Confraternização da “Corriola da Matriz”.

img_3370-web

O encontro da “Corriola da Matriz”, na tarde do domingo (04), ocorreu em clima de confraternização natalina. Além da cerveja, do refrigerante e do uísque a mesa também  ficou repleta de variadas iguarias que foram ofertaras pelos componentes do grupo. A “Corriola”, como diz o poeta Sosígenes Bittencourt, é um espaço de convivência dos mais democráticos assim como um poço de conhecimento, por congregar amigos  das mais  variadas  gerações.

Momento Cultural: ÁRIA – por José Tavares de Miranda

tavares

Numa noite assim
de vento gelado a almas mortas

maus presságios e calafrios
foi-se a donzela.

Numa noite assim
sem esperança de aurora

nem sombra de lua
foi-se a donzela.

Foi a donzela
para nunca mais.

Onde se esconde
sua mantilha de rendas?

Sua grinalda de rosas
onde estará?

Seu coração magoado
de ilusão pulsa ainda?

Em que terra crua
seu cabelo é guardado,

Numa noite assim
de estrelas comidas

em ginete de fogo
seu amado passou

três assovios à porta
e sua amada levou

e em três passos de espera
a sua vida sugou.

Em três passos de espera.

(em TAMPA DE CANASTRA)

José Tavares de Miranda, vitoriense nascido a 16 de novembro de 1919, filho do Prof. André Tavares de Miranda. Fez os primeiros estudos na Vitória, sob os cuidados do seu genitor, e transferiu-se para o Recife, onde teve grande atuação na imprensa. Mudando-se para São Paulo, ali concluiu o seu curso de Direito (iniciado na Faculdade de Direito do Recife) na Faculdade de Direito do Largo S. Francisco, em 1939. Escritor, jornalista e poeta. Teve vários livros publicados inclusive de poesias, sendo estes últimos reunidos em um só volume: TAMPA DE CANASTRA. Faleceu em São Paulo (Capital) a 20 de agosto de 1992.

HOMENAGEM A DILSON LIRA

15241359_1093776570744799_4913314314366198687_n

Essa história de homenagear Dilson Lira é uma invenção arretada. E não custa parabenizar a Academia Vitoriense de Letras que promoveu Recital em sua memória. Se lá onde estiver, puder me ler, estará sorrindo, como sempre sorriu com minhas expressões.

Faz pouco tempo, eu ia atravessando a Avenida Mariana Amália, com o poeta Dilson Lira, quando ele parou no meio do trânsito e disse que havia sonhado com a Constelação de Eridanus, o Rio Celeste. Aí, eu, conduzindo-o pelo braço, relembrei: Nós somos do tempo que havia tempo de acompanhar a réstia do sol e contar estrelas.

Eu dizia a Dilson que não era muito chegado a CASAMENTO nem SEPULTAMENTO, talvez pela semelhança que enxergava entre as cerimônias. E ele botava pra rir.

Geralmente, lá na padaria, onde comia pão com bolo e chupava caramelo de café.

Aí, eu comentava: “Dilson, você vai viver muito porque não come e vai morrer porque não come.” E ele botava pra rir.

Mas, Dilson não deu asas ao Mal de Alzheimer, decorou todas as poesias que confeccionou. E, falando-lhe sobre ser poeta, eu o homenageava com meus versos, a saber:

Essa história de ser poeta é dom.
Um bom dom.
O poeta não faz poesia com as flores,
com o mar,
com o céu,
sem a intenção de que você
habite sua poesia.
Ou seja,
sinta o aroma das flores,
a imensidão do mar,
o mistério do infinito.

Sosígenes Bittencourt

“Valeu Senhor” na voz de Joelma Mota

Ouça a música “Valeu Senhor“, composta por Aldenisio Tavares e na interpretação de Joelma Mota. A canção é  integrante do CD “O Amor de Deus nos uniu”, lançado pelo compositor Aldenisio Tavares especialmente para o Natal.

 [wpaudio url=”http://www.blogdopilako.com.br/wp/wp-content/uploads/valeu-senhor.mp3″ text=”Valeu Senhor – Joelma Mota” dl=”http://www.blogdopilako.com.br/wp/wp-content/uploads/valeu-senhor.mp3″]

Aldenisio Tavares

Governo de Todos: o dinheiro desceu pelo buraco…

Na manhã de ontem (01), mais uma vez, constatei que o tanque ornamental da Praça da Restauração – também conhecida por “Praça do Jacaré” – continua vazio. Deve-se ressaltar que ali foi investido algo em torno de R$ 2.000.000.00 (dois milhões reais), exclusivamente  pela obra da sua reforma.

img_3221
Apesar do alto volume de dinheiro público gasto na referida praça o seu tanque ornamental continua “FURADO”. Não consigo imaginar um prefeito, um secretário municipal ou quem quer que seja, investindo seu dinheiro particular na construção de uma piscina ou uma cisterna, em sua propriedade, e depois não fazê-lo juntar água, função pela qual foi confeccionado. Até parece que o dinheiro do erário não tem valor.

Ficando ainda no mesmo tema – praça – observei que meses atrás ocorreu uma substituição das lixeiras na Praça Dom Luiz de Brito, também conhecida por “Praça da Matriz”. Antes, as mesmas, eram na cor azul. Atualmente refletem a cor do sol.

img_3235

Certa vez disse-me um antigo observador da cena política local que o então prefeito Ivo Queiroz adornou o Pátio da Matriz plantando pés de bananeira numa alusão direta ao seu símbolo político. Aliás, não muito diferente o que fez o atual vice-prefeito, Henrique Filho, ao colocar os pés na prefeitura, em janeiro de 2009.

Com relação às bananeiras plantadas no Pátio da Matriz, sinceramente, não sei do seu resultado. Já com relação às plantadas no palácio municipal, recentemente, sem alarde e caladinho, o Elias Lira mandou arrancar, segundo comentário do pessoal do seu próprio  grupo político.

elias-rindo

Vitória de Santo Antão igual a Nova Iorque!

Vez por outras sapeco esta frase: VITÓRIA NUNCA ESTEVE TÃO MUTANTE. Não podemos dizer, contudo, que somos detentores da exclusividade nas transformações do mundo, muito pelo contrario: estamos a reboque delas.

Para os que estão se formando nesse contexto (rápidas mudança) tudo é normal, tudo é igual. Mas para os que cresceram em tempos pretéritos, assim como eu e tantos outros que estão lendo estas linhas, contemplar, analisar e relacionar os acontecimentos não deixa de ser, porém, um agradável e salutar exercício mental.

Certa vez, por ocasião da incipiente efetivação do serviço de mototaxista na nossa cidade, disse meu pai, Zito Mariano: “um negócio assim, é complicado. Como é que uma mulher casada ou uma mocinha vai montar na garupa de uma moto com um sujeito que ela nem sabe quem é?” Na sua cabeça – imagino –  aquele serviço só teria serventia para os homens. O tempo provou que a formação  social do meu pai, nesse aspecto, foi atropelada pelas mudanças.

Esta semana, ao caminhar pelas ruas centrais na nossa cidade, deparei-me com dois artistas promovendo espetáculos nos intervalos do semáforo – cada qual na sua arte. Não me lembro de haver assistido, aqui na Vitória, um músico tocando sax em um sinal de trânsito, sobretudo “passando o chapéu” em busca da esperada  compensação financeira,  após a célere apresentação. Nesse aspecto, aliás, Nova Iorque nunca esteve tão presente na nossa polis…

“TELEMORKETING”: parece até uma ideia do capeta. Vale a pena ler.

Na manhã de ontem (01) estive sentado em uma mesma sala de espera de meses atrás. Nessas ocasiões, perdoem-me as pessoas que foram direcionadas por outras mais inteligentes ao vício tecnológico (Facebook e whatsapp), procuro, ao invés de ficar “mexendo” no celular, leituras com conteúdo. Aliás, segundo especialistas, em breve as pessoas que não largam o aparelho celular, permanecendo muito tempo com o pescoço voltado para baixo,  estarão enchendo os consultórios dos algologistas.

Pois bem, ao pegar uma mesma revista – Superinteressante – reli a matéria com o seguinte título: “TELEMORKETING”. Diz o subtítulo: “Empresa americana ganha dinheiro telefonando para doentes à beira da morte. Ela diz que seu objetivo é ajudar essas pessoas. Mas também há outra razão”.

177253957_wide

Pois bem, segundo a matéria existe uma empresa americana de telemarketing que se especializou  em dialogar com pessoas acometidas de doença grave e que encontram-se na fase critica ou terminal. Na partida,  adianta a telefonista que não está vendendo nada, apenas quer conversar para ajudá-la a tomar as melhores decisões sobre seu futuro.

Por incrível que pareça a referida empresa – por saber que as pessoas acometidas de doenças graves costumam ser mais passivas –  tentam convencê-las de que quando não há chances de cura o melhor caminho é abandonar o tratamento.

O curioso é que por trás dessas ligações estão justamente as empresas dos planos de saúde, na tentativa de economizar alguns milhões de dólares com os  alongados tratamentos. Parece até mentira que isso esteja ocorrendo, mas não é. Portanto, relembremos  aquele velho conselho que diz: “não aceite ajuda de estranhos”

O Tempo Voa: Estação Ferroviária (1926)

O TEMPO VOA

Grupo fotografado na Estação ferroviária, em 1926, dia da inauguração da “Cooperativa Banco Popular de Vitória”, vendo-se na primeira fila: Cel. Antonio de Melo Verçosa, Dr. Samuel Hardman, Inácio de Brito; na segunda: José Manso Xavier, Severino Inácio da Costa, Dr. Edgar Valois, e nas demais: José Bonifácio de Holanda, Dr. CArlos P. Costa, José Alexandre e Dr. Eurico M. Matos.