HISTÓRIA ABERTA- UM KENNEDY EM VITÓRIA – ESCREVEU RONALDO SOTERO

Se muitos vitorienses tivessem noção da importância histórica e cultural de sua cidade dariam a ela um olhar diferente. Foram tantas as pessoas de projeção em passagem pelo município, como escritores, artistas, políticos, a exemplo de ex-presidentes da República, Getúlio Vargas, Afonso Pena, Juscelino Kubitschek , Castelo Branco, Luiz Silva, imperador Pedro Segundo, via obrigatória de vários famosos.

Uma visita ao Recife no dia 30/7/1961, do irmão do presidente dos EUA John Kennedy (1917-1963) e do senador Robert Kennedy (1925-1968), ambos assassinados, do então promotor-assistente pelo estado de Massachusets, Edward “Ted” Kennedy (1932-2009), aos 29 anos, durante viagem a América Latina, motivou sua ida a Vitória de Santo Antao, no dia seguinte, uma segunda-feira, 31/7/1961, para conhecer o Engenho Galileia, marco das Ligas Camponesas. Nos dois dias em Pernambuco, ele esteve em visita ao governador Cid Sampaio e hospedou-se no antigo Grande Hotel, centro de Recife, atual prédio do Fórum Thomaz Wanderley.

Na visita a Vitória , Edward “Ted” Kennedy, mais tarde senador por 8 mandatos pelo Partido Democrata, o tradutor seria o economista cearense Celso Furtado, primeiro superintendente da Sudene. Furtado serviu durante a 2a. Guerra na FEB- Força Expedicionária Brasileira, em 1944, na cidade italiana de Toscana, como oficial de ligação e tradutor dos militares brasileiros e o alto comando do V Exército Americano. O domínio do inglês lhe abriu muitas portas.Em 1962, ministro do Planejamento do governo João Goulart, foi mais tarde cassado pelo Governo Militar. Exilado na França, ensinou em Sorbonne. É autor do clássico Formação Econômica do Brasil”. Com a anistia, retomou sua vida no Brasil.

A viagem de Edward “Ted” Kennedy em terras vitorienses pode ser melhor conhecida em dois livros essenciais. Pernambuco em chamas, do jornalista do Diário de Pernambuco, Vandeck Santiago e A revolução que nunca houve, do americano professor da Universidade de Georgetown, Joseph Page. Lançado inicialmente em inglês, em 1971, nos EUA, o livro só recebeu a edição brasileira em 1989, traduzido pelo escritor paraibano Ariano Suassuna.

Ronaldo Sotero – LER É DESCOBRIR

Tragédia no Matadouro: teatro para todos – sábado 21 – 16h

Tragédia no Matadouro: uma história de amor e ódio contada por um grupo de palhaços. O Círculo Mágico da Cabriola fará um ensaio aberto da peça Romeu e Julieta, de Shakespeare, no próximo sábado, 21, ao lado da praça do Matadouro, às 16h. O espetáculo comporá a programação do Natal de Todos, evento realizado pelo movimento Ocupe Todos Pela Educação.

Na peça, os palhaços Butico, Cambotinha, Barraca, Foguinho e Biliro interpretam os famosos personagens da tragédia lírica Romeu e Julieta, de William Shakespeare. A direção é de Durval Cristóvão. Os figurinos e as maquiagens nasceram de uma oficina realizada por Anaíra Mahin, multiartista pernambucana. O espetáculo é em memória de Antônio Cadengue, diretor e teórico pernambucano. O elenco é formado pelos atores-palhaços: Arthur Carvalho, Hugo Tavares, Kelryn Lainym, Sammia Gonçalves e Welligton Luís.

Momento Cultural: Ao som dos Clarins – por GUSTAVO FERRER CARNEIRO.

Uma batalha????

De um lado homens da palha

Rosa na boca

Óculos escuros

Fardão ricamente bordado

Entorpecido de cachaça

Caminhando sob sol escaldante

Repique de chocalhos

Desfilando sua majestada em lanças

Na batida de um baque virado

Do outro lado

Um exército de séquitos

Roupa de mescla

Lanço vermelho no pescoço

Sandália de couro

Bacamartes em punho

8 polegadas na cintura

Armados até os dentes

Ao som de oito baixos

Zabumba e triângulo

Repicando ao pé de uma serra

Descendo o morro,

Um grupo de caboclinhos

Com seus penachos coloridos

Pés descalços

Estalos de arcos

Num batuque ensurdecedor

Negros cantam

As som dos tambores silenciosos (???)

Evocando ancestrais africanos

Afoxés mágicos

Entidades desconhecidas

A cavalaria avança

Cavalos marinhos, caluas e ursos

Papangus gritando

Repique de Castanholas?

A La ursa quer dinheiro

Quem não der é pirangueiro

Um galo gigante canta a beira do rio

Acordando menestréis e boêmios

Rebuscando amores perdidos

O som dos clarins

Inunda essa magia

Buscando uma energia

Não se sabe de onde

Exaltando toda a paixão e “frevor”

Esse “Frevor”

Espora afiada sobre a tristeza

Batuque incansável

Sob um corpo cansado

Entretanto incontrolável

Sem conseguir segurar

Arrastando multidões

Cegas levadas por um instinto

É a Síntese da alma

De um povo que acredita

Que a cultura supera barreiras

Vencendo toda e qualquer batalha

É Pernambuco no coração

Um Brasil inundado de emoção

Nessa batalha cultural

Oh quarta-feira ingrata,

É carnaval…

(MOSAICO DE REFLEXÕES – GUSTAVO FERRER CARNEIRO – pág. 22 e 23).

Momento FAMAM – Faculdade Macêdo de Amorim

Inteligência artificial, análise de sentimento, busca visual: as tendências de Marketing Digital em 2020 são muitas. Entender como utilizá-las pode ser o diferencial que você precisa para se destacar nesse mercado que cresce a todo momento.
O Marketing Digital vem se consolidando como uma das ferramentas mais eficientes para atrair consumidores e ampliar o alcance de uma marca.

O sucesso de estratégias, voltadas para a internet, atrai empresas de todos os tamanhos, o que faz com que a engrenagem de novidades nesse nicho gire cada vez mais rápido. Para ser bem-sucedido, em 2020, é preciso saber mais do que você sabia em 2019. Afinal, acompanhar as mudanças nas preferências da audiência e ficar por dentro das tendências que surgem a cada dia são fundamentais para se destacar em um mercado já caracterizado pela alta competição.


Por isso, é bom se preparar o quanto antes para explorar as novas tecnologias que vêm surgindo e adotar as práticas mais recomendas para lidar com o público atual. Pensando no seu sucesso, a FAMAM oferece a Pós – Graduação em Marketing Digital, para você que se identifica e deseja ter um excelente futuro profissional

CUIDADO COM JANEIRO – por Sosígenes Bittencourt.

Obviamente que eu não diria “cuidado com o Natal”, porque o nascimento de Jesus não tem nada a ver com isso. Porém, diria que é preciso segurar a emoção com o lado consumista da festividade, para em janeiro não estar com a mão na cabeça, por causa da farra financeira. Segundo alguns discursos evangélicos ou pastorais, Jesus é razão.

Não há riqueza maior no ser humano, força mais criativa do que a emoção, mas é preciso administrar seus excessos com a intermediação da razão. Napoleon Hill já o disse: “O entusiasmo é a maior força da alma.” Contudo, ‘entusiasmo’ deriva de “em + Teos”, ou seja, com Deus na alma, em estado de graça. Não adianta você cobrir-se do supérfluo, para depois carecer do essencial.

“Cuidado com Janeiro” significa “cuidado com as dívidas”. Outro dia, vi um economista dizendo que ninguém trabalha para pagar contas, trabalha para se manter. Quem recebe para pagar, não recebe, transfere. Ademais, é preciso confeccionar um colchão de segurança, para nas vacas magras ter como se socorrer. Não vá com tanta sede ao panetone, lembre-se do pão nosso de cada dia.

Prudente abraço!

Sosígenes Bittencourt

Mais um ano de “Missão Cultural”: prestação de contas, condecorações e comes e bebes!!!

Em recente encontro, ocorrido no sábado (14), em local reservado para o grupo, celebrou-se mais um ano de intensas atividades da “Corriola da Matriz”. O grupo, que tem uma mensalidade, realiza uma “missão cultural” todos os meses do ano.

Ao final, no mês de dezembro, os integrantes são condecorados com medalha realçando seu  grau de frequência nos passeios. Uma rápida e objetiva prestação de contas é realizada. Doravante, comes e bebes, boas conversas e tudo que um bom encontro de amigos pode oferecer.

E por falar em tristeza – por Sosígenes Bittencourt.

Eu sou meio ruim de tristeza. Pelo contrário, carrego uma certa alegria n’alma que, muitas vezes, confundem com falta de seriedade. Porque o importante não é a tristeza que você sente, mas o que você pode fazer com a tristeza que sente. Tristeza longa, duradoura é depressão. É caso clínico. Eu prefiro a tristeza que é caso cínico. Dizia, o dramaturgo Nelson Rodrigues, que “não se faz literatura, política e futebol com bons sentimentos.”

Por exemplo, a tristeza, para mim, é motivo de literatura. Eu recebi um grande conselho do poeta alemão Wolfgang Goethe: Faz da tua dor um poema, e ela será suavizada.

Sosígenes Bittencourt