Banco do Brasil: atendimento precário!!

Segue, abaixo, o questionamento relacionado ao atendimento da agência do Banco do Brasil da nossa cidade, enviado pelo internauta Alexandre Rogério do Nascimento, presidente do Conselho Municipal de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência da Vitória de Santo Antão.

“Amigo Pilako, por falar em acessibilidade nos bancos, hoje estive no Banco do Brasil ás 8:30 hrs, e a porta de acessibilidade (a porta de vidro onde quem é usuário de cadeira de rodas utiliza, já que a porta utilizada por todos tem menos de 80 cm) estava fechada de chave, indaguei porque a mesma estava trancada, já que ela deveria ficar aberta das 7:00 às 22:00 horas, porque só ela nos da acesso aos caixas eletrônicos, e eu exijo esse direito já que eu sou cliente do banco, e me informaram que era ordem o gerente geral. Fui falar com o mesmo, ele não se encontrava, a funcionaria ligou para o mesmo informando da minha presença, ele ficou de chegar, esperei até as dez horas e o mesmo não chegou.
Tentei dialogar, não obtive exito, agora estou enviando um oficio pelo Conselho Municipal de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência da Vitória de Santo Antão – COMUD-Vitória, exigindo que a referida porta esteja aberta no horário do funcionamento dos caixas eletrônicos e que providencie o mais rápido possível a instalação do elevador para que possamos chegar ao primeiro andar do prédio e torna o mesmo acessível, sem precisar esperar o funcionário descer e nos atender, queremos chegar até eles, é o que nos garante a legislação vigente.
Só pedimos respeito em garantir os nossos direitos de cidadão e pagadores de impostos.

Um Abraço”

Alexandre R. do Nascimento
Presidente do COMUD-VITÓRIA

Vovô Léo dos Monges…

Também por coincidência, hoje, no dia dedicado à música e aos músicos,  recebei na nossa redação o amigo carnavalesco Léo dos Monges que é, diga-se de passagem, um dos maiores conhecedores de música da nossa cidade. Aliás, por falar em Léo, o mesmo  está cantarolando à toa. Virou vovô de um menino!! Só não fazê-lo virar torcedor do Náutico… Isso é maldade…

OS deputados André de Paula, Felipe Carreras e Augusto Coutinho receberam os votos do povo da Vitória, se elegeram, e deram uma “banana” para a cidade!

Segundo matéria estampada no Diário de Pernambuco do domingo (19), no caderno Política (pag 2.4), cada um dos três senadores e dos vinte e cinco deputados federais pernambucanos tem direito a destinar R$ 14.000.000,00 (quatorze milhões) em emendas parlamentares para suas bases eleitorais. A lógica dessa distribuição, entendemos, que deveria seguir o mapa eleitoral de cada parlamentar  ou mesmo o vinculo que cada um mantém com seu município de origem (votação em cada cidade).

Nossa cidade, Vitória de Santo Antão, sob o ponto de vista de “Colégio Eleitoral”, configura-se entre as cinco maiores cidades do interior do estado. Mesmo após o recadastramento biométrico possuímos 90 mil eleitores (89.714). Levando-se  em conta que Pernambuco possui mais de 180 municípios somos, indiscutivelmente, uma “praça” muita cobiçada, sobretudo por sermos limítrofes da Região Metropolitana. Tudo isso é levado em conta quando o mapa geopolítico- eleitoral encontra-se em cima da  mesa na hora do “vamos-ver”, ou seja: quando se começa botar o “pé na estrada” para angariar os votos na campanha eleitoral.

Pois bem,  mesmo nossa cidade sendo detentora dos atrativos que mais interessa ao mundo político (voto), o referido relatório, publicado pelo Diário de Pernambuco, em nenhum momento realça à chegada de recursos federais, enviados, através de emendas,  pelos deputados federais, principalmente pelos que aqui foram votados na eleição de 2014.

Levando em consideração apenas os candidatos a deputado federal que foram apresentados e apoiados pelos três principais grupos políticos na nossa cidade  (Elias, Aglailson e Henrique) constatamos que os senhores  André de Paula, Felipe Carrearas e Augusto Coutinho trataram Vitória de Santo Antão como algo desprezível, insignificante isto é:  sem a menor importância.

Certamente por haver sido “ludibriado” pelo experiente deputado estadual Henrique Queiroz, no que se refere ao volume da votação prospectada na nossa cidade, o deputado federal Augusto Coutinho (SD) não destinou nenhum recurso  à nossa cidade. Dos 67.918 votos que conseguiu na eleição de 2014,  apenas 1.496 foram “pescados” por aqui. Investiu muito e teve pouco retorno. Certamente para o pleito do ano que vem não repetirá a dobradinha com o mesmo parceiro. Por aqui, deverá, contudo,  se “aconselhar” com o seu companheiro de partido, o atual vice-prefeito Doutor Saulo Albuquerque.

Sem nenhum vinculo com a nossa cidade o deputado federal Felipe Carreras (PSB) “pescou” um bom volume de sufrágios por aqui e também não destinou nenhum um centavo das suas emendas para ser investida na Terra de Mariana Amália. Dos 187.348 votos que obteve em todo estado, 8.179 conseguiu daqui. Graças ao apoio do grupo político do prefeito Aglailson Junior.

Curiosamente o deputado federal Felipe Carreras destinou R$ 1.200,000,00 para a cidade de Riacho das Almas,  aonde conseguiu pouco mais da metade dos votos que “arrancou” daqui. Outra curiosidade na destinação das verbas do Carreras é que,  não obstante haver conseguido ganhar a confiança de apenas 14 eleitores do município de Brejão,  o mesmo  enviou para lá a quantia de R$ 250.000,00.

Já o deputado federal André de Paula (PSD), velho conhecido dos eleitores vitorienses, tem na cidade da Vitória de Santo Antão a sua melhor “praça”. Nem no Recife, sua terra, onde existe mais de hum milhão de eleitores, ele conseguiu tantos votos quanto aqui. Lá (1.065.450 eleitores)  ele obteve 9.481, enquanto que aqui (89.714) foi agraciado com a confiança de 11.176 vitorienses e, mesmo assim, segundo a relação do Diário de Pernambuco, não destinou um centavo para Vitória de Santo Antão.

Ainda segundo o relatório do jornal, o deputado André de Paula  destinou  duas emendas no valor de R$ 150.000,00 para as cidades de Abreu e Lima e Camaragibe, comarca que conseguiu angariar na eleição passada  apenas 135 e 453 votos, respectivamente. Convenhamos, votação inexpressiva se comparada aos votos que conseguiu por aqui.

Esses, porém, são alguns “lances eleitorais” que o povo da nossa cidade, Vitória de Santo Antão, deve saber e ficar atento. Ano que vem (2018) teremos novas eleições. Fica a pergunta: será que vale a pena acreditar, investir e votar nesses  deputados federais que apenas nos concedem aperto de mão e “tapinhas” nas cotas?

Na medida do possível, no transcorrer da semana, voltarei a tratar desse mesmo assunto assinalando minhas impressões sobre esse tratamento dispensado ao povo da nossa Vitória de Santo Antão por esses políticos do tipo “Copa do Mundo”, ou seja: QUE SÓ APARACEM DE QUATRO EM QUATRO ANOS!

GOVERNO MUNICIPAL, ESTADO E ENTIDADES REUNIDOS NA CÂMARA

Na última sexta feira, dia 10 de novembro, às 09:00h no plenário da Câmara de Vereadores da Vitória de Santo Antão, foi realizada uma reunião de um grupo de trabalho de entidades não governamentais (ONGs), representantes do Governo Municipal e Estadual, para uma avaliação dos trabalhos realizados em parceria, que visam estruturar ações efetivas em defesa dos idosos e pessoas com necessidades especiais.

Foi inaugurado a Ouvidoria dos Direitos Humanos (Idosos e Deficientes) na antiga Estação Ferroviária, na praça Leão Coroado no Centro da cidade. A Secretaria de Assistência social do município vai ministrar cursos de capacitação para motoristas de ônibus urbanos na grande Vitória, objetivando humanizar o atendimento e acessibilidade dos idosos e deficientes.

Em breve haverá uma fiscalização rotineira nas Agências Bancárias e Casas Lotéricas, para cumprimento da Lei Municipal e Estadual para disciplinar o atendimento prioritário e ao usuário em geral. Marcaram presenças: Cel. Paulo Targino, secretário de defesa social e segurança cidadã; Dra. Zandramar Ruiz, secretária de assistência social, Dra. Karlise, diretora de benefícios, vereador Lourinaldo Júnior, Eliane assessora parlamentar, Sgt. Júlio da AGTRAN, Dr. Ricardo Corte Real, diretor jurídico dos Direitos Humanos, o ouvidor Wilson Brito e o Sr. Alberdam, diretor da ADVISA (Associação dos Deficientes da Vitória).

Internauta Wedson Garcia comenta no blog

Comentário postado na matéria “Preconceito Racial: INFORMAÇÃO E EDUCAÇÃO!!!“.

Vale lembrar que o Brasil foi construído através da maior migração forçada da história. Os Estados Unidos, também conhecido por seu passado escravista, recebeu 10 vezes menos escravos que nós. 4 milhões de africanos construíram o que se tornaria a terra da “ordem e do progresso”. Progresso esse que custa a chegar para a comunidade negra, mesmo nos dias de hoje. O Brasil se tornou o maior país escravista do mundo, tendo um dos regimes mais cruéis dos últimos séculos. Porque esta é uma história que muitos ainda preferem não contar? Simples: a escravidão é uma história nada conveniente para a elite brasileira e ela não quer que essa questão seja discutida. Basta ver a oposição a qualquer tipo de ação que tenha como intenção, o reparo aos danos causados. O dia da consciência negra é questionado por essa mesma elite. A igreja católica, que tinha um enorme poder de influência, foi cúmplice de tais atos, chegando a dizer que os negros precisavam de fato passar por todo esse suplício, para posteriormente passar por dias melhores no paraíso – Descarada hipocrisia. Parabéns pelo texto Pilako. Seu discurso nada mais é que um grito de resistência, muito bem vindo em dias tão difíceis como os que vivemos atualmente. O ódio não pode predominar, jamais.

Wedson Garcia

INternauta Manoel Carlos comenta no blog

Comentário postado na matéria “Preconceito Racial: INFORMAÇÃO E EDUCAÇÃO!!!“.

Querido Pilako seus textos são interessantes, posto que, retratam bem o imbróglio ideológico em se afoga a sociedade brasileira.
Sou um “mestiço”, filho de um pai branco e de uma mãe morena, e desde criança nós todos, em casa, pedíamos a benção a uma negra que alimentou meu pai, dando a Ele a primeira alimentação assim que nasceu, o nome dela era Dona Biu Preta, que hoje já deve está nos braços da Virgem da Conceição.
No Brasil, e no Nordeste é comum brancos e negros casarem terem filhos, e serem felizes!
Temos coronéis da Policia Militar negros, médicos negros, jornalistas negros, Bispos, Padres, Pastores todos negros!, e vc, em seu texto, alude a um preconceito que mais parece ser sistemático. Miserere Domini!
Querido Pilako no nível ou âmbito que vc coloca o racismo ou atos racistas, mas parece que vivemos num regime de castas raciais hermeticamente fechadas, e instransponíveis, incomunicáveis existencialmente; ora, se assim fosse o multiculturalismo musical que vivenciamos não existiria!
Pilako essa paranoia ideológica que você esposa é, redundantemente, ideológica, dissociada da nossa realidade: é só olhar a nossa volta: vivemos numa nação miscigenada, que por si só, depõe, na pratica, contra esse seu texto ideológico.
Todo esquerdista hoje além das mais bisonhas bandeiras prega e que incultar na mente do cidadão mediano que ele é um racista em potencial. A loucura ideológica é tanta que se institui o maldito dia da CONSCIENÇIA NEGRA, cujo exemplo de postura humana se resume a um negro escravocrata de nome Zumbi, ou Zumbi dos Palmares rsrsrs.
O dito Zumbi dos Palmares possuía escravos, era “sexista e machistas” nos moldes politicamente corretos pois possuía várias esposas. E agora? Que herói é esse que escraviza negros tão negros quanto ele?
Zumbi estava longe de ser um herói da democracia. “Mandava capturar escravos de fazendas vizinhas para que eles trabalhassem forçados no Quilombo dos Palmares. Também sequestrava mulheres, raras nas primeiras décadas do Brasil”, e ainda é um herói do Movimento negro….kkk Quanta coerência!
As ONGs procuram mitificar a história do Quilombo dos Palmares, apresentando-o como um refúgio de liberdade do negro perseguido. A realidade histórica, entretanto, difere bastante dessa criação legendária. Na verdade, o referido quilombo espalhava terror, mesmo entre muitos negros.
O escritor José de Souza Martins denuncia a mistificação do Quilombo dos Palmares ao denunciar a existência da escravidão dentro dele:
“Os escravos que se recusavam a fugir das fazendas e ir para os quilombos eram capturados e convertidos em cativos dos quilombos. A luta de Palmares não era contra a iniquidade desumanizadora da escravidão. Era apenas recusa da escravidão própria, mas não da escravidão alheia. As etnias de que procederam os escravos negros do Brasil praticavam e praticam a escravidão ainda hoje, na África. Não raro capturavam seus iguais para vendê-los aos traficantes. Ainda o fazem. Não faz muito tempo, os bantos, do mesmo grupo linguístico de que procede Zumbi, foram denunciados na ONU por escravizarem pigmeus nos Camarões”. (José de Souza Martins, Divisões Perigosas, Ed. Civilização Brasileira, Rio, 2007, p. 99)

Faz parte da propaganda de certos movimentos negros exaltar a figura de Zumbi como libertador dos escravos. Ora, a ascensão dele se deu após o assassinato do tio:
“Depois de feitas as pazes em 1678, os negros mataram o rei Ganga-Zumba, envenenando-o, e Zumbi assumiu o governo e o comando-em-chefe do Quilombo”. (Edison Carneiro, O Quilombo dos Palmares, Ed. Civilização Brasileira, 3a ed., Rio, 1966, p. 35)

Amigo Pilakinho Décio Freitas, autor do livro Palmares – A Guerra dos Escravos, em entrevista para a “Folha de S. Paulo”, confessou que depois das pesquisas, “ele tem hoje uma visão diferente do líder negro Zumbi. ‘Acho que, se ele tivesse sido menos radical e mais diplomático, como foi seu tio Ganga-Zumba, teria possivelmente alterado os rumos da escravidão no Brasil.’’ (http://www1.folha.uol.com.br/fol/brasil500/zumi_17.htm).
Republicano e amigo Pilako novamente, no quesito “período monarquista Brasileiro” você tem uma visão tristemente enviesada e redutiva do período mais profícuo moralmente de nossa história nacional.
A princesa Isabel viveu em seu tempo, dentro de todas as vicissitudes típicas de sua época. Digo isso porque a Princesa Isabel vivia e co-reinou como regente dentro um ordenamento jurídico, que era escravocrata, mas onde a mesma sempre articulou contra, mas dentro do respeito ás normas legais.
Você diminui o grande ato de heroísmo feito pela Princesa Isabel deixando de estudar o contexto em que ela articula a libertação do negros no Brasil, e a “indenização” para os mesmos.

A necessidade de formação de um fundo para sustentar o projeto político da princesa e os esforços empreendidos pelo imperador para viabiliza-lo aparecem assim descritos na carta dela própria: http://imperiobrasileiro-rs.blogspot.com.br/2009/12/dona-isabel-e-indenizacao-aos-escravos.html

“Fui informada por papai que me collocou a par da intenção e do envio dos fundos de seo Banco em forma de doação como indenização aos ex-escravos libertos em 13 de Maio do anno passado, e o sigilo que o Snr. pidio ao prezidente do gabinete para não provocar maior reacção violenta dos escravocratas. Deus nos proteja si os escravocratas e os militares saibam deste nosso negócio pois seria o fim do actual governo e mesmo do Império e da caza de Bragança no Brazil. (…) Com os fundos doados pelo Snr. teremos oportunidade de collocar estes ex-escravos, agora livres, em terras suas proprias trabalhando na agricultura e na pecuária e dellas tirando seos proprios proventos. Fiquei mais sentida ao saber por papai que esta doação significou mais de 2/3 da venda dos seos bens, o que demonstra o amor devotado do Snr. pelo Brazil. Deus proteja o Snr. e todo a sua família para sempre!”
Três meses após a data dessa carta, a princesa e o Imperador foram depostos e desconhece-se o destinos dos tais fundos. É o Brasil, desde sempre. ”

Amigo Pilako “ideologia mata”, como vem matando a saúde mental de nosso povo. Se a Faintvisa está lhe adestrando a pensar dissociado do mundo pratico, então a mesma é mais um deposito de alienados amantes do marxismo cultural.
Abraços miscigenados!

Manoel Carlos Nascimento

Preconceito Racial: INFORMAÇÃO E EDUCAÇÃO!!!

Hoje, 20 de novembro, foi o dia instituído por lei para “chamar” toda sociedade a refletir sobre o preconceito e à segregação racial no nosso País. A data – 20/11 – é uma referência direta ao dia atribuído à morte do líder da grande resistência, Zumbi do Palmares, ocorrida em 1695.

Em regra geral discriminação existe em todo e qualquer tipo de ajuntamento humano. Seja de maneira explicita ou velada. Imagino que desde que o “bicho humano”, motivado pelo sentimento da perda, sepultou o primeiro semelhante, deflagrando assim o entendimento de que não éramos iguais, sob o ponto de vista da existência, aos outros bichos (insepultos), nossas vidas passaram a ter “prazo de validade”.

Cônscio da sua finitude, até porque nesse momento ainda não se apregoava o conceito da “vida eterna”, muito menos dos “espaços” que fomos estimulados a materializa-los mentalmente, que os chamamos até hoje de céu e inferno, suponho que o ser humano passou a despertar para aquilo que atualmente entendemos por egoísmos. Suponho, ainda,  que tenha brotado desse sentimento (egoísmos) todos os tipos de preconceito que conhecemos hoje. Apenas suponho!!

O preconceito racial não é só uma questão de sentimento é também algo cultural, ensinado, instituído e até incentivado, muita das vezes silenciosamente em todos os quatro cantos da nossa aldeia global. Combatê-lo não é uma tarefa fácil e simples, muito pelo contrário é extremamente complexo. A “porta de saída”, certamente, estará sempre aberta na direção do conhecimento, sobretudo no histórico, antropológico e sociológico.

Ao olharmos pelo retrovisor para a construção do nosso Brasil logo entenderemos o motivo ou os motivos pelos quais, mesmo sem querer,  somos todos, pouco ou muito, consciente ou inconsciente, preconceituosos em potencial. No passado os negros que aqui chegaram, já na qualidade de prisioneiros dos seus irmãos negros do continente africano e vendidos como “bichos” aos donos dos  navios negreiros,  nem alma possuíam, segundo o entendimento dos europeus da época.

Com o passar dos séculos, em 13 de maio de 1888, por uma conjunção de fatores, sobretudo o econômicos, os sobreviventes de um dos  maiores crimes contra a humanidade (tráfico negreiros) de toda história, são alforriados por força da lei. Se pesquisarmos o grande debate travado nesse contexto, à época,  se deu por conta da insegurança jurídica, afinal o último suspiro da monarquia, com a Lei Áurea, desapropriou um patrimônio privado sem a devida contrapartida financeira.

Libertos em massa a comunidade negra que morava nas senzalas, providos das mínimas condições pelos seus “senhores”, sem instrução e totalmente estigmatizados socialmente foram obrigados a criar, sem a menor organização,  aquilo que hoje conhecemos como FAVELA. É bem verdade que cento e trinta anos depois muita coisa mudou. Mas os números sociais disponíveis não mentem –  lhe são adversos.

No momento atual, se bem estudado e analisado através das pesquisas e índices sociais, logo veremos o quanto nosso País ainda é devedor a toda essa comunidade  que verdadeiramente,  com a força do seu trabalho, construiu nossa nação.

Todos os tipos de combate ao preconceito racial são importantes e válidos. Mas não devemos ser caudatários de falácias e de novas segregações  no intuito  de  se combater o velho, danoso e perene preconceito racial.

De resto, sentencio: todo tipo de preconceito se combate e se vence com informação e educação. Viva o dia da Consciência Negra no Brasil!!

Em Sessão Solene o nosso Instituto Histórico comemorou mais um aniversário.


Sob o comando do vice-presidente da casa, professor Hiram Gomes, o nosso Instituto Histórico e Geográfico da Vitória promoveu reunião solene para comemorar o seu 67º aniversário de fundação. O evento teve como conferencista o historiador Reinado Carneiro Leão, abordando o seguinte tema: formação dos primeiros engenhos na Vitória de Santo Antão.

Além da tomada de posse de três novos sócios a programação também contou a aposição de foto de três figuras vinculadas a instituição: Elmo Cândido Carneiro, Joca Neri e Padre Renato. Seus respectivos familiares usaram da palavra para agradecer. Veja os vídeos:

Também foram condecorados com o título de “Cidadão Vitoriense” dois diretores do Instituto Histórico: a escritora Luciene Freitas e o empresário Carlos Freire.


Ao final do evento, marcada pela ausência do presidente da instituição, professor Pedro Ferrer, que se recupera de uma intervenção cirúrgica nos olhos, na capital pernambucana, todos os presentes foram convidados ao coquetel,  para o corte  do bolo e cantar o tradicional “parabéns pra você”. Veja o vídeo:

Parabéns para Alexandre Rogério!!!

Nossos parabéns de hoje seguem na direção do amigo contemporâneo e ativista social Alexandre Rogério,  face à virada de mais página natalícia no chamado calendário da vida. Não bastasse sua destacada atuação nos vários movimentos  sociais nosso amigo Alexandre é um autêntico carnavalesco vitoriense. Nesse dia especial, EVOÉ para você!!!

CineClube Avalovara

Anunciamos a vocês nossa sessão de Novembro – dia 26/11, uma parceria com o Instituto Histórico e Geográfico da Vitória de Santo Antão (IHGVSA), que estará promovendo entre os dias 24 e 29/11 a 5ª edição da Semana da Consciência Negra.
 
Os filmes escolhidos para esta sessão são os curtas-metragens “DEUS” (Vinícius Silva, 2016) e “NADA” (Gabriel Martins, 2017), ambos com uma linda trajetória no Brasil e no mundo. “DEUS” | Conheci Deus Ela É Uma Mulher Negra (2016)mescla documentário e ficção, história de uma mãe negra que batalha para criar o filho, sozinha, na periferia de São Paulo. O filme foi realizado por meio de uma campanha de financiamento coletivo, tendo grande repercussão antes mesmo de ter sido lançado. Agora ele está em circulação pelos cineclubes do Brasil, e nós teremos a honra de exibi-lo.
 
“NADA” (2017) conta a história de Bia, uma jovem que acaba de completar 18 anos e, com o fim de ano e a chegada do ENEM, está sendo pressionada para decidir qual curso ela vai se inscrever. Bia, no entanto, não quer fazer nada. “NADA” é estrelado por Clara Lima, a happer mineira Clarinha (17 anos), responsável também por parte da trilha sonora do curta. O filme foi exibido na Mostra Quinzena dos Realizadores, dentro do Festival Internacional de Cinema de Cannes, este ano, e nos foi cedido pelo próprio diretor.
 
Todas as pessoas estão convidadas para que participem não só da nossa sessão, mas também das outras ações do evento, que é completamente gratuito e com certificado de participação pela UFPE. Vocês podem conferir logo abaixo a programação completa.  
 
O Cineclube Avalovara tem apoio do Instituto Histórico e Geográfico de Vitória de Santo Antão (IHGVSA) e da Federação Pernambucana de Cineclubes (FEPEC).
 
PROGRAMAÇÃO
24/11 (sex), às 19h – Palestra com Adalberto Cândido – filho do líder negro da Revolta da Chibata – João Cândido (homenageado do evento).
Tema: História, Tradição e Memória como forma de resistência na diversidade étnica e cultural no Brasil atual.
 
26/11 (dom), às 17h – Sessão do Cineclube Avalovara, com exibição dos curtas-metragens “DEUS” (Vinícius Silva, 2016) e “NADA” (Gabriel Martins, 2017), e debate pós filme.
 
27/11 (seg), às 19h – Mesa redonda com os mestres Amâncio, Queixada e Courisco.
Tema: A Capoeira como instrumento de inclusão escolar e cidadania.
 
28/11 (ter), às 19h – Palestra com o antropólogo congolês Kabengele Munanga.
Tema: Estratégias e políticas de discriminação racial na educação brasileira, desafios e perspectivas da Lei 10.639/03, 14 anos depois.
 
29/11 (qua), às 19h – Palestra com o líder quilombola José Carlos, da comunidade de Castainho – Garanhuns.
Tema: Comunidades Quilombolas em Pernambuco – Memória e Resistência no século XXI.
 
SERVIÇO
Cineclube Avalovara Especial Consciência Negra
Classificação indicativa: Livre
Data e hora: 26/11/2017 (dom), às 17h
Local: Silogeu do IHGVSA
Entrada Franca

Governador Paulo Câmara: muito econômico na sua agenda “administrativa” na Vitória de Santo Antão.

FOTO: CRISTIANO BASSAN

Durante o dia de ontem (16) o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, cumpriu agenda administrativa na nossa cidade. Esteve em rádios locais e depois foi a sede do 21ª Batalhão da Polícia Militar para entregar a população da Região trinta e dois policiais e algumas viaturas. O chefe do executivo estadual também esteve em outras regiões para tratar do mesmo assunto, ou seja: SEGURANÇA!

Escutei as duas entrevistas concedidas nas rádios locais. O seu governo vive momento de extremo desconforto. Os números oficiais da violência “puxam” para baixo a autoestima do povo pernambucano. A sensação de insegurança é perene e já contagiou, também, a classe média e alta, antes, porém, observada apenas nas camadas mais pobres da população.

No que diz respeito aos recentes acontecimentos em Palácio, onde a Policia Federal foi acionada,  o discurso do governador, até agora,  apenas se limitou a evidenciar à “espetacularização” da ação. Isso é pouco. Ficou devendo. Aliás, de maneira geral, o PSB já é devedor de muitas explicações ao eleitor brasileiro.

http://www.senado.gov.br/senadores/img/fotos-oficiais/senador5540.jpg

Visivelmente incomodado com as movimentações do antigo aliado, Senador Fernando Bezerra Coelho, com vistas ao pleito que se aproxima,  o governador não aliviou. Mesmo sem citar o seu nome alfinetou o senador.  Aliás, discutir temas eminentemente técnicos “jogando para plateia” não tem sido o caminho mais inteligente para os políticos que preservam a coerência.

No plano nacional, aproveitando a baixa popularidade do atual mandatário do governo central, Michel Temer, na qualidade de vice-presidente nacional da sigla (PSB), o mesmo já começou a construir um caminho de volta para se aliar ao PT. Não custa nada lembrar: o PT acusou o PSB de “golpista”. Recentemente o ex-presidente Lula emitiu uma nova senha: “ eu perdoo todos”.

Com relação às agendas administrativas de interesse do povo vitoriense o governado Paulo Câmara foi muito econômico. Não anunciou ações que possamos sublinhar. Na ocasião, contudo, o prefeito Aglailson Junior disse que tem recebido, no transcorrer da sua gestão, um bom apoio do governo estadual. Temos que cobrar dele mais ação!

Para concluir imagino que para as eleições gerais de 2018 o palanque da Frente Popular na Vitória de Santo Antão irá “murchar”. No meu modesto entendimento, em função das movimentações dos principais atores políticos pernambucanos, alinhados aos caciques partidários,  lá de Brasília, dificilmente os grupos políticos do ex-prefeito Elias Lira e do deputado Henrique Queiroz deverão  pedir votos para a reeleição do atual governador. Em política,  tudo pode acontecer, inclusive NADA!.

Ausência da prefeitura: mototaxista esfaqueia outro por conta da concorrência no “ponto”.

No inicio dessa semana, através do Blog A Voz da Vitória, tomei conhecimento de um crime ocorrido por conta de uma disputa em  um “ponto” de mototaxi. Segundo a matéria o fato ocorreu na comunidade da Militina. Por haver sido impedido de trabalhar no “ponto” o “mototaxista” insatisfeito deferiu dois golpes de faca no outro profissional das duas rodas. O fato é lamentável.

Pois bem, sem querer entrar no mérito da questão – quem tá certo ou errado – gostaria apenas de chamar a atenção para a ausência do controle, na chamada fiscalização e regulamentação, por parte da prefeitura local. O problema não novo, ressaltemos!

Implantado na nossa cidade há mais de duas décadas esse serviço, hoje,  cumpre papel importante no cotidiano da cidade, sob todas frentes sócio/econômica. Cumpridas as exigências federais, no que diz respeito às leis de trânsito, o enquadramento do serviço de mototaxi é de total responsabilidade da prefeitura.

Na nossa cidade, ao longo de todo esse tempo que existe o serviço (mototaxis),  nenhum prefeito tratou da questão com a seriedade devida. Na Era do Governo Que Faz até cartão eletrônico para identificação desses profissionais foi prometido. Nos últimos oito anos, sob a regência do Governo de Todos, apenas mais “farofa” e enganação. Nada de consistente. A bagunça continuou, tanto prova que tá aí, o caos reinando.

Meses atrás o atual gestor, Aglailson Junior, através da AGTRAN,  alardeou um recadastramento e tal. Até o presente momento nada mudou. Tudo como antes. Outro dia, ao parar num semáforo na Avenida Mariana Amália avistei dois motoqueiros com batas e placas cuja grafia remetia-nos  à vizinha cidade de Gloria do Goitá. A “praça” na nossa cidade é livre. Qualquer um chega, coloca uma bata qualquer e sai carregando o passageiro.

Mudou de gestão, mas a bagunça continua. No meio dessa “ZORRA” está o cidadão que, ao passar a perna em uma dessas motos, poderá estar assinado sua sentença de morte, seja por conta de um assalto ou pelo fato do piloto não estar preparado para desempenhar a função. Aliás, uma parcela expressiva dos motoqueiros que estão “rodando” na nossa cidade nem habilitação possuem.

Concluo dizendo: mototaxista esfaqueado companheiro por conta da concorrência  no “ponto”, é algo  que denúncia a completa ausência do controle do município  na questão dos mototaxistas. Aliás, infelizmente, também nos remete ao tempo dos “bárbaros” no qual tudo era resolvido na base da luta corporal…

Solenidade comemorativa aos 67 anos do nosso Instituto Histórico acontece hoje (sexta).

Dentro da programação festiva, alusiva ao 67º aniversário do nosso Instituto Histórico e Geográfico, serão condecorados com o “Título de Cidadão Vitoriense” dois sócios da instituição. O empresário Carlos  Freire e a escritora Luciene Freitas.

O evento acontece na noite de hoje (17), a partir das 19h, no Teatro Silogeu. Na ocasião também será aberta a exposição sobre o Patrimônio Sub-Aquático de Pernambuco.

Livros – Apelidos Vitorienses – continuam disponíveis à venda!!

Aos amigos conterrâneos, quer estejam residindo ou não na nossa terra-mãe, informo que ainda possuo exemplares do nosso Projeto Cultural, intitulado “Apelidos Vitorienses”, disponíveis à venda. No volume um, narramos à origem dos seguintes apelidos:

Além do meu apelido (Pilako), catalogamos: Americano, Batifino, Baleado, China Contador, Doutor do Posto, Fernando Diamante, Furão, Giba do Bolo, Heleno da Jaca, João de Qualidade, Lavoura, Mané Mané, Manga Rosa, Matuto, Nanãe, Natal do Churrasquinho, Olho de Pires, Moleza, Pindura, Pirrita, Toco, Tonho Trinpa, Torto e Zé Catinga.

Nesse segundo volume estão:

Babai Engraxate, Novo da Banca, Pea Preta, Branca, Gongué, Vei Eletricista, Brother, Bambam Água, Zé Ribeiro, Regis do Amendoim, Val da Banca, Pirraia do Feijão, Pituca, Junior Facada, Pezão, Moreno, João Potó, Touro, Lino, Eraldo Boy, Cocota, Castanha, Miro da Cachorra, Nininho e Neném da Joelma.

Local de venda – Redação do Blog do Pilako – Praça Leão Coroado.

Valor: Volume 01 – R$ 30,00 / volume 02 R$ 30,00

Contato: 9.9192.5094 ou pelo zap 9.8456.4281

Obs: Para as vendas fora da cidade, somar despesas postais.

O “Santo Atraso” salvou o nosso Melchisedec do trágico acidente aério.

A falta de informação, muitas vezes, torna-nos “insensível” e “distante”. Diz um respeitado estudioso da área das ciências humanas que conhecer a história das pessoas, mesmo daquelas que aparentemente não tem nada a comemorar, as tornam “maiores” e mais admiradas.

Possivelmente nenhum vitoriense  – antes de ler esse artigo –  ao trafegar pela Rua Jean Emile Favre, localizada no bairro do IPSEP, na Capital Pernambucana, faria alguma associação intrínseca com algum vitoriense, no que diz respeito ao motivo pelo qual esse nome foi colocado na citada via.

Jean Emile Favre foi um sargento da Aeronáutica que figurou como uma das sete vítimas do trágico acidente aéreo, ocorrido no Recife, em 1947. Na ocasião o avião participava de uma demonstração no céu do Recife e, com problemas no motor, chocou-se com a rede elétrica que cruzava o Rio Capibaribe,  nas imediações da Ponte 06 de Março – mais conhecida por “Ponte Velha”.  Na construção do bairro do IPSEP, em 1950,  a principal rua foi batizada com o nome do Sargento Jean Emile Favre.

O internauta, então, poderia me perguntar: e qual é a ligação que esse acidente tem com  algum vitoriense? Eu responderei: TUDO.

Na verdade o sargento Jean Emile Favre não estava, em princípio, escalado para fazer parte dessa missão. Sua inclusão nessa tripulação, poucos minutos antes da aeronave decolar, se deu em função do atraso do aviador vitoriense José Severino de Militão, mais conhecido como Melchisedec. Ou seja: o escritor e fundador da nossa AVLAC– Academia Vitoriense de Letras, Artes e Ciência.

Aliás, o Melchisedec, que ao chegar fora do horário previsto já havia sido recolhido ao “xilindró” daquela  instituição militar, só tomou conhecimento do trágico acidente quando foi liberado,  pouco tempo depois. Ele, naturalmente,  triste com o falecimento dos companheiros, respirou aliviado e comemorou!!! Agradeceu muito aos céus e, principalmente,  ao “Santo Atraso”.