Deputados da terra – minhas impressões – xadrez eleitoral 2022.

Separamos na agenda das nossas “LIVEs” espaços no mês de agosto justamente para receber os três parlamentares que, de maneira geral, representam o povo da Vitória de Santo Antão na ALEPE (Assembleia Legislativa)  para um diálogo “arejado”, ou seja: fora dos padrões eleitorais.

Com efeito, adianto aos internautas do Blog do Pilako que essa “empreitada digital” cumpriu  o seu objetivo. Usando como critério um sorteio realizado com antecedência, “ao vivo’, para definição da ordem, o primeiro “bate papo” ocorreu com o deputado Joaquim Lira, o segundo com  Aglailson Victor e fechando a série,  Henrique Queiroz Filho.  Aqui e acolá, pessoalmente, por telefone e através das redes sociais, na computação geral, os respectivos parlamentares, cada qual  ao seu modo, pontuaram positivamente.

É oportuno salientar que para maioria da população da nossa  cidade, apesar da intencional e natural visibilidade dos respectivos jovens políticos, os mesmos  ainda são “desconhecidos”, sobretudo  para um público que já dobrou  a esquina  das  quatro décadas de idade. A maioria dos eleitores mais maduros, por associação,  ainda os identificam como: “Filho de Elias”, “Filho de Aglailson” e “Filho de Henrique”. Aliás, algo compreensivo na circunscrição do colégio eleitoral local – principal foco e alcance do nosso jornal eletrônico, intitulado Blog do Pilako.

Já com relação as minhas impressões, sobre o conteúdo político e intelectual dos já citados parlamentares, gostaria de dizer  que,  por já consignar algum tipo de aproximação e certa “quilometragem”  de convivência,  os nossos encontros digitais  rolou dentro daquilo do esperado. Programei a pauta  para uma conversa sem maiores polêmicas ou questionamentos.

Diferentemente das vibrações e intenções das nossas recentes entrevistas,  com os  chamados “deputados da terra”, os bastidores da política nacional, estadual e local seguem noutra temperatura. À não definição, ainda,  das regras do jogo eleitoral para 2022 tem criado muito mais acirramento,   nesse ano pré-eleitoral. Como pudemos observar, há indicações que os três grupos locais poderão  “lançar” atores (com plumagem)  para outras candidaturas:

O Joaquim, por exemplo, não descartou a possibilidade  de disputar uma vaga de  federal…….O ex prefeito Aglailson Júnior, disse Victor,  também  poderá concorrer  por um assento em Brasília…..O vereador Carlos Henrique, evidenciou Queiroz Filho,  “é uma peça no tabuleiro do jogo  para deputado federal, em 2022“…..Tudo continua no campo das possibilidades, ou seja:  em compasso de espera……Pontuaram.

Correndo por dentro, mas sem revelar o jogo, ainda temos o papel que desempenhará o ex-prefeito Elias Lira. Ao que parece, em se confirmando a candidatura de Joaquim para federal, ele poderá se aventurar numa volta ao assento da ALEPE. Recentemente, o mesmo já foi observado, todo animadinho, circulando por aí…

Noutra vertente, mas certamente sem abrir  mão do seu quinhão, segue o atual vice-prefeito,  Edmo Neves,  que já sinalizou que  acompanhará o roteiro das  oposições no jogo estadual. Será que Edmo num poderia ser candidato a deputado estadual, dobrando, aqui na cidade,  com Armando Monteiro para abrir palanque para  possível candidatura ( governadora) da Raquel Lira? Nada do outro mundo, sobretudo aos atores que  se dedicam e  almejam outros espaços.

Jogando o jogo, agora, numa posição privilegiada, Paulo Roberto não pode perder as rédeas do processo. Joaquim sendo candidato à reeleição, o prefeito ficaria livre para “costurar’ várias  indicações  dentro do próprio  grupo,  com um leque de  candidaturas  ao cargo de   “federal”, ampliando assim seu raio de alianças, visando 2024. Mas, se o “jogo for outro”, o que se aventa  “na rua” é à possibilidade de Paulo investir  numa candidatura de um dos seus parentes  para um assento no parlamento estadual. Nesse caso, como ficaria Elias Lira, se  realmente  ele for candidato?

Aliás, para Paulo apoiar um parente ou Elias Lira, imagino,  não seria nada confortável  e coerente com o seu discurso da última campanha, isto é:

apoiar um parente, quebraria  a lógica da nova política, colocando-lhe, imediatamente,  em pé de igualdade com o “sistema” dos “Querálvares” e, ao mesmo tempo,  “abraçando-se”   com Elias Lira é trazê-lo para o centro da sua gestão, algo que o então postulante, Paulo Roberto,  tentou ficar bem distante  na campanha municipal, próxima passada.

Os nomes não param por ai…. É bom lembrar, como já falei,  que dependendo das regras do jogo eleitoral de 2022, outros atores políticos deverão participar da divisão do “bolo de votos” do principal colégio eleitoral da Zona da Mata (100 mil). Aliás, o vereador mais votado da última eleição, André Carvalho, é um elemento que poderá “mexer no placar”,   por aqui, mais uma vez. Não esqueçamos, também,  do deputado  federal Raul Henry, pois o atual prefeito disputou  pelo seu partido (MDB),  e certamente é devedor de algum tipo de acerto ou  compromisso eleitoral.

Evidentemente que todas essas variáveis e possibilidades estão atreladas a um conjunto de fatores, dentre os quais: novas regras eleitorais, acordos estaduais, fundo partidário,  acordos para 2024 e etc. No bate papo com os “deputados da terra” os mesmos demonstraram animação em avançar no seu principal reduto político e eleitoral, afinal, 2024 é logo ali.

Portanto, o que não falta é água para passar por debaixo da ponte….Quem viver verá…

 

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