Um dos instrumentos de tortura mais terríveis utilizados no ciclo da ditadura militar brasileira era a famigerada “cadeira do dragão”.
Muito utilizada pelo DOPS e pelo DOI-CODI, a estrutura do assento era feita de madeira e coberta com uma folha de zinco, ligada a um regulador de voltagem, que a transformava em uma “cadeira elétrica caseira”.
O indivíduo torturado era preso aos pulsos por cintas de couro e, em seguida, eram amarrados fios em suas orelhas, língua, em seus órgãos genitais (enfiado na uretra), dedos dos pés e seios (no caso das mulheres).
Para completar, água era jogada sobre o seu corpo completamente nu, o que fazia com que a força do choque fosse elevada ao extremo.
Mas, não parava por aí.
O pior era a pressão psicológica.
O torturador costumava descrever tranquilamente as consequências do aparelho (como convulsões e perda do controle intestinal), liberando alguns choques para confirmar a sua argumentação.
Se isso não surtisse efeito, era liberada uma descarga elétrica completa.
O preso, então, sentia todo o corpo tremer, especialmente as partes em contato com o zinco.
A duração e a intensidade eram controladas para não o matar, podendo ser aumentadas a cada dose, que eram alternadas com espancamentos.
Este perverso e desumano método de tortura foi aplicado em diversos presos políticos no Brasil, como Frei Tito, o protagonista do nosso último retalho.
60 anos do golpe militar de 1964.
Lembrar para não esquecer.
#ditaduranuncamais
A quem interessar, recomendo o livro “Brasil: nunca mais” de Dom Paulo Evaristo Arns.
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Pilako essas historinhas são pra dar medo nos meninos, né??? kkkk