5 de novembro de 1993 – por @historia_em_retalhos.

Há exatos 30 anos, Ronaldo Cunha Lima, então governador da Paraíba, entrava no Restaurante Gulliver, em João Pessoa, com uma intenção: matar a tiros o ex-governador do mesmo estado e seu desafeto político Tarcísio Burity.

Ao se dirigir ao restaurante no bairro de Tambaú, a intenção de Ronaldo era vingar-se publicamente do antecessor e, depois, supostamente, cometer suicídio.

O suicídio jamais aconteceu.

Os tiros foram disparados em reação às supostas críticas que Burity teria feito ao filho de Ronaldo, Cássio Cunha Lima, então superintendente da Sudene.

Isso teria acontecido em uma entrevista, concedida ao vivo, minutos antes, em uma emissora de TV.

Burity foi atingido na boca e no tórax, à queima-roupa, mas sobreviveu ao atentado, embora tenha ficado alguns dias em coma.

O episódio e o ferimento causaram-lhe outros problemas de saúde e, dez anos depois, no dia 8 de julho de 2003, morreu de falência múltipla de órgãos.

Antes de morrer, Burity perdoou Ronaldo.

Em sua defesa, Ronaldo alegou que Burity o ameaçava e que não premeditara o crime.

Segundo testemunhas, Cunha Lima entrou no restaurante, bateu nas costas de Burity e, antes de atirar três vezes, disse-lhe:

“É você mesmo que eu quero pegar”.

Ele chegou a ser preso na noite do crime, mas foi liberado em seguida.

Ronaldo Cunha Lima morreu sem nunca ter sido julgado, porque realizou inúmeras manobras protelatórias no processo, tendo, inclusive, renunciado ao mandato de deputado federal, para que o feito retornasse à justiça paraibana.

Em 2014, o Senado Federal decidiu homenageá-lo, batizando com o seu nome o edifício do Interlegis.

A homenagem provoca polêmica até hoje.
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