Foi com imensa satisfação que recebi a noticia de que amanhã, 20 de setembro, ADUFEPE – Associação dos Docentes da UFPE – realizará um debate com os candidatos a prefeito da nossa Vitória de Santo Antão. O evento cívico\acadêmico\democrático é um marco na história republicana do nosso município. Antecipadamente: PARABÉNS AOS QUE FAZEM ADUFEPE.
Em rodas de bate-papo político – sem torcedores eleitorais – costumo relembrar Santo Agostinho, um dos mais importantes pensadores da igreja católica – para realçar à importância da chegada do CAV, na nossa cidade.
Aliás, o então prefeito José Aglailson, em seus muitos rompantes, realçando sua participação na chagada da conceituada instituição de ensino no nosso território, nunca conseguiu proferir uma frase sequer que conectasse uma visão consistente e lúcida sobre a dimensão transformadora e à essência do real significado de uma universidade pública, em uma região historicamente desprovida do pensamento crítico, como a nossa.
Com esta auspiciosa notícia – o debate com os nossos prefeituráveis – peço licença aos internautas que acompanha nosso jornal eletrônico diariamente, para replicar uma postagem realizada no dia 23 de abril de 2012. O título dessa matéria foi: DEPOIS DESSE MOVIMENTO, VITÓRIA NUNCA MAIS SERÁ A MESMA!
Não custa nada lembrar que por ocasião do título dessa matéria, postada há mais de quatro anos, fui várias vezes “interrogado”, por alguns dos meus seguidores, pedindo-me maiores explicações. segue abaixo, portanto, a matéria. Boa leitura…
Em tempo: BOLA MUCHA PARA A FACOL E A FAINTVISA, E BOLA CHEIRA PARA UFPE. Isto apenas demonstra o nível de visão de futuro dos diretores das respectivas instituições de ensino (bola mucha), assim como seus “rabo-preso” ao um passado nem tanto “glorioso”.
Depois deste movimento, Vitória nunca mais será a mesma!!
No último sábado, 21 de abril, aconteceu simultaneamente em várias cidades brasileiras um movimento intitulado: O DIA DO BASTA. Este movimento teve como objetivo, entre outras coisas, estimular e mobilizar o povo brasileiro para as questão sociais, educacionais e principalmente enfrentar a corrupção.
Nossa cidade que ultimamente comportou-se de maneira apática e insensível à esse tipo de manifestação, situação aliás que nos coloca em posição diametralmente oposta com as nossas históricas participações na Batalha das Tabocas, assim como, o nosso posicionamento na Guerra dos Mascates, em 1710, através de Pedro Ribeiro ou até mesmo nos mais recentes movimentos das Ligas Camponesas, finalmente acordou para ocupar o seu lugar de protagonista da sua própria história.
Com palavras de ordem, vestidos de preto, com os rostos pintados segurando faixas e cartazes os jovens vitorienses realizaram, pelas ruas centrais da cidade, uma verdadeira aula de cidadania, bem ao estilos das gerações que foram humilhadas e torturadas pelos governos militares, na luta pela Democracia e pela Liberdade de Expressão, aliás, conseguidas com sangue, suor e lágrimas. Quero crer, inclusive, que após este movimento, pequeno na quantidade de pessoa, mas emblemático na simbologia que VITÓRIA DE SANTO ANTÃO, DORAVANTE, NUNCA MAIS SERÁ A MESMA.
Nas últimas cinco décadas nosso município foi vítima de uma política arcaica e retrograda, onde os governantes se revezaram no poder, perpetuando-se no sistema familiar de governar, como se eles fossem os “senhores de engenho” e nós, munícipes, apenas escravos, vivendo na senzala no entorno dos seus desejo.