179 anos da “Cidade da Vitória”.

Nesses quase 400 anos de história (1626/2026) nosso lugar já passou por várias categorias, por assim dizer: Aldeia de Braga, Povoado de Santo Antão da Mata, Freguesia de Santo Antão, Vila de Santo Antão, Cidade da Vitória e Vitória de Santo Antão.  Hoje, 06 de  maio de 2022, estamos celebrando os 179 anos na categoria de cidade.  Foi só a partir de 06 de maio de 1843 que alcançamos esse patamar, através da Lei 113 assinada pelo presidente da Província – o Barão da Boa Vista.

No quadro “Corrida Com História” de hoje, além de realçarmos o aniversário propriamente dito (179 anos), relembramos um dos maiores eventos cívicos já consignado  em nossas terras. O mesmo ocorreu  no inicio de maio  de  1943 (do dia 1º ao dia 06),  justamente para festejar o  primeiro centenário da  nossa elevação à categoria de cidade.

Governava a cidade, na qualidade de prefeito,  o professor  José Aragão. Profundo conhecedor da nossa história, o Mestre Aragão, como também era conhecido, de maneira antecipada, criou uma “comissão” para promover um conjunto de atividades para marcar o auspicioso acontecimento.

Além das inaugurações administrativas, de palestras e eventos cívicos e também  da construção de um monumento, em ato continuo,  realizou-se uma grande exposição no Pátio da Matriz, no sentido de agregar as “industrias nativas” e os seus respectivos  produtos. Lembremos que a energia elétrica havia “chegado” ao nosso lugar a pouco mais de duas décadas. Para concluir, poderíamos dizer que Vitória  – no dia 06 maio de 1943 – vivenciou o seu mais pujante e festivo aniversário de todos os tempos……..

Veja o vídeo…

https://youtube.com/shorts/L2hViGdJ35Q?feature=share

 

Corrida Com História: os 115 anos da chegada do carrossel ao “Largo da Estação”.

Desde a inicio da efetiva operação da “estrada de ferro”, em 1886, que o local,  que hoje exibe a Praça Leão Coroado (1917), ficou conhecido como “Largo da Estação”. Em função do trem, por motivos óbvios,  esse espaço ganhou fama e valor comercial, inclusive chegando abrigar vários hotéis simultaneamente.

Em 1907, num mês de abril, com entusiasmo, a imprensa escrita anunciava a grande novidade: um carrossel seria armado na cidade – no Largo da Estação – e estaria disponível para ser experimentado pelas famílias, diga-se: pai, mãe e filhos. Em ato contínuo, mais adiante, os parque de diversão, como ficou popularmente conhecido, tornaram-se a grande atração da parte profana das festas religiosas, nas terras antonenses.

Apesar de todas as tecnologias disponíveis, hoje, ainda observamos que os referidos “brinquedos” ainda se configuram em objeto de desejo da criançada. Assim sendo, no dia hoje, no nosso Projeto “Corrida Com História” realçamos os 115 anos da chegada do primeiro Parque de Diversão na nossa cidade, trazido por empreendedor e ator de outro município que se chama “Senhor Lira”. Veja o vídeo aqui.

https://youtube.com/shorts/by-f-nQweQ8?feature=share

Corrida Com História – 73 anos da oficialização do nosso aeroclube.

Outrora uma localidade  “distante” do centro da cidade, os bairros do Cajá e  Água Branca foram os escolhidos para sediar, por assim dizer, um dos sonhos mais ousados dos antonenses, isto é: no inicio da década de 1940 – quando o automóvel ainda era uma realidade para  pouquíssimos  moradores – efetivar um aeroclube na cidade.

Em livro produzido pelo eminente presidente do nosso Instituto Histórico  – que em breve será lançado -, professor Pedro Ferrer, o leitor, através de fotografias e um roteiro bem planejado,  cronologicamente falando, terá a oportunidade de entender um dos momentos mais ricos da nossa história, sob o ponto de vista da chegada do progresso em nossa cidade. Entusiasmos e união das classes produtivas e políticas, vale salientar.

Pois bem, foi a partir do jornalista José Miranda, através das páginas de um dos mais consagrados jornais do interior do Nordeste – O Lidador – que, em 1941,  jogou a semente em “terreno fértil”.  Logo, o aeroclube passou a ser sonhado por todos.

Depois de tantas ações e conquistas –  algumas com tragédias, inclusive –  finalmente, em 18 de abril de 1949, o Ministério da Aeronáutica autorizava, de maneira regular, o funcionamento do Aeroclube da Vitória de Santo Antão – Doutor Theodomiro Valois Côrreia. Hoje, 18 de abril de 2022, há exatos 73 anos, o fato foi  destaque do  nosso projeto  cultural/esportivo Corrida Com História.Veja o vídeo. 

https://youtube.com/shorts/mJtPxa8CHw4?feature=share

 

Corrida Com História – Casa dos Pobres – 87 anos.

Por incentivo do então Pároco da Matriz de Santo Antão, Padre Pita, em 1932,  foi criada uma sociedade com o nome de “União de Moços Católicos”. Coordenada pelo seu auxiliar, Padre João Rodrigues de Carvalho, a mesma teve na sua presidência o jovem advogado Mário de Farias Castro.

Talentoso e imbuído dos melhores sentimentos da caridade cristão, o doutor Mário Castro,  sonhou em construir um espaço para abrigar as pessoas  idosas sem recursos financeiros e também socorrer os indigentes e famintos. Foi desse empreendimento social que surgiu a “Casa dos Pobres”, há exatos 87 anos – 17 de fevereiro de 1935.

Após mobilizar a sociedade  antonense, no sentido de angariar recursos financeiros para adquirir o “Sítio das Pitombeiras” e construir o atual prédio da Casa dos Pobre, o doutor percebeu que para a obrar ter lastro financeiro, ou seja, não ser totalmente dependente de doações e recursos governamentais, normalmente incertos, concentrou esforços em novas campanhas financeiras, junto a comunidade, principalmente no âmbito dos católicos,  para construir casas nos restante do terreno para ser alugadas com renda dedicada à entidade.

O tempo passou e hoje, 87 anos depois, a “Casa dos Pobres” se materializa numa das obras sociais mais efetivas e vitoriosas da historia da nossa cidade. A mesma vem cumprindo o seu papel social se adaptando e renovando dento do seu propósito. Corrida Com História!

 

Corrida Com História – a história que fez surgir o “Leão” e o “Camelo” em nosso carnaval.

Muito antes do termo “frevo” ser registrado pela primeira vez – isso ocorreu na primeira década do século XX – os folguedos de momo na então “Cidade da Vitória” já se configuravam  como uma festa consolidada. Os jornais locais, lá por volta de 1880, já falavam de algumas agremiações com algum tipo de  organização.

Mais adiante três tipos de agremiações ganharam forma: fado, critica e manobra. Os de manobras, se bem observado, ganharam nomes de utensílios domésticos: chaleira, espanadores, vassouras,  abanadores e etc.  Apelidado como o “papa-clube”, por conseguir angariar a simpatia dos componentes das  outras agremiações, o “Abanadores” tornou-se o “mais forte”. Para rivalizar com ele, 1921, surgiu, com muita força,  o “Vassouras”.

Mas foi em 1925, após um ensaio de rua que o poeta Teopompo Moreira, simpatizante do “Abanadores” que, empolgado, disse que o seu clube iria “engolir todos”, ou seja: era um verdadeiro “Leão”. De maneira rápida, Como resposta, os integrantes do “Vassouras”, disseram representar a “resistência”. Como símbolo desse sentimento, elegeram o “Camelo”.

Eis aí, portanto, no dia que se comemora mais uma edição do “Dia do Frevo”09 de fevereiro –  a história que norteou  a nossa festa maior durante boa parte do século XX. Corrida Com História.

Corrida Com História – 117 anos do Anjo da Vitória – 1905/2022.

Corria o ano de 1902 quando, por iniciativa do Bispo Diocesano Dom Luis Raimundo da Silva Brito, em ambiente festivo, conclamou a comunidade antonense a marcar com um monumento à batalha vencida contra os holandeses no nosso Monte das Tabocas.

Ideia aceita, comissão formada para efetivar a empreitada cívica,  logo surgiu a primeira divergência. O Bispo queria erguer o tal  monumento no sítio histórico (Monte das Tabocas), já o povo gostaria que o mesmo fosse edificado na cidade. Venceu o desejo dos nativos.

Assim sendo, depois de dois anos e meio de lenga-lenga, em 21 de dezembro 1904 a  pedra fundamental foi  posta e, com pouco mais de trinta dias, justamente em 27 de janeiro de 1905, com a presença do Bispo Luis de Brito,  todos se reuniram para festejar a inauguração do mesmo.

Não sem sentido, o dia 27 de janeiro foi o escolhido. Essa data realça, justamente,  o ponto alto da chamada “Restauração Pernambucana” fato que culminou com à expulsão dos holandeses do nosso território, em 1654. Evento esse (restauração)  que teve como ponto de partida a épica batalha travada e vencida, em 1645, no nosso Monte das Tabocas. Por ocasião das comemorações do centenário do referido monumento, ocorrido em 2005, juntamente com o meu pai, Zito Mariano, estive presente. 

Entre tantas outras histórias, envolvendo esse monumento, uma versão popular que ganhou força nas primeiras décadas do século XX dava conta de que “no dia em que aquele anjo tocasse sua trombeta, o mundo se acabaria”.  Para as crianças da época, essa possibilidade se configurava em verdade insofismável. Comemoremos, então, hoje, 27 de janeiro de 2022 o aniversário de 117 anos desse importante monumento da nossa cidade, antes que ele possa tocar sua trombeta.  Corrida Com História.

 

Corrida Com História – Ajuste Histórico – data da fundação do nosso lugar.

Com base na historiografia local as autoridades da época, em  26 de agosto de 2002, através da Lei 2.942, decidiu  oficializar o ano de fundação do nosso lugar em 1626. Já o dia 17 de janeiro, como dia oficial,  deu-se por  “um acordo”, já que não existe fontes  documentais lastreando tal decisão.

Pois bem, a mais nova postagem do  nosso Projeto Corrida Com História alerta  à necessidade de, enquanto cidade, promovermos um “ajuste” no contexto do registro histórico nas festividades do nosso Padroeiro (Santo Antão),  algo relativamente comum nesse tipo de literatura cientifica/acadêmica.

Nossa cidade, no ano de 2026, chegará aos seus 400 anos de história formal,  algo  muito relevante se considerarmos que o nosso Brasil foi “descoberto” em 1500, ou seja: possui apenas 512 anos.

Pois bem. Se nesse ano de 2022 a Festa do Glorioso Santo Antão chegou para edição de  número 397ª, na sequência, em 2025, chegará para edição de de número 400 antes mesmo da fundação do nosso lugar, algo, convenhamos,  que não encontra  amparo num contexto histórico  seguramente consistente.

Em breve,  por necessidade, as autoridades eclesiásticas, políticas e culturais da nossa cidade serão obrigadas a se debruçarem  sobre essa questão, no sentido da melhor solução para esse descompasso históricoCorrida Com História.

“Corrida Com História” – Estação Ferroviária – 136 anos.

A inauguração do trecho da “estrada de ferro” (como assim foi chamada) que conectou nossa cidade ao Recife, ainda na segunda metade do século XIX (1886), indiscutivelmente, configurou-se em um dos eventos mais transformadores dos quase 4 séculos de história do nosso lugar.  O trem, naquele recorte temporal, era uma espécie de simbologia do próprio  progresso.

Mais que as festividades do evento inaugural o referido empreendimento público produziu na sociedade antonense e para toda região,  de então, e  também às gerações vindoura do século XX, um conjunto de mudanças  e avanços nunca antes visto. No comércio, por exemplo, com a facilitação do deslocamento de pessoas e mercadorias, em poucas décadas,  nosso lugar experimentou um surto crescimento  e desenvolvimento econômico  vertiginoso.

Ao longo dos anos “o trem” na nossa cidade cumpriu o seu imprescindível papel. Mas devido à política nacional equivocada de priorização do sistema de transporte rodoviário em detrimento ao eficiente e barato transporte ferroviário o mesmo  caiu em decadência e desgraça. Para piorar nossa situação, político locais, em comum acordo, em duas décadas,  cuidaram  de destruir a malha ferroviária que cruzava a cidade, dificultando assim qualquer possibilidade de reabilitação da mesma.

No seu centenário, em 1986, segundo o amigo Antonio Freitas, diretor da Agremiação Carnavalesca “ O Coelho”, a referida troça, em seu carro alegórico,  produziu uma bonita homenagem a esse importante e transformador equipamento publico. Assim sendo, nesse contexto, no nosso projeto cultural e esportivo que se chama “CORRIDA COM HISTÓRIA”, registramos  a passagem dos 136 anos da sua inauguração, ocorrida  exatamente em 09 de janeiro de 1886.