Posse Paulo Roberto: tristeza X alegria – por Pedro Ferrer.

Não fui à posse do prefeito recém eleito, todavia ouvi pela Tabocas FM e li no Blog do Lissandro. Faltar à festa do Paulo deixou-me triste. Fui às últimas posses e não queria faltar a esta. A posse de um mandatário é fato histórico relevante. Nosso Instituto Histórico, relicário da História municipal, não podia estar ausente. Fez se presente na pessoa do artista plástico Fernando do Nascimento, diretor de Patrimônio. Razões de saúde forçaram-me ficar em casa. Sou do grupo de risco; evito aglomerações.

Deixando a tristeza e a choradeira do lado. Ouvindo os discursos, especialmente o do Paulo, entrei em êxtase. Vibrei com as propostas e os compromissos assumidos no momento da posse. O novo prefeito promete um olhar diferenciado para os pilares que fazem brotar o espírito nativista, patriótico enfim de amor à terra natal: história, cultura e tradição. Pulsei e vibrei de alegria com as palavras do novo prefeito. Resta-me torcer pela concretização. Paulo, todos sabem, é um empresário da educação, assim sendo tem um foco diferenciado para a formação das nossas crianças e dos nossos adolescentes.

Sentimos um vácuo histórico na formação dos nossos alunos. Exemplifico: aproximadamente 3 mil alunos visitam anualmente nosso Instituto. Procuro casualmente interrogá-los sobre os fatos mais importantes da nossa história e seus protagonistas. Exemplo: ao aluno do 3 de Agosto, pergunto por que o Educandário carrega aquela denominação?  Ao do Pedro Ribeiro; quem foi esse senhor? Assim o faço com os alunos do Dias Cardoso, Mariana Amália, Duque de Caxias, Severino Ferrer, Guiomar Krause etc, etc, etc. Raramente um acerto. Às vezes sou mais ousado e inconveniente e pergunto aos professores. Poucos acertam.  São fatos que denotam nossas deficiências. A História local é um tópico abordado superficialmente nas escolas. Como incutir, Paulo, o sentimento nativista tão apregoado por V.Sa.? Só se ama aquilo que se conhece, concorda Prefeito?

O Instituto tem propostas para este e outros temas importantes da formação cívica dos futuros cidadãos. Nossas portas estão abertas. Muitas escolas, inclusive particulares, não encaminham seus alunos para visitas ao Instituto Histórico. Instituto rico, cantado e admirado pelos coirmãos estaduais que invejam nosso rico e organizado acervo.

Vale salientar que dr. Paulo visita nossa CASA regularmente, trazendo a tira colo empresários, professores, técnicos do Ministério da Educação, esportistas, futebolistas, juízes, radialistas, engenheiros, jornalistas …….. Extravasa nele orgulho quando ele mostra nosso Instituto aos visitantes. Na saída ele sempre me dizia (diz): professor quando eu for prefeito vou ajudar esta CASA. A hora é chegada. A alegria é chegada. Paulo Roberto não poderá esquecer a CASA DO IMPERADOR, CASA DE TODOS OS ANTONENSES.

Enfim, nossos parabéns a dr. Paulo Roberto Leite de Arruda pela vitória e pela posse. Peçamos a Deus bênçãos e luzes para  o novo mandatário.

Pedro Ferrer – presidente do Instituto Histórico e Geográfico da Vitória. 

Hélio Andrade: uma triste notícia….

Para os familiares, amigos e admiradores do Doutor Hélio Andrade 2021 começou ecoando a notícia que todos não queriam ouvir. Infectado pela covid-19, ele  não resistiu e faleceu no dia de ontem (03), por volta das 10h. O seu calvário, acompanhado em tempo real, através das orações realizadas por seu filho   Luiz, na internet, foi, num só tempo,    um alento e a face mais dolorosa dessa praga mundial da qual, de uma maneira ou de outra,  todos nós estamos  expostos.

Sua passagem na terra ficará marcada na memória dos antonenses. No seu ofício – médico pediatra – foi um instrumento de luta pela vida, um verdadeiro  sinônimo de esperança. Abaixo, portanto, reproduzo descontraída entrevista com ele,  por ocasião de um evento festivo, ocorrido em setembro de 2013.

EM 2020, ESCAPAMOS……….

No ano (2020) que acaba de fazer parte do tempo pretérito todos nós, em  algum grau de medida, pensamos nesse tal  COVID-19. Com efeito, os que escaparam se fortaleceram, no sentido dos ensinamentos. É bem verdade, na outra ponta,  que sequelas persistirão. Viver não é uma tarefa das mais fáceis. O Novo Ano que se descortina, imagino, ser o espaço temporal em que praticamente o desejo coletivo pode ser definido numa simples frase: “voltar aos tempos normais…” Não existe mágica. o Ano é Novo, mas o desafio é constante. #todospelavacina

Papai Noel do Comercio: em nossa cidade é tradição de pai pra filho…..

No mundo real de 2020, recorte temporal  marcado pela excepcionalidade da pandemia do novo corona vírus, até o tradicional Papai Noel também sofreu –  figura lúdica que encanta as crianças e provoca sorriso no “comércio”.

Apenas a título de informação, a ABRASCE – Associação Brasileira de Shoppings Centers, calcula que o comercio tradicional, em relação ao mesmo período de 2019,   terá queda de 12% nas vendas (2020). Na nossa “aldeia” – Vitória de Santo Antão – possivelmente os número natalinos desse ano (comerciais)  também não serão  os melhores.

Vinculados ao mundo publicitário na nossa cidade, pai e filho,  Edjan e Miccael, respectivamente, ao longo das duas últimas décadas, apesar de todas as dificuldades inerentes ao chamado empreendedorismo criativo , mesmo em ano pandêmico, não deixaram a peteca cair. Refiro-me ao projeto “Papai Noel do Comercio” – completou 20 anos. 

Por iniciativa própria, Edjan, que tem no sangue a verve musical, inaugurou o projeto,  por assim dizer,  visando o Natal do ano de 2000. Nessa ocasião o amigo Moura Leite encarnou a figura do bom velhinho.  Em 2012, assumiu o projeto o filho de Edjan – Miccael Santiago.

Em 2020 – com pandemia e tudo – os antigos e novos parceiros “chegaram juntos” e o “Papai Noel do Comercio Vitoriense”  desfilou novamente   pelas mais diversas localidades  da nossa cidade – O bom velhinho, agora, foi interpretado pelo artista vitoriense Severino Firmino.

Numa cidade como a nossa,  em que a descontinuidade é quase uma regra, sobretudo no mundo “mágico dos políticos”, não podemos deixar de parabenizar essa  dupla – pai e filho –,  pelo bom exemplo de empreendedorismo e perseverança. Segue também, em ato continuo,  um voto de aplauso na direção dos comerciantes que investiram e investem num projeto criativo como esse, até porque, ao final, os frutos são colhidos por todos…..Viva o Papai Noel do Comercio da Vitória de Santo Antão!!

LIVE 65 – ao vivo – “Memórias Antonenses” – com o vitoriense Adelson Cardoso.

Recebemos para uma LIVE, na tarde de hoje (29) –  a última de 2020 – para falar das suas “Memórias Antonenses”, o amigo vitoriense, radicado em Brasília há mais de 60 anos, Adelson Cardoso. 

Com livro biográfico “no forno”, narrando, entre outras coisas, seu nascimento e as delícias e dificuldades familiares vivenciadas no nosso torrão (Vitória), o amigo Adelson Cardoso é aquilo que podemos chamar de vencedor. Aos 12 de idade seguiu  para se juntar ao irmão, no canteiro de obras da Capital Federal. Lá, trabalhou, estudou, construiu família e trilou  uma história de sucesso. Em breve, o Adelson estrá lançando seu livro no nosso Instituto Histórico.

ASSISTA A LIVE COMPLETA AQUI.

Voando ao Pátio da Matriz……

Tendo como fio condutor o Instagram, hoje, recebi a curiosa informação de que apenas 66 anos separam a romântica aeronave do brasileiro Alberto Santos Dumont do primeiro foguete que pousou em “solo” lunar.  Sou ignorante no espaço dedicado ao mundo das aeronaves,  mas confesso que achei um tempo curto para tanta evolução.

Por falar em evolução, algo tão debatido e experimentado por todos nós, em praticamente todos os campos da vida contemporânea, sobretudo nos costumes sociais,  com efeito, danei-me a pensar em algo que não vivi, exatamente há 66 anos atrás tal qual o recorte temporal entre o 14Bis e o foguete lunar.

Apenas para exercitar a mente, tanto no espectro imaginativo quanto no espaço dedicado às lembranças, já que estamos em clima de festas de final de ano, que tal voltarmos aos anos 1950/60 (66 anos) ao Pátio da Matriz?

Por lá – ano de 1954 – o cenário era de sonho. Parque de diversão para as crianças e adolescentes. Aos jovens, na idade da paquera, o serviço de som, para enviar “mensagem de áudio”,  configurava-se na  oportunidade que faltava para o namoro acontecer. Aos “matutos” do sítio, além da “Missa do Galo”, as barracas com ovos cozidos e vinho DM “eram tudo de bom”. Já para os “bacanas” da cidade, abrir as portas das suas respectivas  casas e colocar as cadeiras nas calçadas, para receber os parentes e amigos,  se justificava no auge da  celebração da vida,  profícua e abençoada.

O tempo passou. A metamorfose aos costumes operou de maneira continua e célere.  Se antes a energia elétrica nas residências era coisa para poucos, ostentar,  então, um aparelho de televisão na sala da casa seria o mesmo que, hoje, o correspondente a uma self na Avenida Champs-Élysées,  na noite da virada.

O problema é que na virada  do 2020 para o 2021, em Vitória, Recife, São Paulo, Londres, Paris ou em qualquer outro lugar do mundo, todos estão esperando  pelo mesmo “milagre”: uma vacina contra o COVID-19. Quem sabe se pegarmos uma dessas aeronaves  bem moderna e tecnologicamente incrível não dê tempo de visitar o final de ano de antigamente e voltarmos, rapidinho,  à realidade, antes do dia primeiro? Aliás, vale a pergunta: como serão as festas de fim de ano, em Vitória, em 2086?

PAIXÃO – por professor Pedro Ferrer.

Esclarecendo algumas passagens do artigo publicado no dia 24 no Blog do Pilako. Não conheço os escritos do teólogo Alberto Maggi.  

O cabeçalho do artigo reza: “Jesus não morreu pelos “nossos pecados” e sim por enfrentar o sistema. Os Evangelhos são claríssimos: Jesus morreu porque confrontou o Templo, um sistema de dominação e exploração dos pobres”.

Mais adiante o teólogo escreve:   “basta ler os Evangelhos para ver que as coisas são diferentes. Jesus foi assassinado pelos interesses da casta sacerdotal no poder, aterrorizada pelo medo de perder o domínio sobre o povo e, sobretudo, de ver desaparecer a riqueza acumulada às custas da fé das pessoas”.

No meu entender a falha está no cabeçalho que serviu como manchete chamariz, para chamar atenção do leitor ou curioso que anda em busca de negar a fé cristã. Leiam o que ele afirma adiante:

“A morte de Jesus não se deve apenas a um problema teológico, mas econômico. O Cristo não era um perigo para a teologia (no judaísmo havia muitas correntes espirituais que competiam entre si, mas que eram toleradas pelas autoridades), mas para a economia. O crime pelo qual Jesus foi eliminado foi ter apresentado um Deus completamente diferente daquele imposto pelos líderes religiosos, um Pai que nunca pede a seus filhos, mas que sempre dá.

Já mudou o tom NÃO SE DEVE APENAS. Portanto Jesus morreu TAMBÉM pelos nossos pecados. Os sacerdotes e doutores da Lei não sabiam, não entendiam, a missão de Jesus. Tão pouco o aceitavam. Encarando por este lado Jesus foi morto por ser um opositor.

A explanação do teólogo não é nenhuma novidade. As igrejas cristãs sempre analisaram a morte de Jesus por estes prismas: razão econômica e teológica. As  Igrejas cristãs  sempre afirmaram que foram duas as razões que levaram Jesus Cristo à morte: o jogo de interesse dos poderosos de então e a missão salvacionista do  Mestre. São dois lados de uma mesma moeda: CRISTO. Jesus veio nos salvar . Sua doutrina e atitudes iam de encontro com os interesses dos poderosos. Só restava a eles: matá-lo. O artigo cita uma declaração de Caifás (Jo.11, 48). Leiam no mesmo João, um pouco antes, Jo. 11, 47 os pontífices tinham medo da influência de Jesus. No mesmo capítulo de João 11 lemos: ele, (Caifas) “profetizava que Jesus havia de morrer pela nação, e não somente pela nação, mas também para que fossem reconduzidos à unidade os filhos de Deus dispersos. E desde aquele momento resolveram tirar-lhe a vida”. Convido aos interessados lerem em Mateus: 26, 39: assim rezou: “Meu Pai, se é possível, afasta de mim este cálice! Todavia, não se faça o que eu quero, mas sim o que tu queres” Jesus tremeu diante da morte  é tentado a fugir da sua missão, mas ora ….. Adiante ainda em Mateus (26, 63 a 65): Caifás indaga a Jesus, se Ele é o Cristo, o Filho de Deus. Jesus responde-lhe que sim. Caifás grita: Ele blasfema e usa isto como pretexto para condená-lo. Sei que por trás da sentença de morte proferida por Caifás estavam os interesses econômicos. Mas ao Cristão o que importa é que a principal missão do Cristo era nos salvar. Jesus diante de Pilatos volta a confirmar sua origem: Cristo filho de Deus. Em Marcos encontramos as mesmas passagens.

Para não ficar tão repetitivo e prolixo, ofereço aos mais interessados uma passagem do Evangelho de São João quando Jesus responde a Pilatos: “O meu Reino não é deste mundo. Se meu Reino fosse deste mundo, os meus súditos certamente teriam pelejado para que eu  não fosse entregue  aos judeus. Mas o meu Reino não é deste mundo”

Faço lembrar que no momento em que Judas dá o beijo e entrega Jesus aos judeus, um dos apóstolos desembainhou a espada. Jesus o repreendeu e ordenou lhe que a guardasse.

Ofereço ainda dois trechos que tratam da missão e da morte de Jesus Cristo. .

1- Jesus é condenado, fundamentalmente, porque atingiu o centro da vida do Templo. A aristocracia do Templo exerce uma liderança sobressalente na condenação de Jesus. O sumo sacerdote que se destaca é Caifás. Os sumos sacerdotes mantinham-se no poder à medida que faziam a vontade de Roma e buscavam manter a ordem. Jesus, com seu gesto no Templo, tumultua a ordem estabelecida. Ele se torna um perigo. “Sua atuação contra o templo é uma ameaça à ordem pública suficientemente preocupante para entregá-lo ao prefeito romano”. Jesus atreveu-se a desafiar publicamente o sistema do Templo. A ordem pública está em perigo. Não há perigo ao poder do império romano, pois o Reino anunciado por Jesus não é de violência e não dispõe de legião alguma. E, por sua vez, a essência do Reino de Deus é o testemunho da verdade e não o poder. A verdade do Reino de Deus desmascara a promiscuidade entre poder e mentira, a busca de poder e prestígio em nome de Deus que havia na época. O Reino de Deus, pelo contrário, alicerça-se na verdade. Com Jesus, aparece a verdade como essência do Reino de Deus. “O mundo é ‘verdadeiro’ na medida em que reflete Deus, o sentido da criação, a Razão eterna donde brotou. E torna-se tanto mais verdadeiro quanto mais se aproxima de Deus. O homem torna-se verdadeiro, torna-se ele mesmo quando se conforma a Deus” (RATZINGER, 2011, p. 176). Para Jesus, “dar testemunho da verdade” significa realçar a vontade de Deus diante dos interesses do mundo e das potências do mundo:

2 – A razão de fundo é clara. O reino de Deus defendido por Jesus põe em questão ao mesmo tempo toda aquela armação de Roma e do sistema do templo. As autoridades judaicas, fiéis ao Deus do templo, veem-se obrigadas a reagir: Jesus estorva. Invoca Deus para defender a vida dos últimos. Caifás e os seus servos o invocam para defender os interesses do templo. Condenam Jesus em nome de seu Deus, mas, ao fazê-lo, estão condenando o Deus do reino, o único Deus vivo em quem Jesus crê. O mesmo acontece com o Império de Roma. Jesus não vê naquele sistema defendido por Pilatos um mundo organizado segundo o coração de Deus. Ele defende os mais esquecidos do Império; Pilatos protege os interesses de Roma. O DEUS DE JESUS PENSA NOS ÚLTIMOS; OS DEUSES DO IMPÉRIO PROTEGEM A PAX ROMANA. NÃO SE PODE, AO MESMO TEMPO, SER AMIGO DE JESUS E DE CÉSAR; NÃO SE PODE SERVIR A DEUS DO REINO E AOS DEUSES ESTATAIS DE ROMA. AS AUTORIDADES JUDAICAS E O PREFEITO ROMANO MOVIMENTARAM-SE PARA ASSEGURAR A ORDEM E A SEGURANÇA. NO ENTANTO, NÃO É SÓ UMA QUESTÃO DE POLÍTICA PRAGMÁTICA. NO FUNDO, JESUS É CRUCIFICADO PORQUE SUA ATUAÇÃO E SUA MENSAGEM SACODEM PELA RAIZ ESSE SISTEMA ORGANIZADO A SERVIÇO DOS PODEROSOS DO IMPÉRIO ROMANO E DA RELIGIÃO DO TEMPLO. É Pilatos quem pronuncia a sentença: “Irás para a cruz”. Mas essa pena de morte está assinada por todos aqueles que, por razões diversas, resistiram ao seu chamado de “entrar no reino de Deus”

LIVE bate-papo – “Memórias Antonenses” – com o amigo Adelson Cardoso.

No conjunto das  “LIVEs”, amanhã, terça-feira, 29  de dezembro, às 17h, estaremos produzindo mais um conteúdo de “Memórias Antonenses”. 

Convidamos para construir conosco esse momento, o amigo, radicado em  Brasília,  há mais de 50 anos, Adelson Cardoso . Entre outros assuntos, abordaremos o conteúdo do seu livro de memórias e sua vida em Vitória de Santo Antão.  

Live Bate-papo – Adelson Cardoso.

Terça-feira – 29  de dezembro – às 17h –

Transmissão pelo Blog do Pilako.

De Natalício para Cristiano – fui “salvo” pelo meu avô ainda na maternidade!!!

Já começo essas linhas pedindo desculpa aos sujeitos que receberam dos seus pais o simpático  nome de “Natalício” – para não dizer estrambótico……Aliás, não existe nada de estranho em nome próprio. Na verdade, o que existe é  falta de costume. Depois que a pessoa acostuma, pronto! Acabou a estranheza de qualquer nome próprio,  de lugares, objetos e etc.

Esse negócio de nome é uma coisa danada. Nos mais de 75 apelidos por mim catalogados em nossa cidade – que deram origem a 3 livros – escutei cada história que nem parece  ser real. Pessoas, por exemplo,  que só tomaram conhecimento  do seu próprio nome na juventude e outras só depois de adultas e que  ainda ficam “desconfiadas” quando alguém lhe chama pelo nome de batismo.

Mas estranho mesmo é saber que mesmo depois de dobrar a esquina do meio século de vida  você por pouco não  foi registrado com outro nome. Para complicar ainda mais essa história real o dito cujo –  ainda na tenra idade – recebeu um apelido (PILAKO),   deslocando, por assim dizer, o nome de batismo (CRISTIANO) para um “segundo plano”.

 A história é a seguinte:

Quando fui dado à luz meus pais  – “Seu” Zito Mariano e ‘Dona” Anita Garibaldi – já haviam sacado  todos os nomes do estoque – fui a “ponta de rama” de uma  prole de 11 filhos – 6 homens e 5 mulheres.

Por haver nascido justamente num dia como hoje,  26 de dezembro, acabei, mesmo sem a menor pretensão, oportunizando um natal inesquecível para minha mãe (imagino), motivo pelo qual fui logo sendo “batizado” ali mesmo na maternidade. “ vai se chamar Natalícioem  homenagem ao Natal

Por obra e graça do divino espírito santo, eis que meu avô materno, Célio Meira (homem culto e educado), resolveu dá uma passadinha na maternidade para conhecer o mais novo neto – aquele que seria também o último. Ao saber da “graça” da criança, sapecou uma sugestão que me “salvou do Natalício”.

Disse ele: “ minha filha, peço desculpa a você e a Zito. Mas gostaria  de fazer uma sugestão para  o nome da criança. Já que vocês querem homenagear o Natal,   porque não homenageiam o verdadeiro homenageado do Natal,  que é Jesus Cristo! Porquê, então, não se  colocar  o nome de CRISTIANO?”

Resumo da ópera: que me perdoem os “Natalícios”…..Viva o escritor Célio Meira – meu avô – que me salvou desse “imprensado”……Hoje,  chego à casa dos 53 anos de vida. Não sou nem de longe parecido com Cristo, mas Viva o Natal, Jesus Cristo e todos os “Cristianos” que receberem esse nome para homenageá-lo…..

Jesus não morreu por “nossos pecados” e sim por enfrentar o sistema, a cobiça e o interesse…

POR ALBERTO MAGGI, biblista italiano, frade da Ordem dos Servos de Maria, autor de diversos livros 

Tradução de Francisco Cornélio

Jesus Cristo morreu pelos nossos pecados. Essa é a resposta que normalmente se dá para aqueles que perguntam por que o Filho de Deus terminou seus dias na forma mais infame para um judeu, o patíbulo da cruz, a morte dos amaldiçoados por Deus (Gl 3,13).

Jesus morreu pelos nossos pecados. Não só pelos nossos, mas também por aqueles homens e mulheres que viveram antes dele e, portanto, não o conheceram e, enfim, por toda a humanidade vindoura. Sendo assim, é inevitável que olhando para o crucifixo, com aquele corpo que foi torturado, ferido, riscado de correntes e coágulos de sangue expostos, aqueles pregos que perfuram a carne, aqueles espinhos presos na cabeça de Jesus, qualquer um se sinta culpado… o Filho de Deus acabou no patíbulo pelos nossos pecados!

Corre-se o risco de sentimentos de culpa infiltrarem-se como um tóxico nas profundezas da psiquê humana, tornando-se irreversíveis, a ponto de condicionar permanentemente a existência do indivíduo, como bem sabem psicólogos e psiquiatras, que não param de atender pessoas religiosas devastadas por medos e distúrbios.

No entanto, basta ler os Evangelhos para ver que as coisas são diferentes. Jesus foi assassinado pelos interesses da casta sacerdotal no poder, aterrorizada pelo medo de perder o domínio sobre o povo e, sobretudo, de ver desaparecer a riqueza acumulada às custas da fé das pessoas.

A morte de Jesus não se deve apenas a um problema teológico, mas econômico. O Cristo não era um perigo para a teologia (no judaísmo havia muitas correntes espirituais que competiam entre si, mas que eram toleradas pelas autoridades), mas para a economia.

O crime pelo qual Jesus foi eliminado foi ter apresentado um Deus completamente diferente daquele imposto pelos líderes religiosos, um Pai que nunca pede a seus filhos, mas que sempre dá.

A próspera economia do templo de Jerusalém, que o tornava o banco mais forte em todo o Oriente Médio, era sustentada pelos impostos, ofertas e, acima de tudo, pelos rituais para obter, mediante pagamento, o perdão de Deus.

Era todo um comércio de animais, de peles, de ofertas em dinheiro, frutos, grãos, tudo para a “honra de Deus” e os bolsos dos sacerdotes, nunca saturados: “cães vorazes: desconhecem a saciedade; são pastores sem entendimento; todos seguem seu próprio caminho, cada um procura vantagem própria”  (Is 56, 11).

Quando os escribas, a mais alta autoridade teológica no país, considerando o ensinamento infalível da Lei, vêem Jesus perdoar os pecados a um paralítico, imediatamente sentenciam: “Este homem está blasfemando!” (Mt 9,3). E os blasfemos devem ser mortos imediatamente (Lv 24,11-14). A indignação dos escribas pode parecer uma defesa da ortodoxia, mas na verdade, visa salvaguardar a economia.

Para receber o perdão dos pecados, de fato, o pecador tinha que ir ao templo e oferecer aquilo que o tarifário das culpas prescrevia, de acordo com a categoria do pecado, listando detalhadamente quantas cabras, galinhas, pombos ou outras coisas se deveria oferecer em reparação pela ofensa ao Senhor. E Jesus, pelo contrário, perdoa gratuitamente, sem convidar o perdoado a subir ao templo para levar a sua oferta.

“Perdoai e sereis perdoados” (Lc 6,37) é, de fato, o chocante anúncio de Jesus: apenas duas palavras que, no entanto, ameaçaram desestabilizar toda a economia de Jerusalém. Para obter o perdão de Deus, não havia mais necessidade de ir ao templo levando ofertas, nem de submeter-se a ritos de purificação, nada disso. Não, bastava perdoar para ser imediatamente perdoado…

O alarme cresceu, os sumos sacerdotes e escribas, os fariseus e saduceus ficaram todos inquietos, sentiram o chão afundar sob seus pés, até que, em uma reunião dramática do Sinédrio, o mais alto órgão jurídico do país, o sumo sacerdote Caifás tomou a decisão.

“Jesus deve ser morto”, e não apenas ele, mas também todos os discípulos porque não era perigoso apenas o Nazareno, mas a sua doutrina, e enquanto houvesse apenas um seguidor capaz de propagá-la, as autoridades não dormiriram tranquilas (“Se deixarmos ele continuar, todos acreditarão nele … “, Jo 11,48).

Para convencer o Sinédrio da urgência de eliminar Jesus, Caifás não se referiu a temas teológicos, espirituais; não, o sumo sacerdote conhecia bem os seus, então brutalmente pôs em jogo o que mais estava em seu coração, o interesse: “Não compreendeis que é de vosso interesse que um só homem morra pelo povo e não pereça a nação toda?” (Jo 11,50).

Jesus não morreu pelos nossos pecados, e muito menos por ser essa a vontade de Deus, mas pela ganância da instituição religiosa, capaz de eliminar qualquer um que interfira em seus interesses, até mesmo o Filho de Deus: “Este é o herdeiro: vamos! Matemo-lo e apoderemo-nos da sua herança” (Mt 21,38).

O verdadeiro inimigo de Deus não é o pecado, que o Senhor em sua misericórdia sempre consegue apagar, mas o interesse, a conveniência e a cobiça que tornam os homens completamente refratários à ação divina.

CONSTRUA SUA ESCADA – por Ronaldo SOTERO

Quem é possuidor de afinidades literárias nunca descartou o desejo de escrever um livro, seja na poesia ou prosa, na ficção, memória, humor, técnica, cotidiano. Assim como na política, a literatura só tem a porta de entrada. Não há idade para se tornar escritor.
Jorge Amado começou aos 19 anos, publicando No País do Carnaval Graciliano Ramos, aos 41, com Caetés.

A literatura como qualquer outra atividade não é apenas inspiração. Exige o conhecimento de técnicas, preparação, base, caso o autor busque uma obra refinada, de qualidade. O escritor argentino Jorge Luís Borges já alertava àquele que deseja trilhar esse caminho: Se lemos algo com dificuldade, o autor fracassou. Alguns títulos são norteadores para preparação do projeto literário. São obras de linguagem objetiva, claras, sobretudo motivadoras, essenciais para que o iniciante ao cosmos literário não adie o lançamento de seu primeiro livro.

1) Como se faz literatura Affonso Romano de Sant’anna ( Edit Vozes) – excelente.

2) A arte de recusar um original Camilien Roy. O autor canadense mostra como as editoras recebem os originais e apresentam uma justificativa para recusar o livro. Interessante.

3) Livros demais! Sobre Ler, escrever e publicar Gabriel Zaid- Edit. Summus. Essencial

4) Estilos de época na literatura Domicio Proença Filho – Edit. Atica- técnico –

Um dos passos importantes na sedimentação desse objetivo é se livrar de leituras do tipo besteirol, que nada acrescentam, no tsunami de mediocridade dominante. Contar também, com a sugestão de gente do ramo, estar disposta a receber a crítica de uma palavra ou parágrafo mal ajustado, e não se iludir com elogio gratuito dos próximos, porque para não desagradar a baixa qualidade do conteúdo, mascaram a realidade, do que poderia ser reparado. Todos têm talento, alguns em excesso, outros um leve empurrão para o motor funcionar.

Em lugar de construir escadas para outros subirem, aprenda a construir a sua e atinja o último degrau. Na homenagem à escritora nascida na Ucrânia, de infância em Recife, no centenário de nascimento, Clarice Lispector, (1920-1977), uma frase-sintese do fazer literário Enquanto eu tiver perguntas e não houver resposta continuarei a escrever, no livro A hora da estrela.

Ronaldo Sotero. 

Pitú lança série de latinhas com desejos para 2021.

 

Cachaçaria distribuiu cinco milhões das latas com embalagens temáticas por todos os estados do País

Com a esperança de que está por vir um ciclo mais leve divertido todos nós, a Pitú acaba de lançar uma série de latas com embalagens temáticas para receber o ano novo de braços abertos e pensamentos positivos. No total, seis ilustrações distintas com desejos para 2021 estampam as latas de 350 ml da tradicional cachaça “branquinha” da Pitú. E os consumidores ou colecionadores já podem ficar atentos às gôndolas dos mercados: a cachaçaria pernambucana distribuiu cinco milhões de unidades das latas especiais por todos os estados do Brasil. A criação é assinada pela agência Ampla Comunicação.

Proporcionando momentos de alegria, descontração e leveza entre amigos e pessoas queridas, sempre apostando no bom-humor, as campanhas e ações de entretenimento da Pitú possuem o grande diferencial de cativar, fidelizar e estreitar o relacionamento com os apreciadores da cachaça. Seja para tomar aquela cachacinha da virada do ano, ou apenas para colecionar mais uma versão da latinha comemorativa, a nação pituzeira vai poder escolher um desejo para 2021 e brincar com os diferentes temas. Já é tradição! O brinde da virada será com responsabilidade, otimismo e as resenhas da Pitú espalhadas por todo o País.

Confira os desejos para 2021 que estampam as seis versões das latinhas temáticas:

  1. Que 2021 seja um ano de união. Com muito gelo, Pitú e limão.
  2. Que 2021 traga sabedoria. Para ninguém errar na hora de dividir a conta.
  3. Que 2021 traga sorte no amor. Mas se trouxer uns contatinhos, já resolve.
  4. Que em 2021 a resenha seja grande. E venha parcelada em 12 meses.
  5. Que 2021 traga felicidade. Ou feriados prolongados, que é quase a mesma coisa.
  6. Que 2021 traga mais prosperidade e menos aglomeração de boletos.

FICHA TÉCNICA

Agência: Ampla Comunicação
Cliente: Pitú

Responsável pela aprovação no cliente: Eduarda Ferrer

Atendimento: Alessandra Pires, Daniela Koury, Lenice Soares

Mídia: Nilson Samico, Debora Negromonte, Amanda Rodrigues
Produção: Tamires Vieira
Direção de Criação: Henrique Pereira, Ali Carvalho e Mateus Alves
Criação: Saulo Lísias, Gonzaga Neto, Yago Santana, Amin Melo e Danilo Lira
Finalização: Jaime Vieira

Restaurante e Pizzaria do Léo – uma parceria dos amigos Léo dos Monges e Ceará.

Operando desde a semana passada, o espaço gastronômico que um dia abrigou o Restaurante “Recanto do Ceará” foi repaginado e turbinado com uma parceria que tem  tudo para frutificar, tanto do ponto de vista gastronômico quando na gestão dos serviços em geral. Estampando o nome “Restaurante e Pizzaria do Léo”, o novo espaço  é um empreendimento em parceria dos amigo Léo dos Monges e Ceará.

Apesar do momento adverso (pandemia), o novo negócio – Restaurante e Pizzaria do Léo – ampliou o raio de atuação, no que se refere à variedade de pratos no cardápio e no serviço de delivery. Com sistema de atendimento totalmente automatizado a “ordem da direção da casa” é satisfazer o cliente.

Portanto –  aproveitando esse período festivo –  esse seria bom um momento para conhecer o novo espaço para uma “festinha de confraternização” ou mesmo solicitar uma refeição em casa. Disse-me o amigo Léo que o seu restaurante está de portas abertas para receber todos, principalmente sua legião de amigos.

SERVIÇO:

Restaurante e Pizzaria do Léo.

Rua Antônio Ageu de Lima 131 – Bela Vista.

Contatos: 2160-1080 – 9.8564.1651 – @doleo.rest

Blog do Pilako – o “quase impossível” transformado em realidade….

Em novembro do ano passado (2019), postei matéria aqui no blog narrando um emocionante contato entre familiares que não se conheciam porque  o destino cuidou em separá-las –  uma parte morando no Estado da Bahia e a outra aqui na Vitória. No conteúdo da referida matéria expliquei o “roteiro” de como as coisas aconteceram, ou seja: através do Blog, o  “Rapaz da Bahia” entrou em contato comigo e eu cuidei de “descobrir” e identificar os seus parentes. Com efeito,  deixei-os conectados – um sonho de toda uma vida…..

Pois bem, dias atrás, recebi registros fotográficos do primeiro encontro presencial desse pessoal. Trata-se dos filhos, netos e bisnetos do conhecido eletricista da nossa cidade “Seu” João Sardinha – já falecido. Aliás, a principal peça do “quebra-cabeça familiar” também já encontra-se sepultado, ou seja: Wandenberg  – conhecido à época por “Berg”. Evidentemente  que fui autorizado pelos envolvidos a revelar nomes.

O “Rapaz da Bahia”, que  se chama Wilson, não se cansa de me agradecer, dizendo que em breve – quando essa pandemia passar – colocará os pés em território antonense para conhecer o restante da família e, em ato contínuo, conhecer-me pessoalmente. Adiantou ele: “lhe serei eternamente grato”.

Concluo essas linhas com alegria. Essa é uma história que já cataloguei na minha vida como algo relevante. Não fiz por dinheiro muito menos  recebi qualquer tipo de  vantagem pessoal nesse episódio, mas fiz a diferença  num jogo em que todos venceram. Isso é o mais importante! Segue o jogo da vida….

LIVE 64 – ao vivo – “AMA”: Associação Maria Amélia com o Silveira.

Recebemos para uma LIVE, na tarde de hoje (18) – para falar da origem e da ação da AMA – Associação Maria Amélia – ,  o amigo Silveira.  Na construção desse conteúdo dialogamos sobre os motivos pelos quais a instituição foi criada.

Com problemas na própria família, no que se refere ao uso de drogas, o amigo Silveira, tocado por Deus, como ele bem falou, tomou como missão de vida prestar serviço voluntário aos jovens com algum  problemas de dependência química. O projeto cresceu e tornou-se uma  referência social na nossa cidade.

ASSISTA A LIVE COMPLETA AQUI.

“Corrida com História” – hoje, 161 anos da visita da “Família Imperial”.

No nosso salutar projeto  – “Corrida com História”-, hoje, 18 de dezembro de 2020, sublinhamos  a passagem dos 161 anos da visita da “Familiar Imperial” em nossa recém criada “Cidade da Vitória”. Dom Pedro II, acompanhado da  esposa, Imperatriz Teresa Cristina, e de parcela da corte, entre os 18, 19 e 20 de dezembro de 1859, transformaram o então prédio do Doutor Santos em Paço Imperial. Esse mesmo prédio, hoje, abriga o nosso Instituto Histórico e Geográfico.  Aliás, não a toa, a via em que repousa o majestoso e imponente prédio chama-se “Rua Imperial e o Instituto “Casa do Imperador”.  Para saber mais, veja o vídeo, abaixo.