Eleições 2022: um novo ciclo começando…..

Guiada por uma campanha radicalizada nacionalmente, o pleito geral de 2022 concluiu seu ciclo inicial sem maiores intercorrências. Apesar do muito bate-boca, o segundo turno entre Lula e Bolsonaro confirmou  o resultado mais previsível. Até o próximo dia 30 de outubro deveremos reforçar nossa quota de paciência e tolerância.

Com duas mulheres disputando o segundo turno pelo comando do Palácio do Campo das Princesas – Marília Arraes e Raque Lyra – Pernambuco vivenciará uma gestão histórica, ou seja: no centro das decisões,  um sentimento feminino.

Na nossa Vitória de Santo Antão os três deputados mantiveram seus respectivos assentos na ALEPE. Para Câmara Federal, depois de décadas, o município voltou a ter protagonismo, isto é: elegeu um representante, nessa ocasião e pela primeira vez,  uma mulher.

No contexto geral, independente do resultado do 2º turno, as forças políticas estaduais foram reconfiguradas e, evidentemente, os seus desdobramentos haverão de impactar significativamente no destino político/administrativo do nosso colégio eleitoral. Basta dizer que antes os três deputados – juntamente com seus respectivos partidos –  estavam na base do governador Paulo Câmara, agora, foram  “jogados” na base oposicionista,  independente da vencedora no segundo turno estadual.

No transcorrer da semana, estaremos postando algumas das nossas impressões sobre os últimos  resultados eleitorais ocorridos na República da Cachaça. Estejamos atentos aos novos movimentos políticos.

Eleições 2022: velhas práticas….

Em dia de eleição tranquilo, sem ocorrências de relevo que mereçam algum tipo de registro, registramos em frente a dois espaços importantes de votação – Colégio Municipal 3 de Agosto e Faintvisa – as velhas práticas dos “santinhos jogados ao chão”.

Em virtude da internet e suas múltiplas ferramentas, a cada eleição o papel, antes protagonista, vem perdendo espaço nos pleitos. Não obstantes as gráficas, na mais variadas prestações de contas eleitorais dos candidatos, ainda constarem com elevados gastos. Algo que merecia um olhar mais aprofundado pela Justiça Eleitoral.

 

O “Lobby do Batom” – por historia_em_retalhos.

Véspera de eleições gerais, nós resgatamos a participação histórica dessas 26 mulheres constituintes.

“Lobby do Batom” foi a forma como ficou conhecida a aliança suprapartidária feita por 26 senadoras e deputadas brasileiras que representaram os anseios femininos na Assembleia Nacional Constituinte de 1987/88.

Em um universo de 559 constituintes, 26 (vinte e seis), ou seja, apenas 4.6% do total, eram do sexo feminino.

Apesar do apelido pejorativo dado pelos parlamentares homens, as próprias constituintes o adotaram, para subverter o machismo e fazer história.

Foi graças à atuação dessas 26 constituintes que se concebeu e aprovou uma constituição democrática e igualitária para as mulheres, garantindo-lhes os mesmos direitos e obrigações atribuídos aos homens (art. 5°, I, CF).

Não custa lembrar que, no Código Civil de 1916, a mulher, ao se casar, passava a ser subordinada ao seu marido.

Antes do “Lobby do Batom”, apenas uma única vez as mulheres tiveram participação na elaboração de um texto constitucional: em 1934, com a deputada Carlota Pereira.

Amanhã, dia em que o Brasil vai às urnas, trago à reflexão o desafio de se aumentar a participação feminina nos espaços de poder e a importância de reconhecê-los como fundamentais ao funcionamento do Estado Democrático de Direito.

A nossa homenagem a essas mulheres pioneiras, que, UNIDAS, mudaram o rumo da luta emancipatória feminina neste país:

1 – Lídice da Mata (BA)
2 – Lúcia Vânia (GO)
3 – Rose de Freitas (ES)
4 – Benedita da Silva (RJ)
5 – Anna Maria Rattes (RJ)
6 – Beth Azize (AM)
7 – Bete Mendes (SP)
8 – Eunice Michiles (AM)
9 – Irmã Passoni (SP)
10 – Lúcia Braga (PB)
11 – Maria de Lourdes Abadia (DF)
12 – Maria Lúcia de Mello Araújo (AC)
13 – Marluce Pinto (RR)
14 – Moema São Thiago (CE)
15 – Myriam Portella (PI)
16 – Raquel Cândido (RO)
17 – Raquel Capiberibe (AP)
18 – Rita Camata (ES)
19 – Sadie Hauache (AM)
20 – Sandra Cavalcanti (RJ)

In memoriam:

21 – Abigail Feitosa (BA)
22 – Cristina Tavares (PE)
23 – Dirce Tutu Quadros (SP)
24 – Márcia Kubitschek (DF)
25 – Rita Furtado (RO)
26 – Wilma de Faria (RN)
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O Instituto Histórico da Vitória prestigiou o lançamento da coleção “Pernambuco na Independência”.

Coordenada pelo articulado professor George Cabral foi lançada na noite de ontem (29) a coleção de livros “Pernambuco na Independência”. O encontro literário reuniu intelectuais e representação de vários institutos históricos do nosso estado. O Instituto Arqueológico, histórico e Geográfico de Pernambuco – IAHGP – foi o palco desse memorável acontecimento.

Da Vitória de Santo Antão, representando o nosso Instituto Histórico – IHGVSA -, prestigiaram o evento, além do presidente, professor Pedro Ferrer, membros da  diretoria. Na ocasião, no sentido do enriquecimento do acervo, exemplares da nova coleção foram adquiridos.

O “Chacrinha” – por historia_em_retalhos.

Em 30 de setembro de 1917, nascia, em Surubim/PE, José Abelardo Barbosa de Medeiros, o “Chacrinha”, um dos maiores comunicadores da história do rádio e da TV brasileiros.

Aos 22 anos, Chacrinha desistiu do curso de medicina e desembarcou no RJ, a fim de trabalhar como locutor de rádio.

Em 1956, chegou à TV Tupi, até ser contratado pela Rede Globo, em 1967, de onde saiu e voltou, novamente, em 1982, para apresentar, nas tardes de sábado, o seu maior sucesso: o Cassino do Chacrinha!

Autêntico na forma de ser e de agir, com um talento único para a comunicação em massa, Chacrinha logo alcançou o sucesso de público em todas as camadas sociais, tornando-se um ícone do entretenimento brasileiro.

Grandes artistas conquistaram o estrelato graças às portas abertas por Chacrinha: Fagner, Beth Carvalho, Jorge Ben Jor, Nelson Ned, Wanderléa, Moraes Moreira, Fábio Júnior, dentre inúmeros outros.

Os seus inesquecíveis bordões, como “Alô, Terezinha!”, “Quem não se comunica se trumbica”, “Eu vim para confundir e não para explicar!”, ocupam, até hoje, a memória dos brasileiros.

Você sabia

– o apelido carinhoso “Velho Guerreiro” nasceu na década de 70, por meio da canção “Aquele Abraço” de Gilberto Gil.

– já o nome artístico “Chacrinha” diz-se que vem da época do rádio. A emissora onde Abelardo trabalhava ficava numa chácara pequena e o comunicador referia-se ao local como “a chacrinha”.

– os seus biógrafos afirmam que, no início da carreira, Chacrinha enfrentou resistência por parte da elite brasileira. Esse jogo só começou a virar quando o sociólogo Edgar Morin o chamou de “papa da comunicação brasileira”.

– o famoso bacalhau que Chacrinha distribuía surgiu como merchandising. O dono das “Casas da Banha”, que era seu amigo e patrocinador, estava com um estoque encalhado. Depois que Chacrinha passou a lançar o peixe para a plateia, as vendas explodiram!

Chacrinha faleceu em 1988, aos 70 anos, vítima de câncer no pulmão.

“O velho guerreiro sorrindo, subindo, subindo foi pro céu brincar…”
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“CONVERSA” – Homero Fonseca – por Marcelo Batalha.

Homero Fonseca é pernambucano de Bezerros. Escritor, é autor, entre outros, de Roliúde (Record, 2011) e do recém-lançado Tarcísio Pereira – Todos os livros do mundo (Cepe, 2022), um perfil biográfico do icônico livreiro fundador da Livro 7. Jornalista, exerceu a função de editor da revista Continente Multicultural; diretor de redação da Folha de Pernambuco; editor chefe do Diario de Pernambuco e repórter do Jornal do Commercio. Foi também professor de Teoria da Comunicação e recebeu menção honrosa no Prêmio Vladimir Herzog de Direitos Humanos do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo.

Paredes Que Contam a História!!!

Em atendimento ao convite do Rotary Clube da cidade do Jaboatão dos Guararapes para o evento que, entre outras programações, inaugurou um painel realçando à história dos 200 anos da  “Junta Governativa de Goiana e da Convenção de Beberibe (1821/2021)”, ocorrido na noite de ontem (27), o Instituto Histórico e Geográfico da Vitória, através da sua diretoria, marcou presença. Na ocasião o doutor Harlan Gadelha, do Instituto Histórico da cidade de Goiana, explanou sobre o referido evento histórico.

A história do apelido de Sula: no 4ª volume do livro “Apelidos Vitorienses”.

Por ocasião do evento festivo ocorrido no último sábado (24), no Clube Abanadores “O Leão”, “engordei” a minha lista  com nomes de  pessoas que são mais conhecidas pelo apelido do que pelo próprio nome. Nossa amiga SULA se configura num  bom exemplo. Assim sendo, a história do seu apelido também estará grafada nas páginas do próximo volume (4º).

Para o quarto volume (12/25) já catalogamos:

Pereba, Aninho, Feola, Marreco, Jajá do João Murilo, Birino,  Bel Veículo,  Ruela,  Deuh, Caramelo,  Ceará e Sula. 

8º Encontro das Amigas da Vitória – Frevo na Matriz!

Após um “mergulho” de dois anos (2020/21), por conta da pandemia, o evento que foi criado para celebrar as velhas amizades,  voltou. O  epicentro  de tudo, por assim dizer, foi no Facebook. Articulado do outro lado do Oceano atlântico (Espanha) pela Graça Arruda, inicialmente, ela apenas queria reencontrar algumas amigas da cidade.  O tão esperado reencontro acabou ganhando outra forma e volume. Assim,  nasceu o primeiro evento que ocorreu exatamente num sábado, 28 de setembro de 2013, no Restaurante Gamela de Ouro,  com expressivo número de participantes. Veja o vídeo.

Assim sendo, no último sábado (24), no Clube Abanadores “O Leão”, aconteceu mais uma edição do “Encontro das Amigas da Vitória”. Como todo retomo sugere ajustes e oxigenação, nessa 8ª edição,  o amigo Valdemiro, juntamente com outros participantes, coordenaram o tão aguardado evento. Visivelmente emocionado, o mesmo agradeceu a presença de todos. 

Em clima de alegria e euforia, pessoas que viveram suas respectivas  juventudes juntas na nossa cidade – década de 60/70/80 – e que hoje vivem distantes da “terrinha” afluíram ao local combinado. Regados ao famoso “comes & bebes”, embalados por músicas sugestivas e por uma orquestra de frevo,  o 8º Encontro finalizou com uma apoteótica volta no Pátio da Matriz, relembrando os últimos suspiros dos famosos bailes carnavalescos.

Portanto, resta-nos, agora, esperar o próximo encontro, que deverá ocorrer no último sábado de setembro de 2023. Até lá!

 

A palavra “Igarassu” – por historia_em_retalhos.

Ao avistarem as grandes embarcações portuguesas aproximarem-se de suas terras, os índios caetés teriam exclamado com surpresa: I-g-a-r-a-s-s-u!

Eles ainda não sabiam, mas, ali, naquele local, estava nascendo um dos primeiros núcleos de povoamento do Brasil!

A palavra “Igarassu” é oriunda do tupi e significa justamente “canoa grande”, que seriam as tais caravelas avistadas pelos caetés.

Segundo a tradição, Igarassu foi fundada em 27 de setembro de 1535, após a vitória dos portugueses sobre os caetés, por ordem do capitão Afonso Gonçalves, que mandou erigir no local uma capela consagrada aos santos Cosme e Damião.

Essa igreja é considerada a mais antiga em funcionamento do Brasil.

Os santos Cosme e Damião, padroeiros de Igarassu (e dos médicos e farmacêuticos), foram irmãos gêmeos que exerceram a medicina sem cobrar nada por isso.

A santidade dos dois irmãos é atribuída ao fato de que curavam os enfermos, não só com o conhecimento médico, mas, também, por meio de milagres.

Em sincretismo com os santos católicos, as religiões afro-brasileiras identificaram Cosme e Damião com o orixá Ibeji.

Igarassu é uma relíquia viva do Brasil.

Em 1972, o IPHAN tombou o conjunto arquitetônico da nucleação histórica, com uma área de 0,4 km².

Terra da primeira igreja católica do Brasil, de Lia do Côco e do Maestro Spock, de monumentos seculares e de muita cultura, além de lindas praias e de belas reservas de mata atlântica!

Esta é Igarassu, a aniversariante do dia de hoje!

Parabéns Igarassu por seus 487 anos!
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João Câmara, pintor e contista – por Marcus Prado.

João Câmara, paraibano de Olinda e Recife, pintor, gravador, desenhista, artista gráfico, professor e crítico vive, atualmente, mais uma fase criadora com a justa medida de quem deseja produzir uma grande obra literária. Fase dos grandes desafios de invenção, não só como pintor consagrado pela melhor crítica de arte do Brasil, mas, agora, como ficcionista. Como contista, para mim, com a leitura do seu primeiro livro nesse gênero, difícil e complexo, “Lidando com o passado e outros lugares”, editado pela Topbooks, tem sido uma grata surpresa.

Conhecíamos João Câmara do expressionismo e do fauvismo, quando submetia a sua pintura ao corpo humano, a torções e deformações, sem prejuízo de certo erotismo. O pintor das Cenas da Vida Brasileira, dos Dez Casos de Amor e de outros tantos instigantes temas. Mas como contista (a ironia com que aborda a política e o cotidiano brasileiro, como na sua pintura) mostra-se rico de caracteres e ideias, daí sendo visto de linhagem proustiana.

Há muito não vejo, em Pernambuco, depois de Osman Lins, Ariano Suassuna, Gilvan Lemos, Raimundo Carrero, Hermilo Borba Filho, Maximiano Campos, Cláudio Aguiar, Leônidas Câmara, Luzilá Gonçalves, Ronaldo Correia de Brito, Sidney Rocha, Marcelino Freire, Walther Moreira Santos, Fernando Monteiro, Luce Pereira, Cicero Belmar, sem esquecer o poeta e também contista José Rodrigues de Paiva, um autor com tamanha força de trânsito para o mundo visível com a vida que flui e suas transfigurações. Ele, com a sua obsessão plástico-visual, que produz coisas absolutamente incomuns nos seus (agora) dois ofícios, pode ser visto com muita minúcia de estrutura narrativa, com esse livro, como um dos melhores da atual geração de ficcionistas em nosso idioma.

O seu texto de notável senso plástico, muito bem escrito, de polivalente descoberta artesanal, com o olhar em fatos reais ou não, provoca uma perfeita sintonia com o leitor. Cada palavra no seu certíssimo lugar, concisão de estilo, um rigor quase ortodoxo na escrita, transfigurado pela cristalização estética. Não só pelas tramas narrativas do contista, deu-me o autor a nítida impressão de que a literatura brasileira de ficção dos nossos dias e seus leitores mais exigentes, não terão nada a temer ao inclui-lo entre os plenamente logrados a integrar a escala dos melhores do seu tempo.

Nas páginas de ilustrações, o autor usa a imagem da câmera fotográfica como T. S. Elliot usava a música no vocabulário dos Quatro Quartetos; tal como o sentimento da sílaba e do ritmo em Grande Sertão & Veredas, de João Guimarães Rosa ou em Gilberto Freyre em Casa-Grande & Senzala; ou a música operística na pintura e também na paisagística de Roberto Burle Marx, que pintava cantando trechos de óperas. (Não nego que nos meus devaneios fotográficos chego a procurar cores nas sinfonias que ouço).

Não foi à toa que o pintor famoso, sem largar os pincéis e os recursos digitais que sabe usar com rara habilidade, seus vínculos com a Fotografia, (um refúgio plenamente realizado, para dar volume e forma, a intersecção partilhada nos seus quadros), converteu-se em ficcionista. A imagem e seu duplo processo de transformação é uma constante nas narrativas desse livro. O resultado, ao lado de sua exploração metalinguística, nos seus objetivos inerentemente estéticos, em que toda estrutura do gênero aparece, foi uma reunião de contos bem avaliados pelo autor do Prefácio, Wedson Barros Leal, e que será, depois de mim, ainda mais avaliado pelo leitor exigente, pela melhor crítica. Sem falar por especialistas de literatura comparada, posto que a obra aqui noticiada, sendo firme no essencial, é absolutamente “aberta”, uma des-coberta contínua, como diria Martin Heidegger, indicando sempre mais do que o que mostra, contemporânea a todos, com possibilidades infinitas. Protegida pelo escudo do cânone das boas categorias.

Marcus Prado – Jornalista

Vitória Games: um belo espetáculo esportivo!!!

Em evento promovido pelo “Box Vitória”, ocorrido na manhã/tarde do domingo (25),  no estacionamento do Vitória Park Shopping, podemos dizer que a nossa cidade, Vitória de Santo Antão, vivenciou um belo e proveitoso espetáculo esportivo.

Com a participação de equipes de várias cidades, o “Vitória Games”, comandado pelo amigo Zé Luís e equipe, indiscutivelmente, cumpriu seus objetivos. Entre outras coisas: despertar o interesse em mais  pessoas pela prática do “crossfit” – atividade  esportiva vibrante!

Além do espetáculo esportivo, por assim dizer, o evento também contou com a participação musical do artista vitoriense Jonatha Chocolate. Em todas as categorias o trio formado por Gabriel, Neto e Rafael, intitulado por “Os Antonenses”,  foi  a única equipe local que marcou presença no pódio.

Parabéns aos organizadores do evento por essa contribuição ao esporte na nossa cidade, em especial ao “crossfit”.

 

Pandemia: primeira reunião ordinária presencia do Instituto Histórico.

Em pleno processo de retorno às atividades do cotidiano, no sentido do ambiente da pandemia do novo coronavírus, na manhã do domingo, dia 25 de setembro, aconteceu a primeira reunião ordinária – modelo presencial – do nosso Instituto Histórico e Geográfico.

Comandada pelo presidente do referido sodalício, professor  Pedro Ferrer, o encontro serviu para, entre outras coisas, alinhar e colocar “em dia’ atas e demais questões administrativas. Em ato contínuo, o professor informou sobre o andamento das atividades lúdicas que em breve serão implementadas na casa, sob a coordenação do produtor cultural Leonardo Edardna.

Painéis de Lula Cardoso Ayres – por historia_em_retalhos.

Dois painéis de Lula Cardoso Ayres perecem nas instalações do antigo aeroporto do Recife.

Tão pouco tempo após o busto de Frei Caneca, as placas de bronze da Ponte Maurício de Nassau e o monumento “O Mascate” serem furtados, mais um caso de profunda insensibilidade para com o patrimônio artístico do nosso estado.

Concluídos no ano de 1958, os dois murais de Lula Cardoso Ayres retratam o folclore e os ciclos econômicos do estado de Pernambuco.

Desde a inauguração do novo aeroporto, porém, foram esquecidos nas instalações do antigo equipamento, entregues à própria sorte.

Apesar de tombados pela Fundarpe, em 2021, até agora, a empresa espanhola AENA, gestora do complexo aeroportuário, não adotou nenhuma providência no sentido de preservá-los.

E, antes que se diga que não houve tempo hábil, esclareço que a empresa gere o aeroporto do Recife desde o dia 03 de março de 2020, ou seja, há dois anos e meio.

A salvaguarda destes dois painéis é urgente, antes que se consume um irreversível processo de degradação, por agentes químicos, físicos e biológicos.

Em nossa opinião, recuperá-los e transplantá-los para o moderno aeroporto da capital, assim como foi feito com o mural “Pastoral” (1958) de Francisco Brennand, seria o mais condizente com a preservação desse patrimônio.

Assim agindo, a concessionária daria uma demonstração de respeito ao patrimônio artístico do estado de PE, onde alocou os seus investimentos, e, notadamente, à memória de Lula Cardoso Ayres, um dos maiores artistas modernistas pernambucanos.

Queremos crer que o compromisso assumido quando da assinatura do contrato de concessão não se resume à gestão comercial e à obtenção de lucros.

Um bom domingo a todos!
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prof. Leonardo Dantas Silva

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