Igreja da Misericórdia – por historia_em_retalhos.

Esta é a Igreja da Misericórdia, no Alto da Sé de Olinda/PE.

Talvez, poucas pessoas saibam, mas neste exato local (circulado em vermelho) foi morto, em 1630, o Capitão André Pereira Temudo.

André Pereira Temudo, mais conhecido como “Capitão Temudo”, foi um militar português que marcou época em Pernambuco.

Em 1615, participou da expedição que auxiliou Jerônimo de Albuquerque a expulsar os franceses do Maranhão e do Pará.

No ano seguinte, em 1616, ao lado de Francisco Caldeirar, navegou por um afluente do rio Guajará e, em determinado ponto, construiu um fortim, dando por fundada, sob a proteção de Nossa Senhora de Belém, a povoação “Feliz Lusitânia”.

Este ato significou a fundação do estado do Pará e da sua capital, Belém!

Após um período no RN, decidiu fixar residência em Olinda, sendo em solo pernambucano onde vivenciou o seu ato mais heróico.

Como sabemos, em 1630, os holandeses invadiram Pernambuco, em uma das maiores expedições exploradoras daquele período.

À frente de 130 homens, coube ao capitão realizar a defesa do Rio Tapado (defesa natural do Porto do Recife) e das praias de Pau Amarelo.

Ocorre que os holandeses eram numericamente muito superiores, com uma tropa de 2 mil soldados, bem armados e treinados.

Desembarcaram na praia de Pau Amarelo e passaram a progredir no terreno.

Infelizmente, não havia como detê-los!

Prosseguiram, até chegarem a Olinda.

Em Olinda, Temudo foi obrigado a recuar, até o adro da Igreja da Misericórdia, onde foi morto.

No local, foi fixada a pedra destacada na foto, que diz:

“Aqui, no adro desta igreja, o Capitão André Pereira Temudo, seguido de um punhado de bravos pernambucanos, sacrificou heroicamente a sua vida para vingar os ultrajes que faziam à pátria e à religião os criminosos invasores holandeses em 1630”.

O Capitão Temudo foi enterrado em Olinda e dá nome a um importante viaduto do Recife, no Complexo de Joana Bezerra.

Alô, @pref_olinda, a pedra que marca este fato histórico encontra-se apagada e esquecida.

Não seria o momento de revitalizá-la e iluminá-la?

Uma terça-feira de paz a todos! 🙌🏼
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Katia Mesel: Patrimônio Vivo de Pernambuco – por Marcus Prado.

Depois de uma proveitosa tarde de outubro de 1985, em visita a uma exposição fotográfica de vários autores, na Funarte (RJ), sendo conduzido pelo meu querido amigo carioca, premiado compositor de música erudita e funcionário da instituição de cultura, Nestor de Holanda Neto, uma amizade que continua até hoje, herança de seu pai, jornalista Nestor de Holanda, fui assistir, com o escritor pernambucano de Caruaru, radicado no Rio de Janeiro, Elysio Condé (Jornal de Letras), no tradicional Cine Pathé, na Cinelândia, cujo fundador foi o famoso fotógrafo Marc Ferrez (1843-1923), ao curta-metragem Oh de casa!, da cineasta e produtora pernambucana Katia Mesel.

Foi a primeira vez que tive diante de mim um trabalho de Katia Mesel, revelando-se uma iniciada, além do olhar fílmico, nos valores da fotografia e seus enquadramentos de imagem, na linguagem narrativa da fotografia, nos planos fotográficos das cenas. Para mim, uma marca na arte dessa pernambucana, à margem dos seus filmes posteriores, ao longo de mais de 50 anos de sua produção, também no audiovisual, ultrapassando mais de 300 produções.

Eu sabia de sua paixão por uma Leica, facilitadora de devaneios criativos dos pintores Lula Cardoso Ayres e João Câmara, sem esquecer a Leica de Gilberto Freyre nas suas pesquisas de campo, quando saia de bicicleta com Ulisses Pernambucano de Mello pelos bairros antigos do Recife, quando não viajava pela Ilha de Moçambique. “Ali sentiu-se atordoado pela profusão de cores”, lembra o acadêmico e historiador Alberto da Costa Filho.

O filme Oh de Casa! premiado mais de uma vez em festivais de cinema, baseado no livro homônimo do escritor Gilberto Freyre, tem como foco o valor da arquitetura tropical como forma de adaptação ao nosso clima, servindo ao estudo da formação social e da personalidade nordestinas. O sucesso desse filme trouxe confiança à autora de que muito ainda haveria de realizar e assim tem feito. Foi o início (sua chegada à maturidade) de outros prêmios dentro e fora do Brasil, de uma vocação, como cineasta, que não cessa de produzir um trabalho de qualidade e enche de referências o que de melhor tem sido feito com a marca tradicional do cinema pernambucano, herdeiro de um inquestionável valor e de um acervo cinematográfico que existe desde os anos 20, hoje na cinemateca da Fundaj. O longo comprometimento de Katia Mesel, com o sabor da cultura nordestina, feito com bom gosto estético e temático, me faz lembrar a divina Susan Sontag, a maior estudiosa e analista do seu tempo americano sobre cinema, além de erudita crítica literária. É autora de um longo ensaio sobre o romance de Machado de Assis.

Para Susan, havia uma escrita fílmica. Em Katia não se exclui um depurado trabalho de narrativa fílmica, sempre implica um olhar.

Estou sabendo que se acha concluído, desde 2020, na Fundarpe, o processo de concessão do título de Patrimônio Vivo de Pernambuco a Katia Mesel. Fico igualmente no aguardo do seu talvez mais ousado projeto de cinema: o filme sobre Clarice Lispector no Recife, para o qual está à espera de patrocínio.

Marcus Prado – jornalista

Vostok: a tragédia que modificou a legislação sobre circos no Brasil – por historia_em_retalhos.

Era 09 de abril do ano 2000, em Jaboatão dos Guararapes/PE.

O garoto José Miguel Jr., de 6 anos, pediu ao pai de aniversário para ir a uma apresentação do Circo Vostok, que chegara em sua cidade.

Àquela altura, não sabia o inocente menino o que o destino lhe reservava.

Após as primeiras atrações, o locutor anunciou o número do domador de leões.

No intervalo, as crianças foram convidadas para tirar fotos com os animais.

Júnior estava voltando para o seu lugar, com o pai e a irmã, quando, em frações de segundos, o leão Bongo, de 220kg, há 3 dias sem comer, projetou a sua pata para fora e arrastou o menino para dentro do túnel que ligava as jaulas ao picadeiro.

Como em um filme de terror, o pânico foi geral e o que se viram foram cenas dantescas.

Arrastado por Bongo, os outros leões passaram a dilacerar o menino.

A criança foi mordida nas pernas, cabeça e tórax.

Seu pescoço foi quebrado, o braço direito decepado e as vísceras ficaram expostas.

O detalhe inacreditável: o túnel tinha grades que eram unidas, pasmem, por cordas de náilon!

Acionada, a PM matou a tiros 4 leões.

Os animais foram necropsiados na UFRPE e foi descoberto que não havia nada em seus estômagos, ou seja, não comeram a carne do garoto, o que levou especialistas a sustentarem que a fome não foi a causa do ataque, mas uma reação instintiva típica dos felinos.

O único leão sobrevivente, o filhote Leo, foi para o zoológico de Dois Irmãos e por lá viveu por 21 anos.

Esta tragédia foi muito impactante.

Espalhou-se pelo BR e pelo mundo, acendendo o debate sobre animais selvagens dentro de circos e o tratamento cruel dado a eles.

O caso foi julgado pelo TJPE, que fixou uma indenização de 1 milhão, além de pensionamento, valor reduzido para 275 mil pelo STJ.

No âmbito criminal, os donos do circo mudaram-se para os EUA, o domador desapareceu e o crime prescreveu.

Como saldo desta tragédia, PE foi o primeiro estado do país a abolir a presença de animais em espetáculos, posição similar adotada, depois, nacionalmente.

Quem vivenciou jamais esquecerá daquele dia.
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Hoje a história foi na Rede Globo – quadro “Vida Corrida”….

Por ocasião do evento esportivo ocorrido na nossa “aldeia” – Vitória de Santo Antão -, na manhã do último domingo, 09 de outubro, promovido pela equipe de corrida de rua  local, “Vapor da Vitória”, no percurso, encontrei-me com o repórter da Rede Globo  Danilo César que, na qualidade de atleta, também participava do evento.

Não perdi a oportunidade. Gravei um rápido vídeo e o enviei para o quadro “Vida Corrida”. Hoje, sexta-feira (14), eis que fomos “premiados” com mais esse incentivo à prática regular da atividade física, mais especificamente a “corrida de rua”.

Veja o vídeo:

https://g1.globo.com/pe/pernambuco/playlist/videos-tudo-sobre-pernambuco.ghtml#video-11025863-id

 

 

promotor de Justiça Thiago Faria Soares – por historia_em_retalhos.

Em 14 de outubro de 2013, era brutalmente assassinado, em Itaíba/PE, o promotor de Justiça Thiago Faria Soares, aos 36 anos de idade.

Thiago teve o seu carro interceptado na Rodovia PE-300, quando se dirigia de Águas Belas para Itaíba, cidade onde trabalhava, sendo alvejado com tiros fatais de espingarda 12.

Mysheva Freire Ferrão Martins, noiva do promotor, e Adautivo Martins, tio dela, também estavam no mesmo veículo, mas não foram atingidos pelos disparos.

A motivação do crime envolveu uma disputa pelas terras da Fazenda Nova.

O fazendeiro José Maria Pedro Rosendo Barbosa, conhecido como “Zé Maria de Mané Pedro”, mandante do crime, perdeu a posse de 25 hectares da propriedade, para a noiva do promotor, em um leilão na Justiça Federal, decidindo, então, vingar-se de Thiago, que teria ajudado a noiva na imissão na posse da terra.

Em 13 de agosto de 2014, a pedido do então Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, as investigações foram deslocadas para a Polícia Federal.

Levado a júri popular, José Maria Rosendo foi condenado a 50 anos e 4 meses de reclusão, em regime fechado.

José Marisvaldo Vitor da Silva, acusado de ter seguido e indicado aos executores a localização do promotor, foi condenado a 40 anos e 8 meses de reclusão.

O jovem promotor Thiago Farias perdeu a vida de forma brutal, inescrupulosa e covarde.

Pagou um preço alto por ter assumido uma briga histórica e intensa por terras da família da mulher, por quem se apaixonou, trazendo para si uma disputa que não era dele.

Com muito pesar, encerramos este retalho, homenageando a memória de Thiago, com as palavras proferidas por ele próprio quando de sua posse no MPPE:

“Quando entrei na faculdade de Direito, tinha um foco, um sonho, que era ser promotor de Justiça. Ninguém vence uma pessoa que tem um sonho e hoje o realizei e posso dizer que irei dedicar a minha vida a ser o melhor promotor de Justiça do MPPE. Cumprirei essa promessa.”
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Eleição 2022 – segundo turno – segue o jogo….

Faltando pouco mais de 15 dias para o “D” eleitoral 2022, podemos dizer que o pleito segue esquentando a temperatura. Com números desfavoráveis no resultado do primeiro turno a campanha do presidente Bolsonaro recebeu importantes apoios de governadores eleitos já no primeiro turno. Já na campanha do candidato do Partido dos Trabalhadores, Lula, declarações positivas dos “ex candidatos” Simone Tebet e Ciro Gomes configuram-se em importantes ativos nessa reta final.

Pelo nível de acirramento e polarização, protagonizados pelas  duas “torcidas”,   não encontramos possibilidades, salvo alguma rara exceção e algum fato extraordinariamente novo, de mudanças de voto de última hora. Ao que parece, os números de faltosos no reencontro com as urnas, no próximo dia 30, será um fator determinante para o resultado final.

Já em Pernambuco, em que de maneira inédita duas mulheres estão no segundo turno, Marília e Raquel seguem numa guerra de narrativas, apoios e detalhes emotivos que podem definir a parada. Mesmo com uma vantagem numérica nas primeiras pesquisas, doravante, Raquel terá que administrar a dose da “comoção” na sua campanha, assim como não deixar que a comunicação da campanha de Marília consiga carimbá-la de “bolsonarista”, até poque a intenção de votos do líder petista em Pernambuco segue em torno dos 70%.

Já Marília, que passou a campanha inteira demonizando a gestão do governador Paulo Câmara, daqui para frente, terá que arrumar uma linha de discurso bastante criativo, até porque, nesse segundo turno, a turma do PSB estará no seu palanque.

Como falei, no meu modesto entendimento, a eleição para governadora de Pernambuco, em 2022, segue aberta. Disputa em segundo turno é muito mais do que propostas, preparo e boas intenções. É um jogo em que o “não” ao outro(a) é muito mais forte do que o “sim” ao próprio(a).

 

Livro Asas Para Vitória de Santo Antão – a história do Aero Clube da Vitória – continua à venda!

Fruto de uma aprofundada pesquisa histórica, realizada pelo presidente do Instituto Histórico da Vitória, professor Pedro Ferrer, o Livro Asas Para Vitória de Santo Antão tem recebido os merecidos elogios. Recheado com fotos e documentos, o conteúdo, de maneira cronológica, narra o passo a passo rumo à materialização e sucesso, daquilo que que ficou catalogado na nossa história como um dos sonhos mais ousados dos antoenses, ou seja: a concretização do Aeroclube da Vitória – vale a pena ler……

O livro custa $70 e pode ser adquirido através do contato (81) 9.8880.1744.

Após dois anos de pandemia, o Baby Alegria voltou com força!!!

No dia dedicado às crianças, 12 de outubro, o Bloco Infantil Baby Alegria fez a festa na nossa “aldeia” – Vitória de Santo Antão – Após concentração na Praça da Restauração, com distribuição de produtos e peça teatral, o desfile ocorreu pelas principais vias da cidade.

Animada ao som do trio elétrico Asas da América a criançada, juntamente com seus pais e responsáveis –   dentro e fora do cordão de isolamento – seguiram  embalados  e “puxados” pelo artista vitoriense Victor Lins e Banda.

O Bloco Infantil Baby Alegria se configura numa agremiação carnavalesca que avançou na nossa cidade no sentido do entretenimento para um público específico, ou seja: a criançada. Após 2 anos de interrupção nos desfiles,  por conta dos impedimentos da pandemia, “O Baby” voltou com força total. Parabéns ao sempre dinâmico Charles Romão e toda sua equipe pela volta triunfal,  às ruas da Vitória.

Museu do Instituto Histórico: funcionando aos sábados e domingos!

A partir de agora o Instituto Histórico e Geográfico da Vitória passa a funcionar também aos finais de semana. A entrada está com preço promocional, meia-entrada para todos  -R$5,00 – até 31 de dezembro. As visitas, aos sábados e domingos, são agendadas e as vagas são limitadas. Convide seus amigos e familiares e venham visitar o nosso Museu.

Instituto Histórico e Geográfico da Vitória.

ESTUDANDO PORTUGUÊS – Sosígenes Bittencourt.

A Vírgula
* Vírgula pode ser uma pausa… ou não.
Não, espere.
Não espere…
* Ela pode sumir com seu dinheiro.
23,4.
2,34.
* Pode criar heróis…
Isso só, ele resolve.
Isso só ele resolve.
* Ela pode ser a solução.
Vamos perder, nada foi resolvido.
Vamos perder nada, foi resolvido.
* A vírgula muda uma opinião.
Não queremos saber.
Não, queremos saber.
* A vírgula pode condenar ou salvar.
Não tenha clemência!
Não, tenha clemência!

Detalhes Adicionais:
SE O HOMEM SOUBESSE O VALOR QUE TEM A MULHER ANDARIA DE QUATRO À SUA PROCURA.
* Se você for mulher, certamente colocou a vírgula depois de MULHER…
* Se você for homem, colocou a vírgula depois de TEM…

Sosígenes Bittencourt

José Paulo Cavalcanti Filho: um charuto para sempre….

Mesmo sem ser apreciador dos charutos, recentemente, ao encontrar-me com o eminente jurista, intelectual e imortal  ABL – Academia Brasileira de Letras -, José Paulo Cavalcanti Filho, acabei ganhando um. Diga-se de passagem:  dos melhores – cubano, comprado em Portugal.

Explico: dias atrás, ao participar da comitiva do nosso Instituto Histórico que prestigiou  a cerimônia do lançamento da coleção de livros “Pernambuco na Independência”, ocorrida no Instituto Arqueológico, em Recife, tive a oportunidade de trocar umas ideias com ele.

Na ocasião, relembrei alguns dos seus artigos publicados nos grandes jornais da capital. Dentre os quais um atinente aos charutos no qual o próprio (José Paulo) descreveu de maneira rica e singular, algo que nunca havia visto antes. Pronto: generosamente, ele retirou do bolso da camisa e ofertou-me uma unidade. Não irei consumi-lo. Guardei-o e será uma recordação concreta desse nosso momento real.

 

4ª edição da Corrida do Vapor: mais um evento show!!!

Promovida pelo Grupo de Corrida de Rua Vapor da Vitória, na manhã do domingo (09) aconteceu uma intensa atividade esportiva, ou seja: a 4ª Corrida do Vapor. Contando com um número bastante expressivo de atletas locais e de outras cidades, o evento teve como ponto de concentração, largada e chegada o Pátio da Matriz.

Assim como nas edições anteriores,  nessa 4ª promoção os organizadores escolheram o monumento local “Anjo da Vitória” para homenagear na camisa, medalha e troféu. Eventos dessa natureza e magnitude, promovidos pelos mais diversos “atores” locais, indiscutivelmente, estimulam à sociedade à prática da atividade física regular pressuposto, por assim dizer, para mudança nos hábitos no sentido da busca pela vida mais saudável.

Vinculado ao grupo promotor do referido evento, evidentemente, marquei presença e conclui o percurso de 8km ao lado de dois amigos também corredores: Gabriel Lima e Jurandir Soares. Nesse contexto, além das ruas centrais da cidade, também circulamos pelos bairros Maués e Cajá.

Assim sendo, reforçamos os nossos parabéns ao Grupo do Vapor e a todos os seus administradores pela iniciativa e promoção festiva,  em celebração à vida saudável, focada na prática regular da chamada “corrida de rua”.

Socorrinho, André e Saulo: vitória política nas urnas!!!

Antes já registrado em nosso blog, inclusive com um conjunto de entrevistas realçando as postulações que se dispuseram a participar, nossa cidade, em 2022, , lançou um número recorde de “candidaturas com DNA Antonense”, ou seja:  àquelas cujo o domicílio eleitoral encontra-se no nosso colégio. Ao todo, foram 16 candidaturas – 7 para Câmara Federal e 9 para um assento na ALEPE. Nesse nosso micro universo, por assim dizer, nessa ocasião (2022), apenas 4 postulações conseguiram mandatos eletivos.

O processo político/eleitoral não é algo simples. Na esmagadora maioria das vezes, para “abocanhar” uma vaga nessa concorrida disputa,  faz-se necessário uma conjugação de fatores e variáveis quase sempre indisponíveis à maioria dos que a deseja.

Pois bem, no mundo mágico e dinâmico da atividade política existe  também as chamadas “leituras eleitorais”, ou seja: mensagens e recados enviados pelo eleitorado. Aquilo que os cientistas políticos chamam de “vitória política”.

Nesse contexto, atinentes aos últimos números e numa interface com outras informações, logo entenderemos que algumas  das  candidaturas da nossa cidade (não eleitas), a meu juízo,  obtiveram sonoras  e robustas consagrações. Iniciemos com  Socorrinho da APAMI. Aos fatos:

Fora de “combate direto nas urnas” há mais de 4 décadas, a diretora da “Antiga Maternidade”, nesse pleito (2022), materializou-se num verdadeiro “animal político”. Não à toa, “acordou” a famosa “pantera cor de rosa”: apelido dos tempos que disputou o cargo para prefeita da cidade.

Na partida da sua campanha, Dona Socorrinho chegou a ser até ridicularizada por alguns atores políticos locais, mas, no desenrolar da disputa, não obstante os seus 80 anos de vida, a mesma demonstrou vitalidade de iniciante. Na rua,  ela  foi “comendo pelas beiras”, como se diz no popular,  e conseguiu  empolgar parcela importante do eleitoral antonense, inclusive, saindo das urnas com uma expressiva votação,  tanto no estado (24.966 – 0,50%) quanto  no colégio eleitoral local (15.726 -20.83%). Definitivamente, para o jogo que será jogado em 2024, o nome da “Pantera Cor de Rosa” ganhou tonalidade.

Outro nome que merece ser destacado, até pelo conjunto dos resultados,  extraídos das urnas nos últimos 8 anos, é o do vereador André Carvalho. Doutor em comunicação e totalmente sintonizado com as redes sociais, André é um ator político em plena curva ascendente. Vejamos os seus últimos resultados  – detalhe: apenas para deputado estadual:

2014 – 2.086 votos no estado (0,05%)   –  1.392 votos em Vitória (1,98%).

2018 – 9.087 votos no estado (0,20%)   – 5.991 votos em Vitória (8,98%).

2022 – 12. 502 votos no estado (0,24%) – 8.345 votos em Vitória (11,44%).

Respeitado pela população e admirado pelos formadores de opinião da cidade, André, com a sus chegada a partir de janeiro de 2021,  imprimiu na Casa Diogo de Braga uma marca própria. Ou seja: entre outras coisas, cumprir o seu verdadeiro papel – fiscalizar o dinheiro público. Indiscutivelmente,  o nome do parlamentar André Carvalho, hoje, na “Republica das Tabocas”, se configura em seriedade e coerência, algo raro na fauna política da atualidade.

Completando essa trinca de nomes que merece destaque no xadrez político local, e não menos importante, realcemos à figura do médico e vereador Doutor Saulo. Além do parlamento local, ele já exerceu o cargo de vice-prefeito (2017/2020) e também já se candidatou ao cargo de deputado federal. Em 2022, disputou uma vaga na ALEPE.

Deputado federal – 2018 – 11.142 votos no estado (0,26%) – 6.910 votos em Vitória (10,52%)

Deputado estadual – 2022 – 7.917 votos no estado (0,16%) – 5.916 votos em Vitória (8,11%).

Com perfil discreto e sem rompantes, sempre pautando sua trajetória política pelo caminho do centro equilibrado, Doutor Saulo já demonstrou que tem sua fatia própria no disputado mercado do voto local.  Com alto índice de conhecimento pela  população, se bem trabalhado, no sentido de ser o candidato do consenso das oposições, o doutor, sem sobra de dúvida, seria a melhor opção para disputar o cargo de prefeito em 2024. Diga-se de passagem:  com chances reais de ir buscar a vitória.

Com essas linhas, conforme me comprometi, encerro essa sequência de postagens,  realçando os resultados das  eleições 2022, no âmbito local,  em que procurei fazer uma leitura abreviada dos respectivos lances políticos e eleitorais. Evidentemente que na política não existe espaços vazios e tudo poderá mudar num piscar de olhos, até porque a vida uma caixinha de surpresas.

Deputada federal Iza Arruda: mais uma vitória do prefeito Paulo Roberto!

Em matéria postada em nosso blog, recentemente,  pontuei que todos os prefeitos da Vitória de Santo Antão do século XXI, enquanto gestores da Capital da Zona da Mata, não mediram esforços para ampliar o seu “grupo político familiar”. Cada qual  ao seu modo e estilo  promoveu   e ampliou  o seu o raio de atuação política no estado, representado na figura e no sobrenome familiar.

O Zé do Povo, por exemplo,  elegeu o então vereador Aglailson Júnior ao cargo de deputado estadual. Os outros três prefeitos  seguintes – Elias Lira, Aglailson Júnior e Paulo Roberto -, produziram e promoveram seus respectivos rebentos ao status de “lideranças estaduais”. Vale lembrar que os três primeiros (prefeitos) já haviam ocupados espaços no parlamento estadual, diferentemente  do Paulo que, no cenário estadual político,  apenas havia disputado uma vaga de deputado federal, conseguindo assim  abrir um “espaço novo”,  nesse caso,  para  a filha na Câmara Federal – tornando sua empreitada política ainda mais destacada.,

A vitória eleitoral da filha do prefeito Paulo Roberto ao cargo de deputada federal, no último pleito (2022), sem sombra de dúvida, recolocar nossa cidade no grande debate da geopolítica pernambucana. Atualmente temos três deputados estaduais e na próxima legislatura – além dos mesmos três –  teremos  também uma deputada federal. Isso não é pouca coisa. Não custa lembrar que cidades importantes como Caruaru e Petrolina (em  2022) perderam representatividade nas duas casas legislativas.

Para facilitar o trabalho dos historiadores – no futuro –, no sentido da “leitura” dessa  contundente e expressiva vitória nas urnas da postulante Iza Arruda, onde a mesma ultrapassou a robusta marca dos 100 mil votos no estado (103.950 – 2,08%), devemos ser justos e ampliar o contexto em que ela (vitória) ocorreu.

Neófita na atividade, a jovem senhora Iza Arruda foi uma aluna aplicada. No processo de construção do “personagem político” a mesma demonstrou uma competência sus generis, auto conhecimento e a melhor de todas as habilidades, ou seja: capacidade de transformação pessoal e adaptação ao novo e impiedoso cenário político. No mais, todos os louros pelo êxito eleitoral,  deverão ser creditados ao seu pai, o prefeito Paulo Roberto.

Do ponto de vista político eleitoral, Paulo demonstrou uma  capacidade logística acentuada,  mesmo tropeçando inicialmente na escolha do “seu governador”. Em 2018, ao entrar nessa mesma disputa (deputado federal) – conseguindo a 2ª suplência no partido (40.742 – 0,92%)  –   Paulo  já havia demonstrado  um forte perfil no quesito competividade.

Sim! Mas como um candidato competitivo poderia repassar – 4 anos depois – mais do que o dobro dos votos que recebeu? É aí que devemos ser justos,  mais uma vez!

Na política existe uma palavra que vai muito além da sua tradução semântica, ou seja: estrutura. Essa é palavra “mágica” e o principal combustível para uma campanha estadualizada, isto é: abre portas de gregos e troianos, dos amigos e inimigos, dos conhecidos e desconhecidos…e etc.

Não podemos ser ingênuos ao ponto de imaginar que lideranças de outras cidades (“cobras criadas”)  mergulharam na campanha da ilustre desconhecida Iza Arruda apenas por encantamento ao seu discurso, ou mesmo por acreditarem que suas respectivas cidades seriam agraciadas por um motão recursos do Governo Federal. Não! Não é bem assim que as coisas acontecem nesse mundo próprio da política…

Mas independente de qualquer coisa a vitória eleitoral e política aconteceram. E isso é  uma sinalização importante para e também ao  eleitorado antonense, no sentido do próximo pleito municipal, no qual  o atual prefeito deverá se colocar como candidato à reeleição. Mas enquanto 2024 não chega,  do ponto de vista da política estadual e federal,  acredito que pelo menos duas mudanças deverão acontecer:

1ª – os recursos e a atenção, provenientes do mandato de deputada federal Iza Arruda, obrigatoriamente deverão ser aplicados de maneira proporcional ao mapa geopolítico da sua votação, ou seja: algo em torno de 30% só em Vitória. Lembremos que foi na República das Tabocas que a mesma fora agraciada com 42,37% dos votos válidos (31,987) ou cerca de 30% do total da sua votação.

2ª – inevitavelmente, com a vitória de Iza e a não reeleição do atual deputado federal e presidente do MDB estadual, Raul Henry, o comando do partido deverá ser compartilhado com os atores locais, ou seja: o prefeito Paulo Roberto e o presidente municipal da sigla, Alexandre Ferrer.

Portanto, essas são algumas das minhas impressões quanto ao resultado do último pleito, no que se refere à dilatada vitória nas urnas da deputada federal Iza Arruda. Desejamos a mesma e aos que com ela deverão trabalhar, serenidade e sucesso!

A PEC das domésticas – por historia_em_retalhos.

Há 09 anos, em abril de 2013, era aprovada a Emenda à Constituição que estendeu aos domésticos os mesmos direitos já garantidos aos demais trabalhadores regidos pela CLT.

À época, setores da sociedade brasileira reagiram à proposta de equiparação, sob os mais variados argumentos.

Dizia-se que as domésticas não faziam jus a tais direitos, por vivenciarem um regime de trabalho diferenciado, dentro da casa do patrão.

Também, afirmava-se que esse avanço social poderia representar o fim de empregos, sendo melhor manter-se a relação fragilizada que já existia.

Nove anos depois, nada disso confirmou-se e o argumento econômico para impedir o reconhecimento de direitos mostrou-se falacioso.

Na verdade, este tratamento discriminatório dispensado às domésticas tem a sua origem no passado escravocrata que permeou as relações sociais neste país, por mais de 300 anos.

Sob a égide deste regime, o trabalho da escrava doméstica incluía, além dos serviços de limpeza, os serviços de cozinha e costura, a condição de ama de leite e, ainda, escrava sexual de seus senhores, um conjunto de domínios sobre o corpo da mulher negra que culminou na figura das mucamas.

Com um imenso e lamentável atraso histórico, a equiparação chegou.

Mais do que um avanço, a PEC das domésticas pôs fim a uma era de desigualdades, promovendo maior profissionalização e valorização destes trabalhadores.

Tudo em pratos limpos.

Preto no branco.

Sem diferença.
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A Carta Cidadã – por historia_em_retalhos.

“Não é a Constituição perfeita, mas será útil, pioneira, desbravadora. Será luz, ainda que de lamparina, na noite dos desgraçados.”
Ulysses Guimarães

Aviltada e ameaçada, constantemente, a Carta Cidadã de 1988 é o maior escudo de proteção do cidadão comum contra qualquer forma de arbítrio.

Defenda a Carta democrática de 1988 e o Estado Democrático de Direito em qualquer circunstância.

Os autoritários pensam apenas em si e nos seus.

05 de outubro: data da promulgação da Constituição Federal de 1988.
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OS AZULEJOS FRANCESES – por Marcus Prado.

OS AZULEJOS FRANCESES do século 19 da Casa e Jardins da Fundaj/ CAMPUS CASA FORTE, têm uma história que vou dizer em artigo para DP, a partir de textos famosos de Gilberto Freyre, Mauro Mota e Joselice Jucá, autora do melhor livro até hoje sobre a história da Fundação. A produção fotográfica já soma mais de 100 peças feitas com equipamento de ponta, inclusive com fotos noturnas.

Marcus Prado – jornalista. 

João e Lourdinha – 62 ano de casados….

No domingo da eleição – 02 de outubro de 2022 -, por ocasião de um encontro familiar, encontrei-me com o querido casal João e Lourdinha Álvares. Bom de papo, “Seu” João é dessas pessoas que estão sempre atualizadas sobre quase  tudo que repercute na grande imprensa. E quando o assunto é sobre os fatos e eventos históricos da Vitória de Santo Antão, por exemplo, ele, literalmente,  esquece da hora. Em ato contínuo,  o mesmo acrescentou: “hoje, Pilako, estamos completando 62 anos de casados”. Assim sendo, fiz questão de registrar,  em fotografia,  o momento. Parabéns ao casal pelos muitos  exemplos à sociedade.  

Deputados reeleitos – Joaquim, Aglailson e Henrique : e agora?

Passado o primeiro momento do encontro do eleitor com a urna, agora, é tempo de recompor as estratégias. Às campanhas majoritárias que ainda estão no front,  visando o embate final, seguem trabalhando firme, no ataque e na defesa. Eleição em segundo turno, dizem os entendidos, “é outra eleição”.

Cidade com tradição política, Vitória de Santo Antão, conseguiu manter sua representação na ALEPE – Assembleia Legislativa do Estado. Reelegeram-se os nossos três deputados  estaduais e ainda enviamos, após várias décadas de orfandade, uma  representação  para Brasília, no caso  em tela, a deputada federal Iza Arruda.

Antes, porém, devemos jogar um feixe deluz no pífio resultado obtido no nosso colégio eleitoral pelo postulante ao governo, Danilo Cabral – o candidato do governador Paulo Câmara.  Os 7.202 votos por ele,  aqui, alcançados  – que correspondem a 10,10% dos votos válidos – é a prova inequívoca que os três tradicionais grupos políticos locais – todos vinculados ao Palácio e com benefícios pessoais – protagonizaram uma das maiores covardia política já registrada em nossa terra.

Pois bem, nesse momento, focando apenas na reeleição dos três deputados – Joaquim Lira, Aglailson Victor e Henrique Queiroz Filho – podemos dizer que os mesmos conseguiram alcançar suas respectivas metas  eleitorais (eleger-se), contudo, politicamente e eleitoralmente falando, suas excelências não se saíram tão bem assim.

Num primeiro plano político, por assim dizer, seus respectivos partidos foram “jogados” no campo oposicionista – lembremos  que nenhum dos três,  até então,  havia  feito parte desse time (oposição)  em nível estadual.

O deputado Joaquim Lira, por exemplo, exercerá o seu novo mandato, a partir de 2023, sem um partido para chamar de seu, ou seja: atualmente integra a bancada do  PV (Partido Verde), mas que será, na prática, comandado pela turma do PT e do PCdoB, em função da federação à qual está inserido.

Joaquim Lira, por exemplo, a qualquer momento, poderá ser intimado  a vestir  o boné vermelho dos “Sem-Terra” e defender invasões às propriedades rurais privadas.

Com relação ao resultado da sua primeira disputa (2014),  o deputado Joaquim Lira vem perdendo  musculatura eleitoral (nominal e proporcional),  tanto no estado quando no seu principal reduto político – Vitória de Santo Antão. Vejamos:

2014 – 67.584 votos no estado (1,74%) – 27.701 votos em Vitória (39,42%).

2018 – 56.584 votos no estado (1,25%) – 14.333 votos em Vitória (21,48%).

2022 – 48.293 votos no estado (0,96%) – 13.968 votos em Vitória (19,16%).

Lembremos que na sua primeira eleição (2014) o seu pai, Elias Lira, então prefeito da cidade, segundo relatos,  azeitou a “máquina pública” para moer  em seu favor. Vale lembrar, também,  que logo após o pleito (2014) a “vassoura da ingratidão” varreu parte significativa dos cargos comissionados da prefeitura. No pleito seguinte (2018), sua votação  no estado encolheu e na cidade  da Vitória despencou. Em 2022, mesmo tendo sua campanha “colada” ao prefeito Paulo Roberto não conseguiu fazer crescer  sua votação em Vitória, muito menos no estado.

Já o atual desempenho eleitoral do deputado Aglalilson Victor,  comparando os números  das  duas disputas (2018/2022), observamos que o mesmo  não  foi tão impactado   em nível estadual,   com a perda do comando da prefeitura local. Mas em relação à votação na Vitória, tal qual o Joaquim (2014/2018), também teve seus sufrágios reduzidos drasticamente. Ou seja: ter um pai, na qualidade de principal cabo eleitoral,  sentado na cadeira de prefeito, não faz mal a ninguém…..   Vejamos:

2018 – 64.763 votos no estado (1,44%) –  14.694 votos em Vitória (22,02%).

2022 – 64.714 votos no estado (1,29%) –  8.779 votos em Vitória (12,04%).

Realcemos que a operação “pula-pula” de última hora dos “Querálvares” não lhes renderam  a visibilidade esperada. Antes, prestigiado pela cúpula do PSB, o deputado Victor  chegou  ao cargo de vice-presidente da Assembleia, doravante, após esse “desvio” partidário, o mesmo,  possivelmente,  será tratado no seu próprio partido como uma espécie de produto avariado.

Dos três deputados da nossa terra, reeleitos em 2022, o único que somou mais sufrágios  no estado – em números reais e proporcionais – foi o deputado Henrique Queiroz Filho.

No entanto, mesmo com o reforço na cidade da boa atuação do vereador Carlos Henrique (seu irmão) ele amargou uma queda em torno de  30% da sua votação na sua cidade (Vitória), caindo para o 5º lugar no ranking local. Segue os números:

2018 – 35.672 votos no estado (0,79%) – 5.209 votos em Vitória  (7,81).

2022 – 43.822 votos no estado (0,87%) – 3.683 votos em Vitória (5,05%).

No quesito “composição partidária estadual” o partido ao qual o deputado Henrique Queiroz Filho pertence (Partido Progressista), em relação aos demais deputados locais, certamente terá mais mobilidade na próxima legislatura, tanto na composição da Casa (Assembleia) quanto no relacionamento com o Palácio, independente da governadora que vier a ser eleita no próximo dia 30 de outubro.

Para concluir essas linhas, em que fizemos uma abreviada leitura dos últimos resultados eleitorais, relacionada aos três deputados  da Vitória,  reeleitos, podemos dizer que em política o futuro sempre será um grande mistério, até porque, como sabemos, suas excelências são animais dotados de uma metamorfose própria e com um raro poder de transformação,  tanto na fala quanto nas atitudes,   no que se refere ao instinto de sobrevivência política.

Portanto, fica-nos a impressão que aquele sentimento que já ganhou corpo na sociedade antonense e verbaliza-se na frase que diz  “que temos três deputados e é mesmo que não ter nenhum”, na prática, começa materializar-se nas urnas, ou seja: na expressão real do eleitor – todos obtiveram menos votos na sua própria cidade. 

Mas adiante, em outra ocasião, falaremos dos candidatos a deputado estadual da nossa cidade que não lograram êxito eleitoral. 

O batismo do Velho Chico – por historia_em_retalhos.

Em 04 de outubro de 1501, uma expedição comandada pelo navegador florentino Américo Vespúcio e pelo português André Gonçalves chegava à foz de um enorme rio.

Pelo fato de a data ser dedicada ao santo italiano de Assis, protetor dos humildes e da natureza, os exploradores decidiram denominar aquela imensa corrente de água doce com o nome de “Rio São Francisco”.

Era o batismo do Velho Chico!

Com o passar dos anos, o rio acabou recebendo outras designações espontâneas, tais como:

– “Rio das Borboletas”

– “Rio da Integração Nacional”: por ser navegável em mais de 80% de sua extensão e correr apenas em solo brasileiro, por cinco estados diferentes.

– “Rio dos Currais”: por causa da criação de gado em suas margens.

– “Nilo Brasileiro”: por banhar áreas inóspitas, de solo estéril, possibilitando a irrigação para a subsistência do povo sertanejo.

Os índios o chamavam de Opará, que, em tupi, significa “rio-mar”.

Penedo, no atual estado de Alagoas, foi o primeiro núcleo povoador de suas margens.

Em verdade, o Velho Chico é protagonista de muitas vidas e histórias.

Além de fazer parte da memória afetiva de muitos brasileiros, inspira e ainda garante o sustento de milhares de famílias.

Navegar pelo São Francisco é como passear pela história do Brasil.

Viva o Velho Chico!

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