MOMENTO CULTURA: América Latina – por GUSTAVO FERRER CARNEIRO.

América Latina bela

Pelas lutas e sofrimento

Por passar os mesmos tormentos

De fome e castração

Somos irmãos

De beleza e de tortura

De amor e ditadura

De hermanos e sofrimento

Em busca a cada momento

Somente de igualdade

Não queremos nos sobrepor

Mas queremos felicidade

Respeito e liberdade

Pelos países mais ricos

Queremos equilíbrio

Na riqueza e na pobreza

Para podermos acreditar

Em um mundo mais justo

Temos que pensar em unidade

Na tríade francesa

Liberdade

Igualdade

Fraternidade

Principalmente nos países emergentes

Que coisa linda

Que coisa divina

Somos únicos

Somos nós

Viva a América Latina

(MOSAICO DE REFLEXÕES – GUSTAVO FERRER CARNEIRO – pág. 15).

Quarteto de homossexuais no tempo do ronca – por Sosígenes Bittencourt.

Avelon, Vavá, Nildo e Brigite (da esquerda para a direita). 

Isso foi no tempo que se podia vaiar homossexual. No entanto, ninguém matava homossexual. O termo homofobia não havia nascido, e a turma que transava de costas vivia mais sossegada.

O mundo era outro mundo, pois o ódio não se traduzia necessariamente em agressão física e homicídio. As pessoas não dispunham de tanta informação quanto hoje, mas eram mais pacatas, mais tementes a Deus. O trabalho era glorificado, os ricos trabalhavam mais do que os pobres. Hoje, o pobre quer ser rico às custas do crime.

Quem mata homossexual, não é homofóbico nem heterossexual, é ASSASSINO. Quem mata homossexual, mata um idoso, mata uma criança, mata um negro, um branco. É preciso focar no aspecto substantivo do crime e não perder tempo com o rito processual, que é “a mais excelente das tragédias”, como concluía Platão (428-348 a. C.)

Brigite era o mais conhecido, o mais saliente e festejado dos homossexuais. Vi-o vaiado, nas ruas, diversas vezes. Contudo, ouvi dizer que quem o deformou, de uma surra, foi o próprio irmão. Brigite me parecia um animal sem maldade e me despertava uma certa misericórdia. Talvez, pela rígida educação que tive, orientado a respeitar as pessoas.

Sosígenes Bittencourt

Raciocínio Lógico: para que seja aberto espaço para os novatos na Câmara, vereador tem que “comer o cartão” do outro!!!

Em virtude das últimas mudanças nas regras eleitorais o pleito  que se avizinha (2020), indiscutivelmente,  ganha uma significativa pitada de imprevisibilidade – se não bastasse todas as outras –  no que se refere à disputa para ocupação dos assentos nas casas legislativas municipais – Câmara de Vereadores. Na nossa Casa – Diogo de Braga – a parada não será diferente.

Hoje, bem ou mal, a população antonense se faz representada na voz de dezenove parlamentares – todos ungidos pelas urnas. Para alguns deles, em função da expectativa dos sufrágios que sabem muito bem aonde e como irão buscar, a renovação do mandato, teoricamente,  se dará sem sobressaltos. Mas –  é bom que se diga –  existe outro conjunto  que está com os “cabelos em pé”.

Pois bem, nesse contexto, porém, existe um raciocino lógico: se os aspirantes ao parlamento,  ou seja, os candidatos que não detém mandatos,  se sujeitarem ingressar em partidos,  para concorrerem “lado a lado” com vereadores detentores de mandatos, com toda certeza, irão receber o diploma de suplente.

No mundo real dos políticos – aquele que a Justiça Eleitoral finge que não saber – os candidatos que concorrerem no mesmo partido com “vereador de mandato”, teoricamente, já estão recebendo “vantagens” antecipadas e, quase sempre,  promessas para os próximos quatro anos – quase sempre, nunca honradas.

Pensamento rápido: vereador tem que disputar no mesmo partido com outros vereadores,  para um “engolir o cartão” do outro e, só assim,  abrir vagas para os novatos. Esse é o jogo pragmático que deve ser jogado pelos “novatos”,  que sonham em poder dá nó da gravata  para ser chamados de “Vossa Excelência”.

Portanto, nessa nova eleição,  livre das chamadas “coligações proporcionais”,  para termos um maior percentual de renovação no parlamento local, algo salutar ao processo democrático, os vereadores da base do prefeito deverão  disputar todos pelo mesmo partido, aplicando-se, também,  o mesmo raciocínio para os da oposição. Ou seja: candidato que ficar em partido com “vereador de mandato” ou é otário ou está ganhando uma “vantagenzinha” antecipada…….Essa é a leitura, nua e crua!!!

Momento Cultural: A ILUSÃO – por José Miranda.

Para vivermos nós contentes pela vida
sem essa mágoa que tortura tanto a gente
da culpa de Eva no Édem, um dia nascia.
O Senhor deu-nos a ilusão constantemente.

Quanto seria: a alma por tudo entristecida
e o coração ensimesmado e até doente
se a ilusão fosse deste pélago banida
se não houvesse, não o sonho doce e ingente!

De assalto sem se esperar conta do destino
a ilusão toma para nos dar prazer na dor
para nos fazer o espiamento pequenino.

Da nau de crença a vela enfuna com vigor
e fortifica quando sofre, o coração:
toda beleza está da vida na ilusão.

José Tiago de Miranda, vitoriense, nascido a 9 de junho de 1891 e faleceu a 29 de maio de 1960. Foi professor primário na Vitória, em Moreno e em Limoeiro, exercendo, em todas as cidades, o jornalismo. Foi proprietário e diretor de O LIDADOR a partir de 1932 até sua morte. Cronista, poeta e jornalista de alto valor. Seus filhos (Ceres, Péricles e Lígia) reúnem em volume muitas de suas crônicas e poesias, em livro “Antologia em Prosa e Verso”, comemorando o centenário de seu nascimento, aos 9 de junho de 1991. Do casamento, com D. Herundina Cavalcanti de Miranda, houve ainda um filho, Homero, falecido logo após a morte do Prof. Miranda.

A imaginação viaja, morcegando para-choque de caminhão.

O camarada arrumou uma mulher de vida fácil, colocou na boleia do caminhão e danou-se a desfilar pela cidade. A mãe ficou indignada. Quanto mais ela reclamava, menos o camarada ouvia, apaixonado pela sujeita.

Um dia, em total respeito a sua genitora, resolveu mudar a advertência do para-choque do caminhão: MÃE, TENHA DISTÂNCIA.

Sosígenes Bittencourt

Celular: estamos todos grampeados!!!

Nos meus tempos de devaneios na tenra idade, tendo como “gatilho” os seriados americanos ou mesmo às películas cinematográficas do “007”,  nunca antes poderia imaginar que um dia chegássemos ao sofisticado tecnológico no qual estamos todos inseridos, independente da nossa vontade ou do nosso desejo.

Para os que transitam nas coxias das novas tecnologias tudo que irei falar doravante já é algo “velho”. Algo que já é trivial e comum. Até porque, muitas pessoas já trabalham nesse novo mercado de trabalho que até um dia desses nem existia. A relação das empresas com o seu público alvo-consumidor vem  ganhando “ares” de filme de ficção cientifica ou mesmo de bruxaria.

Pois bem, na tarde de ontem (29), perguntei ao meu filho (Gabriel) se em determinada loja daqui da cidade – unidade de uma grande rede nacional de varejo –  eu poderia encontrar um determinado produto. Disse-me ele: “não sei, mas no site eu sei que tem. Vi outro dia. Estava custando $10,00”.

Ao final da tarde de ontem mesmo, dei uma passadinha na referida loja. Circulei por entre as gôndolas e não encontrei o que estava procurando. Dei mia volta e fui embora. Moral da história: hoje pela manhã, por volta das 9h, eis que, sem nunca antes haver realizado qualquer tipo de transação pela internet com essa empresa, recebi, via SMS, uma mensagem da referida rede de varejo, oferecendo-me o produto que eu estava procurando.

Parece uma baita coincidência, poderia pensar a maioria das pessoas. Mas não é…Desde que você esteja com o seu aparelho celular no bolso, ligado ou não, conectado ou não, na qualidade de consumidos – sabe-se lá outras coisas – você será impactado por situações como essa. Esse é o novo mundo em que estamos vivendo. Não é conversa de trancoso nem roteiro de filme americano. #somostodosconsumidores!!!

Pedro Ferrer relembra acontecimento religioso..

Os antonenses devem estar bem lembrados da peste de cólera que se abateu sobre a cidade da Victória no ano de 1856. A peste atingiu outras cidades da região, tais como Caruaru, Limoeiro, Escada, Paudalho…Vitória de Santo Antão de todas foi a mais atingida com mais de 4 mil mortos. Superada a crise, estando a peste debelada, o povo que não se afastou de Deus, agradeceu-lhe o mal menor, caminhando até à capital. Leiam a reportagem que segue:

Diário de Pernambuco – 24 de janeiro de 1857 

Pedro Ferrer