
No Pátio da Matriz, uma poça d’água serve de espelho líquido para a Domus Dei e a abóbada celeste em Vitória de Santo Antão.
Sosígenes Bittencourt


No Pátio da Matriz, uma poça d’água serve de espelho líquido para a Domus Dei e a abóbada celeste em Vitória de Santo Antão.
Sosígenes Bittencourt




No nosso Projeto Cultural/Esportivo, que atende pelo simpático nome de “Corrida Com História”, hoje, juntamos os três tempos: passado, presente e futuro.
Com os olhos no ano de 2026, tempo que ocorrerá a Copa da FIFA 2026, assistiremos, pela primeira vez, o selecionado de Cabo Verde em ação. Vale lembrar, que a “canarinha” – Seleção Brasileira – é a única do planeta que marcou presença em todas as edições.
Pois bem, levando em consideração que nós, brasileiros antonenses, descendemos geneticamente do português e fundador do nosso lugar, Diogo de Braga, natural do Cabo Verde – então colônia de Portugal – que por aqui chegou em 1626 para se instalar com sua família, não seria nenhum absurdo dizer que temos o “pedacinho” da sua terra dentro de nós.
Portanto, que venha a Copa do Mundo: além de filhos legítimos do Brasil, nós antonenses, também temos sague Cabo-verdense. Corrida Com História. Veja o vídeo aqui: https://youtube.com/shorts/Rac9RCLlNWE?si=p0T5S–sgFYRePCI

Por conta deste artigo https://www.blogdopilako.com.br/wp/2025/11/10/50-anos-da-1a-eucaristia-a-longevidade-autonoma/, o amigo professor, poeta e pensador, Sosígenes Bittencourt, enviou-me a seguinte mensagem:
“Este é o seu artigo mais bem confeccionado do ano. Parabéns por haver partilhado a memória do seu tempo de menino”.
Publique-as! Autorizado! Sosígenes Bittencourt


SAVE THE DATE!
A 5ª Corrida da Vitória já tem data marcada!
No dia 26 de abril de 2026, Vitória de Santo Antão será palco de mais uma grande celebração do esporte, reunindo atletas, famílias e apaixonados por corrida de rua.
Prepare-se para viver uma manhã de energia, superação e movimento!
Data: 26/04/2026
Local: Vitória de Santo Antão – PE
Em breve, divulgaremos todas as informações sobre inscrições, percursos e novidades desta edição.
Marque na agenda e venha fazer parte da 5ª Corrida da Vitória!


Na terra paraibana de Bananeiras, onde o barão de Araruama e o ilustrado desembargador Santos Estanislau viram a luz do dia, nasceu, em 1814, Antônio Manuel de Aragão e Melo. Estudou preparatórios, em Olinda, e vestiu, naquela cidade, a batina humilde de seminarista. Abandonou, porém, no quarto ano, o curso eclesiástico. Restituído à vida mundana, mas habituado à solidão, aceitou, em dezembro de 1839, na vaga de Lourenço Trigo de Loureiro, o cargo de bibliotecário do Curso Jurídico, son o teto arruinado do famoso mosteiro de São Bento. E era, já, terceiro anista de direito, quando deixou, em 42, os livros da biblioteca.
Obteve, em 1844, a carta de bacharel, e ingressou na magistratura, aceitando uma promotoria de justiça, na sua província, e o juizado de direito na comarca de Limoeiro, na terra pernambucana. Exerceu o cargo de chefe de polícia na Baía e no Maranhão, e governou, pouco tempo, a província de Goiàz. Durante 20 anos, informa um biógrafo, representou na Câmara, o povo de sua terra. Homem culto, orador eloquente, advogado, jornalista, e conservador delicioso, Aragão e Melo, no julgamento de Liberato Bittencourt, preclaro historiador, “foi grande na advocacia, no latim, no jornalismo, e na cultura jurídica.”.
Pertenceu esse ilustre paraibano, celibatário, impenitente, aos rol dos homens feios. E essa fealdade do licurgo da Paraíba foi, humoristicamente, proclamada, na Câmara, por Martinho de Campos, o “demolidor de governo”, orador fulgurante e um dos mais notáveis parlamentares de Minas, no 2º Império. Deu-lhe, Martinho, um ramo verde da vitória. Leiamos, nesse particular, o erudito escritor do “Paraibanos Ilustres”: “ E ao entrar na Câmara, Martinho de Campos, então havido o mais feio dos representantes da nação, tomou um ramo de folhas e dirigiu-se, prazenteiro, a Aragão e Melo: “passo-lhe, satisfeito, o ramo, deixado de ser, de hoje em diante, o homem mais feio desta casa”. Possuia, Martinho de Campos, em grau elevado, o espirito de renúncia. Vê-se como ele se despojou das honrarias…
A República de 89 veio encontrar Aragão e Melo à sombra da árvore da velhice, e não muito distante da planície do túmulo. Não o atraiu. O ancião, por sua vez, não festejou. E tranquilo, relendo, por vezes, páginas do livro da sua vida, esperou que o destino lhe trouxesse, no minuto inadiável, a noiva dos celibatários. E ela chegou, a 17 de março de 1898, velhinha, vestida de branco, sem flores de laranjeiras….A noiva, tinhas séculos. O noivo, 84 anos.
Célio Meira – escritor e jornalista.
LIVRO VIDA PASSADA…, secção diária, de notas biográficas, iniciada no dia 14 de julho de 1938, na “Folha da Manhã”, do Recife, edição das 16 horas. Reúno, neste 1º volume, as notas publicadas, no período de Janeiro a Junho deste ano. Escrevi-as, usando o pseudônimo – Lio – em estilo simples, destinada ao povo. Representam, antes de tudo, trabalho modesto de divulgação histórica.
Setembro de 1939 – Célio Meira.


Festa de Nossa Senhora do Livramento – Igreja Nossa Senhora do Livramento – hoje, Praça Padre Felix Barreto – registro 1942.


Na manhã do domingo (09), em sua sede, localizada no bairro da Matriz, os membros da AVLAC – Academia Vitoriense de Letras, Artes e Ciência – participaram de mais uma reunião ordinária.

Na ocasião, além do tradicional “momento acadêmico”, espaço reservado aos “imortais”, as escritoras convidadas Janaina F. Silva e Soraia Ferreira expuseram seus últimos trabalhos literários.


Em 11 de novembro de 1975, há exatos 50 anos, o então primeiro presidente de Angola, Agostinho Neto, proclamava a independência do país de jure e de facto de Portugal.
Tão logo se tornou independente de Portugal, porém, o país mergulhou em uma luta fraticida entre dois ex-movimentos de guerrilha anticolonial: o MPLA, apoiado pela antiga União Soviética, e a UNITA, apoiada pelos EUA.
Esta guerra interna teve um custo altíssimo, com milhares de mortos e mutilados, destruições de vulto nas cidades e o comprometimento grave da infraestrutura do país (estradas, pontes, aeroportos etc).
A despeito do desmantelamento das velhas estruturas colinais, a independência angolana, em plena Guerra Fria, inflamou paixões políticas, excitou os antagonismos ideológicos e desencadeou uma guerra civil sem sentido que mergulhou o país em quase duas décadas de tragédias.
O êxodo forçado de homens voltados para o bem da nação, como o professor Teodoro Chitunda, que veio para Olinda/PE, foi, dentre outras perdas, um dos piores legados que poderiam ter ocorrido a Angola.
Se você quiser compreender melhor todo este processo histórico de um país-irmão, também lusófono e que também passou pelas mesmas agruras de um colonialismo de exploração, recomendo o filme “Alice, Nome de Batismo”, de Tila Chitunda @tilovita (foto), e o livro “Impossível Regresso”, de Luís Guerreiro (foto).
11 de novembro: salvem Angola e o povo angolano.
À memória de dona Amélia Chitunda, protagonista e testemunha de toda esta história, com quem tive o enorme prazer de conviver, eu dedico este retalho de hoje.
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50 anos se passaram. O mesmo desejo, a mesma vontade, coincidentemente, no mesmo lugar. Na parte inicial da história, vivenciada no domingo, 09 de novembro de 1975, reinava o ineditismo, o sagrado, misterioso e supremo. Em 2025, meio século depois, uma realidade nua e crua, o esforço consciente, apostando na colheita frutificada em forma de longevidade autônoma. Mas a vontade foi a mesma: correr, correr e correr.,
Essa foi a vontade soberana que ligou os dois recortes temporais, separados por exatamente 5 décadas, sublinhadas, aqui, em forma de registro histórico.
Explico:
No longínquo domingo, dia 09 de novembro de 1975, guiado pelo farol da expectativa, aos 8 anos de idade, acordei-me sem a necessidade de fatores externos. Isto é: ninguém precisou me chamar. Após muitos encontros, aulas de catecismo e ensaios, finalmente, havia chegado o dia da minha primeira comunhão.

Cabelo devidamente cortado, roupa nova para vestir e nos pés, sapatos zero quilometro. O “kit eucaristia” nas mãos, cuidadosamente guardado para testemunhar, ratificar e acessar, com fé de ofício, a universal fé católica.
Lembro-me como se fosse hoje: papai tomava café na sala e, ali mesmo, de pé, em cima de um sofá, após o banho, mamãe penteou meus cabelos e arrumou-me todo. Ao final, com voz imperativa, disse : “agora, fique sentado no terraço, quieto, para não amassar a roupa, esperando a hora de ir” – o que prontamente foi realizado com sucesso.
Da minha casa – Avenida Silva Jardim, número 209 – até a Igreja da Matriz, para chegar logo, minha vontade era apenas uma: correr, correr e correr….

O tempo seguiu na sua contagem impiedosa, constante, perene, sem vexame ou mesmo atrasos, para chegarmos a uma manhã de domingo, num “mesmo” 09 de novembro, à mesma Avenida Silva Jardim, defronte da imponente e secular Matriz de Santo Antão, há exatamente 50 anos, para participar de um evento esportivo, cujo o desejo reinante era o mesmo de antes, ou seja: correr, correr e correr….
Situações traçadas, alinhavadas e equacionadas pelas mãos daquilo que acostumamos chamar de destino, acontecem todos os dias, cabendo a nós, simples mortais, fagulhas de um vulcão em erupção ou mesmo um ponto de escuridão situado na imensidão cósmica, termos a sensibilidade para torna-los importantes e únicos, ou seja: silenciosamente, vivenciá-los de maneira marcante, celebrando-os com um brinde à memória.
Aliás, vale sempre lembrar: ninguém poderá ser sujeito útil à coletividade ou mesmo aos mais próximos, sem antes, saber existir para si mesmo, sem comparações, afinal, somos uma peça rara e exclusiva, no sempre misterioso mercado da existência.

Observem o que revelou Dr. Aloísio de Melo Xavier, no seu belo e bom Panorama, presente que recebi em 05 de abril de 1994, com muita honra, das mãos da profa. Severina Andrade de Moura.
“Nasci um sujeito alegre, felizmente. Em menino, pratiquei muitas peraltices e brincadeiras, graças à minha natural inquietude, que não me dava tréguas. Comecei a entender, desde então, o imenso valor da alegria, contrapondo-se aos problemas e às misérias da vida humana. Cedo, portanto, alcancei a profunda significação que o bom humor oferece-nos durante a nossa fugaz estada neste vale de lágrimas.” – Aloísio de Melo Xavier.
Sosígenes Bittencourt


Na qualidade atleta, participei, na manhã do domingo (09), da Segunda edição da Corrida Polícia Penal VSA. O evento, promovido pelo corpo funcional do presídio da nossa cidade, teve início por volta das 5h, no Pátio da Matriz.
Antes da largada, o velho, necessário e bom aquecimento ativou a “máquina” (corpo). O percurso, com pouco mais de 6k, ocorreu pelas ruas centrais da cidade e contou com um bom número de atletas.
Na conclusão da prova, os atletas puderam se abastecer com frutas, bolos e suco gelado. A organização premiou as três primeiras colocações, no masculino e feminino. E para quem ainda tinha energia, um desafio: veja o vídeo.


Com a COP30 em evidência em todos os noticiários é quase impossível não se atualizar sobre o tema. Para especialistas, as questões climáticas, além de urgente, já passou da hora de entrar no cotidiano das pessoas, nos quatro cantos do mundo.
Mas para o cidadão comum, com pouca informação ou mesmo alheio ao tema, essas mudanças esbarram num certa dose de ceticismo. Aliás, após o maravilhoso mundo da internet, as pessoas viraram doutores em quase tudo. Negar, ser contra ou mesmo emitir opinião – muitas vezes sem a menor capacidade para tal – também rende visibilidade.
Estudos evidenciam que a interferência humana, sobretudo a partir do final do século XVIII, vem alterando o comportamento do ciclo da natureza. O processo é contínuo e aparentemente lento, mas é real e coletivamente danoso.
Segundo notícias da imprensa, a China e os EUA, juntos, são responsáveis por 40% dos problemas causadores da poluição global. Eis o “X” da questão: como redirecionar o curso da história, quando os “donos da bola” são os principais beneficiados do atual processo?
Sob a coordenação dos cientistas, estudiosos, ativistas, céticos e negacionistas encontram-se nós, pobres mortais, passageiros leigos e crentes, desse recorte do tempo pressente.
Chegou mais um final de semana. Alegremo-nos a nós mesmos. Afinal, a única pessoa que conviverá com você por toda sua vida é você mesmo. Portanto, relembremos a máxima do Rei Salomão: “O coração alegre é bom remédio, mas o espírito abatido seca até os ossos”.
A felicidade não tem hora marcada. Ninguém trabalha durante a semana para ser feliz no domingo. Portanto, não coloque a felicidade fora de si mesmo, a felicidade é agora!
Contudo, se tiveres alguma aflição, relembrai o que o apóstolo João disse que Jesus havia dito: “No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo”.
Cordial abraço!
Sosígenes Bittencourt


De um engenho de Pernambuco para o Brasil inteiro a Pitú, criada em 1938, ganhou o mundo e agora brinda com Laércia Dantas, a musa etílica que transformou um gole em fenômeno viral!
Genteee! O Brasil parou, o garçom congelou e a internet entornou o copo com ela: Laércia Dantas, a mulher que perguntou “Garçom, tem Pitú?” e sem querer reviveu uma marca com 87 anos de história!
Pois é, meu amor, a Pitú, nascida lá em Vitória de Santo Antão, interior de Pernambuco, é praticamente uma vovó destilada do Brasil. Criada em 1938 pelos visionários Joel Cândido Carneiro, Severino Ferrer e José Ferrer de Moraes, ela começou humilde engarrafando vinagre e bebidas de maracujá até se tornar rainha da cana-de-açúcar.
O nome veio de um camarãozinho de rio, o “pitú”, e desde os anos 1950, a marca só fez crescer. Nos anos 1970, a aguardente começou a ser exportada e hoje está em mais de 50 países, de Portugal ao México, da Alemanha à Argentina. Uma verdadeira embaixadora da alegria líquida nacional!
Mas quem precisava de comercial quando o Brasil tem Laércia Dantas? A cantora de Picos, no Piauí, juntou teclado, sofrência e carisma, e deu à Pitú o maior marketing espontâneo da década!
Com o bordão que virou meme, ela ressuscitou uma marca quase centenária e colocou o Nordeste e a cachaça no topo das trends!
“Garçom, tem Pitú?” virou sinônimo de tudo o que a gente ama: drama, humor e um gole de coragem!
Hoje, a Pitú segue firme, com 18.500 m² de fábrica em Pernambuco e uma fila de visitantes curiosos pra ver de perto onde nasce a magia. Enquanto isso, Laércia brinda nas redes com 1 milhão de seguidores no Instagram e quase 750 mil no TikTok, provando que a boa música, a boa história e a boa dose são, sim, exportação garantida!
Texto reprodução (Kátia Flávia).


Em virtude de duas lesões físicas, em que não pude realizar uma sequência de treinos consistentes, acabei, nos últimos meses, não produzindo conteúdo para o nosso projeto “Corrida Com História”.
Como efeito colateral dessa “parada”, muitas cobranças. Nas redes sociais e de forma presencial, quer fossem pessoas amigas ou não, nas mais variadas situações, perguntaram-me: “cadê os vídeos do Corrida Com História?”
Pois bem, hoje, no inicio do dia, gravei um vídeo para anunciar o retorno do “quadro” e também para justificar à ausência do conteúdo. É que por questões alheias a minha vontade, nesse período de “silêncio”, sofri com duas lesões. Uma relativamente simples e outra nem tanto, que forçaram-me quebrar uma determinada sequência de treinamentos. Aliás, por conta desse desalinhamento nos treinos, acabei até ganhando um pesinho extra….
Após o tratamento, longo e desgastante, imagino que estarei de volta, agora, em novembro. Assim sendo, espero poder produzir, novamente, conteúdos relativos à história antonense, com o mesmo e entusiasmo de sempre.
Veja o vídeo aqui:
https://www.instagram.com/reel/DQtg5kmjlFh/?igsh=MTN1c2xxOGd6eHVkag%3D%3D


Fotografia tirada no dia “TRES DE AGOSTO” de 1950, por ocasião da inauguração do Busto do Pe. Felix Barreto. Falando: o autor do Projeto, José Bonifácio de Holanda Cavalcanti.
