A Casa mais olindense de Olinda – por Marcus Prado.

Já imaginou conhecer cada cantinho (e sua fascinante história) de uma das Casas mais olindenses e ilustres de Olinda, senão de Pernambuco, a Casa da Rua de São Bento, que pertenceu ao herói da Restauração Pernambucana, João Fernandes Vieira? Um dos sobrados mais antigos e preservados da cidade Patrimônio Cultural da Humanidade, hoje de propriedade do escritor, ficcionista, biógrafo, acadêmico da APL, Cláudio Aguiar, e que teve como seu antigo dono e morador o escritor e acadêmico da ABL, Joaquim de Arruda Falcão. O sobrado foi tombado em nível federal pelo IPHAN como Patrimônio Histórico e Artístico de rigorosa preservação. Não conheço em Olinda outro imóvel com tamanho esforço de preservação.

Quem sobe a colina de acesso ao Mosteiro de São Bento, vindo do Palácio dos Governadores, o olhar atento para o último sobrado do lado direito dessa Rua, terá o mesmo gosto experimentado pelo monarca Dom Pedro II quando esteve com a sua comitiva em visita à Marinho dos Caetés, em 1859. A mesma Rua que foi de Edson Nery da Fonseca, Gilvan Samico, Ormindo Pires Filho e de tantos religiosos educadores beneditinos que ficaram na história. A rua mais visitada por milhares de turistas que passam por Olinda todo ano, onde se ouve o mais belo tocar de sinos do sítio histórico. Não tem erro: na parte cimeira do sobrado há uma placa histórica informando que João Fernandes Vieira habitou e faleceu naquele imóvel. A placa foi fixada pela primeira vez, em 1865, pelo Instituto Arqueológico Histórico e Geográfico Pernambucano (IAHGP), responsável pela luxuosa edição do livro. Placa inspirada num pedido de Dom Pedro.

Não foi por acaso que a visita imperial privilegiava no seu roteiro pernambucano os lugares emblemáticos da nossa história. Em Olinda a sua escolha foi para o Mosteiro de São Bento e a Casa do Mestre de Campo e herói João Fernandes Vieira, ele que ficou conhecido como um dos mentores da Insurreição Pernambucana (1645-1654), que culminou com a expulsão dos holandeses das nossas terras depois das batalhas do Monte dos Guararapes. Sem esquecer a do Monte das Tabocas, em Vitória de Santo Antão, desafiadora e heroica, que teve como seu historiador o saudoso mestre José Aragão.

Conhecedor da história de Pernambuco como raros do seu tempo e dos feitos heroicos do morador dessa Casa, o monarca que amava fotografar, fez questão de ali se demorar na calçada cujos tijolos e pedras ainda são do seu tempo, as chamadas “Pedras do Reino”. Ainda hoje, diz o autor, “podem ser vistas dezenas de “Pedras do Reino” colocadas em toda a extensão lateral da calçada (…)”

Tudo isso e mais ainda é narrado com detalhes minuciosos numa bem conduzida escrita e pesquisa histórica, que acaba de sair do prelo, numa edição de luxo, capa dura, bilíngue: A Casa de João Fernandes Vieira, o Restaurador de Pernambuco, de Cláudio Aguiar, conhecido por sua vasta obra literária e prêmios como o Jabuti, pela dedicação ao patrimônio histórico de Pernambuco, assim como pela sua elogiada atuação durante vários anos à frente do PEN CLUBE do Brasil, com sede no Rio de Janeiro. No elogioso prefácio de Arno Wehling, da ABL e confrade de Claudio Aguiar no Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (RJ), foi dito que “o autor bem atendeu aos requisitos ditados por Gilberto Freyre: a obra é biografia e sociologia, além de ser, igualmente, um belo exercício de história cultural, associando memória social e cultural”. De sua parte, mestre Reinaldo Carneiro Leão, Secretário Perpétuo do Instituto Arqueológico e Histórico Pernambucano, num dos seus melhores textos como historiador, nos diz, no Prefácio, que o livro de Cláudio Aguiar muito provavelmente surge para a melhor compreensão do herói da Restauração Pernambucana”. O autor por certo já conta com esse livro para as bases de sustentação da futura Casa olindense de muitos saberes culturais que pretende criar, tendo como sede a Casa de Vieira e como moldura, além das particularidades das suas dependências, feitas para durar séculos, o espaço público do entorno do sobrado. Um entorno preservado, que cumpre as leis internacionais de Tombamento histórico. Um lugar de se poder desfrutar do mais belo amanhecer da cidade. É um livro de notável e perceptível importância na melhor historiografia brasileira do nosso tempo. Ostenta um polo de enorme atração como leitura cristalizada no domínio da arte de escrever e pesquisa. O livro, dedicado a Célia, mulher do autor, reúne fotos temáticas de minha autoria, de J. Francisco e Ítalo Didot. A versão em inglês é de Tereza Christina Rocque da Motta.

Marcus Prado – jornalista. 

Genário do Cavalo é federal……

Em recente encontro com amigo Genário – O Menino do Cavalo -, no Pátio da Matriz, o mesmo confirmou  que pretende disputar, em 2022, um mandato de deputado federal. Já bastante conhecido do eleitor vitoriense, Genário é desses candidatos que tem “política” nas veias.

Filiado ao PRTB, Genário já definiu seus candidatos: Jair Bolsonaro (PL) para presidente, Esteves Jacinto (PRTB) para o governo estadual e para o senado Viviane Andrade (PRTB). Desde já, desejamos boa sorte ao amigo Genário.

Doutor Gil – lança pré-candidatura a deputado estadual no domingo!!!

Se colocando como opção para representar Vitória na ALEPE – Assembleia Legislativa de Pernambuco -,  Doutor Gil, em evento, no próximo domingo, efetivará sua pré-candidatura a deputado estadual.  Fazendo um contraponto aos tradicionais grupos políticos locais, o mesmo se filiou ao Partido União Brasil, que também investe no fortalecimento do nome do  ex-prefeito de Petrolina, Miguel Coelho  no sentido da disputa majoritária ao Palácio do Campo das Princesas.

Serviço:

Evento: lançamento da pré-candidatura a deputado estadual do Doutor Gil.

Local: Espaço Maçã Verde – bairro do Livramento.

Dia: 03 de julho (domingo)

Horário: 15h.

O assassinato do promotor de Justiça Manoel Alves Pessoa Neto – por historia_em_retalhos.

Manoel Alves Pessoa Neto era promotor de Justiça em Pau dos Ferros/RN, município do alto oeste potiguar, distante 389km de Natal.

De postura independente, exercia as suas funções com correção e esmero.

Um trágico fim, porém, encerrou a sua missão, com uma grave e inusual particularidade: tudo aconteceu a partir da porta ao lado de seu gabinete.

Ao seu lado, trabalhava o juiz Francisco Pereira de Lacerda.

Francisco era investigado por irregularidades na condução do fórum de Pau dos Ferros e Manoel seria testemunha de acusação, contra o magistrado, após denúncia realizada por advogado local.

Em 08 de novembro de 1997, o pistoleiro Edmilson Pessoa Fontes adentrou armado às dependências do fórum.

Primeiro, atingiu o vigilante Orlando Alves Mari, que morreu na hora.

Na sequência, foi até a sala do promotor e atirou contra este várias vezes.

O representante ministerial foi alvejado enquanto estava em seu gabinete, trabalhando, em um dia de sábado.

Mesmo baleado, Manoel deixou o local em seu carro, conseguindo dirigir até a pousada onde estava hospedado para pedir socorro.

Infelizmente, não resistiu e morreu.

O pistoleiro foi réu confesso do crime, admitindo ter matado o promotor a mando do juiz da cidade.

O juiz Francisco Lacerda jurou inocência até o fim, mas foi condenado a 35 anos de prisão no dia 16 de agosto de 1999.

O ex-soldado da PM Wilson Pereira, cunhado do juiz Lacerda, também foi condenado, como outro mandante do crime, a 31 anos e 06 meses de prisão, em 2021.

Este triste fato é considerado a maior tragédia da história do MPRN.

Como reflexos de sua ocorrência, em 2003, foi criado o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e, em 2010, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do MPRN.

Na sede da instituição, há um memorial em homenagem a Manoel Alves, inaugurado em dezembro de 2012.

Manoel é mais um caso de alguém que tomba em serviço nesse país por simplesmente cumprir o seu dever.
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Com a presença do pré-candidato a governador, Miguel Coelho, o conterrâneo Doutor Gil lança pré-candidatura a deputado estadual.

Filiado ao Partido União Brasil, o advogado antonense e pré-candidato a deputado estadual Doutor Gil, juntamente com a equipe do também pré-candidato ao governo do Estado de Pernambuco, Miguel Coelho, estão promovendo um evento político na nossa cidade.

Programado para o próximo domingo, dia 03 de julho, o encontro ocorrerá no espaço “Maçã Verde”, localizado na Praça Padre Felix Barreto, 209, no bairro do Livramento. O inicio das atividades dar-se-á às 15h.

Na ocasião, será ratificada a pré-candidatura a deputado estadual do conterrâneo Doutor Gil, assim como apresentação do também pré-candidato a deputado federal Marcos Amaral, com quem  o “doutor” pretende “dobrar” na nossa cidade. Em ato contínuo, o ex-prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, na qualidade de aposta do partido para ocupar a cadeira mais importante do Palácio do Campo das Princesas, explanará sobre o seu plano de governo.

Serviço:

Evento: lançamento da pré-candidatura a deputado estadual do Doutor Gil.

Local: Espaço Maçã Verde – bairro do Livramento.

Dia: 03 de julho (domingo)

Horário: 15h.

Quem será o sucessor de dom Fernando Saburido? – por Marcus Prado.

Dom Fernando Saburido anunciou pedido de renúncia ao cargo de arcebispo de Olinda e Recife, ao papa Francisco, por limite de idade, 75 anos, segundo o cânon 401 do Código de Direito Canônico. A Arquidiocese de Olinda e Recife deve celebrar o tempo pernambucano e recifense do nosso pastor pelo legado que deu certo, rendendo graças a Deus por todos os anos dedicados à evangelização, um trabalho coroado de ações repletas de frutos espirituais. Aonde dom Saburido for será sempre identificado como o bispo do sorriso e dos abraços. Levará consigo o dom da cordialidade, da simpatia, do acolhimento, do diálogo, o jeito todo seu de colocar em prática, com simplicidade, a necessidade de um apostolado, compreendendo que todo homem tem sede de Deus, segundo o Salmista, e que, na voz de Spinoza, só há uma substância, que é Deus.

Quem será o substituto do nosso querido dom Saburido na missão, complexa e multiforme, da Igreja numa diocese como a nossa? Creio que o papa Francisco será inspirado por seus anjos iluminados, de longas asas brancas, na escolha daquele que será o nosso pastor, nesse tempo de perdas de fé, de abandono e troca de crença por certas “agremiações”, com fachadas religiosas, acusadas de crimes financeiros, como lavagem de dinheiro ou fraude. Todas historicamente impunes.

Inspiro-me no ideário do cardeal português José Tolentino de Mendonça, autor de um livro de grande valor Elogio da Sede, ele que é teólogo, ensaísta e poeta (considerado uma das vozes mais originais da literatura portuguesa contemporânea), que nos mostra a identidade da Igreja nos tempos modernos. A Igreja, segundo ele, não deve estar alheia ao cenário de dor e desamparo, bem como aos riscos ideológicos. À despersonalização, ao pluralismo relativista e de grande instabilidade e insegurança, que deram origem a um individualismo egoísta. A Igreja deve estar atenta a este cenário e como tal deve advertir e aconselhar. Ao papa Francisco não faltará, na escolha, a recomendação da Regula ad Servos, de Santo Agostinho, endereçada à comunidade monástica do convento de Hipona, para crença nas virtudes do cristianismo primitivo: caridade, unidade, apostolado. Sem esquecer as Regras de São Basílio destinadas aos bispos de sua época: caridade e o carisma, um dom gratuito do Espírito Santo.

Como será o bispo de um novo tempo na Arquidiocese de Olinda e Recife? Torço para que, em comunhão de todos, não só católicos, o Vigário “grande pastor das ovelhas” (Hb 13,20) tenha por horizonte o trabalho de enfrentamento às dificuldades.

Que traga um olhar novo, na continuidade inspiradora do seu antecessor, de evangelização e conforto nesta hora em que milhares de pessoas estão passando fome, não só nesta diocese.  A fome no Brasil avança e atinge, em dois anos, mais nove milhões de pessoas. Em Pernambuco o sofrimento é de tremenda preocupação.  “A maioria dos homens vive uma vida de desespero, espanto e dor”, escreveu Henry Thoreau, nas memórias de seu exílio às margens do Lago Walden, por volta de 1845. É preciso que o encantamento da palavra consoladora bata na porta de cada um, dizia Thoreau. Cumprindo a alegria missionária, digo eu.

Pelo novo arcebispo, que não deve deixar de ter o seu perfil no Instagram, no Facebook, no Twitter e até no Spotify, que deve escolher o seu time pernambucano de futebol e vestir a camisa da Seleção, já estou torcendo. Toda comunidade católica estará por certo aberta para recebê-lo. O seu perfil, segundo a Sagrada Ordem dos Bispos, como pastor da Igreja, pastor de um inumerável rebanho, junto com os presbíteros e diáconos – os seus colaboradores – será anunciar com todo o empenho o Evangelho de Deus.  Será um arauto da fé. Contudo, nos diz Lucas Antônio Pinatti, um estudioso do clero, a simples presença de um sucessor dos apóstolos deve também ser um reflexo vivo da palavra divina que anuncia, pois só desta forma fará brotar as sementes da palavra. A esse propósito exortava São Paulo: “Prega a palavra, insiste oportuna e importunamente, repreende, ameaça, exorta com toda paciência e empenho de instruir. Sê prudente em tudo, paciente nos sofrimentos, cumpre a missão de pregador do Evangelho, consagra-te ao teu ministério” (2 Tim 4,2.5).

 

 

 

Marcus Prado – jornalista. 

 

Por que a data 28 de junho foi definida como o Dia do Orgulho LGBTQIA+? – por historia_em_retalhos.

A motivação tem razões históricas.

Em verdade, a escolha deve-se à chamada “Rebelião de Stonewall”, que aconteceu em Nova York, no dia 28 de junho de 1969, que se tornou um símbolo da luta contra a opressão sofrida pela comunidade LGBTQIA+.

O bar Stonewall Inn fazia parte da cena gay de Nova York, que era conhecida, porém velada.

Em fins dos anos 60, relacionar-se com alguém do mesmo sexo ou vestir-se de forma “inadequada” poderia resultar até em prisão.

Vários bares haviam perdido as licenças de comercialização de bebidas apenas por servirem pessoas com este perfil, sendo comum clubes noturnos funcionarem ilegalmente.

Atos repressivos eram frequentes.

Some-se a isso o clima de irresignação que permeava a sociedade americana.

Muitos movimentos sociais encontravam-se em plena efervescência, só para citar: o movimento dos afro-americanos, o movimento feminista, a contracultura dos anos 60 e as manifestações contra a Guerra do Vietnã.

Naquela noite, o público de Stonewall simplesmente resolveu reagir aos abusos praticados pela polícia.

Os frequentadores do bar começaram a atirar moedas, latas de cerveja e garrafas contra o efetivo policial, que respondeu com violência.

Com o tempo, a multidão foi ficando cada vez maior e a polícia mostrou-se incrédula com o fato de os homossexuais, normalmente passivos e aquiescentes, estarem gritando “poder gay”.

Pelo ineditismo, Stonewall foi um divisor de águas.

Em uma época em que a homossexualidade era definida como uma doença mental e que podia levar à cadeia, uma multidão diversificada resolveu não baixar a cabeça, mudando, aos poucos, a perspectiva do ativismo LGBT pelo mundo.

De Stonewall até os dias de hoje, amar livremente continua sendo um ato de resistência.

Diga NÃO à homofobia.
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Corrida do Milho da Vitória aconteceu no domingo….

Sob a coordenação da equipe do  amigo Davi Corredor, aconteceu na manhã do domingo (26) mais uma edição da “Corrida do Milho”. Em décadas passadas, o sempre atuante e baluarte nessa modalidade  em Vitória, Jucival Amorim, foi quem criou o evento, alusivo ao “milho”, sempre realizada nos festejos juninos.

Pois bem, com corredores da Vitória e de cidades da região a concentração do evento teve inicio às 6h e  largada por voltas das 7h. A saída/chegada,  com percurso de 6km pelas principais vias, ocorreram na Praça Leão Coroado.

Com premiação para os primeiros colocados, tanto no masculino e feminino, o evento também condecorou com troféu os ganhadores por faixa etária. Todos os corredores, receberem medalha de participação.

A corrida de rua vem avançando  no Brasil e se transformou no esporte mais democrático. Até mesmos nas cidades longes dos grandes centros urbanos. Pessoas das mais diferentes classes sociais e com idades diferentes – de 8 a 80 anos – conjugam os prazeres e os benefícios que a atividade proporciona, de maneira contínua e crescente.

Parabéns aos organizadores do referido evento.

Gilberto Gil e a sua Drão – por historia_em_retalhos.

Esta é Sandra Gadelha, carinhosamente chamada de “Drão”, a terceira esposa de Gil e musa inspiradora de uma de suas canções mais belas, “Drão” (1982).

Gil e Sandra começaram o namoro em 1968, em pleno movimento Tropicalista.

Em dezembro, Gil e Caetano foram presos devido à decretação do AI-5, auge da ditadura militar.

Então, pouco tempo depois, os dois decidem se casar e fogem em exílio para Londres.

Com Sandra, teve três filhos: Pedro, Preta e Maria Gil.

Em 1979, porém, o casal começou o doloroso processo de separação.

Escrita em um momento de profunda tristeza, esta música traduz uma forma linda de encarar o fim traumático de um relacionamento.

Coisa que só um gênio da MPB como Gil teria a sensibilidade de exprimir.

“Drão!
O amor da gente é como um grão
Uma semente de ilusão
(…)
Quem poderá fazer
Aquele amor morrer
Se o amor é como um grão
Morre, nasce trigo
Vive, morre pão (…)”

Salve Gil! 80 anos!
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O mercado do milho na Praça Leão Coroado…

Na tradicional “feira do milho”, que há anos vem acontecendo, aqui, na Praça Leão Coroado, Centro Comercial, agora a pouco, dei uma circulada para saber como anda o preço da mão de milho. Apesar do processo  inflacionário dos últimos 12 meses, em alta,  os preços estão entre R$20,00 e R$40,00. Vai depender da qualidade e do tamanho da espiga.

Para os que reclamam dos preços do milho, na época junina, relembro a frase do meu pai, Zito Mariano, em defesa do agricultor: “tá achando caro? Vá preparar a terra, plantar, limpar, colher e trazer para feira para ver o trabalho que é….. Na mesma hora você vai achar barato….”

Eleições 2022: candidatos locais – apoios e alinhamentos políticos……

Ainda fora da agenda de expressiva parcela da população brasileira  as eleições gerais 2022, aos poucos, começam a ganhar forma.

É bem verdade que no mundo particular dos políticos e das lideranças partidárias o processo já vem na ordem do dia desde à última virada do ano. As novas regras eleitorais e o “saco” de dinheiro do chamado “fundão”, que serão manipulados por esses senhores e essas senhoras,  é algo que apimenta a disputa, tanto em nível nacional como na nossa província e, por tabela, em nossa “aldeia” – Vitória de Santo Antão.

Com efeito, possivelmente, bateremos recorde em quantidade  de candidaturas  confirmadas  com domicílio eleitoral antonense,  numa mesma eleição geral.  Já com pré-candidatura na rua, por assim dizer, até o momento,  já temos pelo menos uma dezena.

Os três detentores de mantados, com  assento na ALEPE ( Aglailson Victor, Henrique Filho e Joaquim Lira),  são candidatos naturais à reeleição se juntando  às postulações (para deputado estadual) dos  vereadores André Carvalho e Doutor Saulo. O Advogado Doutor Gil também já está posicionado na pré-campanha.

Para a Câmara Federal, além do vereador Carlos Henrique, pelo menos uma trinca de mulher vem se colocando com suas respectivas pré-candidaturas já anunciadas: Hérika Araújo, Iza Arruda e Socorrinho da Apami. É possível que tanto para estadual e federal, até as convenções partidárias  – que ocorrerão obrigatoriamente entre os dias 20 de julho e 05 de agosto – outros nomes entrem no páreo ou mesmo algumas desistências sejam anunciadas – faz parte do jogo.

Por conta da proibição das chamadas coligações proporcionais,  os partidos estarão mais rigorosos quanto ao apoio das bases às  candidaturas  majoritários – senador, governador e presidente. Aliás, nessa questão,  já temos em Pernambucos vários filiados sendo expulsos das suas respectivas agremiações partidárias por conta da chamada  infidelidade – algo que sempre existiu nos estatutos, mas nunca foi levado ao pé da letra,

Por conta da polarização e até da rejeição de aliados “naturais” alguns dos pré-postulantes locais não estão “se preocupando” em divulgar seus respectivos alinhamentos políticos. Assim sendo, dentro do espectro da lógica partidária, abaixo, segue um pequeno quadro demonstrativo. Diga-se passagem:  até o momento.

Para deputado estadual:

como devem  votar os pré-candidatos Aglaílson Victor, Joaquim Lira, Henrique Filho, André Carvalho, Doutor Gil e Doutor Saulo. 

Aglaílson Victor (PSB)  e Joaquim Lira (PV)  – Danilo Cabral (governador – PSB ) – Tereza Leitão (senadora – PT ) – Lula (presidente – PT).

Henrique Filho (PP) – Danilo Cabral (governador  – PSB) – André de Paula (senador – PSD) –  Bolsonaro (PL).

André Carvalho  (PDT) – Marília Arraes ( governadora SD) – não definido  (senador ) – Ciro Gomes (presidente  – PDT).

Doutor Gil (UB) – Miguel Coelho (governador – União Brasil) – não definido (senador ) – Luciano Bivar (presidente UB).

 

Doutro Saulo (Patriotas) – não definido (governador) – não definido (senador) – Ciro Gomes (presidente – PDT).

Para deputado federal :

como deve votar os pré-candidatos(as) Carlos Henrique, Hérika Araújo, Iza Arruda e Socorrinho da Apami. 

Carlos Henrique (PP)  – Danilo Cabral (governador  – PSB) – André de Paula (senador – PSD) –  Bolsonaro (PL).

Hérika Araújo (PDT) – Marília Arraes ( governadora SD) – não definido  (senador ) – Ciro Gomes (presidente  – PDT).

Iza Arruda – (MDB)  – Danilo Cabral (governador – PSB ) – Tereza Leitão (senadora – PT ) – Simone Tebet  (presidente – MDB).

Socorrinho da Apami (UB) – não definido (governador) – não definido – Luciano Bivar (presidente UB).

Não devemos deixar de sublinhar que,  tal qual uma velho cacique político gostava de afirmar,  política é feito uma nuvem, ou seja: sempre em está em movimento. Assim sendo, esperemos os próximos capítulos dessa “nova novela eleitoral 2022” pois, a trama, até agora anunciada,  promete boas e inesquecíveis  emoções….

Obs: qualquer pré-candidato(a), aqui citado, que queira se pronunciar quantos aos seus respectivos apoios,  fique bastante a vontade.

 

Mumtaz Mahal – por historia_em_retalhos.

Em 17 de junho de 1631, morria Mumtaz Mahal, princesa persa muçulmana, casada com o quinto imperador mongol Shah Jahan.

A princesa morreu durante o parto do 14.° filho do casal.

Desolado, como uma homenagem póstuma, o imperador mandou construir o famoso Taj Mahal, um palácio sobre o túmulo dela, com a força de cerca de 20 mil homens.

A construção é considerada uma das maiores demonstrações de amor já feitas pelo homem, sendo eleita uma das Sete Maravilhas do mundo moderno.

Inspirado no fato, em 1972, Jorge Ben Jor lançou a canção “Taj Mahal”, contando “a mais linda história de amor”.

Tê tê tê, têtêretê tê tê, têtêretê tê tê, têtêretêtê tê
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Vereador Davi Frutas: “eu estou com os agricultores”…..

De maneira casual, ontem (20), por volta do meio-dia, ao transitar pelo centro comercial da nossa “aldeia” – Vitória de Santo Antão – encontrei com o vereador e amigo “Davi Frutas”. Matuto falante, ele desses sujeitos que não nega às origens, ou seja: tem o cheiro de terra.

Pois bem, no nosso rápido bate-papo, quando questionado  sobre essa “polêmica” da ampliação do “auxilio da chuva” para os atingidos da zona rural, foi taxativo: “eu estou com os agricultores porque conheço de perto da realidade desse pessoal”. Complementando: “eu fui eleito pelos agricultores. Já mais eu poderia ser contra”. Além das dificuldades provocadas pelas chuvas nas lavouras, Davi também lembrou que em muitos lugares  as estradas estão complicando os negócios de quem vive no campo.

Fora dessa polêmica, dialogamos um pouco sobre a política de maneira geral. Nesse contexto, pude inferir das suas palavras que o mesmo  não tá  muito satisfeito com o tratamento que vem recebendo por parte da prefeitura, no que se refere aos seus pleitos –  mesmo sem me dizer textualmente, ficou-me essa  impressão.

Faltando poucos meses para o pleito estadual, onde o prefeito tem interesse direto em algumas candidaturas, as vezes as coisas precisam  piorar para  depois “melhorar”, na medida que o pleito vai se aproximando… Nesse jogo, essa moeda está sempre em voga…….Segue o jogo……

O sequestro de Abílio Diniz – por historia_em_retalhos

Poucos crimes reverberaram tanto nos noticiários nacionais, como o sequestro do empresário Abílio Diniz.

O ano era 1989.

Após 21 anos de ditadura, a experiência de uma eleição direta para presidente da República voltava à vida do brasileiro.

Na esfera policial, aquele período foi marcado pela expansão da prática de crimes de sequestro de empresários e pessoas influentes no Brasil.

Abílio Diniz era um empresário de sucesso e responsável pelo crescimento de empresas importantes, como Pão de Açúcar, Extra e Ponto Frio.

Esportista, lutador e havendo recebido treinamento de tiro com especialistas israelenses, recusava-se a andar com seguranças profissionais.

Em 11 de dezembro daquele ano, uma Chevrolet Caravan, disfarçada de ambulância, bloqueia o seu caminho, no Jardim Europa, São Paulo.

Abílio sacou o seu revólver e abriu parcialmente a porta, mirando contra a ambulância.

De repente, porém, sentiu um baque.

O seu carro foi atingido atrás por um Opala.

Ele tentou resistir, mas os sequestradores estavam em grande número e conseguiram rendê-lo, levando-o para o cativeiro, no bairro Jabaquara.

Dentro do cativeiro, um cubículo, havia um colchonete, um vaso sanitário, uma porta, um alto falante e um tubo por onde circulava o ar.

Abílio passou 6 dias como refém.

Pelo resgate, pedia-se US$ 30 milhões.

No dia 17 de dezembro, depois de 36 horas do cerco do cativeiro, os sequestradores decidiram que iriam se entregar e libertar Abílio Diniz.

O fim do sequestro foi exibido ao vivo pela TV.

Um ponto, porém, intriga quem vivenciou aquele período.

O sequestro de Diniz ocorreu no intervalo entre o 1.° e o 2.° turno da eleição presidencial de 1989, entre Fernando Collor e Luiz Inácio Lula da Silva.

O líder do grupo de sequestradores, Humberto Paz, revelou, perante o juiz, que foi obrigado a vestir a camiseta do Partido dos Trabalhadores, com o objetivo de prejudicar o candidato daquele partido.

Até hoje, não se sabe da veracidade dessa afirmação.

Porém, é certo que a mídia deu ampla visibilidade às tais camisas e este sequestro influenciou o resultado daquele pleito.
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Ao que parece, o carnaval 2023 tá garantido!!!

Coube ao Bloco “O fera” o privilégio de colocar o primeiro  trio elétrico na rua, nesse processo de retomada pós-pandemia. É bem verdade que ainda não estamos com a vida  “socialmente normal”, mas é possível dizer,  com toda certeza,  que o pior já passou. E nesse contexto os eventos populares começam engrenar novamente.

Na tarde de ontem (19 –  domingo ) – após dois anos quatro meses –  assistir o  Trio Asas da América desfilar pelas ruas da Vitória de Santo Antão, acompanhado por porção considerável de  brincantes, é algo que nos deixa bastante animados, no sentido do carnaval antonense 2023.

O carnaval da Vitória, indiscutivelmente, é o nosso maior patrimônio imaterial. Ostentamos números e fatos concretos que nos permite tal afirmativa. Assim sendo, sob o olhar atento da historiografia local, o desfile da fortaleza sonora dos irmãos “Valença” pelas ruas centrais da nossa “aldeia”, na tarde de ontem,  que tem como patrocinador oficial a internacional  Pitú,  nos inclina  dizer que a vida dos foliões  antonenses, em 2023, voltará ao seu estado original, ou seja: brincar carnaval na rua!!!

Chico Buarque de Holanda – por historia_em_retalhos.

Chico Buarque de Holanda sendo saudado em Curitiba, por uma multidão em praça pública.

Naquele ano (1966), a canção “A banda” havia vencido o II Festival de Música Popular Brasileira, em empate com “Disparada”, de Geraldo Vandré.

Na imagem, o jovem cantor sorri, no meio do povo, como quem ainda está acostumando-se aos festejos em torno de si.

Esse gênio da MPB, recentemente,  completa,  78 anos.

A arte vence o obscurantismo.

Obrigado e saúde, @chicobuarque! 🙌🏼
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