Momento Pitú – Dia Nacional da Cachaça, a bebida que é símbolo de resistência do Brasil

O dia 13 de setembro marcou a chamada “Revolta da Cachaça” contra as perseguições dos colonizadores portugueses; em Pernambuco, é possível conhecer um pouco mais sobre a história da cachaça no Centro de Visitação da Pitú, em Vitória de Santo Antão

Em uma mesa de bar ela é chamada por vários apelidos, podendo ser “pinga”, “marvada”, “danada”, “limpa-goela”, “branquinha” ou simplesmente “cana”, mas a denominação de origem é uma só: brasileira. A bebida mais popular do País já teve declarações assinadas entre os governos do Brasil, Chile, México, Estados Unidos e Colômbia oficializando a cachaça como um produto genuinamente brasileiro, o que ampliou as possibilidades de negócio nesses territórios. Entretanto, o esforço do setor ainda é conquistar a denominação em todos os países onde a bebida é comercializada.

Mas, a mais pura verdade é que a cachaça com todas as suas características peculiares e genuinamente brasileiras tem consumidores fiéis desde os tempos coloniais e por isso merece ser celebrada anualmente em 13 de setembro.

Uma curiosidade revelada pelo estudioso de cachaça Jairo Martins no livro “Cachaça – O mais brasileiro dos prazeres” é que, já em meados de 1516, a cachaça já era produzida e bastante consumida no Brasil, sendo a primeira aguardente das Américas, antes mesmo do aparecimento do pisco peruano e da tequila mexicana. Ou seja, a cachaça é mania de brasileiro desde os tempos coloniais, quando sua produção se consagrava como uma importante atividade econômica do País.

A popularidade da cachaça entre os brasileiros desde os primórdios se tornou um impasse para os colonizadores, pois a preferência pela “branquinha” resultou em uma redução no consumo de bebidas importadas de Portugal. Com o interesse em aumentar a comercialização de seus produtos em solo brasileiro, a Coroa Portuguesa proibiu a fabricação e a venda da cachaça no País através de uma Carta Real que datava 13 de setembro de 1649. A partir dessa longa perseguição dos portugueses, os proprietários de cana-de-açúcar e alambiques, cansados de venderem o produto nas encobertas, manifestaram-se a favor da cachaça no dia 13 de setembro de 1661 em uma grande comoção nacional de pertencimento da “pinga”, o que ocasionou a chamada “Revolta da Cachaça”. A partir disso, a bebida destilada tipicamente brasileira se tornou um símbolo de resistência nacional contra a colonização portuguesa, e tem essa conquista celebrada em todo dia 13 de setembro.

 Pernambuco é berço da tradicional cachaça PITÚ

 A Engarrafamento Pitú chega aos 84 anos de história em 2022. Fundada em 1938 por Joel Cândido Carneiro, Severino Ferrer de Moraes e José Ferrer de Moraes, na cidade de Vitória de Santo Antão, que fica na Zona da Mata de Pernambuco, a Pitú inicialmente trabalhava com a fabricação de vinagre, bebidas à base de maracujá e jenipapo, além de engarrafar aguardente de cana fornecida por engenhos locais. Naquela época, mal sabiam eles que a cachaça seria o sucesso da marca, e uma das bebidas mais consumidas pelos brasileiros.

Com ritmo de crescimento acelerado, em 1945 a empresa comprou o engenho Arandú do Coito, depois denominado de Engenho Pitú, passou a produzir sua própria aguardente de cana em destilaria, e industrializou seu engarrafamento com a aquisição de máquinas importadas. Foi nesta época que a empresa recebeu o nome de Indústria de Aguardente Pitú, uma referência ao nome do Engenho e aos “pitús”, crustáceos de água doce muito apreciados, que existiam em abundância nos mananciais que banhavam o engenho.

O primeiro rótulo da marca, “Pitú – Melhor que Todas,” foi criado por um amigo dos fundadores, o artista plástico pernambucano e apreciador de cachaça Henrique de Holanda Cavalcanti. Entre as décadas de 1950 e 1970, a Pitú se consolidou como marca, quando a empresa expandiu sua produção no negócio de bebidas, levando a empresa a ganhar o mercado nacional. E no início 1970, ela iniciou sua divulgação e comercialização no exterior, começando pela Alemanha como parceiro com visão de negócio estratégico que levou a Pitú para toda Europa.

Com a expansão da marca, a Pitú viu a necessidade de adquirir novos equipamentos, ampliar a infraestrutura e, em 1974, inaugurou suas novas instalações às margens da BR-232, em Vitória de Santo Antão, endereço atual.

Centro de Visitação na fábrica em Vitória de Santo Antão

E para retribuir todo o carinho recebido pelos apreciadores e fãs da Pitú, a fábrica dispõe de um Centro de Visitação. Ao adentrar no universo “pituzeiro”, os visitantes são guiados por uma equipe técnica que conta toda a história da cachaçaria em uma curiosa e divertida linha do tempo. O público também é convidado a degustar os produtos da Pitú no bar interno, assim como a contemplar maquinários antigos, rótulos, embalagens e artigos antigos que compõem a trajetória. Ao final da visita, em uma sala de cinema própria do Centro, é exibido um filme com cerca de 10 minutos sobre como se deu a união de duas famílias para a criação da Engarrafamento Pitú. No local, ainda é possível comprar todas as bebidas da marca e souvenirs personalizados.

E o que fazer para viver essa experiência única em uma das mais tradicionais fábricas de cachaça do País? O agendamento precisa ser realizado previamente por meio do telefone: (81) 3523-8066.  

Características dos produtos Pitú

Pitú “branquinha” – É uma aguardente de cana pura, transparente, de sabor marcante e teor alcoólico de 40% vol. É acondicionado em vários tipos de embalagens: garrafas retornáveis de 600 ml (caixas com 12 e grades com 24 unidades), garrafas de 965 ml (caixas com seis e grade com 12 unidades) e latas de alumínio com 350 ml, 473 ml, 710 ml (pacotes com 12 unidades).

Pitu Gold – 100% envelhecida em barris de carvalho, com teor alcoólico de 39% vol. e acondicionada em garrafas de 1L.

Pitu Vitoriosa – Envelhecida por cinco anos em barris de carvalho francês e refinada em barris de carvalho americano, onde ocorre o aprimoramento da qualidade sensorial e harmonização de cor e aromas. Teor alcoólico de 39% vol. e acondicionada em garrafas de 750ml.

Pitu Limão – Coquetel de aguardente de cana e limão. Com teor alcoólico de 30% vol., envasado em lata de alumínio com 350 ml, comercializado em pacotes plásticos com 12 unidades.

Pitu Cola – Mistura de aguardente de cana com refrigerante à base de cola, bebida gaseificada refrescante, com teor alcoólico de 5% vol. Acondicionamento em lata de alumínio de 350 ml em pacote com 12 unidades.

Cadela desaparecida

A cadela Sheron, que pertence ao casal Carolina Mesquita e David Pivoto, está desaparecida. Trata-se de uma pitbull marron que esta doente, inclusive com protetor branco em sua cabeça. Quem localizar a cadela será bem recompensado pelo casal.

Contatos: 3523-7393 / 8747-7290 / 8796-5025.

Achados e Perdidos: Foto registrada durante o Carnaval 2010

Estreando a coluna Achados e Perdidos, publicamos uma foto registrada durante o carnaval deste ano pelo conhecido fotógrafo Raminho, na praça Duque de Caxias. O fotógrafo nos relatou que achou a fotografia enquanto organizava os seus arquivos e, curioso, quis saber quem é a referida foliã, já que Raminho circula pelas ruas da cidade, clicando os momentos. Conhece a garota da foto? – Entre em contato com o blog.

Nova Coluna: Achados e Perdidos

Cumprindo fielmente o objetivo de informar apenas as notícia da Vitória e dos vitorienses, estamos criando mais um espaço em nosso “Jornal Eletrônico Diário”, trata-se da coluna  Achados e Perdidos da Vitória. Iremos desenvolver um trabalho de utilidade pública onde o internauta pode nos solicitar a publicação de parentes perdidos, animais de estimação, objetos, documentos, amigos que faz tempo que encontrou etc. Portanto,  fica o internauta com mais essa ferramenta ao seu alcance.

Envie a sua mensagem para contato@blogdopilako.com.br