A Casa mais olindense de Olinda – por Marcus Prado.

Já imaginou conhecer cada cantinho (e sua fascinante história) de uma das Casas mais olindenses e ilustres de Olinda, senão de Pernambuco, a Casa da Rua de São Bento, que pertenceu ao herói da Restauração Pernambucana, João Fernandes Vieira? Um dos sobrados mais antigos e preservados da cidade Patrimônio Cultural da Humanidade, hoje de propriedade do escritor, ficcionista, biógrafo, acadêmico da APL, Cláudio Aguiar, e que teve como seu antigo dono e morador o escritor e acadêmico da ABL, Joaquim de Arruda Falcão. O sobrado foi tombado em nível federal pelo IPHAN como Patrimônio Histórico e Artístico de rigorosa preservação. Não conheço em Olinda outro imóvel com tamanho esforço de preservação.

Quem sobe a colina de acesso ao Mosteiro de São Bento, vindo do Palácio dos Governadores, o olhar atento para o último sobrado do lado direito dessa Rua, terá o mesmo gosto experimentado pelo monarca Dom Pedro II quando esteve com a sua comitiva em visita à Marinho dos Caetés, em 1859. A mesma Rua que foi de Edson Nery da Fonseca, Gilvan Samico, Ormindo Pires Filho e de tantos religiosos educadores beneditinos que ficaram na história. A rua mais visitada por milhares de turistas que passam por Olinda todo ano, onde se ouve o mais belo tocar de sinos do sítio histórico. Não tem erro: na parte cimeira do sobrado há uma placa histórica informando que João Fernandes Vieira habitou e faleceu naquele imóvel. A placa foi fixada pela primeira vez, em 1865, pelo Instituto Arqueológico Histórico e Geográfico Pernambucano (IAHGP), responsável pela luxuosa edição do livro. Placa inspirada num pedido de Dom Pedro.

Não foi por acaso que a visita imperial privilegiava no seu roteiro pernambucano os lugares emblemáticos da nossa história. Em Olinda a sua escolha foi para o Mosteiro de São Bento e a Casa do Mestre de Campo e herói João Fernandes Vieira, ele que ficou conhecido como um dos mentores da Insurreição Pernambucana (1645-1654), que culminou com a expulsão dos holandeses das nossas terras depois das batalhas do Monte dos Guararapes. Sem esquecer a do Monte das Tabocas, em Vitória de Santo Antão, desafiadora e heroica, que teve como seu historiador o saudoso mestre José Aragão.

Conhecedor da história de Pernambuco como raros do seu tempo e dos feitos heroicos do morador dessa Casa, o monarca que amava fotografar, fez questão de ali se demorar na calçada cujos tijolos e pedras ainda são do seu tempo, as chamadas “Pedras do Reino”. Ainda hoje, diz o autor, “podem ser vistas dezenas de “Pedras do Reino” colocadas em toda a extensão lateral da calçada (…)”

Tudo isso e mais ainda é narrado com detalhes minuciosos numa bem conduzida escrita e pesquisa histórica, que acaba de sair do prelo, numa edição de luxo, capa dura, bilíngue: A Casa de João Fernandes Vieira, o Restaurador de Pernambuco, de Cláudio Aguiar, conhecido por sua vasta obra literária e prêmios como o Jabuti, pela dedicação ao patrimônio histórico de Pernambuco, assim como pela sua elogiada atuação durante vários anos à frente do PEN CLUBE do Brasil, com sede no Rio de Janeiro. No elogioso prefácio de Arno Wehling, da ABL e confrade de Claudio Aguiar no Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (RJ), foi dito que “o autor bem atendeu aos requisitos ditados por Gilberto Freyre: a obra é biografia e sociologia, além de ser, igualmente, um belo exercício de história cultural, associando memória social e cultural”. De sua parte, mestre Reinaldo Carneiro Leão, Secretário Perpétuo do Instituto Arqueológico e Histórico Pernambucano, num dos seus melhores textos como historiador, nos diz, no Prefácio, que o livro de Cláudio Aguiar muito provavelmente surge para a melhor compreensão do herói da Restauração Pernambucana”. O autor por certo já conta com esse livro para as bases de sustentação da futura Casa olindense de muitos saberes culturais que pretende criar, tendo como sede a Casa de Vieira e como moldura, além das particularidades das suas dependências, feitas para durar séculos, o espaço público do entorno do sobrado. Um entorno preservado, que cumpre as leis internacionais de Tombamento histórico. Um lugar de se poder desfrutar do mais belo amanhecer da cidade. É um livro de notável e perceptível importância na melhor historiografia brasileira do nosso tempo. Ostenta um polo de enorme atração como leitura cristalizada no domínio da arte de escrever e pesquisa. O livro, dedicado a Célia, mulher do autor, reúne fotos temáticas de minha autoria, de J. Francisco e Ítalo Didot. A versão em inglês é de Tereza Christina Rocque da Motta.

Marcus Prado – jornalista. 

Genário do Cavalo é federal……

Em recente encontro com amigo Genário – O Menino do Cavalo -, no Pátio da Matriz, o mesmo confirmou  que pretende disputar, em 2022, um mandato de deputado federal. Já bastante conhecido do eleitor vitoriense, Genário é desses candidatos que tem “política” nas veias.

Filiado ao PRTB, Genário já definiu seus candidatos: Jair Bolsonaro (PL) para presidente, Esteves Jacinto (PRTB) para o governo estadual e para o senado Viviane Andrade (PRTB). Desde já, desejamos boa sorte ao amigo Genário.

Doutor Gil – lança pré-candidatura a deputado estadual no domingo!!!

Se colocando como opção para representar Vitória na ALEPE – Assembleia Legislativa de Pernambuco -,  Doutor Gil, em evento, no próximo domingo, efetivará sua pré-candidatura a deputado estadual.  Fazendo um contraponto aos tradicionais grupos políticos locais, o mesmo se filiou ao Partido União Brasil, que também investe no fortalecimento do nome do  ex-prefeito de Petrolina, Miguel Coelho  no sentido da disputa majoritária ao Palácio do Campo das Princesas.

Serviço:

Evento: lançamento da pré-candidatura a deputado estadual do Doutor Gil.

Local: Espaço Maçã Verde – bairro do Livramento.

Dia: 03 de julho (domingo)

Horário: 15h.

O assassinato do promotor de Justiça Manoel Alves Pessoa Neto – por historia_em_retalhos.

Manoel Alves Pessoa Neto era promotor de Justiça em Pau dos Ferros/RN, município do alto oeste potiguar, distante 389km de Natal.

De postura independente, exercia as suas funções com correção e esmero.

Um trágico fim, porém, encerrou a sua missão, com uma grave e inusual particularidade: tudo aconteceu a partir da porta ao lado de seu gabinete.

Ao seu lado, trabalhava o juiz Francisco Pereira de Lacerda.

Francisco era investigado por irregularidades na condução do fórum de Pau dos Ferros e Manoel seria testemunha de acusação, contra o magistrado, após denúncia realizada por advogado local.

Em 08 de novembro de 1997, o pistoleiro Edmilson Pessoa Fontes adentrou armado às dependências do fórum.

Primeiro, atingiu o vigilante Orlando Alves Mari, que morreu na hora.

Na sequência, foi até a sala do promotor e atirou contra este várias vezes.

O representante ministerial foi alvejado enquanto estava em seu gabinete, trabalhando, em um dia de sábado.

Mesmo baleado, Manoel deixou o local em seu carro, conseguindo dirigir até a pousada onde estava hospedado para pedir socorro.

Infelizmente, não resistiu e morreu.

O pistoleiro foi réu confesso do crime, admitindo ter matado o promotor a mando do juiz da cidade.

O juiz Francisco Lacerda jurou inocência até o fim, mas foi condenado a 35 anos de prisão no dia 16 de agosto de 1999.

O ex-soldado da PM Wilson Pereira, cunhado do juiz Lacerda, também foi condenado, como outro mandante do crime, a 31 anos e 06 meses de prisão, em 2021.

Este triste fato é considerado a maior tragédia da história do MPRN.

Como reflexos de sua ocorrência, em 2003, foi criado o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e, em 2010, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do MPRN.

Na sede da instituição, há um memorial em homenagem a Manoel Alves, inaugurado em dezembro de 2012.

Manoel é mais um caso de alguém que tomba em serviço nesse país por simplesmente cumprir o seu dever.
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Com a presença do pré-candidato a governador, Miguel Coelho, o conterrâneo Doutor Gil lança pré-candidatura a deputado estadual.

Filiado ao Partido União Brasil, o advogado antonense e pré-candidato a deputado estadual Doutor Gil, juntamente com a equipe do também pré-candidato ao governo do Estado de Pernambuco, Miguel Coelho, estão promovendo um evento político na nossa cidade.

Programado para o próximo domingo, dia 03 de julho, o encontro ocorrerá no espaço “Maçã Verde”, localizado na Praça Padre Felix Barreto, 209, no bairro do Livramento. O inicio das atividades dar-se-á às 15h.

Na ocasião, será ratificada a pré-candidatura a deputado estadual do conterrâneo Doutor Gil, assim como apresentação do também pré-candidato a deputado federal Marcos Amaral, com quem  o “doutor” pretende “dobrar” na nossa cidade. Em ato contínuo, o ex-prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, na qualidade de aposta do partido para ocupar a cadeira mais importante do Palácio do Campo das Princesas, explanará sobre o seu plano de governo.

Serviço:

Evento: lançamento da pré-candidatura a deputado estadual do Doutor Gil.

Local: Espaço Maçã Verde – bairro do Livramento.

Dia: 03 de julho (domingo)

Horário: 15h.

Quem será o sucessor de dom Fernando Saburido? – por Marcus Prado.

Dom Fernando Saburido anunciou pedido de renúncia ao cargo de arcebispo de Olinda e Recife, ao papa Francisco, por limite de idade, 75 anos, segundo o cânon 401 do Código de Direito Canônico. A Arquidiocese de Olinda e Recife deve celebrar o tempo pernambucano e recifense do nosso pastor pelo legado que deu certo, rendendo graças a Deus por todos os anos dedicados à evangelização, um trabalho coroado de ações repletas de frutos espirituais. Aonde dom Saburido for será sempre identificado como o bispo do sorriso e dos abraços. Levará consigo o dom da cordialidade, da simpatia, do acolhimento, do diálogo, o jeito todo seu de colocar em prática, com simplicidade, a necessidade de um apostolado, compreendendo que todo homem tem sede de Deus, segundo o Salmista, e que, na voz de Spinoza, só há uma substância, que é Deus.

Quem será o substituto do nosso querido dom Saburido na missão, complexa e multiforme, da Igreja numa diocese como a nossa? Creio que o papa Francisco será inspirado por seus anjos iluminados, de longas asas brancas, na escolha daquele que será o nosso pastor, nesse tempo de perdas de fé, de abandono e troca de crença por certas “agremiações”, com fachadas religiosas, acusadas de crimes financeiros, como lavagem de dinheiro ou fraude. Todas historicamente impunes.

Inspiro-me no ideário do cardeal português José Tolentino de Mendonça, autor de um livro de grande valor Elogio da Sede, ele que é teólogo, ensaísta e poeta (considerado uma das vozes mais originais da literatura portuguesa contemporânea), que nos mostra a identidade da Igreja nos tempos modernos. A Igreja, segundo ele, não deve estar alheia ao cenário de dor e desamparo, bem como aos riscos ideológicos. À despersonalização, ao pluralismo relativista e de grande instabilidade e insegurança, que deram origem a um individualismo egoísta. A Igreja deve estar atenta a este cenário e como tal deve advertir e aconselhar. Ao papa Francisco não faltará, na escolha, a recomendação da Regula ad Servos, de Santo Agostinho, endereçada à comunidade monástica do convento de Hipona, para crença nas virtudes do cristianismo primitivo: caridade, unidade, apostolado. Sem esquecer as Regras de São Basílio destinadas aos bispos de sua época: caridade e o carisma, um dom gratuito do Espírito Santo.

Como será o bispo de um novo tempo na Arquidiocese de Olinda e Recife? Torço para que, em comunhão de todos, não só católicos, o Vigário “grande pastor das ovelhas” (Hb 13,20) tenha por horizonte o trabalho de enfrentamento às dificuldades.

Que traga um olhar novo, na continuidade inspiradora do seu antecessor, de evangelização e conforto nesta hora em que milhares de pessoas estão passando fome, não só nesta diocese.  A fome no Brasil avança e atinge, em dois anos, mais nove milhões de pessoas. Em Pernambuco o sofrimento é de tremenda preocupação.  “A maioria dos homens vive uma vida de desespero, espanto e dor”, escreveu Henry Thoreau, nas memórias de seu exílio às margens do Lago Walden, por volta de 1845. É preciso que o encantamento da palavra consoladora bata na porta de cada um, dizia Thoreau. Cumprindo a alegria missionária, digo eu.

Pelo novo arcebispo, que não deve deixar de ter o seu perfil no Instagram, no Facebook, no Twitter e até no Spotify, que deve escolher o seu time pernambucano de futebol e vestir a camisa da Seleção, já estou torcendo. Toda comunidade católica estará por certo aberta para recebê-lo. O seu perfil, segundo a Sagrada Ordem dos Bispos, como pastor da Igreja, pastor de um inumerável rebanho, junto com os presbíteros e diáconos – os seus colaboradores – será anunciar com todo o empenho o Evangelho de Deus.  Será um arauto da fé. Contudo, nos diz Lucas Antônio Pinatti, um estudioso do clero, a simples presença de um sucessor dos apóstolos deve também ser um reflexo vivo da palavra divina que anuncia, pois só desta forma fará brotar as sementes da palavra. A esse propósito exortava São Paulo: “Prega a palavra, insiste oportuna e importunamente, repreende, ameaça, exorta com toda paciência e empenho de instruir. Sê prudente em tudo, paciente nos sofrimentos, cumpre a missão de pregador do Evangelho, consagra-te ao teu ministério” (2 Tim 4,2.5).

 

 

 

Marcus Prado – jornalista. 

 

Por que a data 28 de junho foi definida como o Dia do Orgulho LGBTQIA+? – por historia_em_retalhos.

A motivação tem razões históricas.

Em verdade, a escolha deve-se à chamada “Rebelião de Stonewall”, que aconteceu em Nova York, no dia 28 de junho de 1969, que se tornou um símbolo da luta contra a opressão sofrida pela comunidade LGBTQIA+.

O bar Stonewall Inn fazia parte da cena gay de Nova York, que era conhecida, porém velada.

Em fins dos anos 60, relacionar-se com alguém do mesmo sexo ou vestir-se de forma “inadequada” poderia resultar até em prisão.

Vários bares haviam perdido as licenças de comercialização de bebidas apenas por servirem pessoas com este perfil, sendo comum clubes noturnos funcionarem ilegalmente.

Atos repressivos eram frequentes.

Some-se a isso o clima de irresignação que permeava a sociedade americana.

Muitos movimentos sociais encontravam-se em plena efervescência, só para citar: o movimento dos afro-americanos, o movimento feminista, a contracultura dos anos 60 e as manifestações contra a Guerra do Vietnã.

Naquela noite, o público de Stonewall simplesmente resolveu reagir aos abusos praticados pela polícia.

Os frequentadores do bar começaram a atirar moedas, latas de cerveja e garrafas contra o efetivo policial, que respondeu com violência.

Com o tempo, a multidão foi ficando cada vez maior e a polícia mostrou-se incrédula com o fato de os homossexuais, normalmente passivos e aquiescentes, estarem gritando “poder gay”.

Pelo ineditismo, Stonewall foi um divisor de águas.

Em uma época em que a homossexualidade era definida como uma doença mental e que podia levar à cadeia, uma multidão diversificada resolveu não baixar a cabeça, mudando, aos poucos, a perspectiva do ativismo LGBT pelo mundo.

De Stonewall até os dias de hoje, amar livremente continua sendo um ato de resistência.

Diga NÃO à homofobia.
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UM INESQUECÍVEL PRESENTE – por Sosígenes Bittencourt.

A vida é dureza e fantasia, remédio para tristeza é alegria. Se possível fosse extrair ultrassonografia de minh’alma, ver-se-ia a felicidade, ao receber este mimoso presente, de sabor, tom e gosto lusitano, confeccionado por Almeida Garret, o seu Romanceiro, de 1843, já arquivado no relicário do meu coração. A dádiva me foi concedida pela gentileza do casal Paulinho Lima e Dra. Ana Regina, esses amorosíssimos meninos do meu tempo. Permitam-me, portanto, praticar a Virtude da Gratidão: palmas, ovação e muito obrigado!

Sosígenes Bittencourt

 

Corrida do Milho da Vitória aconteceu no domingo….

Sob a coordenação da equipe do  amigo Davi Corredor, aconteceu na manhã do domingo (26) mais uma edição da “Corrida do Milho”. Em décadas passadas, o sempre atuante e baluarte nessa modalidade  em Vitória, Jucival Amorim, foi quem criou o evento, alusivo ao “milho”, sempre realizada nos festejos juninos.

Pois bem, com corredores da Vitória e de cidades da região a concentração do evento teve inicio às 6h e  largada por voltas das 7h. A saída/chegada,  com percurso de 6km pelas principais vias, ocorreram na Praça Leão Coroado.

Com premiação para os primeiros colocados, tanto no masculino e feminino, o evento também condecorou com troféu os ganhadores por faixa etária. Todos os corredores, receberem medalha de participação.

A corrida de rua vem avançando  no Brasil e se transformou no esporte mais democrático. Até mesmos nas cidades longes dos grandes centros urbanos. Pessoas das mais diferentes classes sociais e com idades diferentes – de 8 a 80 anos – conjugam os prazeres e os benefícios que a atividade proporciona, de maneira contínua e crescente.

Parabéns aos organizadores do referido evento.

Corrida Com História – Hecatombe do Rosário – 142 anos.

Dentro do nosso Projeto “Corrida Com História” que, entre outros objetivos,   nos propomos a

compartilhar informações históricas sobre o nosso torrão, hoje, 27 de junho de 2022, alardeamos a passagem dos 142 anos do trágico acontecimento que ficou catalogado na história politica nacional como a “Hecatombe do Rosário”.

Por ocasião  da consolidada rivalidade nacional e alguns “fatos novos” entre as duas agremiações partidárias – Conservador  e Liberal  -,  na terra de Santo Antão,   o processo eleitoral fez a  “temperatura” política subir por aqui. Naquele tempo, a votação ocorria dentro das igrejas – vivíamos, ainda, no Brasil Império.

Funcionando como “Matriz”, por conta da construção da terceira igreja dedicada a Santo Antão (o prédio atual), a Igreja do Rosário, um dia antes da eleição,  testemunhou umas das cenas mais tristes da nossa história. Um embate político que deixou um saldo de 16 mortes e inúmeros feridos. Dentre os quais, quadros de alta patentes, socialmente e politicamente falando.

O tempo passou e a nossa cidade, no campo politico,  continua tendo disputas eleitorais acaloradas. Quais e quantas lições deveremos aprender,  com episódio como esse? Vale a pena refletir…..

Veja o Vídeo Aqui.

https://youtube.com/shorts/z55va64wBug?feature=share

 

Gilberto Gil e a sua Drão – por historia_em_retalhos.

Esta é Sandra Gadelha, carinhosamente chamada de “Drão”, a terceira esposa de Gil e musa inspiradora de uma de suas canções mais belas, “Drão” (1982).

Gil e Sandra começaram o namoro em 1968, em pleno movimento Tropicalista.

Em dezembro, Gil e Caetano foram presos devido à decretação do AI-5, auge da ditadura militar.

Então, pouco tempo depois, os dois decidem se casar e fogem em exílio para Londres.

Com Sandra, teve três filhos: Pedro, Preta e Maria Gil.

Em 1979, porém, o casal começou o doloroso processo de separação.

Escrita em um momento de profunda tristeza, esta música traduz uma forma linda de encarar o fim traumático de um relacionamento.

Coisa que só um gênio da MPB como Gil teria a sensibilidade de exprimir.

“Drão!
O amor da gente é como um grão
Uma semente de ilusão
(…)
Quem poderá fazer
Aquele amor morrer
Se o amor é como um grão
Morre, nasce trigo
Vive, morre pão (…)”

Salve Gil! 80 anos!
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As bodas de prata da saudade – por José Aragão – há exatos 75 anos.

Com o pseudônimo de Justino d Ávila, escreveu o mestre Aragão, para a edição do jornal “O Vitoriense”, em 23 de junho de 1947. há exatos 75 anos. 

1922. Quase que se pode dizer: ontem. Entretanto, que diferença tão grande para este tempo junino?

Reporto-me aos meus catorze anos, para recordar as encantadoras noites consagradas aos três santos juninos, com as quais os vitorienses desse tempo enfeitavam a vida da mais delicada e enternecedora poesia.

À frente de quase todas as casas da cidade, ardiam as fogueiras, simetricamente erguidas, fazendo ressaltar entre as chamas crepitantes as palmas de dendê e as bandeiras de papel.

Raríssima a residência em cuja sala principal não estava imponentemente confeccionado o altar de São João! Altar cheio de flores, onde a tarlatana e o prateado da armação lhe davam uma imponência especial. Velas acesas, incenso e cânticos religiosos em louvor ao maior dos precursores. Depois do exercício religioso, os fogos de salão: o craveiro, o diabinho, o mosquito, o busca-pé, com a sua “faixa’ clássica e impressionante, os balões…

À noite, todas as mesas confraternizavam na mesma disposição e no mesmo aspecto. Pobres ou ricas, ninguém lhes distinguia o sabor, pois o tempo não lhes permitia distinções nos cardápios  e nem sequer nos paladares: canjica, pamonha, pé-de-moleque, tudo de milho, tudo ao coco, tudo em manteiga…

Nas casas da cidade, entretanto, os festejos se diferenciavam nas danças e “cantigas”. Tanto naquelas entre si, como nas modestas vivendas dos arrabaldes. De uma dessas residências urbanas, saía o vozeiro alegre da criançada:

 

“Capelinha de melão

É de São João,

É de cravo, é de rosa,

É de manjericão.”

E de outra casa contígua:

“No altar de São João

Nasceu uma rosa encarnada.

São João subiu ao céu

Foi pedir pela casada.”

E o estribilho, uníssono:

“São João!

Nosso pai, nosso doce, nosso bem

Quem não venera São João

Não venera mais ninguém.”

Já na residência fronteiriça, as moças e os rapazes, formando uma enorme roda, de mãos dadas, cantavam alvoroçadamente, estridente e animadamente:

“Lesou, lesou!

Ora vamos vadiar

Cavalheiro deixe a dama

Ora vamos vadiar

Que esta dama não é sua

Ora vamos vadiar!”

E nos subúrbios, nas casinhas humildes, eram o bomboleio  rítmico do “coco” na “cantiga” dolente da gente simples “do mato”:

“Vamos pegá e só cá mão

Qui hoje é dia de São João”

O resfolegar das sanfonas, as quadrilhas e os xotes…

25 anos de recordações ameníssimas. 25 anos de bondade e inocência, que passaram e que os asfaltos, a eletricidade, o “jazz”, os coquetéis e os “shows” não deixam mais voltar. 25 anos dos nossos avós, dos nossos pais, da nossa meninice!

25 anos atrás, quando São João era o santo do Brasil e o Brasil a terra de São João. 25 anos …25 anos!… Bodas de prata de saudade!”

Jornal “O Vitoriense”, em 23 de junho de 1947. há exatos 75 anos. 

O mercado do milho na Praça Leão Coroado…

Na tradicional “feira do milho”, que há anos vem acontecendo, aqui, na Praça Leão Coroado, Centro Comercial, agora a pouco, dei uma circulada para saber como anda o preço da mão de milho. Apesar do processo  inflacionário dos últimos 12 meses, em alta,  os preços estão entre R$20,00 e R$40,00. Vai depender da qualidade e do tamanho da espiga.

Para os que reclamam dos preços do milho, na época junina, relembro a frase do meu pai, Zito Mariano, em defesa do agricultor: “tá achando caro? Vá preparar a terra, plantar, limpar, colher e trazer para feira para ver o trabalho que é….. Na mesma hora você vai achar barato….”

Eleições 2022: candidatos locais – apoios e alinhamentos políticos……

Ainda fora da agenda de expressiva parcela da população brasileira  as eleições gerais 2022, aos poucos, começam a ganhar forma.

É bem verdade que no mundo particular dos políticos e das lideranças partidárias o processo já vem na ordem do dia desde à última virada do ano. As novas regras eleitorais e o “saco” de dinheiro do chamado “fundão”, que serão manipulados por esses senhores e essas senhoras,  é algo que apimenta a disputa, tanto em nível nacional como na nossa província e, por tabela, em nossa “aldeia” – Vitória de Santo Antão.

Com efeito, possivelmente, bateremos recorde em quantidade  de candidaturas  confirmadas  com domicílio eleitoral antonense,  numa mesma eleição geral.  Já com pré-candidatura na rua, por assim dizer, até o momento,  já temos pelo menos uma dezena.

Os três detentores de mantados, com  assento na ALEPE ( Aglailson Victor, Henrique Filho e Joaquim Lira),  são candidatos naturais à reeleição se juntando  às postulações (para deputado estadual) dos  vereadores André Carvalho e Doutor Saulo. O Advogado Doutor Gil também já está posicionado na pré-campanha.

Para a Câmara Federal, além do vereador Carlos Henrique, pelo menos uma trinca de mulher vem se colocando com suas respectivas pré-candidaturas já anunciadas: Hérika Araújo, Iza Arruda e Socorrinho da Apami. É possível que tanto para estadual e federal, até as convenções partidárias  – que ocorrerão obrigatoriamente entre os dias 20 de julho e 05 de agosto – outros nomes entrem no páreo ou mesmo algumas desistências sejam anunciadas – faz parte do jogo.

Por conta da proibição das chamadas coligações proporcionais,  os partidos estarão mais rigorosos quanto ao apoio das bases às  candidaturas  majoritários – senador, governador e presidente. Aliás, nessa questão,  já temos em Pernambucos vários filiados sendo expulsos das suas respectivas agremiações partidárias por conta da chamada  infidelidade – algo que sempre existiu nos estatutos, mas nunca foi levado ao pé da letra,

Por conta da polarização e até da rejeição de aliados “naturais” alguns dos pré-postulantes locais não estão “se preocupando” em divulgar seus respectivos alinhamentos políticos. Assim sendo, dentro do espectro da lógica partidária, abaixo, segue um pequeno quadro demonstrativo. Diga-se passagem:  até o momento.

Para deputado estadual:

como devem  votar os pré-candidatos Aglaílson Victor, Joaquim Lira, Henrique Filho, André Carvalho, Doutor Gil e Doutor Saulo. 

Aglaílson Victor (PSB)  e Joaquim Lira (PV)  – Danilo Cabral (governador – PSB ) – Tereza Leitão (senadora – PT ) – Lula (presidente – PT).

Henrique Filho (PP) – Danilo Cabral (governador  – PSB) – André de Paula (senador – PSD) –  Bolsonaro (PL).

André Carvalho  (PDT) – Marília Arraes ( governadora SD) – não definido  (senador ) – Ciro Gomes (presidente  – PDT).

Doutor Gil (UB) – Miguel Coelho (governador – União Brasil) – não definido (senador ) – Luciano Bivar (presidente UB).

 

Doutro Saulo (Patriotas) – não definido (governador) – não definido (senador) – Ciro Gomes (presidente – PDT).

Para deputado federal :

como deve votar os pré-candidatos(as) Carlos Henrique, Hérika Araújo, Iza Arruda e Socorrinho da Apami. 

Carlos Henrique (PP)  – Danilo Cabral (governador  – PSB) – André de Paula (senador – PSD) –  Bolsonaro (PL).

Hérika Araújo (PDT) – Marília Arraes ( governadora SD) – não definido  (senador ) – Ciro Gomes (presidente  – PDT).

Iza Arruda – (MDB)  – Danilo Cabral (governador – PSB ) – Tereza Leitão (senadora – PT ) – Simone Tebet  (presidente – MDB).

Socorrinho da Apami (UB) – não definido (governador) – não definido – Luciano Bivar (presidente UB).

Não devemos deixar de sublinhar que,  tal qual uma velho cacique político gostava de afirmar,  política é feito uma nuvem, ou seja: sempre em está em movimento. Assim sendo, esperemos os próximos capítulos dessa “nova novela eleitoral 2022” pois, a trama, até agora anunciada,  promete boas e inesquecíveis  emoções….

Obs: qualquer pré-candidato(a), aqui citado, que queira se pronunciar quantos aos seus respectivos apoios,  fique bastante a vontade.