Zé Amaro e o desenraizamento das palavras – por Marcus Prado.

“O homem se comporta como se ele fosse criador e senhor da linguagem, ao passo que ela permanece sendo a senhora do homem”. (Martin Heiddeger).

Numa viagem de trabalho, entre o Recife e Porto Alegre, eu e o saudoso economista pernambucano Zé Amaro Moreira, incógnito, imprevisível, excêntrico, trocávamos ideias no avião sobre um assunto que fazia parte de sua vida: a paixão pelo América Futebol Público, o time que mexia com as emoções do poeta João Cabral de Mello Neto. “Tudo agora é clássico: essa palavra (disse-me ele) tornou-se vulgar, até no futebol”.

Nesta hora, quando ouço a voz do locutor dar notícia de “superclássico” de uma partida de futebol pernambucano, dou razão ao amigo Zé Amaro, recentemente falecido. De que forma vão nominar essa palavra no futuro? Sabe-se que a derivação das palavras, sua pluralidade semântica, o dizer sinonimicamente que se desenovelam, com o seu desenraizamento (questão comum dentro do campo ampliado da cultura), não é um conjunto fechado.

Clássico: essa palavra agora se metamorfoseia, torna-se mundivagante, que significa “vagar” no sentido de “andar sem rumo”.

Um dos objetivos da lógica de Aristóteles era identificar vícios e erros de linguagem e construir argumentos não contraditórios. Diga-se que a geração que está nos sucedendo tenha paixão pelos novos “clássicos”, mas que não perca a luminosa brecha de se voltar para os clássicos do seu idioma, de todas as épocas, de todas as artes e saberes, pois seus sentidos e interpretações tendem ao infinito.

O jornal Valor Econômico acaba de publicar uma reportagem sobre o impacto positivo de um clube de leitura em três grandes indústrias de São Paulo.

Hoje, não falarei dos clássicos da literatura, aqueles já consagrados. Com a morte, eles mataram a morte. Eu tenho os meus, esquecidos. A minha escolha para os pernambucanos não implica em desmerecimento dos que ganharam valor, prestigio e influência de outras gerações. Numa cidade de memória curta, não custa lembra-los.

São eles, de valor incontornável: Pedro Xisto, natural de Limoeiro, desconhecido por completo no Recife. Poeta visual, trabalhou como adido cultural em vários países. Tornou-se um dos mais famosos integrantes do Grupo Concretista (São Paulo), escolhi o “Logogramas” (1966); Janice Japiassú: Canto Amargo (1970). Nesse livro, o leitor sente no ar o soprar dos ventos do sertão. “A viola do diabo”, peça teatral de Ladjane Bandeira, encenada no Recife há 60 anos (1964), publicada em livro no mesmo ano nunca mais foi lembrada. É uma comédia reunindo drama, tragédia, tradição e realismo. “A cidade submersa e outros poemas”, de Edmir Domingues (1972), uma das obras de superlativa beleza estética. Carlos Moreira, “O Município” (Poemas); Jorge Wanderley: Antologia Poética (1999). Tomás Seixas: A casa dos sonâmbulos (1990), misto de romance, biografia e crítica de livros e arte. Interior da matéria, poemas, de Joaquim Cardozo, um livro em cuja edição princeps o poeta dividiu a autoria da obra com Roberto Burle Marx (1975). “Os Anjos e os demônios”, de Joaquim Cardozo e Fayga Ostrower. Edição de arte, belíssima. Tiragem de apenas 300 exemplares.

Marcus Prado – jornalista

a vida acontecendo…….

Tempos atrás, aqui no blog, postei algumas linhas para marcar uma ninhada de pássaros no meu quintal. De lá para cá, já perdi a conta das tantas outras vezes que o mesmo evento ocorreu.  Inclusive, um ninho com gestação completa –  em pleno terraço.

 

Sempre que tenho a oportunidade, registro à saída e o retorno de um dos  grupos que pernoitam no meu pé de caju. Sempre no mesmo horário. Com modificações em função das estações do ano.

Sem qualquer  tipo de interferência direta, acompanho as movimentações no referido pé de caju: trânsito de formigas, esconderijo de besouros, circulação de lagartixas e todo tipo de diálogo de pássaros….

As vezes fico pensando: se em apenas uma “árvore urbana” acontece tudo isso e muito mais,  o que dizer dos transtornos causados à vida animal quando se derruba ou se queima uma floresta….?

Eleições 2024: clima de paz…..

Historicamente as disputas políticas em nosso lugar sempre foram “quentes”. Entre tantos acontecimentos marcantes,  ao longo da nossa rica história, poderíamos sublinhar dois, ambos, ocorridos no século XIX.

Por ocasião da nossa elevação à categoria de “vila”, ocorrida em 1812, grandes transformações se fez necessário no contexto político/administrativo local. Inclusive, é nesse recorte temporal que surge a Câmara de Vereadores. Com efeito, doravante, foram os atores políticos locais que passaram a ter maior protagonismo sobre o destino da comunidade, ensejando, então conflitos de toda ordem. Até um magistrado foi assassinado em uma emboscada, por conta de novos regramentos políticos administrativos.

Ainda no mesmo século (XIX), exatamente em 27 de junho de 1880, já na categoria cidade (1843), o “mundo politico” local protagonizou uma disputa sangrenta que ficou catalogada na história pernambucana como a “Hecatombe do Rosário”. Vale salientar que o derramamento de sangue e morte de vários atores políticos de destaque, ocorreu justamente na Igreja do Rosário, localizada no Pátio da Matriz. Durante o  século XX e até no raiar do século XXI,   mortes também foram registradas em comícios e eventos políticos.

Mas convenhamos  que na última década o clima belicoso entre políticos e eleitores deu uma diminuída. Melhor assim……

Nesse sentido, registremos, também, um trabalho preventivo da Justiça Eleitoral para proibir excessos e outras transgressões cometidas pelos candidatos e pessoas mais próximas. O fechamento de algumas ruas, por exemplo, realizado há várias eleições pelas autoridades,  em nossa cidade, me parece ser uma medida acertada.

Para concluir, imagino que a internet,  aos poucos,  vem, também,  proporcionando um ambiente “menos de rua”, por assim dizer. Já com relação à chamada captação de sufrágios, na noite anterior ao pleito, me parece continuar a todo vapor…….

 

 

ELEIÇÃO DE MAYCO EM SOLIDÃO – por Sosígenes Bittencourt.

Em Solidão, no Sertão Pernambucano, o único e solitário candidato a prefeito foi, obviamente, eleito. Contudo, Mayco da Farmácia não esteve tão solitário, posto que contou com o apoio do então prefeito Djalma da Padaria e de Antônio do Bujão, cheio de gás e oração. Portanto, o escolhido, filho de Afogados da Ingazeira, Mayco da Farmácia, ganhar eleição, livre de toda conturbação e tédio, era um caso sem remédio.

Sosígenes Bittencourt

 

Fundo partidário: falta racionalidade e sobram manobras……

DIA DA ELEIÇÃO – FAINTVISA – BAIRRO DO CAJÁ

Por mais que alguns gatos pingados contestem o sistema de financiamento público das campanhas políticas no Brasil, o mesmo, se analisado com certa profundidade e com visão de futuro, se configura numa ferramenta importante para o aperfeiçoamento do  processo democrático.

Falar mal do financiamento público de campanha revela-se num desconhecimento às  várias etapas de um  processo político. Mas devemos respeitar  a opinião dos que acham que as campanhas políticas deveriam ser tocadas apenas com o dinheiro privado.

Mas devemos reconhecer, também, que pelo fato do dinheiro ser público não podemos “zombar” e “abusar” dele. Sabemos, inclusive, que a corrupção é uma chaga em nossa sociedade e que devemos, sempre que possível, combate-la como elemento normatizado em todo e qualquer processo da vida comum.

DIA DA ELEIÇÃO – FAINTIVISA – BAIRRO DO CAJÁ

Apenas para ficar no contexto do financiamento público de campanha, recentemente,  tomei conhecimento que um determinado candidato ao cargo de  vereador da nossa cidade – considerado pelos analistas como “baixíssimo claro” –  recebeu do partido cerca de 300 mil panfletos  – entre santinhos, outros e até  adesivos colantes.

O curioso dessa operação é que o referido  candidato não recebeu, no curso da campanha, nem um centavo (conta oficial) para  cobrir outras despesas e até contratação de militância para distribuir,  respeitosamente,  o respectivo material recebido.

Resumo da ópera: sem lógica à quantidade de material que ele recebeu. Sem lógica não haver recebido nem um centavo na sua contar oficial,  para tocar, minimamente, a sua  campanha.

Sem querer aprofundar na questão, possivelmente, o dinheiro do partido foi, corretamente,  prestado conta,  com as devidas notas ficais,  na gráfica,  escolhida pela direção partidária. Continuo dizendo: política não é coisa para amadores……

Paulo Roberto e Edmo Neves: VITÓRIA GIGANTE!!!

O atual prefeito da Vitória de Santo Antão, Paulo Roberto, ratificou, ontem (06), nas urnas, os números elásticos anunciados pelas pesquisas eleitorais divulgadas,  nas mais variadas plataformas de comunicação.

Fora dos padrões eleitorais locais, com disputas quase sempre bem apertadas, no pleito municipal de 2024, a chapa (Paulo/Edmo) atingiu a gigante marca de 64.589  votos (77,38%). Superando em 50.654 votos o segundo lugar. No conjunto, 16, dos 19 assentos da Câmara foram preenchidos por parlamentares da sua base política. Isso não é pouco.

Indiscutivelmente, Paulo Roberto, obteve, num só tempo,  uma vitória política e eleitoral agigantada! Números que romperam com  marcas de campanhas  históricas na nossa cidade.

Para procurar entender tal fenômeno, no meu modesto entendimento,  faz-se necessário conjugarmos elementos e variáveis nos três tempos: passado, presente e futuro.

Eleito prefeito da Vitória em 2016 com 30.935 votos (40.50%), numa disputa com o próprio Paulo Roberto, o grupo liderado pelo então deputado Aglailson Junior,  na eleição municipal  seguinte,  2020, recebeu da população menos voto de que quando estava fora do comando da prefeitura. Ou seja: 26.532 votos (36.16%). 

Foi o primeiro prefeito da Vitória de Santo Antão  a tentar uma reeleição e não conseguir.

Ou seja: em 4 anos,  a gestão comandada por Aglailson Junior não conseguiu estabelecer com a população uma sinergia positiva. Perdeu para ela mesma, com baixos índices de acertos em quase todas as áreas, sobretudo no quadrante da comunicação.   

O eleitorado antonense, naquela ocasião, ávido por mudança,  até como forma de protesto, em pleno “baixo astral” do momento pandêmico,   “jogou” as fichas no então oposicionista Paulo Roberto que,  com faro político, encaixou um discurso de “prosperidades em 360º”,  bradando, entre outras coisas: “Vitória  Merece Respeito”.

Em ato contínuo, para 2021, primeiro ano de governo, a gestão entregou “tudo” que a população desejava naquele momento, ou seja: vacina no braço e a certeza de que a vida iria melhorar. Lembremos: Paulo foi o prefeito que viabilizou  a vacina da covid. 

No tempo presente – desenvolver da gestão –,  Paulo “catucou” nos quatro cantos da cidade. Mesmo sem cumprir suas principais promessas de campanha (2020), sua gestão foi percebida como positiva  e inovadora pela população.

Com sensibilidade aguçada, embelezou a cidade e avançou na questão da mobilidade urbana. No quesito comunicação, principal ponto negativo da gestão que lhe antecedeu, Paulo multiplicou o investimento na área para dá visibilidade as obras da gestão e os efeitos dos eventos locais, promovidos pela municipalidade,  ganhando, definitivamente,  o debate  e à narrativa de que “cidade não poderia caminhar para trás”.

No campo político, Paulo “espremeu” a máquina o quanto pode para neutralizar as ações dos  discordantes e, ao mesmo tempo, “abrigar” antigos adversários e ampliar o seu “exército”, no sentido de “engrossar” o seu cordão azul,  para  ser reeleito de maneira a não “tomar conhecimento” dos seus dois  oponentes.

Para o tempo futuro, por assim dizer,  Paulo segue com o desafio de equacionar questões inerentes a um governo de continuidade. Não é raro gestores  serem reeleitos (bem) e amargarem  baixos índices de popularidades ao “final dos tempos”. Isso é quase uma regra. Aquilo que os estudiosos da área chamam de “fadiga de material”. 

Motivos não lhes faltarão para absorver futuras antipatias: desligamentos  de pessoal para ajustar o quadro da máquina pública, desaceleração no ritmo das obras, acomodação da equipe e à abertura da “caixa de ferramenta” das maldades, operação  que sempre aparece, num segundo mandato,  por conta das rugas da campanha – traições e acordos não cumpridos.

Ainda para o tempo futuro, a “normalidade administrativa” ainda terá que passar pela turbulência eleitoral de 2026. Mesmo com sua absoluta e elástica vitória nas urnas, alguns dos atores políticos do grupo deverão tomar  destinos  eleitorais próprios, até por uma questão de sobrevivência e valorização do passe político.

Portanto, para encerrar essas linhas, em que conjugamos simples observações no campo  político/administrativo/eleitoral,  reunindo os três tempos  – passado, presente e futuro –,  podemos dizer que a caneta do  prefeito Paulo Roberto está mais cheia que nunca. Resta-nos saber qual vai ser a verdadeira mudança, até porque  “Vitória, Cuidar com Amor é a Diferença”.

Parabéns ao prefeito Paulo Roberto e ao vice-prefeito Edmo Neves,  pela gigante Vitória em 06 de outubro de 2024. 

Eleições municipais – por @historia_em_retalhos.

Em 1988, o Recife vivenciava, uma vez mais, o calor de uma disputa municipal.

De um lado, estava Joaquim Francisco, candidato favorito, que já havia sido prefeito da cidade (biônico), nomeado pelo governador Roberto Magalhães.

Joaquim fazia uma campanha forte, embalada pelo jingle “Voltei Recife”, inspirado no frevo clássico de Luiz Bandeira (1958).

Do outro lado, estava Marcus Cunha, velho aliado do prefeito Jarbas Vasconcelos, e que tinha como companheira de chapa a combativa Cristina Tavares.

O PT lançou Humberto Costa e o PDT foi de João Coelho, pai do atual candidato Daniel Coelho.

Pois bem.

Naquele momento, Pernambuco era governado pela segunda vez por Miguel Arraes e o seu apoio e peso político seriam decisivos para o sucesso do bloco de esquerda.

Ocorre que Arraes trazia consigo uma rusga do passado.

Em 1982, já de volta do exílio, esperava ser o indicado pela oposição para disputar o Governo do Estado, o que não aconteceu.

Jarbas (e a maioria) preferiu Marcos Freire.

Arraes não esqueceu.

Tanto na eleição municipal de 1988, quanto na disputa de 1990, quando o próprio Jarbas disputou o Governo do Estado e perdeu para Joaquim, Arraes não se empenhou nas campanhas: fazia corpo mole, sumia dos comícios e quase não ia às ruas, dando o chamado “apoio da boca pra fora”.

Era pública e notória a sua falta de engajamento.

Como resultado, Joaquim Francisco sagrou-se vitorioso em ambas as eleições, fato que redundou, quatro anos mais tarde, no rompimento definitivo de Jarbas e Arraes, em 1992, quando este último lançou o seu neto Eduardo Campos, ainda com apenas 27 anos, na disputa pelo Palácio do Capibaribe.

Em meio ao calor da campanha de 1988, o jornalista Magno Martins abordou Arraes em Brasília e indagou-lhe sobre a falta de empolgação com a campanha de Marcus Cunha.

Arraes, então, soltou a seguinte resposta:

“Meu filho, eu já me candidatei a tanta coisa em Pernambuco e nunca me empolguei com as minhas candidaturas, imagine com a dos outros”.

E saiu gargalhando pelo Salão Verde da Câmara…

Pérolas das eleições municipais.
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Eleições 2024 – Internet – valores impulsionados pelos candidatos a prefeito…..

Com a internet ganhando cada vez mais protagonismo nas disputas eleitorais, tanto nas capitais como nas cidades do interior, um conjunto de novos profissionais vem se destacando e ganhando cada vez mais espaço no mercado de trabalho político. Trata-se da turma jovem, especializada no mercado das mais diversas vendas e publicidades nas redes.

Nesse contexto, após uma rápida navegada,  apenas, nas  prestações de conta dos três candidatos majoritários da nossa cidade podemos constatar um volume de recursos expressivo,  naquilo que conhecemos como “impulsionamento de postagem”. Nesse quesito, o candidato André Carvalho foi o que mais investiu: Veja os valores:

André Carvalho – R$ 30.000,00

Paulo Roberto – R$ 22.35200

Victor – R$5.000.00

Na medida do possível, estaremos atentos às respectivas prestações de contas do conjunto de candidaturas da nossa cidade.

Eleições 2024 – Live Política – jornada concluída!

Ao término da Live Política realizada ontem, quinta-feira (03), fechamos o ciclo de entrevistas atinentes ao pleito municipal de 2024. Vale lembrar que convidamos os três candidatos  ao cargo de prefeito da Vitória e postulantes à Casa Diogo de Braga dos mais variados campos políticos ideológicos e partidários.

Registremos, contudo, que alguns candidatos e candidatas, em função do convite formalizado,  nem resposta me enviaram. Outros até agradeceram, mas “inventaram” uma desculpa qualquer para não participar. Faz parte do jogo. Contudo, quero acreditar que, para a história da cidade,  o saldo final tenha sido positivo. Construímos um bom material para “engordar” o já rico acervo local.

Vale lembrar que somos uma cidade de médio porte e rica em vários aspectos,  mas pobre – muito pobre – quando o assunto  é veículos de comunicação comprometidos com a informação política democraticamente produzida.

Portando, termino essa jornada já com os olhos voltados para o próximo pleito, no sentido da contribuição ao processo para escolha dos nossos legítimos representantes aos cargos estaduais e federais.

Em ato contínuo, aproveito para agradecer a todos os internautas que nos acessaram, acompanharam e  comentaram, assim como  para os que,  também,  nos abordaram nas ruas  parabenizando  pelo trabalho realizado. Vamos em frente…

Eleições municipais: silenciar é o mais prudente…

Na campanha eleitoral presidencial, imediatamente anterior (2022), vivenciamos um debate excessivamente tóxico. Tanto por parte dos postulantes quanto nos mais diversos espaços de convivência social. Aparentemente, todos tinham opiniões formadas  e certezas  absolutas  do que verbalizavam.

Com efeito, se prospector, naquela ocasião,  que os dois maiores  lideres políticos do País  iriam continuar sendo o centro do debate político,  no pleito municipal que se avizinhava.

O pleito chegou  (2024) e com ele uma constatação: Lula e Bolsonaro não estão, através dos seus respectivos apoios, fazendo a diferença eleitoral que, antes,  se imaginava.

O curioso é que os temas que eram  “tão importantes” em 2022, agora, os eleitores, aparentemente, nem lembram mais. Agremiações partidárias, antes antagonistas, agora, nos pleitos municipais,  desfilam a bordo das mesmas coligações e comungam dos mesmos objetivos. Detalhe: vestidos nas mesmas cores….

Já os eleitores, ativistas convictos nos grupos de WhatsApp,  que antes vociferavam, com eloquência, palavras de ordem  para salvar a nação das garras dos “comunistas e genocidas”, agora, nas eleições municipais, aparentemente, foram incorporados ao sistema municipal  de plantão em que, ao que tudo indica,  opinar poderá ser fatal. Isto é: silenciar é o mais prudente.

Lembremos que a vida acontece na nossa rua, no nosso bairro e em nossa  cidade. Mas o Brasil continua precisando de todos nós….

POLÍTICA NÃO É COISA PARA AMADORES….

 

 

 

Sucessão municipal bem peculiar – por @historia_em_retalhos.

Em 2012, há 12 anos, o Recife viveu uma sucessão municipal bem peculiar.

O PT governava a cidade há 12 anos.

O então prefeito João da Costa, afilhado político do ex-prefeito João Paulo, buscava a sua recondução no cargo.

Ocorre que o partido entrou na corrida eleitoral rachado, o que ensejou a realização de prévias internas.

Nas prévias, no dia 20 de maio, o prefeito João da Costa venceu o outro postulante, o então deputado federal Maurício Rands.

Todavia, a Executiva Nacional não reconheceu a lista dos filiados aptos a votar e anulou o resultado das prévias.

Um novo pleito foi marcado para o dia 3 de junho, mas Rands anunciou a desistência da sua candidatura, abrindo espaço para o senador Humberto Costa, tendo João Paulo, agora desafeto de João da Costa, como vice.

O desgaste foi tanto que Rands, um quadro importante da agremiação, acusou o PT de autoritarismo, deixou a legenda e anunciou a saída da vida pública.

Correndo por fora, o PSB apenas observava.

Acompanhando toda a confusão e com imenso faro político, o então governador Eduardo Campos enxergou que era o momento de romper com o PT e lançar candidatura própria.

Lançou, então, o seu secretário de planejamento Geraldo Júlio, que era, até então, um desconhecido.

Com o slogan “foi Geraldo que fez” e impulsionado pela popularidade do governador, no mês seguinte, Geraldo já estava tecnicamente empatado com Humberto e disparou na liderança nas pesquisas posteriores, vencendo a eleição no primeiro turno.

Um detalhe: Humberto tinha o apoio da presidente Dilma, mas não contou com a presença do maior nome do PT, o ex-presidente Lula, que não visitou o Recife durante a campanha, amargando o 3.° lugar (atrás do tucano Daniel Coelho).

Esta eleição entrou para a história por consolidar a hegemonia de Eduardo Campos em PE, pondo fim a 12 anos de administração do PT na capital.

Eduardo tinha como projeto político disputar a Presidência em 2014, mas foi tragicamente impedido em razão do acidente aéreo que o vitimou.

Hoje, é o PSB que governa o Recife há os mesmos 12 anos, podendo chegar a 16 anos, caso o atual prefeito João Campos seja reeleito no próximo domingo.
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Atos políticos em Vitória: um shopping de irregularidades!!!

Estamos percorrendo os últimos dias da campanha eleitoral em nossa cidade. Desde o período dedicado às chamadas convenções partidárias – em  que acompanhei presencialmente as três majoritárias  – estamos atentos aos mais diversos lances.

Por opção, não compareci a nenhum ato de rua. Nem para prefeito, nem para vereador. Mas estou observando, através das mídias digitais, os movimentos dos postulantes, dos mais diversos partidos.

Recentemente, tomamos conhecimento de dois incidentes graves, envolvendo sinistro de trânsito, nas últimas duas grandes  “caminhada/carreata”,  ocorridas em nossa cidade.

Também pelas redes sócias escutei, atentamente, o posicionamento do renomado professor Rômulo Tadeu atinente aos “abusos e excessos”, em várias cidades,  praticados pelos “simpatizantes/integrantes/contratados”, articulados  pelos senhores candidatos e coordenadores de campanha,  para “abrilhantar” os respectivos atos políticos. Veja o vídeo.

 

Apenas a título de reflexão, não podemos imaginar que  um determinado sujeito/candidato,  que se propõe a gerir uma cidade e/ou  legislar num parlamento,  sejam os mesmos que, em campanha, “fechem os olhos” para os  promotores de infrações das mais diversas tipificações.

São por essas e outras que, infelizmente, continuamos pedindo ao nosso Padroeiro, Santo Antão, que interceda por nós. Fica difícil de acreditar que os nossos candidatos estejam realmente preocupados com o melhoramento, de maneira geral,  do nível educacional da nossa gente, sobretudo com as próximas gerações de eleitores. Falar é fôlego…..

Boa iniciativa: Torneio de Xadrez em Vitória….

Promovido pelo Clube Vitoriense de Xadrez, aconteceu na tarde do  domingo (28), nas dependências do Teatro Silogeu José Aragão (Matriz), um torneio que reuniu um bom número de participantes.

Em ambiente de muita concentração e silêncio, nossas lentes registraram alguns “lances”. Parabéns ao professor Me. Wlisses Guimarães Souza, pela iniciativa. 

O 10º Encontro das Amigas da Vitória foi um sucesso!!!

Aconteceu no sábado (28), no Restaurante Gamela de Ouro, mais um evento (10º) que tem como título “Encontro das Amigas da Vitória”. Idealizado, lá atrás, por Graça Arruda que,  após décadas morando fora do País, nutria o desejo  de reencontrar as amigas da juventude o mesmo tornou-se um tradicional “ponto de encontro” de gerações de antonenses.

Após várias coordenações, em 2024, o evento aconteceu sob a batuta da festeira Flávia Verçosa. Seguindo o mesmo formato, com almoço, conjunto musical e orquestra de frevo o mesmo agradou a “gregos e troianos”

Para marcar a décima edição, a participante Jane Valentim confeccionou e ofertou um estandarte,  no sentido de  realçar ainda mais  o sentimento do encontro.

Ao final, a amiga Flávia Verçosa, usou o microfone para agradecer o apoio dos patrocinadores e, principalmente, a presença de todos. Veja os vídeos:

Festividade anual dedicada ao folclore nacional – por @historia_em_retalhos.

28 de agosto de 1998.

Era mais uma noite de festa no tradicional Colégio Marista São Luís, zona norte do Recife.

Como de costume, a escola realizava uma festividade anual dedicada ao folclore nacional, na qual os alunos eram estimulados a se organizarem para apresentar no ginásio manifestações ligadas à cultura popular.

Quadra lotada: corpo docente, discente, funcionários, pais, responsáveis e demais familiares.

Sob a condução do professor Edvard Bernardo, tudo caminhava para mais uma noite de brilho e interação entre os estudantes.

Quando do aproximar-se das 19h, porém, uma notícia trágica irrompe no pátio da escola.

O aluno do terceiro ano Gustavo Freitas Galvão de Albuquerque havia falecido.

Por razões até hoje desconhecidas, Guguinha, como era conhecido, decidira pôr fim à própria vida.

Ninguém estava preparado para o impacto chocante daquela notícia e o clima de consternação foi geral: o que o levaria a tal medida?

Muito querido, irreverente, talentoso para a música e com um fino senso de humor, Guguinha não apresentava nenhum sinal aparente de que algo internamente o afligia.

Àquela altura, nem parentes, nem amigos, imaginavam que ele carregava consigo aquela intenção.

Imediatamente, a direção da escola determinou a suspensão da festividade.

Em noite muito inspirada, o professor de matemática Fábio Rabêlo chamou para si a responsabilidade, parecendo estar predestinado para aquele momento. Apanhou o microfone e acalmou os alunos concluintes na quadra auxiliar ao ginásio principal.

Guguinha encerrou a sua breve jornada quando acabara de completar 17 anos.

Partira cedo, em uma vida efêmera, mas muito intensa.

Para todos os presentes naquele 28 de agosto, uma coisa é certa: quem viveu aquela noite jamais a esqueceu.

A turma concluinte de 1998 do Colégio São Luís, da qual este subscritor fez parte, ganhou o nome “Turma Guguinha”.

Agradeço aos amigos @tarcisiodcamara e @ctjc_3 (Cássio) pela troca generosa de recordações e pela cessão das fotografias.

À memória de Guguinha e a todos aqueles que com ele conviveram, eu dedico este retalho de hoje.

#seprecisarpeçaajuda🎗️ #setembroamarelo💛
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NOTA – Victor – candidato a prefeito da Vitória.

Victor apresenta propostas inovadoras para Vitória de Santo Antão

O deputado estadual Victor (PSB), candidato à Prefeitura da Vitória de Santo Antão, tem apresentado propostas inovadoras e estruturantes no seu programa de Governo. Destaques para a construção do Hospital Municipal da Vitória, criação da Clínica para crianças com Transtorno do Espectro Autista, abertura de mil novas vagas em creches e construção do novo estádio do Carneirão.

Victor era um dos convidados para as sabatinas promovidas pelo Blog, mas por conta de compromissos assumidos anteriormente não pode participar. “Não pude estar presente para apresentar minhas propostas e discutir o futuro da cidade, por conta de agendas políticos na cidade e na Assembleia, mas me coloco à disposição para outras datas”, disse Victor.

Uma das propostas mais importantes é a que destina que 50% dos cargos de liderança sejam ocupados pelas mulheres. “Temos esse compromisso com as mulheres para que eles ocupem lugar de destaque no nosso governo a partir de 2025”, afirmou.

ASSESSORIA.