O ano era 1978.
Naquele momento, havia uma campanha por parte do regime militar para popularizar o nome do general João Baptista Figueiredo à sucessão de Geisel, chamando-o de “João do Povo”.
Ex-chefe do Serviço Nacional de Informações (SNI), Figueiredo foi abordado por um jornalista no interior de São Paulo no dia 21 de agosto daquele ano.
O rapaz indagou ao general se ele estava gostando do “cheiro do povo”, após ser escolhido pela cúpula militar como o candidato oficial da Arena.
Truculento e sem nenhuma preocupação com a repercussão das suas palavras, Figueiredo soltou a seguinte frase:
“Prefiro o cheiro dos cavalos ao cheiro do povo”.
A colocação reverberou bastante no país inteiro, dando ensejo a uma resposta muito inteligente e bem humorada por parte da oposição à ditadura em Olinda/PE.
A juventude reuniu-se e criou no Clube Atlântico (foto) o “Forró Cheiro do Povo”, em uma sátira à afirmação de Figueiredo, sendo um sucesso de público nas noites olindenses.
Era casa cheia!
Convenhamos: nada melhor do que o bom humor para combater a prepotência.
#ditaduranuncamais.
Uma semana abençoada a todos!
Ps.: em outubro daquele ano, Figueiredo “disputou” a eleição indireta no Congresso Nacional e “venceu” a chapa do MDB, encabeçada por Euler Bentes e Paulo Brossard.
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Muito bem lembrado. Após algum tempo o grupo que criou o Forró cheiro do povo se desintegrou e os dissidentes fundaram a Casa dos festejos no bairro da Torre.