Em ano eleitoral com mudanças nos prazos de registros e tempo de campanha, com Operação Lava Jato a todo vapor, impeachment – presidente da república afastado e outro interino – olimpíada e tudo mais, imagina-se que os eleitores espelhados nos quatro cantos do País, não terão tempo para entrar no clima eleitoral nas suas respectivas cidades. Mas, independente de qualquer coisa, indiscutivelmente, são as eleições municipais que mais estimulam a participação do eleitor, a final a maioria das coisas que acontecem no seu “mundo” começam primeiro no município em que você vota.
Pois bem, os pré-candidatos a vereador na nossa cidade, até porque só após as convenções partidárias e seus respectivos registros na Justiça Eleitoral é que faz o sujeito poder “bater no peito” e dizer que é CANDIDATO de verdade, alguns deles já começaram a “se mexer”.
Com o aumento de vagas na Casa Diogo de Braga – de 11 para 19 – muito candidatos, aparentemente fora do jogo, se animaram para disputar. Até a abertura das urnas, todos “catam vitória”. Faz parte do enredo.
No Brasil – ex País do futebol – em toda esquina tem um “técnico” para escalar a sua seleção, que aliás está precisando de um, urgentemente. Já com relação à política partidária e seus respectivos desdobramentos o que não nos falta, de plantão, é “cientista político”.
Segundo comentários dos tais “ditos cujos”, apesar do aumento de vagas, pelo menos dois vereadores “de mandatos” estariam na “corda bamba”. O vereador Danda da Feijoada, pela empolgação de ser um parlamentar e também pela inabilidade política, não conseguiu sequer, assimilar bem a função. Já o vereador Toninho, a partir da tribuna da Casa e pelas sucessivas “mancadas”, por “comer corda” do executivo, amarga, hoje uma popularidade inversa, ou seja: é levado na gozação por boa parte dos eleitores.
Com mandatos praticamente renovados na Casa Diogo de Braga, segundo comentários, estariam os vereadores Irmão Duda e Novo da Banca. Não necessariamente pela ação parlamentar exercida ao longo dessa legislatura, até porque os dois são da “base do governo” e, de certa forma reproduziram, em alguns momentos votos em favor do prefeito e não em favor do povo. Mas, “queiram ou não queiram os juízes”, os dois desenvolvem atividades complementares – que não é função de vereador – que lhes rendem boa aderência nos eleitores do chamado “povão”. Na saúde e nos esportes, respectivamente.
Apesar de não terem sido eleitos no pelito passado, pelo menos dois candidatos, de partidos diferentes, agora em 2016, vem se apresentando, segundo comentários, com reais chances de ascender ao parlamento. O empresário Marcone da Charque e o Irmão Celso Bezerra estão nas rodas de apostas como vereadores eleitos.
No pleito imediatamente anterior – 2012 – dois vereadores, por motivos distintos, não disputaram o pleito. André de Bau e Sylvio Gouveia, em 2016, seriam, então, dois ex-vereadores que estariam bem cotados para voltar às suas atividades no parlamento local.
No dinamismo da política partidária, por assim dizer, pelo menos dois nomes que nunca foram testados nas urnas vitorienses ou em qualquer outro lugar, estariam, segundo os “cientistas políticos populares”, já com seus ternos engomados. Com perfis bastantes diferentes, sob todos os sentidos, Romero Querálvares e Lourinaudo Jr seriam, então, os dois calouros da eleição de 2016 com vagas garantidas. Ambos liderariam suas respectivas coligações partidárias com possibilidade, inclusive, de ajudar seus companheiros de chapa.
Na vida republicana do nosso município apenas três mulheres, “tomaram” assentos na Casa Diogo de Braga, diga-se de passagem, muito pouco para uma cidade do porte da nossa. Florianita Oleron, Yara Gouveia e Fátima Carneiro foram eleitas vereadoras da Vitoria.
Infelizmente, concorrendo no campo feminino, não temos candidaturas que possamos destacar como “arrasa quarteirão”. Mas, não podemos deixar de evidenciar a expressiva votação, na eleição passada (2012), da amiga “guerreira” e atuante Silvia do Geral, que este ano continua na luta e com muito mais experiência política.
Portanto, essas são algumas impressões eleitorais, no campo proporcional, que aqui exponho. Desde já, gostaria de dizer que se alguns dos que aqui foram citados e de certa forma se sentirem injustiçados poderão, se assim desejarem, formular novas perspectivas eleitorais para o pleito que se avizinha. Contudo, na política, como já falei tudo é muito dinâmico e mutável.