Voando ao Pátio da Matriz……

Tendo como fio condutor o Instagram, hoje, recebi a curiosa informação de que apenas 66 anos separam a romântica aeronave do brasileiro Alberto Santos Dumont do primeiro foguete que pousou em “solo” lunar.  Sou ignorante no espaço dedicado ao mundo das aeronaves,  mas confesso que achei um tempo curto para tanta evolução.

Por falar em evolução, algo tão debatido e experimentado por todos nós, em praticamente todos os campos da vida contemporânea, sobretudo nos costumes sociais,  com efeito, danei-me a pensar em algo que não vivi, exatamente há 66 anos atrás tal qual o recorte temporal entre o 14Bis e o foguete lunar.

Apenas para exercitar a mente, tanto no espectro imaginativo quanto no espaço dedicado às lembranças, já que estamos em clima de festas de final de ano, que tal voltarmos aos anos 1950/60 (66 anos) ao Pátio da Matriz?

Por lá – ano de 1954 – o cenário era de sonho. Parque de diversão para as crianças e adolescentes. Aos jovens, na idade da paquera, o serviço de som, para enviar “mensagem de áudio”,  configurava-se na  oportunidade que faltava para o namoro acontecer. Aos “matutos” do sítio, além da “Missa do Galo”, as barracas com ovos cozidos e vinho DM “eram tudo de bom”. Já para os “bacanas” da cidade, abrir as portas das suas respectivas  casas e colocar as cadeiras nas calçadas, para receber os parentes e amigos,  se justificava no auge da  celebração da vida,  profícua e abençoada.

O tempo passou. A metamorfose aos costumes operou de maneira continua e célere.  Se antes a energia elétrica nas residências era coisa para poucos, ostentar,  então, um aparelho de televisão na sala da casa seria o mesmo que, hoje, o correspondente a uma self na Avenida Champs-Élysées,  na noite da virada.

O problema é que na virada  do 2020 para o 2021, em Vitória, Recife, São Paulo, Londres, Paris ou em qualquer outro lugar do mundo, todos estão esperando  pelo mesmo “milagre”: uma vacina contra o COVID-19. Quem sabe se pegarmos uma dessas aeronaves  bem moderna e tecnologicamente incrível não dê tempo de visitar o final de ano de antigamente e voltarmos, rapidinho,  à realidade, antes do dia primeiro? Aliás, vale a pergunta: como serão as festas de fim de ano, em Vitória, em 2086?

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