Apelidos Vitorienses: Zito dos Fogos.

Com quase setenta e cinco anos de idade o senhor José Raimundo da Silva Filho – que tem o mesmo nome do seu genitor  – recebeu como apelido um diminutivo da alcunha do seu pai,  que era conhecido  pelo  “Josezito”.

Foi na escola, entre os sete e oito anos, que o garoto José Raimundo da Silva Filho foi “rebatizado” pela professora Ângela de Souza. Disse ela: “já que você é filho de “Josezito”, vou ficar lhe chamando apenas por Zito”.

Já o  “sobrenome” do apelido – “dos Fogos”  – diz repeito a sua atividade comercial. Contou-nos “Seu” Zito que no início da década de 90 (1990), quando ele agregou ao seu negócio o serviço de show pirotécnico,  usou como nome fantasia da empresa a forma com que as pessoas já lhe conhecia, ou seja: Zito dos Fogos.

Disse-me ele também que poucas pessoas lhe conhece pelo nome de batismo. Só em alguma repartição pública ou em situações formais é que lhe tratam pelo nome verdadeiro. Assim sendo o amigo José Raimundo da Silva Filho é mais um vitoriense catalogado pelo nosso projeto – Apelidos Vitorienses – que tem por objetivo revelar a origem do apelido das pessoas que são mais conhecidas pela alcunha do que pelo próprio nome.

Apelidos Vitorienses: Marluce do Cajá.

Para manter a linha do “M” no nome das filhas “Dona”  Ina e “Seu” Severino resolveram registrar a filha mais nova com nome de Marluce,  já que as duas mais velhas haviam recebido os nomes de Maria e Marli, respectivamente.  Por questão de  saúde –  debilitada  – a  criança  recém-nascida (Marluce) fora batizada as pressas.

Pois bem, na hora do batismo,  o Padrinho, “Seu” Manoel, resolveu fazer uma promessa à Nossa Senhora da Conceição em função da frágil saúde da afilhada. Na ocasião, resolveu   mudar  o seu nome – já escolhido pelos pais – para Maria da Conceição Pio das Chagas. Na prática, como o nome de antes já havia sido assimilado por todos os familiares, a menina continuou sendo chamada por Marluce.

No primeiro ambiente social frequentado fora do lar – na escola que funcionava na sede do Cube Taboquinhas (bairro do Cajá) – que era vizinha a sua residência, a Maria da Conceição Pio das Chagas continuou sendo tratada por Marluce. Só foi por volta dos oito anos,  ao mudar de escola, na chamada da sala de aula do Colégio Antonio Dias Cardoso, que a menina Marluce tomou conhecimento de que o seu verdadeiro nome não era Marluce. A situação inusitada causo-lhe um certo embaraço e  até constrangimento.

Já adulta, a Marluce resolveu adicionar ao seu “apelido” (Marluce) o sobre nome “do Cajá”. Aliás, ela nasceu e se criou no bairro do “Cajá”.  Hoje, na qualidade de comerciante e uma das maiores vendedoras da cidade de “kit carnavalesco”,  a amiga “Marluce do Cajá” também ficará registrada no projeto Apelidos Vitorienses como uma pessoa que é mais conhecida pelo apelido do que pelo próprio nome.

Apelidos Vitorienses: CAPITÃO BIU

Seguindo a tradição popular da nossa região, todo “Severino” é “Biu”. Mas, convenhamos, que não é todo “Biu” que recebe a patente de “Capitão”, muito menos ser possuidor de habilidades e coragem que possam transforma-lo num artista admirado e reconhecido,  dentro e fora do seu País.

O Severino José de Araujo –  internacionalmente conhecido por “Capitão Biu” –   é mais um vitoriense que ficou mais conhecido pelo apelido do que pelo próprio nome. Desde jovem o nosso amigo Severino era apenas mais um “Biu”.

A “patente” de Capitão lhe foi concedida pelo fato de, junto com seus irmãos, protagonizarem  perigoso e arriscado espetáculo chamado de “Globo da Morte”, no qual motociclistas circulam,  simultaneamente,  dentro de um minúsculo globo de ferro em diferentes sentidos,  deixando a plateias no mundo inteiro com o coração na mão.

Assim sendo, hoje, mesmo depois de não mais praticar o referido espetáculo, o nosso amigo Severino José de Araujo continua sendo tratado pelo nome “artístico”. Na maioria dos casos até o próprio apelido “Biu” é deixado de lado, sendo lembrando apenas por “Capitão”. Esse apelido, portanto, é mais um que fica catalogado no nosso projeto cultural que atende pelo nome de “Apelidos Vitorienses”.

Apelidos Vitorienses: Vira-Bicho

Dando prosseguimento ao nosso projeto cultural  – Apelidos Vitorienses –,  que tem como objetivo catalogar a origem dos apelidos dos antonenses,  que são mais conhecidos pelas alcunhas do que pelo próprio nome, hoje, revelaremos o motivo pelo qual o amigo Roberto Carlos da Cruz passou a ser chamado por “Vira-Bicho”.

Contou-nos o Roberto Carlos que na infância todos lhe chamavam  pelo carinhoso apelido de “Linho”, em função do diminutivo de seu segundo nome (Carlos – Carlinhos – Linho). Desde muito cedo, até os dias atuais,  Roberto Carlos sempre foi  ligado ao mundo do futebol amador da nossa cidade.

Ainda na pré-adolescência, junto com seus familiares, ele  deixou de morar no bairro do Jardim Ipiranga e foi residir no “Treze”. Portador de uma “cabeleira cheia” e mal cuidada, à época, o então “Linho”, segundo um dos seus colegas de pelada, Mário,  era “muito feio”. Motivo pelo qual o mesmo (Mário) colocou-lhe o apelido  de  “Vira-Bicho”.

O fato é que, mesmo a contragosto dos seus pais, os amigos e colegas das peladas continuaram lhe chamado pelo “novo apelido”,  “Vira-Bicho”. O Tempo passou e, para facilitar, atualmente, alguns dos seus amigos das antigas lhe chama apenas por “Vira”. Segundo o  próprio “Vira-Bicho”o seu nome de batismo – Roberto Carlos – é pouco usual, restrito apenas aos programas futebolísticos na rádio e aos amigos do Facebook. Eis aí, portanto, mais antonense catalogado pelo nosso projeto – Apelidos Vitorienses.

Apelidos Vitorienses: RATINHO.

No ramo da comunicação desde a juventude, primeiro trabalhando em carro de som e depois comandando a parte técnica das rádios locais,  o amigo Edvaldo Ferreira de Melo também é um antonense, entre tantos, que tornou-se mais conhecido pelo apelido do que pelo próprio nome.

Por ocasião de uma  mídia específica,  visando as festividades natalinas, veiculada pela Rádio Vitória FM, empresa na qual o amigo Edvaldo trabalha há mais de duas décadas, tive a oportunidade de saber o seu nome de batismo. Até então, assim como toda cidade, minha referência era apenas o seu apelido, ou seja: “ Ratinho”.

Contou-nos o “Ratinho” que seu apelido surgiu numa observação de um colega de trabalho (José Antonio Neto). Por possuir uma cabeleira cheia, o “Ratinho” sempre gostou de usar cabelo cumpridos. Certa vez, ainda quando trabalhava na Rádio Cultural AM,  lá pelos anos 90 (1990)  foi obrigado a  enfrentar um temporal para cumprir o horário de trabalho. Ao adentrar no ambiente, em tom de brincadeira,  disse o colega : “olha pra li…Tá parecendo um rato molhado”. Desse dia em diante, o apelido pegou.

Até esse inusitado acontecimento, confidenciou o “Ratinho”, todos os amigos e familiares lhe chamavam pelo primeiro nome (Edvaldo). Eis aí, portanto, a revelação da origem de mais um  nossos “apelibiografado”,  que convive numa boa com o seu nome social, ou seja: Ratinho.

Apelidos Vitoriense: CRISTOVÃO

Para quem já conhece há muito tempo o professor e “Dinossauro do Rock Vitoriense”, Cristovão,  tomar conhecimento que o seu verdadeiro nome não tem nenhuma ligação  com  “Cristovão”, convenhamos, soa até como brincadeira, ou mesmo uma espécie de “fake news”.

Pois bem, mesmo conhecendo o amigo Cristovão desde criança, até pouco tempo não sabia que se tratava de um apelido, colocado por sua avó que era devota de São Cristovão, o santo protetor dos motoristas. Na verdade, o seu nome de batismo é Sebastião Ferreira do Nascimento Junior – o mesmo do pai.

Contou-nos o Cristovão que praticamente ninguém sabe,  nem muito menos lhe chama pelo seu verdadeiro nome – Sebastião. Exceto, por ocasiões formais, sobretudo fora da cidade. Tipo uma consulta médica em Recife.

Apelidado pela avó, desde de criancinha, o amigo roqueiro,  Sebastião Ferreira do Nascimento Junior,  é mais um antonense que é mais conhecido pelo apelido do que pelo próprio nome ficando assim,  catalogado nesse nosso projeto que tem como objetivo principal revelar a origem do apelido dos conterrâneos.

Apelidos Vitorienses: BABÃO.

Dando continuidade ao nosso projeto cultural – Apelidos Vitorienses – que tem pó finalidade, entre outras coisas,  catalogar antonenses que são mais conhecidos na cidade pela alcunha do que o próprio nome, disponibilizamos  a história do senhor Amauri Severino de Teixeira.

Contou-nos o Amauri que desde criança herdou do pai – que também tinha o mesmo apelido –  o nome social de Babão. Na cidade, confirmou ele, ninguém lhe trata pelo próprio nome,  que aliás é quase desconhecido pela totalidade das pessoas.

Curiosamente, segundo ele nos informou, seu filho também fora apelidado. Colocaram-lhe o simpático apelido de “Babãozinho”. Eis aí, portanto, mais um vitoriense – Amauri Severino de Teixeira – que é mais conhecido na cidade pelo apelido do que pelo próprio nome.

Apelidos Vitorienses: Chico Dentista.

Desde que se entende por gente as pessoas o chamava por Francisco de Assis (escola). Mais adiante,  na juventude,  o Francisco virou Chico e, após a abraçar como ofício a odontologia o amigo recebeu a simpática alcunha de  “Chico Dentista”. Aliás, devido à informalidade do apelido,  o tão usual “DR” –  antes do nome dos profissionais da saúde –  parece não mais combinar.

Foi assim que o amigo Francisco de Assis Lima Junior, conceituado dentista da nossa cidade, conseguiu, no exercício da sua profissão, estabelecer com os seus pacientes um ambiente mais relaxado. Disse-nos o Doutor Francisco que logo depois do primeiro contato com um novo paciente ele já vai logo dispensando  formalidades e se apresentando  como “Chico”.

Não obstante ainda ser uma pessoa jovem o Doutor Francisco de Assis Lima Junior já exerce sua profissão há trinta, ou seja: formou-se em  1988. Portanto, o nosso amigo Chico Dentista, dentre tantos,  também ficará catalogado na nossa cidade, através do projeto “Apelidos Vitorienses”,  como um antonense que é  mais conhecido pelo apelido do que pelo próprio nome.

Apelidos Vitorienses: BOCA

O amigo Edmilson José da Silva,  até o início da sua adolescência,  era carinhosamente chamado por “Dedé” e um colega que morava na mesma rua por “Didi”. O sonho do Edmilson, desde muito cedo, foi ser marinheiro. Como uma espécie de premio de consolação, já que seus país não permitiram deixar sair da cidade,  acabou que em 1991, então com 13 anos, fizesse parte da primeira formação da chamada “Guarda Mirim” da Vitória de Santo Antão.

Na qualidade de membro da “Guarda Mirim” o Edmilson José da Silva, juntamente com tantos outros garotos com idade semelhante, recebia várias instruções visando  boas maneiras sociais e de patriotismo. O conhecimento dos símbolos e hinos oficiais eram matérias obrigatórias, por assim dizer.

Pois bem, foi por conta de uma apresentação musical realizada no Quartel da Polícia Militar que o garoto Edmilson José da Silva recebeu o apelido que até hoje, quase trinta anos depois, passou a ser o seu nome social. Ao cantar a introdução do hino nacional o mesmo foi repreendido duas vezes pelo chefe da instrução que  “catucou-o”  com uma vareta e,  em voz alta,  disse: “ não cante isso aqui não seu Bocão”.

Desse dia em diante, contou-nos o amigo Edmilson, que seus colegas passaram a lhe chamar de várias maneiras: “ Bocão…Boquinha….Boca e etc”. Ao final, prevaleceu o simpático apelido de “BOCA”,  que foi absorvido por Edmilson sem o menor constrangimento. Sendo assim, “BOCA,  é mais um a participa do livro “Apelidos Vitorienses” por ser  mais conhecido pelo apelido do que pelo próprio nome.

Apelidos Vitorienses: PRETO.

Também figurando como um dos vitorienses que é mais conhecido pelo apelido do que pelo próprio nome, recentemente,  o  amigo Ericson Campo de Melo nos revelou o motivo pelo qual, desde criança, passou a ser chamado pela simpática alcunha de “Preto”.

Contou-nos o Ericson que a madrasta da sua mãe, lá pela década de 1950, era proprietária de um depósito de carvão. O mesmo ficava localizado no “Final” da Avenida Mariana Amália, ao lado da linha férrea. Era pelo trem que a mercadoria chegava à nossa cidade, oriunda do Estado da Paraíba.

Na qualidade de criança o menino Ericson gostava de ficar brincando em cima dos lotes de saco de carvão. Com efeito, seu corpo ficava “coberto” pelo pó do carvão e o deixava, efetivamente, preto. Nessas ocasiões, dizia a madrasta sua mãe: “ esse menino vai ficar preto…..”. Preto  pra lá, Preto pra cá, o fato é que o menino Ericson incorporou o apelido familiar. Atualmente com pouco mais de 70 anos, seu nome social, por assim dizer, já tem muito mais de meio século de existência.

Ratificando seu apelido, quando disputou uma vaga de vereador na nossa cidade, recebeu de presente do  saudoso Nô Batista, um slogan sugestivo para divulgar sua candidatura: “Não vote em branco, vote em Preto”. Eis aí, portanto, mais um antonense que é mais conhecido na cidade pelo apelido do que pelo próprio nome.

Apelidos Vitorienses: TERNURINHA

Foi  ainda na sua terra natal (Palmares) que o Carlos Ferreira da Silva, à época com quinze anos (1983),  resolveu vestir-se de palhaço para animar uma festinha de aniversário que o seu apelido começou a ser construído. Até então o mesmo trabalhava como artesão e era chamado apenas por Carlinhos.

Morando em Vitória há décadas e também onde encontrou sua cara metade – Dayse – o amigo Carlos Ferreira encontrou solo fértil para desenvolver seu ofício  de palhaço, ganhando assim  ainda mais projeção e fama artística.

Seu apelido “Ternurinha” – como assim é conhecido na Vitória de Santo Antão –  foi fruto da sua sensibilidade, após ler o livro “Pingo de Luz”,  da escritora  Clara Machado. Nele,  o “pingo de luz”, que acompanha o personagem principal,  chamava-se Ternurinha. Ele gostou e se auto intitulou  “Palhaço Ternurinha”.

Na atualidade, exercendo o ativismo artístico e fomentador de negócios, “Ternurinha” também se apresenta como Carlinhos Brasil. Portanto, eis aí mais um,  que é mais conhecido na cidade pelo apelido – Ternurinha – do que pelo próprio nome – Carlos Ferreira da Silva.

Apelidos Vitorienses: Mané Exprementa.

Dando continuidade ao nosso projeto cultural  – Apelidos Vitorienses – que tem como objetivo maior revelar a origem do apelido dos conterrâneos que são mais conhecidos na cidade pela alcunha do que pelo próprio nome.

O senhor Manoel Antônio de Santana, mecânico afamado na nossa Vitória de Santo Antão, algumas décadas atrás, foi parado por dois polícias na BR 232, próximo ao Engarrafamento Pitú. Na ocasião, após uma regulagem na mecânica,  ele estava “experimentando” um automóvel  cinca.

Pois bem, conversa pra lá, conversa pra cá um dos polícias perguntou se ele – Manoel – também sabia “arrumar” fusca. Com sua afirmativa o mesmo (policial) disse-lhe então que depois iria procurá-lo. Com poucas informações do local da oficina em trabalhava o  Manoel Antônio de Santana, que até então era conhecido pelos  fregueses e amigos apenas por Manoel, o tal policial danou-se a perguntar por ele.

Ao perguntar por Manoel o policial acabou causando um certo receio nos seus vizinhos. Perguntava  o policial: “onde fica a oficina do mecânico que gosta de experimentar carro?”. Ao reconhecer o tal polícia, o Manoel se apresenta e cumpriu  o prometido, ou seja: arrumar e experimentar o fusca do policial. Resumo da ópera: desse dia em diante todos os seus amigos passaram a lhe chamar por “Mané Exprementa”.

Apelidos Vitorienses: DINO

Dando continuidade ao nosso projeto  cultural – Apelidos Vitorienses –,  que tem  como objetivo revelar a origem dos apelidos dos conterrâneos que são mais conhecidos pela alcunha do que pelo próprio nome, eis que catalogamos mais um.

O amigo Esmeraldino José de Deus e Melo Neto recebeu o mesmo nome do avô paterno. Indagado sobre a origem do seu apelido – Dino – não soube, ao certo, nos relatar. Mas desconfia que pelo fato do seu avô,  Esmeraldino, ter como apelido Dino, ele tenha herdado  dele o “kit” completo, ou seja: nome e apelido.

Estabelecido há mais de uma década no estado do Rio de Janeiro,  e mesmo viajando muito por conta das atividades como oficial da Marinha, Dino nunca  se afastou da sua terra natal, local que reside seus pais e seus irmãos.

Contou-nos o amigo Dino que nos tempos de garoto apenas uma professora, com o nome de Esmeraldina, lhe chama pelo seu nome de batismo. Disse-nos também que praticamente ninguém na cidade lhe chama por Esmeraldino. Assim sendo, segue mais um registro de um antonense que é mais conhecido pelo apelido do que pelo próprio nome.

Apelidos Vitorienses: Bico Doce.

Dando continuidade ao nosso projeto  cultural – Apelidos Vitorienses – que tem por finalidade catalogar os conterrâneos que são mais conhecidos na cidade pelo apelido do que pelo próprio nome, hoje, contaremos a origem do nome social do senhor Antônio Luis da Silva.

Atualmente com sessenta e dois anos o senhor Antônio Luis da Silva ainda lembra exatamente o dia – há mais de 50 anos – em que seus colegas e companheiros de pelada, lá  do Campo do Dique, lhe colocaram o apelido de “Bico Doce”.

Na qualidade de funcionário público municipal, segundo ele, algumas pessoas no ambiente de trabalho lhe chama pelo seu nome de batismo  – Antônio . Ainda segundo “Bico Doce” o seu apelido surgiu do nada.

Eis aí, portanto, a história do apelido do amigo Antônio Luis da Silva que mesmo depois de cinquenta anos,  ainda continua sendo chamado pelo apelido de criança, colocado pelos colegas do futebol – “Bico Doce”.

Apelidos Vitorienses – ZÉ DO POSTO.

Após vários apelidos, em referência ao nome do pai, da fisionomia e também várias atividades relacionada ao trabalho, o nosso amigo  José Benedito dos Santos,  recebeu várias alcunhas. Hoje, totalmente adaptado ao seu nome social, o Zé do Posto é também um dos “apelibiografados”  que é mais conhecido pelo apelido do que pelo próprio nome.

Chamado inicialmente por “Zé de Bonifácio” – nome do seu pai – e depois por “Zé da Padaria” – por ser gerente de uma padaria -, passando também por “Zé Bigode”, o senhor José Benedito dos Santos, há mais de três décadas,  é chamado pelo apelido de “Zé do Posto”.

Oriundo da vizinha cidade do Limoeiro,  “Zé do Posto” veio para Vitória para trabalhar numa padaria. Sujeito honesto e trabalhador desenvolveu,  com afinco e de terminação,  todas as atividades que lhe foram confiadas.

Com mais de três décadas trabalhando num movimentado posto de combustível na cidade o senhor José Benedito dos Santos, definitivamente virou o “Zé do Posto”. Segundo ele, apenas uma pessoa na cidade lhe chama pelo nome de batismo. Eis aí, portanto, mais um participante  do nosso  projeto cultural Apelidos Vitorienses.

Apelidos Vitorienses:Professor Dodó ou Dodó Carvalho.

Dentro do projeto “Apelidos Vitorienses”, que tem por finalidade registrar a origem da alcunha dos conterrâneos  que são mais conhecidos pelo apelido do que pelo próprio nome, hoje, realçaremos o motivo pelo qual o senhor Severino Adroaldo de Carvalho ficou mais conhecido por Dodó.

Inicialmente, através do seu pai, ele recebeu o simpático apelido da maioria dos “Severinos” do Nordeste, ou seja: “Biu”. Aliás,  uma espécie de marca da família. Dodó também recebeu do “Seu”  “Sitonho do Posto”, aos seis anos de idade, em função do apelido do seu pai (Raposa),  o apelido de “Raposa Nova”. Esse,  não pegou.

Após a morte do pai, sua mãe, que nunca havia lhe chamado por “Biu”,  passou a “investir” no “Doda”, em função do apelido do cidadão que serviu de inspiração para o seu nome, “Seu” Adroaldo da Telpe, que também ficou bastante conhecido na cidade pelo apelido  “Doda”.

“Doda” pra lá,  “Doda” pra cá, o quer fato é que, desde a sua  juventude,  o amigo Severino Adroaldo de Carvalho  foi “rebatizado” por “Dodó” e foi, aos poucos,  gostando do seu nome social. O tempo passou e o seu apelido tornou-se uma marca registrada. Alguns lhe chamam por “Professor Dodó” e outros por “Dodó Carvalho”. Assim sendo catalogamos mais um vitoriense que ficou mais conhecido na cidade pelo apelido do que pelo próprio nome.

Apelidos Vitorienses: Zé da Mula

O senhor José Firmindo de Santana foi mais uma “vítima” de “Seu” Sitonho do Posto. Ainda  no início da década de 80 (1980),  o então jovem Firmindo,  foi admitido no Posto Esso Pitú para trabalhar na função de faxineiro e, mais adiante, passou a trabalhar no  atendimento do restaurante do mesmo posto. Antes, porém, os seus parentes eram conhecidos pelo simpático apelido de “Didi”.

O apelido pelo qual o senhor José Firmando de Santana passaria a ser conhecido em toda cidade, surgiu em função de um problema de saúde. Ao se “abraçar” com um saco de batata inglesa, para transporta-lo da camionete até a cozinha do posto, sentiu uma forte dor no testículo direito chegando a ser, inclusive, hospitalizado e até afastado por algumas semanas do serviço.

Segundo nos conto o senhor Firmindo, já totalmente curado, ao se apresentar  para trabalhar novamente, “Seu” Sitonho do Posto lhe recebeu em tom de brincadeira, dizendo-lhe: “vai trabalhar Zé da Mula”. Pronto: após esse fato,  o amigo José Firmindo passou a ser chamado por todos pela alcunha de “Zé da Mula”.

O tempo passou e o José Firmindo virou empresário. Atualmente, seu ponto comercial estampa na fachada a seguinte informação: Restaurante ZÉ DA MULA.  Eis, portanto, mais uma história de um vitoriense que é ficou mais conhecido pelo apelido do que pelo próprio nome.

Apelidos Vitorienses: GIGI

Em virtude do repentino crescimento quando adolescente – aquilo que antigamente se chamava “esticão” – nossa amiga Maria do Socorro Beltrão recebeu uma simpática alcunha que, mais de meio século depois, continua lhe acompanhando como nome social.

Contou-nos a senhora Maria do Socorro Beltrão que quando estudava no Colégio Municipal 3 de Agosto, em poucos meses cresceu cerca de dez centímetros. Motivo, aliás, que lhe deixou muito satisfeita. Suas amigas da sala de aula, que ainda hoje goza do  seu convívio, resolveram lhe colocar o simpático apelido de “Girafa”.

Além do repentino crescimento, confidenciou Socorro,  que na sua família todos tem um alongado pescoço, algo que ajudou na escolha do apelido. Pois bem, para não deixar que a turma toda tomasse conhecimento da brincadeira suas amigas começaram lhe chamar, publicamente, apenas por “Gigi”.

O tempo passou e o apelido pegou. Hoje, nos mais diversos ambientes, nossa amiga Maria do Socorro Beltrão é conhecida apenas por “Gigi”. De modo que a catalogamos como uma vitoriense que também é mais conhecida pelo apelido do que pelo próprio nome.

Apelidos Vitorienses: BAD LÉO.

Dando continuidade ao nosso projeto cultural – Apelidos Vitorienses – que tem como objetivo realçar os conterrâneos que são mais conhecidos pelos apelidos do que pelo próprio nome, hoje, destacamos a origem da alcunha do produtor cultural Leonardo Edardna de Andrade Lima.

Contou-nos o Leonardo que seu apelido foi colocado e até divulgado por ele mesmo, para “apagar” uma série de apelidos que lhe trazia desconforto, tais como: “Léo Macaco”, “Gereba”,  “Carranca”, “Girafa Feia”, “Macarrão”, “Boca de Lôlo” e outros.

Aproveitando-se  de um momento midiático, onde se “exaltava” a expressão inglesa  do “Bad Boy” – menino mau – Leonardo resolveu, inteligentemente, criar uma identidade e também substituir todos os apelidos que de certa forma lhe incomodava pelo sugestivo “Bad Léo”. Não obstante, ele fez questão de  sublinhar: “não sou uma pessoa má”.

Daí pra frente, contudo, ele passou a investir no seu apelido como uma marca pessoal, criando uma atmosfera positiva em torno da sua alcunha. Eis aí, portanto, mais um vitoriense que é mais conhecido pelo apelido do que o próprio nome.

Apelidos Vitorienses: PINHA

Por conta de uma “trela”, quando criança, mais ou menos com quatro anos, o senhor Mauro Agostinho da Silva foi “rebatizado” dentro da sua própria casa. Seu pai,  sua mãe e seus irmãos passaram a lhe “chamar” pelo nome da fruta pela qual ele se “lambuzou” todo.

Hoje, conforme nos confidenciou o próprio, só no trabalho alguém lhe chama pelo seu nome de batismo – Mauro Agostinho da Silva. Segundo o amigo Mauro, sua mãe lhe contou que ele, após pegar algumas pinhas que ela havia acabado de comprar, se escondeu debaixo da sua cama para saboreá-las sozinho.

Dando pela falta do dito cujo, após algumas buscas dentro de casa, o garoto Mauro foi encontrado, todo lambuzado de pinha,  debaixo da cama, escondidinho e caladinho com medo de apanhar. Daí em diante, contudo, seu apelido dentro de casa passou a ser “PINHA”.

Eis aí, portanto, a história da origem do apelido do vitoriense Mauro Agostinho da Silva que, assim como tantos, também  ficou mais conhecido na cidade pelo apelido – PINHA – do que pelo próprio nome.