Momento Cultural: ÁRVORE AMIGA – por José Teixeira de Albuquerque

texeira

Ei-la aqui derrubada! Esta árvore que outrora
era o ponto melhor dos ninhos da floresta,
vivendo a proclamar a beleza da flora
altaneira, copuda e ramalhuda e erecta.

Farfalhando – acordava os pássaros na aurora
protetora – abrigava os pássaros na sesta…
Então eles cantavam uma canção sonora
uma canção de amor, de gratidão, de festa!

Mas um verme a roer-lhe as fibrosas entranhas
deu-lhe dores cruéis, estúpidas, tamanhas
fazendo-a vacilar… esmorecer e cair…

de pássaros deixando a procissão chorosa!
– José de Barros foi como esta árvore frondosa
deixou Vitória toda enlutada a carpir.

“O LIDADOR” 24.VI.1926

José Teixeira de Albuquerque, nasceu na fazenda Porteiras, Vitória de Santo Antão aos 23 de agosto de 1892. Seus pais: Luiz Antonio de Albuquerque e Dontila Teixeira de Albuquerque. Estudou medicina na Faculdade da Bahia, porém desistiu do estudo no 3º ano. Casou em segundas núpcias com a conterrânea Marta de Holanda, também poetisa e escritora. Publicou o livro de versos MINHA CASTÁLIA e colaborou em várias revistas e jornais; tanto da Vitória como do Recife. Foi funcionário do Arquivo da Diretoria das Obras Públicas do Estado,com competência e zelo. Faleceu no Recife, no dia 2 de outubro de 1948. Não deixou filhos. Sua morte foi muito sentida entre os intelectuais, que não se cansaram de elogiar sua prosa e seus versos.

Paulo Nascimento e a Banda Real

Paulo Nascimento e a BANDA REAL no CD “Me Faz Feliz“, com a composição deJoão Caverna, a música COCO DA CABRA, com a interpretação de Alcir Damião, Nici e Paulo Nascimento.

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Aldenisio Tavares

Alô Galera!!! Alexandre Ferrer é o cara do carnaval da Vitória !!

Quer faça sol ou chuva. Em ano bom ou ruim. Em ano eleitoral ou em ano sem eleição. Com crise ou sem crise financeira, os diretores das mais variadas agremiações carnavalescas, em nossa cidade ou fora dela, tem um porto seguro com o qual pode contar, sempre. O Engarrafamento PITÚ é a garantia financeira e estrutural para quem promove carnaval, sobretudo na Vitória de Santo Antão.

O que digo aqui, aliás,  não é nenhuma novidade para “seu ninguém”. Em 2017, com crise e tudo, a PITÚ garantiu a “parada” para todo mundo. Ou com dinheiro, ou com trio elétrico, ou com orquestra, ou com camisa, ou com bebidas e sempre com a atenção devida, para com todos que são envolvidos no reinado de momo.  A PITÚ VEM SENDO  O ESTEIO FINANCEIRO DA NOSSA FESTA MAIOR.

Além do interesse direto na festa, os diretores das mais variadas agremiações contam também com um cara que, além da visão holística do mercado, é folião de primeira hora. Ou seja: brinca, bebe, dança, canta e, na medida do possível, ainda participar dos acontecimentos  relativos aos festejos do Rei Momo, nos quatro dias e nas prévias.

Portanto, o  amigo Alexandre Ferrer, diretor da PITÚ, juntamente com sua esposa Verônica, além de abrir sua residência para receber os amigos/foliões,  assim como  as agremiações carnavalescas que por lá desfilam, é um sujeito que,  apesar de já ter prestigio  e fazer parte de um patamar  financeiro privilégiado, estar sempre interagindo e ganhando mais respeito admiração das pessoas, sobretudo os que compõe a comunidade carnavalesca pernambucana e, principalmente, a da terra de José Marques de Sanna.  De resto, escutemos, porém,  o nosso comunicador folião, Regis Souza, com o vozerão que Deus lhe concedeu, anunciar: “ALÓ GALERA !!!!! ALEXANDRE FERRER É O CARA DO CARNAVAL DA VITÓRIA !!!!”

Comercio ambulante e carros de mãos: COM A BAGUNÇA, TODOS SAEM PERDENDO !!!

Não obstante a prefeitura, junto com a CELPE, haver promovido corretamente as ligações elétricas das barracas instaladas na Praça Duque de Caxias, Diogo de Braga e Dom Luiz de Brito, ou seja: dentro do que determina as normas de segurança, com aterramento e cabo energizado chegando por cima, um avanço para  nossa cidade – nesse segmento – podemos dizer que o comércio ambulante do nosso carnaval ainda tem muito que avançar.

O descontrole e a falta de organização nessa área, por parte da prefeitura, parece algo insanável. Mudou a administração, mudou os atores envolvidos, mas parece que a regra usada  para o segmento foi a mesma, ou seja: NÃO TER REGRA.

Não teve TAC, não teve ABTV, não teve ACTV, não teve Polícia, não teve Guarda Municipal, não teve secretário, não teve prefeitoNão teve nada! Nada, Absolutamente nada que pudesse organizar esse segmento, no carnaval 2017, na nossa cidade. Como disse a Doutrora Promotora de Justiça, Joana Cavalcanti, por ocasião da reunião referente à confecção do Termo de Ajustamento de Conduta: “uma coisa é escrever aqui no papel, outra coisa é ação existir na prática”.

Quando uma coisa não funciona, de maneira sistemática, alguma coisa tá errada na sua formatação. No seu conceito. Isso é lógico. Não precisa ser nenhum gênio para saber disso.

Pois bem, já disse várias vezes e em diversas ocasiões que só teremos êxito nessa questão – comercio ambulante  no carnaval – quando mudarmos a maneira de fazer. O comercio ambulante desordenado e os carros de mãos sem controle – machucando a canela das pessoas, quer estejam brincado ou não –  é um desafio  que deverá ser enfrentado por todos que promovem, trabalham e brincam carnaval na Vitória de Santo Antão.  Aliás, em conversa informal,  relatei o problema e o caminho para  solução,  ao novo secretário de Cultura, Turismo e Esporte, Marcos Rocha.

Na minha modesta opinião, até porque não sou dono da verdade, o  trabalho deve ser realizado da seguinte forma:

1º – um cadastro sério dos que trabalham com comércio ambulante no período carnavalesco.

2ª – proibir carro de mão, carroça e etc, comercializando (circulando) qualquer mercadoria,  no percurso oficial do carnaval – É PROIBIR MESMO!!!!!

3º – organizar pontos fixos, tantos quantos  sejam necessários,  para contemplar todos cadastrados, POR SORTEIO, sem politicagem e sem discriminação ou favorecimento a quem quer que seja.

4ª – padronizar os pontos:  toldo, caixa térmica, iluminação,  fardamento e etc.

5ª – padronizar os produtos (patrocinador), os preços e ter apenas um fornecedor para  abastecer todos os pontos fixos, inclusive com o gelo,  logo pela manhã, antes dos desfiles dos blocos acontecerem – nesse caso, os barraqueiros não precisariam  fazer investimento. Eles entram apenas com trabalho. Essa é a forma de ampliar a oportunidade para os que mais necessitam e não tem condições de fazer qualquer investimento. Precisa-se quebrar o monopólio dos “empresários  carroceiros”,  que exploram o trabalho daqueles que não tem dinheiro para investir, aumentando a proliferando e quantidade de carros de mãos  dos “franqueado”.

6ª – as vendas poderão ser realizadas nos pontos fixos ou  itinerante,  com  um isopor no ombro– como é realizado nos estádios de futebol e grandes eventos, tais como:  carnaval de Recife, São João de Caruaru, shows de rock e etc.

Essas, contudo, seriam as regras básicas. Dessa forma, além de combater a invasão dos ambulantes das cidades circunvizinhas, criar-se-ia  um canal direto com os grandes fornecedores, promovendo assim o ambiente desejado para os patrocinadores em potencial  do carnaval investirem na nossa cidade – Cervejaria – Pitú – Uísque, Coca-Cola, energético  e etc.

Sem organização e sem saber o quanto, efetivamente,  se vai vender, ninguém quer investir e, ao final, com a bagunça generalizada,  como vem acontecendo, todos acabam vendendo, por intermédio dos atravessadores – supermercado e depósito de bebidas – e lucrando sem investir nada. A bagunça favorece o NÃO INVESTIMENTO DAS EMPRESAS QUE TEM INTERESSE DIRETO NO EVENTO.

Tudo isso é uma questão de planejamento e sequência de trabalho. Nos anos seguintes as empresas que, por acaso,  ficaram de fora, chegarão com propostas para desbancar a que ficou no ano anterior. Isso acontece, constantemente, nos grandes eventos. Com organização, o carnaval da Vitória passaria a ser um mercado consumidor  cobiçado pela as grandes empresas. É uma equação simples, mas que precisa de planejamento, seriedade, e muito trabalho, com efetividade, sem politicagem e sem interferências menores.

Quando as coisas são levadas a sério, tudo funciona. O carnaval da Vitória, além de toda sua história e simbologia, também precisa ser tratado como um espaço para negócios, que oportunize, para os  que querem trabalhar, ganhar seu dinheiro, e para os que podem e querem brincar, conforto, segurança e alegria. É assim que acontece nas cidades que trata os seus eventos com profissionalismo. Tudo isso, sem fuxico, sem fofocas, sem  “besterol” de política.

Já com relação aos chamados “Paredões de Som”, no percurso do carnaval, apesar de haver um Decreto Municipal regulamentando a ação indiscriminada, podemos dizer que avançamos, mas não resolvemos. Aqui e acolá, os “senhores” donos dos paredões tiraram suas “ondinhas”. A Polícia, esse ano,  visivelmente deficitária, na teve “perna” para fazer valer sua autoridade. No  TAC – Termo de Ajustamento de Conduta – lhe cabia à repressão. Mas, em relação aos carnavais passados, houve uma melhora significativa, sem sombre de dúvida !!!

Com essa matéria, no entanto, encerro minhas observações acerca do carnaval vitoriense 2017. Espero ter contribuído, com opiniões, críticas e sugestões. Para o novo  prefeito, Aglailson Junior, a justificativa para não produzir mudanças, há muitas necessárias, se socorrendo da crise, do pouco tempo e das condições que recebeu a prefeitura, não lhe se socorrerá, nas próximas edições da nossa festa maior que se chama: CARNAVAL SECULAR DA VITÓRIA.

 

Momento Cultural: ESPAÇO – por MELCHISEDEC

Melchisedec

Para nós, seres humanos, o nosso espaço no cosmos, começou a três milhões e quatro centos mil anos, porém, só a trinta mil anos, começamos a entender onde vivíamos e o que éramos.

Conquistamos o fogo, iniciamos plantio das sementes, aprendemos lidar com os animais, aplicamos nosso primitivo talento para criar os instrumentos de trabalho, usando a pedra, depois descobrimos o ferro e o bronze que permitiam um avanço significativo na nossa arte de fazer as coisas.

Com o ajuntamento das pessoas, formamos as tribos, as comunidades agrícolas que foram evoluindo até a formação das cidades.

Nesse vasto espaço cósmico, a nossa memória parece confinada no estreito lugar do planeta em que vivemos. Pouco a pouco vamos aparecendo em forma de escritos históricos para dizer à posteridade o que fomos, o que somos e o que seremos.

Hoje, todas as pessoas de quem ouvimos falar, viveram e lutaram em algum ponto deste planeta.

Todos os reis, sábios, nobres e plebeus, batalhas, guerras, migrações, invenções, tudo que há nos livros, sobre a história do homem, aconteceu aqui.

Dentro desse imenso espaço do universo de onde emergimos, somos um legado de vinte bilhões de anos de evolução cósmica.

Agora vemos nosso planeta à beira da destruição. As máquinas mortíferas inventadas pelo homem para sua própria destruição. É a inversão de valores.

A maldade tomou conta do coração do homem. Agora temos que melhorar a vida na terra e conhecermos o universo que nos criou, sem desperdiçar nossa herança de vinte bilhões de anos numa autodestruição insensata.

O que acontecer no próximo milênio, dependerá do que fazemos aqui a agora, usando a nossa inteligência e a nossa vontade para salvar o planeta.

Lembremos que: “há mais coisas entre o céu e a terra de que supõe vã filosofia”.

(VERDADES FUNDAMENTAIS – MELCHISEDEC – pág. 61).