Vida Passada… – Marciano da Rocha – por Célio Meira.
A vila de Sirinhaém, que nasceu nos primeiros anos do século XVII, sob a proteção de São Roque, o amigo dos cães, crescendo e progredindo, mais tarde, sob as graças divinas de Nossa Senhora da Conceição, foi o berço, em 1842, de Marciano Gonsalves da Rocha. Viu, esse pernambucano, a luz do dia, na casa grande do engenho S. Braz, que, há quarenta anos, mais ou menos, pertencia ao coronel Manuel Bernardo das Virgens. Acadêmico de direito, na Faculdade do Recife, publicou, Marciano, o Cantos da Alvorada, livro de versos, e no ano seguinte, aos 28 anos de idade, fazendo parte da turma de Joaquim Nabuco. José Mariano, José Vicente Meira de Vasconcelos e de Ulisses Viana, recebeu a láurea de bacharel.
Seis anos depois de formado aceitou, Marciano, no governo do presidente João Pedro Carvalho de Morais, modesto cargo de escriturário da Tesouraria da província natal, e andava, pacatamente, enfileirando algarismo, quando lhe foi oferecida, pelo governo de Santa Catarina, a nomeação de juiz municipal de Itajaí. Homem do litoral, mas não querendo viver perto do mar, recusou a comarca santa-catarinense, debruçada na orla do Atlântico, preferindo a zona quase central, do Estado, de São Paulo, onde foi lavrar sentenças, no juizado de Itatiba. Retirando-se, em 1878, da magistratura paulista, escreveu o Naia, poema dramático, e foi viver na Corte.
Ilustrado e honesto, obteve, do governo, escreve Sebastião Galvão, p alto posto de promotor de resíduos e capelas. Serviu, sempre, com alegria, à coroa e à justiça. E, também, às musas. Ao lado da pena do jurista, nunca se imortalizou a pena do poeta. Exercendo essas promotorias, publicou, antes dos 40 anos, o Dulcina e Oscar, poema de amor e de ternura. Fiel a Casa de Bragança, escreveu sonetos satíricos, em 89, reunindo-os no Facetas. Imaginamos, pelo título do livro, pelo gênero dos versos e pela época da publicação, as perfídias dessas rimas. Gostaríamos de ler esses sonetos monárquicos. Proclamada a República, o governo provisório, informa um biógrafo, demitiu o promotor de resíduos e capelas.
Marciano da Rocha continuou a amar a pátria, mas não cortejou os vitoriosos da nova era política. Passou a viver, tranquilo, na corte da Poesia, até que a morte, “ a funérea Beatriz da mão gelada”, de Antero de Quental, veio busca-lo, no dia 1º de março de 1916, para uma outra vida, luminosa e eterna.
Morreu, Marciano, aos 74 anos de idade, no Rio de Janeiro, e está sepultado no cemitério São João Batista.
Amai, filhos de Sirinhaém, o poeta do Facetas e do Cantos da Alvorada.
Célio Meira – escritor e jornalista.
LIVRO VIDA PASSADA…, secção diária, de notas biográficas, iniciada no dia 14 de julho de 1938, na “Folha da Manhã”, do Recife, edição das 16 horas. Reúno, neste 1º volume, as notas publicadas, no período de Janeiro a Junho deste ano. Escrevi-as, usando o pseudônimo – Lio – em estilo simples, destinada ao povo. Representam, antes de tudo, trabalho modesto de divulgação histórica. Setembro de 1939 – Célio Meira.
Momento Pitú
Pituzeiro é assim: combina tudo com resenha. Diga aí se essa não é uma dupla perfeita: Pitú e morango do boteco.
Os nossos jardins – José Aragão – 1946.
Nada concorre mais para o embelezamento de uma cidade do que os jardins públicos, os parques e a arborização.
Emprestam eles ao aspecto monótono das construções cores variadas, formando contrastes interessantes com a aridez das nossas artérias, constituídas, em grande parte, de prédios de arquitetura rudimentar e pobre, sem maior beleza.
O jardim é um oásis artificial em pleno centro urbano, recanto ameno cuja paisagem alegre e poética satisfaz ao espírito cansado do labor quotidiano, valendo como refrigério e lenitivo.
Por isso é que as praças ajardinadas são o ponto preferido pela população, nos momentos de folga, para descanso e passeio.
Temos, apenas, três praças com jardins e canteirinhos: a do Leão Coroado, a Diogo Braga e a Dom Luiz de Brito, mais conhecida como Praça da Matriz. Dessas, apenas o jardim da última apresenta aspecto agradável, muito embora sem flores, que são o mais belo ornamento, não porque não as produza, mas porque são colhidas tão logo desabrocham, o que é para lamentar. O jardim da Praça Leão Coroado, que já oferece aspecto bem interessante, e os canteirinhos da Pracinha do Braga estão em decadência, à míngua de cuidados.
Queremos crer que o ilustre Chefe do Executivo Municipal, tão zeloso do bem público e do progresso da cidade, voltará em breve as suas vistas para esses logradouros e os entregará a mãos zelosas e hábeis, que poderão transformá-los rapidamente.
Não nos falta água para a conservação dos nossos jardins. Faltam jardineiros.
Decerto, não tardarão eles a aparecer por determinação do governo municipal.
José Aragão – Editorial do Jornal O Vitoriense de 02 de Fevereiro de 1946.
Primeira Meia Maratona da Vitória – 21k e 10k – 21 de setembro.
1ª Meia Maratona da Vitória – 21 por Tabocas
21K e 10K
Data: 21/09/2025
Local: Antiga Estação Ferroviária / Praça Leão Coroado – Vitória de Santo Antão
Concentração: 4h
Largada: 5h
Premiações – Meia Maratona (21km):
Masculino e Feminino – 1º ao 5º lugar
Geral e Local
Faixas etárias:
* 40 a 49 anos
* 50 a 59 anos
* 60+
Corrida 10km:
Masculino e Feminino – 1º ao 5º lugar
Geral e Local
Obs: Não haverá premiação em dinheiro
Inscrições:
Online: https://www.uptempo.com.br/event-details/1-meia-maratona-da-vitoria-21-por-tabocas-vitoria-de-santo-antao-pe
Grupos: (81) 9 9198-0437
Presencial: Loja Monster Suplementos – Vitória
Valores 2º lote:
21K e 10K: R$ 115,00
Kit sem camisa: R$ 105,00
Descontos especiais para grupos: (81) 9 9198-0437
O Tempo Voa: Tóta Fotógrafo
Tóta Fotógrafo – Restaurante Recanto Gaúcho – aniversário de 50 anos de Zito Mariano – registro 1978.
2º Edição da Mega Corrida – Igreja Batista Memorial
Na manhã do domingo (27), no bairro do Cajá, aconteceu a 2º edição da Mega Corrida, promovida por membros da Igreja Batista Memorial. A concentração, largada e chegada da corrida, aconteceu nas proximidades do templo religioso, localizado na Rua Doutor José Rufino Bezerra, também conhecida como “Principal do Cajá”.
Com percurso de 6km para o público geral, a organização do evento também abriu espaço crianças, ao promover uma corrida para criançada. Após o aquecimento, os atletas seguram até o bairro Maués num percurso “bate-volta”.
10 novas UTIs na APAMI – inauguração em breve!
Em constante processo de melhoramento, no que se refere aos serviços prestados, equipamentos hospitalares e estrutura física, podemos dizer que, hoje, a APAMI celebrou de mais um gol de placa.
Referência em atendimento médico assistencial em nossa cidade e na região, desde a metade do século passado (XX), a APAMI investiu na construção de 10 novas UTIs.
Com as obras concluídas e já com os devidos equipamentos prontos para serem acionados, na manhã de hoje, sexta-feira, 25 de julho, a instituição recebeu uma vistoria dos técnicos dos órgãos competentes, no sentido da aprovação para a devida ativação do novo espaço.
Vencido as questões burocráticas, naturais para processos dessa envergadura, a direção da APAMI, representada pela gestora Socorrinho da Apami, juntamente com toda equipe funcional, deverão, em breve, receber a governadora do estado, Raquel Lyra, para em ato inaugural, acionarem o botão do play dessa marcante e importante operação, na referida instituição hospitalar. Vale salientar, que o governo do estado jogou papel importante na materialização desse arrojado empreendimento.
Portanto, eis aí, uma notícia que gera uma positiva expectativa na população antonense e nos nativos das cidades circunvizinhas, nas questões relacionadas ao atendimento da chamada saúde pública. Essa é uma daquelas iniciativas que todos saem ganhando. Parabéns para APAMI Vitória.
PARA O DIA NACIONAL DO ESCRITOR – por Sosigenes Bittencourt.

O Brasil vivia o início do regime militar – por @historia_em_retalhos,
Manhã do dia 25 de julho de 1966.
O Brasil vivia o início do regime militar.
Era época de eleições indiretas, algo apenas formal e ritualístico, já que tudo era decidido pelo partido dos militares.
O marechal Arthur da Costa e Silva era candidato à presidência e anunciara uma visita ao Recife para fazer campanha.
No saguão do Aeroporto dos Guararapes, muitas pessoas o aguardavam, momento em que, de repente, uma mala foi percebida abandonada no local.
O guarda civil Sebastião de Aquino seguia para entregá-la no balcão, quando, inesperadamente, dentro dela, uma bomba explodiu.
O clima de caos tomou conta do saguão.
Aquino e outras 13 pessoas ficaram feridas.
Já o jornalista Edson Régis e o vice-almirante Nelson Gomes morreram.
Finalmente, o que aconteceu naquele dia?
Três versões pairam no ar.
Segundo a versão oficial dos militares, tratou-se de um ato terrorista, que tinha como objetivo atingir Costa e Silva.
Em pouco tempo, a polícia apresentou dois acusados: Ricardo Zarattini e Edinaldo Miranda.
Ambos carregaram por toda a vida o estigma de terroristas, até que, em 2013, a Comissão Estadual da Verdade apresentou documentos do próprio regime, datados de 1970, que desmentem a versão oficial.
Uma segunda corrente atribui a autoria a militantes da Ação Popular (notadamente, a Raimundo Gonçalves e ao ex-padre Alípio de Freitas), que teriam agido por conta própria, sem autorização dos dirigentes.
Por fim, uma terceira linha sustenta que a versão oficial conflitava com o próprio inquérito militar que apurava o caso.
Historiadores afirmam que, em verdade, o crime foi planejado pelo governo para criar um clima de pânico na população, abrindo o caminho para o recrudescimento da ditadura e a criminalização da esquerda.
Fatos como esse preparariam o terreno para, dois anos mais tarde, nascer o AI-5.
Dois detalhes importantes:
– Costa e Silva não desembarcou no Guararapes, optando por vir de carro pela PB.
– no mesmo dia, duas outras bombas explodiram, sem vítimas, na sede da UEE e na sede do Serviço de Informação dos EUA (USIS).
Cada um tire as suas próprias conclusões.
Até hoje, o episódio segue sem elucidação.
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Momento Pitú.
8ª Festa da Saudade – restam poucos espaços……
Praticamente faltando 30 dias para o encontro dançante mais esperado da cidade, que ocorrerá no Clube Abanadores “ O Leão”, com a Orquestra Super OARA, podemos dizer que a noitada já está garantida!
Restando apenas um camarote e pouco menos de 30% das mesas, para ocupação total dos espaços do casa, informamos aos interessados que ainda não garantiram seus respectivos “ingressos”, que o contato oficial do evento é o whatsapp 9.9188.3054.
A Festa da Saudade – que chega a sua 8ª edição – se configura numa excelente opção de lazer e entretenimento, sobretudo para as pessoas mais maduras e que curtem um repertório musical romântico e mais qualificado.
Serviço:
Evento: 8ª Festa da Saudade.
Quando: 23 de agosto de 2025.
Local: Clube Abanadores “O Leão”.
Hora: 21h.
Informações e reservas: 9.9188.3054.
O Tempo Voa: Festividades – 3 de agosto – 1974.
O TEMPO VOA – FESTIVIDADES DO DIA 3 DE AGOSTO DE 1974.
O Tempo Voa Vídeo – Festa no “Leão”
Otoni Rodrigues e o boato que “Tapacurá Estourou!” – há 50 anos.
Em tradicional jornal da capital – Jornal do Commercio -, na coluna assinada pelo conceituado jornalista Fernando Castilho, no dia de ontem (22), artigo destacou a importante participação do renomado comunicador da nossa terra, Otoni Rodrigues, atinente aos desdobramentos do famoso boato que a “Barragem de Tapacurá Estorou!”, ocorrido exatos meio século.
Portanto, abaixo, segue reprodução do artigo do Jornal do Commercio.
Vida Passada… – Teófilo Dias – por Célio Meira.
No dia 28 de fevereiro do ano de 1857, nasceu o maranhense Teófilo Dias Mesquita, na mesma cidade de Caxias, onde veio, ao mundo, Coêlho Neto, o mestre incomparável. Pobre, fez o curso primário na cidade de São Luiz, e vestindo a farda de soldado, chegou a ter no braço, conta o eminente Rodrigo Otávio, as divisas de sargento. Não era, a caserna, seu destino. Trazia, no sangue, a herança abençoada de Gonsalves Dias, o tio, e tocando o mau sobre pelo bom livro, publicou, aos 17 anos de idade, o Flores e Amores, em que reuniu os primeiros versos, perfumados e palpitantes de amor e de pecado. E, um dia, sosinho, confiante, apenas, no destino de poeta, que é uma estrela sempre acesa, deixou a terra dos clássicos brasileiros e foi viver na Côrte.
Idealista, fazendo versos e passando fome, estudou, corajosamente, e conquistou os preparatórios, ingressando na Faculdade de Direito de São Paulo. Cursando o 2º ano, entregou às livrarias, aos 21 anos, o Lira verdes anos. E no ano seguinte, vitorioso, aplaudido, o Cantos Tropicais, recebendo, em 1881, a carta de bacharel. Jornalista de linguagem elegante, e irônica, fazia, no Provinciano, jornal da Paulicéia, informa um memorialista, apreciadas crônicas literárias. Escreveu, em 1882, o Fanfarras, livro de versos primorosos.
Na campanha republicana, tornou-se inimigo rancoroso de Silva Jardim, de quem era cunhado, e , homem corajoso, espírito inquieto, o enfrentou, várias vezes, “a ponto de travarem lutas corporais, escreve o erudito historiador Zeferino Galvão, nas ruas de São Paulo”.
Pertenceu, Teófilo Dias, ao número daqueles sonhadores e românticos que não tiveram a alegria de assistir à vitória das ideias da democracia e da República. Teve, nesse tocante, o destino malvado de Maciel Pinheiro. Morreram, os dois, antes da epopeia de 15 de Novembro de 1989. Andava, Teófilo, ao tempo de sua morte, na casa dos 32 anos de idade.
Passará, em março deste ano, o cincoentenário da morte do poeta do Fanfarra, e a Academia Brasileira de Letras poderá prestar homenagem à memória desse preclaro maranhense, que honrou a terra nativa. Ilumina-se a cadeira nº 36, nessa Academia, à luz de seu espirito fascinante. Ocupou-a, enobrecendo-a, desde que se fundou a Casa dos 40, até 1938, o Afonso Celso.
Teófilo Dias tem direito a esse tributo de admiração e a essa festa de saudade.
Célio Meira – escritor e jornalista.
LIVRO VIDA PASSADA…, secção diária, de notas biográficas, iniciada no dia 14 de julho de 1938, na “Folha da Manhã”, do Recife, edição das 16 horas. Reúno, neste 1º volume, as notas publicadas, no período de Janeiro a Junho deste ano. Escrevi-as, usando o pseudônimo – Lio – em estilo simples, destinada ao povo. Representam, antes de tudo, trabalho modesto de divulgação histórica. Setembro de 1939 – Célio Meira.
FALECIMENTO DE JUNINHO DA CIBRAZÉM – por Sosígenes Bittencourt.


ESTUDANDO PORTUGUÊS – por Sosígenes Bittencourt.


Soberania Brasileira – por @historia_em_retalhos.
Em tempos de ameaças à soberania brasileira, é muito oportuno lembrar desse sertanejo cearense, que se tornou um símbolo da luta contra as investidas estrangeiras no território nacional.
Delmiro Gouveia provou, ainda no século 19, que o nosso povo pode ser o dono do seu próprio destino, sem precisar beijar a mão de nenhum dominador.
Disputou com os ingleses o mercado de linhas de costura, fundou no Recife o mercado do Derby, considerado o primeiro shopping center do país, e levou luz para o sertão, inaugurando a hidroelétrica de Angiquinhos, na cachoeira de Paulo Afonso/BA.
Isso sem subjugar-se, sem ser vassalo, ou dever absolutamente nada a ninguém, provocando a ira dos ingleses.
Delmiro Gouveia é um nome mais atual do que nunca.
Lembrar para não esquecer.
Brasil dos brasileiros.
Boa terça-feira, gente!
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