SEMPRE COM PITÚ: ZECAS BAR.

Dando continuidade a nossa nova coluna: Sempre Com Pitú, onde procuramos contar um pouco da história dos bares/restaurantes/botecos da nossa cidade, hoje, destacaremos o ZECAS BAR que fica localizado no Distrito de Bonança.

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Chegando ao salão do ZECAS BAR o cliente já fica logo sabendo que o dono do estabelecimento  é torcedor do Leão da Ilha. Mas, para não espantar os clientes que são torcedores do Náutico e do Santa Cruz, Zeca teve o cuidado de produzir um painel na parede realçando as cores do Sport mais não esqueceu de lembrar dos times rivais. No painel ele diz: LUXO É SER RUBRO-NEGRO – Em respeito aos outros…..

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No outro lado do salão o Zeca  procurou retratar na parede uma cena bem regional, já que o engenho de cana  de açúcar sempre fez parte da cultura do local.

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Ao perguntar a Zeca sobre o motivo dele  ter escolhido esse ramo como negócio ele foi taxativo: “sempre tive vontade de ter um bar”. Contou-nos Zeca que há mais ou menos uns vinte anos ele tinha uma mercearia que também servia de bar. Conciliar os dois negócios no mesmo espaço não era uma tarefa fácil. Disse ele.

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A mercearia virou um mercadinho, que funciona ao lado do bar. Mas, o lugar que Zeca gosta de ficar e trabalhar é no bar. O seu empreendimento – ZECAS BAR – é ponto de referência para as pessoas do lugar e de quem vem  de fora. Na ocasião encontramos o prefeito da cidade do Paulista, Júnior Matuto, cliente que conhece o bar há mais de uma década, saboreando o prato “carro chefe” da casa. Veja o vídeo:

Para os clientes que gostam de tomar o aperitivo PITÚ, engarrafada há mais dez anos, o  Zeca tem uma prateleira que guarda várias relíquias.

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Zeca nos contou que entre os seus clientes mais ilustres, ele guarda com muita dor e saudade a figura de Eduardo Campos. Em virtude do ex -governador de Pernambuco possuir propriedade próximo ao seu estabelecimento era um cliente assíduo do seu bar nos finais de semana e feriados que vinha descansar com  a família na propriedade.Veja o vídeo.

O ZECAS BAR funciona de terça a domingo. O prato mais pedido na casa é a famosa BUCHADA.

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Esta coluna tem o patrocínio do Engarrafamento Pitú.

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SERVIÇO:

Caso você seja proprietário de um bar/restaurante/boteco ou assemelhados e tenha interesse em ter a história do seu negócio contada aqui, favor entrar em contado conosco pelo fone (81) 8437-5414 ou pelo e-mail pilakovb@hotmail.com. O contato também poderá ser realizado diretamente com o Engarrafamento Pitú, através de Helder Nery pelo fone – (81) 9676-0113.

SEMPRE COM PITÚ: Restaurante Gamela de Ouro

Conforme anunciando, hoje estamos começando a nova coluna – SEMPRE COM PITÚ – aqui no blog, que tem como objetivo escrever um pouco da história dos bares/restaurantes/botecos  e assemelhados da nossa cidade. Possivelmente, assim como estar ocorrendo com a coluna apelidos vitorienses, esta sequência de matérias será condensada em um livro. Este trabalho, vale salientar, conta com o apoio do Engarrafamento Pitú. Para abrir  a série, escolhemos o Restaurante Gamela de Ouro.

O Restaurante Iapuãna – nome inicial da Gamela de Ouro – iniciou suas atividades, segundo informações dos atuais proprietários, no dia 19 de setembro em 1964 pelas mãos do senhor Fernando Carneiro. No início, de maneira rústica, o restaurante teve suas instalações construídas com troncos de coqueiro coberto com esteiras, parecido com   uma chopana.

O restaurante, com poucos anos depois, mudou de nome e de dono. Já com a marca Gamela de Ouro o irmão de Fernando,  Clodoaldo Carneiro, popularmente conhecido por Dodó da Gamela,   adquiriu o empreendimento. Isto ocorreu, precisamente, 1969. Em 1970, Dodó realizou uma grande reforma e fez uma espécie de reinauguração.

O TEMPO VOA - João Vitor, Antonio Lele, Eusébio, Dodó da Gamela, Guga Celestino - Decáda de 70 - Gamela de Ouro

João Vitor, Antonio Lele, Eusébio, Dodó da Gamela, Guga Celestino – Decáda de 70 – Gamela de Ouro. Foto: Arquivo Pessoal de João Vitor

Desde então, o Restaurante Gamela de Ouro passou a ser a “casa” de Dodó. Bem relacionado na sociedade vitoriense, Dodó tornou  sua casa comercial em um dos lugares mais bem frequentados da cidade, aliás, a Gamela de Ouro, ao longo dos anos, passou a ser uma parada obrigatória, no que diz respeito à  gastronomia, ao longo de toda BR 232, assim como, uma referência importante da Vitória de Santo Antão.

No entorno do Restaurante, anos depois,  Dodó construiu um zoológico e um parque de diversão infantil. Entre os bichos do seu zoológico particular, havia uma onça. Pois bem, contou-nos Alexandre, um dos filhos de Dodó, que a onça, certa vez, fugiu da jaula e só foi apreendida,  dias depois, na cidade de Limoeiro e, evidentemente, resgatada por seu pai.

Mesmo sem ter um espaço considerável para a realização de grandes eventos, os salões da Gamela de Ouro já recebeu atrações musicais conhecida  nacionalmente,  tais como: Valdik Soriano, Núbia Lafayette, Fernando Mendes, Jorge de Altinho, Adilson Ramos, Paulo Diniz, Ivanildo Sax de Ouro, Altemar Dutra e tantos outros. Alias, a última apresentação no Brasil do cantor  Altemar Dutra foi, justamente, aqui em Vitória, na Gamela de Ouro.

O TEMPO VOA - Premiação na Gamela de Ouro - Na foto Pedro de Bilau, Clodoaldo da Gamela e Ivanildo Sax de ouro - Década de 80Premiação na Gamela de Ouro – Na foto Pedro de Bilau, Clodoaldo da Gamela e
Ivanildo Sax de ouro – Década de 80. Acervo pessoal de Clodoaldo.

Na questão da culinária,  o prato “carro-chefe” da Gamela de Ouro sempre foi o galeto. No petisco, o filé com fritas sempre esteve no primeiro lugar. Os últimos vinte anos da vida de Dodó, literalmente, ele morou na Gamela, ocasião, aliás, que o restaurante também atuou como uma espécie de pousada. Neste período, os clientes e frequentadores da Gamela tiveram a oportunidade de contemplar as coleções de moedas, fotografias e cachaça que  Dodó mantinha expostas diuturnamente no restaurante.

Com a morte de Dodó, em 2004, os negócio do Restaurante Gamela de Ouro passaram  a ser geridos pelos filhos: Clodoaldo, Alexandre e Bruno. As filhas de Dodó sempre participaram do negócio da família de maneira tímida. Clodoaldo e Alexandre, bem mais velho que Bruno, também aturam no negócio,  diretamente com o pai.

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Segundo Clodoaldo e Alexandre, história e curiosidades sobre a Gamela de Ouro é o que não faltam. Naquele tempo (décadas atrás) o sistema de trabalho dos dois era alternado, ou seja, num  final de semana trabalhava Clodoaldo, noutro  Alexandre.

Na semana que era Alexandre, os clientes, já naquela época, tinha a oportunidade de escutar músicas mais descoladas, pois ele também atuava como uma espécie de Disc Jochey, ou seja, ele usava os dois “passa disco” simultaneamente para que a música seguinte começasse tocar  antes da outra acabar. Novidade para época.

Durante alguns meses do ano de 2009, o Restaurante Gamela de Ouro, ficou sob o comando de uma pessoa sem ser da família. Um pouco antes deste período, em um dia de semana a tarde, o teto do prédio chegou a desabar. Não houve nenhum prejuízo humano, apenas, danos matérias. No ano de 2010, o filho mais novo de Dodó da Gamela, Bruno Carneiro assumiu o negócio.

Hoje, o Restaurante Gamela de Ouro, em função da mudança do mercado mantém uma postura mais voltada para eventos. Bandas com perfis de interesse  do público  mais jovem tem sido a força motriz do empreendimento nesta nova roupagem, no entanto, festas mais tradicionais promovidas pelos mais diversos segmentos,  também escolhe a Gamela como local, aliás, diz o slogan da Gamela: “o melhor clima da cidade”.  Veja o vídeo com Clodoaldo, Alexandre e Bruno:

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Mas, independente de qualquer coisa, o Restaurante Gamela de Ouro marcou, e continua marcando, as gerações na nossa cidade. Muitos casamentos, inúmeros negócios comerciais, reuniões carnavalescas e decisões políticas, tomadas nas dependências do mais famoso restaurante da cidade, modificaram o curso da história na nossa Vitória de Santo Antão.

Para encerrar, podemos dizer, sem dúvida, que a Gamela é uma MEMÓRIA VIVA da nossa terra. Em nome dos vitorienses,  das mais diversas gerações,  nós, do Blog do Pilako, parabenizamos o saudoso Dodó da Gamela, assim como, seus familiares por este empreendimento que transformou a história recente da sociedade vitoriense.

O TEMPO VOA - Rubem, Elias baichinho, Moises Sales, e Zé Guelf - Gamela de Ouro - Década de 70 - Acervo Pessoal de Moisés Sales

Rubem, Elias baichinho, Moises Sales, e Zé Guelf – Gamela de Ouro –
Década de 70 – Acervo Pessoal de Moisés Sales.

Entre outros: Zito Marino, Manoel Mizura, Miro Caboclo e Joel Neto.

O TEMPO VOA - Gamela de ouro - Acervo Demetrius

Antônio Tripa, Junior Gouveia, Fausto Tenório e Demetrius Lisboa e suas respectivas esposas. Por trás, em pé, Drayton Bandeira. Foto registrada no Restaurante Gamela de Ouro, nos anos 1980. Foto acervo pessoal de Demetrius Lisboa.

Da esquerda para a direita: Djalma (in memoriam), Alexandre da Gamela, Cocota, Murilo, Léo, Silvio, Joel Neto e Pilako. De costas: Clodoaldo e Mano do Cartório. Foto Registrada em 1992, na Gamela de Ouro.

Esta coluna tem o patrocínio do Engarrafamento Pitú.

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