O “Santo Atraso” salvou o nosso Melchisedec do trágico acidente aério.

A falta de informação, muitas vezes, torna-nos “insensível” e “distante”. Diz um respeitado estudioso da área das ciências humanas que conhecer a história das pessoas, mesmo daquelas que aparentemente não tem nada a comemorar, as tornam “maiores” e mais admiradas.

Possivelmente nenhum vitoriense  – antes de ler esse artigo –  ao trafegar pela Rua Jean Emile Favre, localizada no bairro do IPSEP, na Capital Pernambucana, faria alguma associação intrínseca com algum vitoriense, no que diz respeito ao motivo pelo qual esse nome foi colocado na citada via.

Jean Emile Favre foi um sargento da Aeronáutica que figurou como uma das sete vítimas do trágico acidente aéreo, ocorrido no Recife, em 1947. Na ocasião o avião participava de uma demonstração no céu do Recife e, com problemas no motor, chocou-se com a rede elétrica que cruzava o Rio Capibaribe,  nas imediações da Ponte 06 de Março – mais conhecida por “Ponte Velha”.  Na construção do bairro do IPSEP, em 1950,  a principal rua foi batizada com o nome do Sargento Jean Emile Favre.

O internauta, então, poderia me perguntar: e qual é a ligação que esse acidente tem com  algum vitoriense? Eu responderei: TUDO.

Na verdade o sargento Jean Emile Favre não estava, em princípio, escalado para fazer parte dessa missão. Sua inclusão nessa tripulação, poucos minutos antes da aeronave decolar, se deu em função do atraso do aviador vitoriense José Severino de Militão, mais conhecido como Melchisedec. Ou seja: o escritor e fundador da nossa AVLAC– Academia Vitoriense de Letras, Artes e Ciência.

Aliás, o Melchisedec, que ao chegar fora do horário previsto já havia sido recolhido ao “xilindró” daquela  instituição militar, só tomou conhecimento do trágico acidente quando foi liberado,  pouco tempo depois. Ele, naturalmente,  triste com o falecimento dos companheiros, respirou aliviado e comemorou!!! Agradeceu muito aos céus e, principalmente,  ao “Santo Atraso”.

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