CARTA MAGNA OU GATA MAGA – por Sosígenes Bittencourt.


O feriado da Carta Magna é um feriado estadual de Pernambuco que acontece no dia 6 de março. A data homenageia a Revolução Pernambucana de 1817, que tornou o estado independente de Portugal.

A macacada não estende a História e inventa a estória de encher a cara de água que gato não bebe, apelidando a data de Gata Maga.
Felino abraço!

Sosígenes Bittencourt

SAGITÁRIO E ALEGRIA – por Sosígenes Bittencourt.

Silvio Santos, um exemplo de Sagitariano que mereceu tudo que conquistou na vida, pela generosidade em alegrar com ajuda e alegria. Simplesmente, o signo de Walt Disney. Quando desenhou um boneco e disse que o faria andar, chamaram-no de louco, sem saber que a concretização do seu sonho enlouqueceria o mundo de alegria.

Viva a vida!

Sosígenes Bittencourt

MORTE DO VIGILANTE RODOVIÁRIO – por Sosígenes Bittencourt.


Morre, aos 91 anos, o ator e policial Carlos Miranda, O Vigilante Rodoviário, sucesso como ícone da TV Tupi, nos anos 60, um galã todo enfeitado, em defesa da sociedade contra a criminalidade.

De acordo com a violência de então, que nos desafia, quando os traficantes, armados de fuzil e granada, querem perfurar delegacias, Carlos Miranda não passaria de um mero fiscal de quarteirão.
Assombroso abraço!

Sosígenes Bittencourt

ONDE ESTÁ A POESIA? – por Sosígenes Bittencourt.

ONDE ESTÁ A POESIA?
O poema é a poesia contada.
O poema é a linguagem da poesia.
A música é a poesia tocada.
A música é o som da poesia.
A pintura é a poesia pintada.
A pintura é a cor da poesia.
O teatro é a poesia encenada.
O teatro é o movimento da poesia.
A escultura é a poesia esculpida.
A escultura é o contorno da poesia.
E o artista é a revelação da poesia.

Sosígenes Bittencourt

MINHA FANTASIA – por Sosigenes Bittencourt.

A minha fantasia é original e não me custa um tostão.
Estou fantasiado de idoso, e o alfaiate é o tempo.
Embora, sem neto, posso ser o avô das meninas,
sobretudo das solteironas casadoiras e das separadas esperançosas.
A música que canto, nos ambientes por onde passo, é a modinha de finado Capiba, Modelos de Verão.
Quanta mulher bonita
tem aqui neste salão
parece até desfile
de modelos de verão
até as viuvinhas
do artista James Dean
vieram incorporadas
hoje a noite está pra mim!
Eu daqui não saio,
eu não vou embora,
tanta mulher bonita
e minha mãe sem nora.

Sosigenes Bittencourt

CAFÉ FILOSÓFICO – por Sosígenes Bittencourt.

Em Restaurante salutar, na refrigerante Gravatá, sorvendo um caldinho de sururu, dos melhores que minhas papilas gustativas já puderam testemunhar. Lembra-me a idade de casar, alertado pelo conselho socrático, remontando à Idade Antiga, afeito a filosofar: Em todo o caso, casai-vos: se vos couber, em sorte, uma boa esposa, sereis felizes, porém, se vos vier a calhar uma má, sereis filósofos, o que é excelente para os homens.

Sosígenes Bittencourt

O PENSADOR – por Sosígenes Bittencourt.

De Nietzsche: Há sempre um pouco de loucura no amor, mas há sempre um pouco de razão na loucura.
De Rachel de Queiroz: Toda morte é um prejuízo, mas a morte de um poeta é uma agressão ao patrimônio humano.
De Rabelais: Não tenho nada, devo muito, o resto deixo pros pobres.
De Rainer Maria Rilke: Amor são duas solidões que se protegem.
De Gonzaguinha: Como se fosse o sol desvirginando a madrugada.
De Otto Lara Resende: O homem é triste porque morre.
De Nelson Rodrigues: O homem é triste porque vive.
Reflexivo abraço!

Sosígenes Bittencourt

UMA DEFINIÇÃO DE MIM – por Sosígenes Bittencourt.

 

Uma das melhores definições de mim não é minha, é do escritor e pensador inglês Chesterton: O homem SÃO é aquele que tem a tragédia em seu coração e a comédia em sua cabeça.

Mas, explicou: A comédia do homem sobrevive à sua tragédia.
Chesterton também dizia: O que amargura o mundo não é excesso de crítica, mas a ausência de autocrítica.

Quer dizer, a crítica está presente no coração do homem, mas, quanto a sua autocrítica, olha-se no espelho, sorri e faz piada. O homem é condescendente com os seus erros e atroz com os erros alheios, por isso julga mal.

Sosígenes Bittencourt

A ESPERANÇA – por Sosígenes Bittencourt.

No batente da garagem, há dias, há uma esperança. Apesar de imóvel, a esperança vive, a esperança não morre.

Eu fui dormir, pensando na esperança. Eu acordei, procurando a esperança.
Eu pensava que a esperança havia ido embora. Porém, a esperança permanecia ali, verde como a esperança.

Vieram algumas pessoas, falavam alto, nem se ligaram na esperança. Não sabem o que perderam em não usufruir a esperança.

A esperança é uma poesia, pousada, há dias, num batente aqui de casa. Ninguém se agonia, ninguém tem medo da esperança.

A esperança, se um dia vier a ir embora, estará aqui sua lembrança.

Sosígenes Bittencourt

UM DIA, EM CUMBUCO, NO CEARÁ – por Sosígenes Bittencourt.

Um dia, eu fui bater na praia de Cumbuco, no Ceará. Havia passeio de Bugre, dunas, o céu bem pertinho do mar. Eu vi gente a cavalo, senti cheirinho de fumo de rolo, vi paraquedista bailando no ar. Parecia uma comunhão entre as zonas rural e urbana na orla marítima do Ceará.
Foi em Cumbuco que eu vi a morena mais bonita do mundo, fantasiada de indígena, vendendo umas castanhas do tamanho de um caju. Morena avermelhada, carnadura torneada e carinha de menina. Fiquei tão abestalhado que terminei confeccionando a seguinte revelação: Eu já não me sinto uma FORTALEZA, nem sei o que CEARÁ de mim.
Já de volta, acomodado no avião, sobrenadando um acolchoado de nuvens sob a luz solar, vinha matutando: que coisas tão lindas, eu vim de Pernambuco ver na praia de Cumbuco, aqui no Ceará. E supliquei à aeromoça: – Moça, me dê uma bebidinha quente para eu sonhar.
À saída, a mesma aeromoça me perguntou: – O senhor fez boa viagem?
Ao que, meio sonhando, respondi: – Viajando com você, acima das nuvens, eu me senti do céu pra lá.
Sosígenes Bittencourt

ORA PRO NOBIS – por Sosígenes Bittencourt.

A Paróquia de Santo Antão, na Terra da heroína Mariana Amália, pastorada pelo menino do fotógrafo Sebastião Verçosa, Pediatra, Dr. Fernando Verçosa, esbanjando mira, perante a Domus Dei, imponente, circunspecta, vitalizada, pelo manto clarividente da luminosidade alva, no Pátio da Matriz, em Vitória de Santo Antão, PE.
Ora pro nobis!
Sosígenes Bittencourt

PROCRASTINAÇÃO – por Sosígenes Bittencourt.

O que levaria um juiz a amolegar um Processo de um miserável, anos a fio, à espera de um advogado cujo réu não pode contratar?

Eu testemunhei o sofrimento de um ajudante de pedreiro que foi preso, espancado e comeu dois anos de cadeia, acusado de participar do roubo de uma moto, comprovadamente, inocente. Depois que foi solto por uma advogada que se compadeceu do seu lamentável estado, a vítima da (in)Justiça teve receio de entrar com pedido de indenização, acreditando que iria ser executado. Uma imoralidade!

O filosofo grego Platão afirmava que “O Processo é a mais excelente das tragédias.” Ou seja, porque se dedica mais às formalidades do que aos aspectos substantivos, promovendo a infame longevidade.
Procrastinado abraço!

Sosígenes Bittencourt