Momento Cultural: O Natal da Vovózinha – por ALBERTINA MACIEL DE LAGOS

Ouça vovozinha querida:

– Você, hoje, aniversaria.

Seus netos, com alegria,

Fizeram, assim, uma prece:

– Senhor, daí a vozinha longa vida

porque, de fato, ela merece

que a nossa prece seja ouvida

Sim, ela que é do paizinho

a mãezinha modelar

e, dois seus “brotos” levadinhos,

o Anjo santo, tutelar…

prudente orientadora,

o Bem, sempre a nos pregar!

E agora?

Dos netos amados,

assaz dedicados,

receba, prezada vovozinha,

no seu ditoso natal

o coração transbordante

de afeto filial

que, assim canta, delirante:

– Parabéns pra você, vovozinha querida

muitas felicidades, muitos anos de vida!

(SILENTE QUIETUDE – ALBERTINA MACIEL DE LAGOS – pág. 51)

PALESTRA NO PRESÍDIO DE VITÓRIA DE SANTO ANTÃO – por Sosígenes Bittencourt.

 

Módulo: O Nada que é Tudo

Houve pontos importantes que fiz questão de frisar, em minha palestra, para detentos no presídio de Vitória de Santo Antão. Dentre outros, discursei sobre a IRA e sobre a LIBERDADE.

A Ira é um sentimento que deve ser resignificado, ou seja, você deve trabalhar sua ira. Porque a ira tem função. Até Jesus, para disciplinar os mercadores, na orla do templo, baixou-lhes o chicote. Naquele instante, defendia a virtude, condenava o vício e preservava a casa de Deus.

Portanto, ensinava-lhes que a Ira tem de ser pensada. O importante não é a ira que se sente, mas aquilo que fazemos com a ira que sentimos. E a pergunta era a seguinte: O que vocês fizeram com a ira que sentiram?

Em outro momento, discursei sobre a Liberdade, o segundo maior bem da vida. Porque o primeiro maior bem da vida é a própria vida. E provei que os seus corpos estavam presos, mas ninguém jamais poderia aprisionar suas ideias. As ideias não são concretas, não têm substância. As ideias são abstratas. Você pode estar preso, mas suas ideias, fora do presídio. Baseado nesses argumentos, provei-lhes que a ideia de liberdade deve seguir as regras para obtê-la, e o melhor caminho seria seguir as múltiplas alternativas para conquistá-la. Que repensar a Ira e conviver harmoniosamente seriam as melhores opções para amenizar a dor da prisão e ganhar a liberdade.

Ao final, citei o exemplo de Nelson Mandela, que morou 30 anos na prisão e saiu com a ideia de acabar com a discriminação racial na África do Sul, obtendo um êxito sonhado a vida inteira.

Sosígenes Bittencourt

No dia do meu aniversário……….

Da última comemoração natalícia, ocorrida em 2018, para hoje, 26 de dezembro de 2019, dia em que fecho mais um ciclo – completando 52 anos – apenas uma certeza: estou mais próximo da viagem sem volta!!

Em um determinado momento da vida, não lembro exatamente quando,  entendi que para se viver melhor  faz-se  necessário absorver a ideia de que somos finito,  sem almejar, necessariamente, um paraíso para chamar de seu,  na tão prometida “vida eterna”.

Com efeito, nada impede que a vida seja vivida alegremente todos os dias, sem perder a serenidade no inevitável e intenso diálogo consigo mesmo. Afinal, não tem jeito: você continuará convivendo com você mesmo até os seus derradeiros momentos .

Perguntar inteligentemente sempre será mais difícil do que responder. Em tempo: qual a melhor maneira para se comemorar o próprio aniversário? Pela quantidade de respostas diferentes, num mundo em que cada vez mais somos inclinados ao não “pensar por conta própria”, certamente refletirá um pouco do perfil de cada um. Aliás, todas as formas estarão corretas, desde que seja a que mais lhe conforte.

Assim sendo, meus queridos e fiéis internautas, divido com todos vocês o dia do meu aniversário, no qual transformei em letras e, consequentemente,  em postagem um pouco do que circula nas prateleiras do miolo da minha cabeça, até porque escrever, diga-se de passagem,  sempre será mais fácil do que encontrar alguém com paciência para ler….. Obrigado por compartilharem dessa alegria comigo………..

O Tempo Voa Documento Especial: Reminiscências natalinas – Por Prof. José Aragão (1999)

Dos natais de minha infância, recordo, enternecido, dispostos em ordem, através do velho Pátio da Matriz, nesse tempo coberto de capim e outros arbustos silvestres: o carrossel, cheio de cadeiras e cavalinhos, movido à mão, ao som de melodias tocadas por uma caixa de música; as barracas de prendas de José Menezes e do José Viana, com cadeiras em torno dos armarinhos onde ficavam os objetos a ser sorteados entre os compradores de bilhetinhos feitos à mão; os bares improvisados, com mesas e cadeiras espalhadas em torno da praça; os botecos onde se vendiam quinquilharias, miudezas e brinquedos infantis; os tabuleiros dispostos em fila com bolos, alfenins e confeitos, tendo ao lado um pote com água fria para os fregueses; os presépios e os pastoris.

A iluminação era feita por bicos de latas de carbureto, pendurados em postes de madeira. Nas barracas e na frente de Matriz, lâmpadas a álcool.

De caibros fincados no chão, sustentando folhas de coqueiro, partiam os cordões de bandeirinhas multicores, feitas de papel de seda, circundando e cruzando toda a área da festa.

Por todos os becos, ruas e travessas convergiam ao pátio levas de matutos que acorriam à cidade para ouvir a Missa do Galo.

Rapazes e moças, em grupos, contornavam a praça, discreteando amável e respeitosamente sobre trivialidades próprias de sua idade, usufruindo o prazer natura de mentes jovens e sonhadoras em melífluos encontros.

As crianças, levadas pelas mãos dos pais, visitavam as várias estâncias de pura e inocente alegria, dispostas no vasto pátio, mais interessadas em ver os presépios e montar num dos cavalinhos do carrossel.

No centro, em coreto improvisado, a Banda Musical executava peças do seu repertório: dobrados, valsas, chorinhos, marchas etc.

Dos presépios, lembro-me do armado pelo sacristão da freguesia, Benjamim Bezerra, numa casinhola situada na esquina da rua Silva Jardim com a chamada “Vila Maria”, residência do vigário.

Pastoril famoso foi o organizado pela professora Amélia Coelho com as suas alunas, meninas-moças das mais destacadas famílias vitorienses, o qual se exibia num palanque armado ao lado direito da Matriz, arrancando aplausos delirantes das torcidas dos cordões azul e encarnado.

E assim, entre os devaneios da juventude, a euforia natural da matutada que vinha à cidade ostentando as vestimentas da festa, e a cordialidade reinante entre as famílias, vivia-se o espírito do Natal em sua essência.

À meia-noite, o sino grande da Matriz tocava badaladas, a princípio, pausadas e, logo, apressadas, anunciando o início da Missa.

No altar em frente à porta central do templo, sobre a calçada, celebrava o sacerdote a Missa do Galo, ouvida com unção religiosa, tendo como ponto alto o canto do Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade.

Repetia-se unissonamente a mensagem angélica, anunciando aos pastores o nascimento do Menino-Deus.

Quantas suaves reminiscências desses Natais que vivi, embevecido pela grandeza e sublimidade do sagrado mistério da Encarnação do Filho de Deus, nascendo numa pobre manjedoura para redimir a humanidade, e fascinado pela singela beleza das comemorações ternas e pias desse grande evento! 

Prof. José Aragão
Texto publicado na Gazeta do Agreste,
 Dezembro / 1999.

Mais rico: acervo do nosso Instituto Histórico recebeu doação do português Raul Costa!!

Ontem, domingo 22, visitou-nos um simpático e bem humorado senhor. Não o conhecia. Seu nome, Raul Costa. Largou João Pessoa e veio conhecer nosso museu. Que satisfação a nossa, em receber tão ilustre visita.

E para alegrar-nos mais ainda trouxe para nosso acervo belas peças: castiçais, lanternas marroquinas, porta bengalas, pás de  lareira, lamparina portuguesa, bule, açucareiro e outras peças menores de cobre. Doou-nos ainda um belo jogo de louça portuguesa, fabricação de Coimbra. A bela louça tem um significado especial: comprada pelo senhor seu pai por ocasião da sua primeira comunhão eucarística. Gesto louvável e somos gratos ao dr. Raul Costa.

O mais importante não foi a doação e sim seu sentimento. As peças vieram acompanhadas de uma energia deveras positiva.

“Faço doação por sentir que esta instituição é o local ideal para eu depositar estas peças. Aqui, tenho certeza, que elas serão guardadas e valorizadas. Que fim teriam estas peças após o fim da minha jornada neste mundo? Estão em boas mãos. A alegria que me vem à alma, que me enche o coração, neste momento, é indescritível”.  Assim dr. Raul Costa expressou-se ao nos repassar as peças.

Um detalhe que deve ser levantado ou marcado. O contato do dr. Raul deu se através do nosso sócio Jones Pinheiro a quem agradecemos ter nos encaminhado este simpático português. Veja o vídeo.

Pedro Ferrer – presidente do Instituto Histórico 

Bione e André: bate-papo político na Matriz!!

Na noite do sábado (21) nossas lentes registraram um bate-papo animado entre os amigos Edvaldo Bione e André Carvalho. Ambos, já decididos que disputarão nas eleições que se avizinham (2020).

O destino do douto Bione já está traçado. Disputará um assento na Casa Diogo de Braga. Já com relação ao partido Bione revelou que ainda tem prazo para decidir e que no momento oportuno tomará a decisão que mais acertada.

Já o jovem André Carvalho, foliado ao PDT, discute internamente com o seu grupo político duas possibilidades. Ser o “puxador” de voto da sua legenda na eleição proporcional ou ser o chamado “fato novo” na disputa pelo Palácio Municipal.

Conversamos bastante. Em boa medida, o doutor Bione colocou para o André o “bônus e o ônus” das possíveis escolhas, já que tem bastante experiência nas disputas locais. Ao final, boas risadas e muita expectativa para o tão esperado 2020!!

Momento Cultural: A DANÇA DO VENTO – Por Valdinete Moura.

A dança do vento frenética não pára. E nessa
alucinação me envolve o corpo que treme e se
arrepia. Me desmancha os cabelos que entram
pelos olhos e penetram em minha boca, buscando
beijos úmidos de amor.

E o vento louco passa levando tudo para longe.
Tudo menos essa ânsia imensa, esse desejo
Insano de carícias e afeto.

O vento passa e leva tudo. Tudo mas deixa em
meu corpo a certeza da saudade e a imensidão
do desejo.

“Voz Interior”

Maria Valdinete de Moura Lima – professor e escritora 

Momento FAMAM – Faculdade Macêdo de Amorim

A FAMAM chegou para lhe direcionar nas melhores escolhas. Escolha o melhor para sua carreira profissional. Vá além da graduação. A Pós-graduação de Enfermagem em Urgência e Emergência prepara profissionais para atuarem com agilidade, de forma humanizada, no atendimento de pacientes adultos, pediátricos e idosos em situações de emergência e urgência.

Doutor Saulo: almoço de fim de ano com a imprensa – política no cardápio!!!

Trafegando por caminho próprio na seara política antonense o atual vice-prefeito da nossa cidade, Saulo Albuquerque, de maneira cordial e atenciosa, convidou os que militam na imprensa local para uma espécie de almoço de final de ano. Recém-filiado ao PDT, o doutor se colocou a disposição para perguntas, sobretudo sobre o seu futuro político, já que o mesmo, há pouco mais de seis meses,  rompeu oficialmente com o atual prefeito, Aglailson Junior.

Sobre o pleito que se avizinha –  2020 –  disse o doutor que trabalha apenas com duas opções:   ser candidato a prefeito ou a vereador. Adiantou que a escolha majoritária do partido – PDT – se dará por pesquisa de opinião pública, entre ele e o também filiado André Carvalho.

Sobre a chapa de vereador da agremiação  partidária, foi taxativo: não haverá espaço para candidatos detentores de assento na Casa Diogo de Braga. Perguntado no quantitativo de vagas almejada, o mesmo respondeu seguramente que duas com possibilidade de chegar a três cadeiras.

Com relação às possíveis composições partidárias o doutor disse não existir a menor chance de haver alinhamento com os tradicionais grupos locais, mesmo deixando claro que mantém um bom dialogo com todos. Caso seja o escolhido do partido e consiga chegar ao Palácio Municipal,  em janeiro de 2021, Saulo aventou a ideia da implementação  de uma administração pautada no dialogo com o povo, inaugurando assim uma espécie de “orçamento participativo”. Ao final, antes do almoço propriamente dito, o doutor aproveitou para desejar a todos um feliz natal e ano novo cheio de realizações.

Bom!! 2020 é logo ali. Se hoje estamos vivendo o campo das hipóteses, logo logo veremos a realidade diante dos nossos olhos…

Vereador André de Bau comandou Sessão Solene na Câmara.

Em recente evento ocorrido na Câmara de Vereadores da Vitória, proposto e presidido pelo edil André de Bau, que teve como objetivo outorgas de título e condecorações,  marcamos presença para prestigiar os companheiros do nosso Instituto Histórico e Geográfico, uma vez que todos os agraciados da noite são membros da “Casa do Imperador”.

Na pessoa do eminente presidente da instituição, condecorado com a “Medalha Osman Lins”, professor Pedro Ferrer, parabenizamos todos. Na tribuna, para agradecer, o professor Pedro deixou aflorar sua criatividade “fuxicando” um hipotético diálogo com o renomado escritor Osman Lins, no qual o mesmo se espanta com as transformações ocorridas nas últimas décadas  na nossa Vitória de Santo Antão. Ouvindo com atenção,  o público presente,  ao final, em forma de aplausos, ratificou o seu discurso,  turbinado  de sentimentos e verdades inquietantes.