Ex-presidente LULA: culpado ou inocente?

A grande mídia e as redes sociais, nos seus mais diversos canais de comunicação, hoje, repercutem,  com destaque acentuado, o depoimento do ex-presidente Lula, ao juiz federal Sérgio Moro, ocorrido ontem (10) na cidade de Curitiba.

Devido à grande expectativa que circundava o evento de caráter jurídico, previamente marcado, entendemos que todo esse alarido não chegar a ser algo sobrenatural, afinal o interrogado não foi de uma pessoa comum, Lula é, nada mais nada menos, que uma figura popular e que já tem seu nome grafado como uma das pessoas mais importantes da história do nosso País – “queiram ou não queiram dos juízes”.

Em função do alongado depoimento,  as grandes redes de TV e até conceituados críticos da cena jornalística política, envoltos em mega estruturas, reservaram-se a comentários cautelosos, para não serem injustos e inconsequentes, até porque as imagens ainda precisam ser revistas.

Na contramão do equilíbrio e do bom senso, nas redes sociais, os partidários e simpatizantes do PT – Partidos dos Trabalhadores – atestam haver liquidado a fatura em favor do cacique maior da sigla –  como se um depoimento na justiça fosse uma espécie de debate eleitoral. Ora! Qualquer depoimentos, sobretudo na condição de réu, não é “café pequeno” para ninguém, até para uma camarada traquejado e com larga experiência,  como é o caso do ex-presidente Lula.

Do outro lado, para os chamados “coxinhas” – parcela da população que não suporta a figura do Lula e sua tropa -, o encontro apenas serviu como mais um passo processual, na direção da decretação da prisão  do ex-presidente, pelo “Paladino Nacional” da Lei e da Ordem, materializado na figura do juiz Sérgio Moro.

Para mim, simples mortal e observador distante, fisicamente, dos fatos aludidos, apenas duas observações:

Primeiro: o Lula é um sujeito muito preparado para o confronto e deve continuar se  agarrando na não materialidade do crime imputado a ele.  Certamente, na sua cabeça, na qualidade de animal político, o julgamento do eleitor, nesse momento,  é o que está mais lhe interessando.

Segundo: fica difícil de imaginar que o mesmo (Lula) não tomou conhecimento de nada. Levando em consideração que a esmagadora maioria das pessoas envolvidas nessa pendenga gravitavam em torno do seu comando. Realmente é algo incrível!!

A SORTE ESTÁ LANÇADA!!!

Uma trinca de pássaros e uma boa lembrança.

Na noite de ontem (09), mais uma vez, ao contemplar uma trinca de pássaros pernoitando no pé de caju da minha residência, lembrei-me do meu manso pássaro, que o chamava de “caboclinho”. Essa curiosa história foi fruto de um dos meus artigos, aqui postado, há mais de cinco anos (abril de 2012).

Pois bem, segue, abaixo, a reprodução do mesmo para que os internautas entendam melhor a história e o motivo do novo registro. Aliás, vale salientar: continuo criando pássaros, sem gaiola ou viveiros. Certamente a trinca de passarinhos, no registro fotográfico de ontem já devem ser descendentes dos que foram protagonistas da história de cinco anos atrás. Vale a pena ler:

Meu manso caboclinho

Ainda permanecem nas pastas da minha memória um triste episodio,  envolvendo um dos meus passarinhos, um caboclinho muito manso que comprei na Feira de Pássaros,  quando ainda acontecia na Praça da Restauração..

Quando criança, gostava de criar pássaros. Já houve época de possuir uma dezena. Mas, definitivamente,  o que marcou a minha mente foi o manso caboclinho. Se não bastasse sua “cantoria”, gabava-me na frente dos colegas e dos adultos, pelo fato de deixar a porta da gaiola aberta e ele não querer sair e,  quando resolvia deixar a gaiola,  não ia para longe, retornando  logo em seguida  para sua “casa”,  que a encontrava de portas abertas.

As minha gaiolas ficavam penduras no terraço do primeiro andar da casa de papai, na Avenida Silva Jardim. No  local circulava poucas pessoas. Certa vez fui passar um final  de semana na praia e, por motivos que nem me lembro, demorei mais do estava programado. Nesta ocasião, vale salientar,   estava apenas criando  o referido caboclinho.

Ao partir deixei tudo pronto: comida esborrando no coxo, água derramando na tigela de barro –  para mantê-la sempre fria –  e,  como sempre, a porta da gaiola aberta.

Confesso que, na qualidade de criança e na folia da praia, na hora de resolver permanecer  por lá, mais do que deveria,  não lembrei-se  do meu passarinho, o que não aconteceu com o passar dos dias. No entanto,  ficava tranquilo porque havia  deixado a porta aberta.

Ao regressar para Vitória e, chegando em casa,  fui direto no terraço do  primeiro andar para ver meu caboclinho. Para minha tristeza, encontrei o “bichinho” morto,  dentro da Gaiola com a porta aberta, do jeito que havia deixado. A comida ainda existia, mas a tigela de barro estava seca e, seguramente, ele morreu de sede.

Naquele momento senti tanta culpa e remoço que resolvi não contar à ninguém. No outro dia, caladinho,  enterrei-o próximo ao pé de carambola,  no quintal da nossa casa.  Com os olhos marejados, com as maiores das dores provocada pelo remorso e com  a inquestionável  sinceridade das crianças, naquele momento, resolvia “dá fim” as gaiolas e  não mais criar pássaros.

O tempo passou – e bote tempo nisso –  e nunca havia revelado, antes,  essa história para ninguém, ou seja: passei muito tempo pensando nisso com muita seriedade. Eis que uns 30 anos depois, por capricho do destino, no pé de caju da minha casa, sem gaiola ou viveiro, uma trinca de pássaros resolveram, sem querer nada em troca,  fazer  morada.

Sem nenhum aviso prévio, logo cedo, eles partem não sei para onde. Com uma precisão incrível,  retornam ao cair da tarde para pernoitarem,  sob os galhos do meu pé de caju, há pelo menos uns três meses. Sendo assim, confesso, quebrei minha promessa. Mas devo revelar, também, que toda vez que os vejo lembro do pequeno pássaro que morreu sedento, ou seja: lembro do meu manso caboclinho.

COISA DE DOIDO

O doido passou o dia inteirinho com o ouvido colado na parede da rua. Aí, à tardinha, um vizinho perguntou:

– O que estás ouvindo?

Aí, o doido: – Tu és muito vexado, eu estou aqui desde cedo e ainda não ouvi nadinha.

Aí, pouco depois, chegou outro curioso e botou o ouvido na parede. Não ouvindo nada, revelou ao doido: – Eu não estou ouvindo nada.

Aí, o doido: – Está assim desde de manhãzinha.

Sosígenes Bittencourt

AGTRAN: NOVA GESTÃO CONTINUA ENGARRAFADA!!

Desde o dia 11 de maio de 2011 (amanhã completa seis anos) a ONU decretou que a década seria voltada para ações de Segurança no Trânsito. Em função disso, o mês de maio tornou-se a base mundial para a discussão do tema. O “MAIO AMARELO”, come ficou conhecido, tem significado lógico: a cor amarela, na linguagem universal do trânsito, representa “ATENÇÃO E ADVERTÊNCIA”.

Apesar dos avanços e do continuo estudo na qualidade dos veículos, o acidente de trânsito ainda continua sendo uma preocupação universal. Os números no Brasil é uma catástrofe nacional. Por aqui, conforme pesquisa, morrem mais de 50 mil pessoas todos os anos: SÃO 136 MORTES POR DIA OU, PARA MELHOR COMPREENDERMOS ESSA TRAGÉDIA, A CADA HORA MORREM CINCO PESSOAS VÍTIMAS DO TRÂNSITO.

Em acidente envolvendo motos, por exemplo, nossa região – Nordeste – lidera todas as estatísticas. É nessa contexto macabro que  encontra-se, alimentando esses números,  nossa Vitória de Santo Antão.

Muito bem, não sou um especialista na matéria, mas, na medida do possível, procuro ser um curioso atento, sobretudo com as coisas relativas  à nossa urbe.  Apesar da criação da AGTRAN e de algumas melhoras pontuais, nos últimos anos, falta-nos – governo e sociedade – vontade de mudar. Certa vez alguém já disse: “um rei fraco faz da sua forte gente um povo fraco”.

A gestão municipal anterior, ao colocar o time da AGTRAN na rua, em maio de 2009, perdeu a oportunidade única de promover uma arrojada campanha educativa e, ao mesmo tempo, propositiva na questão dos vícios crônicos locais, no que diz respeito aos atos dos motoristas assim como no conjunto que compõe a chamada mobilidade urbana. Ao contrário disso investiu, prioritariamente, na estrutura punitiva, com a clara intenção financista. A população registrou o abuso.

Eis que, em janeiro próximo passado, ascendeu ao comando do Poder Municipal local um novo grupo de gestores. Curiosamente esse grupo, que até assumir o governo fazia críticas públicas,  realçando à  forma autoritária e abusiva com a  qual a  referida autarquia (AGTRAN) tratava os condutores de veículos da nossa cidade, hoje, aparentemente, até o presente momento,  está seguindo na mesma direção. Aliás, contrariando todas as expectativas até majoraram a tarifa da chamada “Zona Azul”, não sendo sensíveis ao aperto financeiro por que vem passando a população, em função das altas taxas de desemprego.

Pois bem, até parece que estamos assistindo uma reprise do mesmo filme,  já muitas vezes. Aliás, se tem um órgão que não pode reclamar da falta do dinheiro, esse é a AGTRAN. Já estamos no quinto mês da nova  gestão  municipal e o atual  diretor do órgão, Elmir Holanda, parece não haver colocado, ainda, a mão na massa. Até o presente momento, por onde costumo circular,  ainda não vi sequer a pintura  de uma faixa de pedestre, mesmo que fosse reacendendo uma já existente, no sentido da melhora da nossa mobilidade.

Portanto, já que os novos gestores, assim como os da administração passada, perderam o “timing” para causar uma boa primeira impressão à população, logo na largada das suas respectivas administrações, aconselho os atuais diretores da AGTRAN que aproveitem  o movimento internacional – MAIO AMARELO – para promover ações que possam atenuar às tristes estatísticas vigentes no nosso País, sobretudo na nossa cidade. De resto, concluo dizendo: Já passou da hora dos novos gestores da AGTRAN se expressarem com palavras ou ações. A população vitoriense continua esperando……………

RECORDANDO ZÉ MARQUES DE SENA – Artista e carnavalesco, contribuinte do enriquecimento das alegorias vitorienses.

A Terra das Tabocas e de Mariana Amália, relembra o dia 26/04/2017 (quarta-feira), a falta da figura que não existe mais no cenário artístico, cultural e alegórico, onde estamos falando de José Marques de Sena. O mesmo foi sepultado no Cemitério de São Sebastião em 26/04/2016, nesta cidade da Vitória de Santo Antão, PE. Seus trabalhos artísticos foram apreciados  pela sociedade vitoriense, nos inesquecíveis carnavais, onde aconteciam os desfiles dos carros alegóricos, apresentando aos foliões, curiosos, leigos, cultos e de modo geral, o significado de uma obra de arte, quando é realizada e executada com o coração.

Vitória de Santo Antão, PE, teve muito brilho e destaque nos momentos das realizações, que os Clubes Carnavalescos exibiam  suas alegorias, transmitindo e deixando uma mensagem, um significado, uma reflexão nos detalhes apresentados nas fantasias e alegorias exibidas em seus carros alegóricos, nas suas noites iluminadas dos carnavais vitorienses. A família, aos amigos e a sociedade de modo geral, que compareceram ao sepultamento deste grande artista, que fazia do simples transformar-se em composto e brilhar, meus sentimentos mais uma vez. Descanse em paz ZÉ MARQUES DE SENA! Deus ti abençoe! Amém!

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João Bosco do Carmo
Ex-Aluno; Ex-Componente; Ex-Trombonista da Euterpe Musical 03 de Agosto da cidade da Vitória de Santo Antão, PE, do Maestro Aderaldo Avelino da Silva (in memoriam).

Momento Cultural: ESPAÇO – por MELCHISEDEC

Melchisedec

Para nós, seres humanos, o nosso espaço no cosmos, começou a três milhões e quatro centos mil anos, porém, só a trinta mil anos, começamos a entender onde vivíamos e o que éramos.

Conquistamos o fogo, iniciamos plantio das sementes, aprendemos lidar com os animais, aplicamos nosso primitivo talento para criar os instrumentos de trabalho, usando a pedra, depois descobrimos o ferro e o bronze que permitiam um avanço significativo na nossa arte de fazer as coisas.

Com o ajuntamento das pessoas, formamos as tribos, as comunidades agrícolas que foram evoluindo até a formação das cidades.

Nesse vasto espaço cósmico, a nossa memória parece confinada no estreito lugar do planeta em que vivemos. Pouco a pouco vamos aparecendo em forma de escritos históricos para dizer à posteridade o que fomos, o que somos e o que seremos.

Hoje, todas as pessoas de quem ouvimos falar, viveram e lutaram em algum ponto deste planeta.

Todos os reis, sábios, nobres e plebeus, batalhas, guerras, migrações, invenções, tudo que há nos livros, sobre a história do homem, aconteceu aqui.

Dentro desse imenso espaço do universo de onde emergimos, somos um legado de vinte bilhões de anos de evolução cósmica.

Agora vemos nosso planeta à beira da destruição. As máquinas mortíferas inventadas pelo homem para sua própria destruição. É a inversão de valores.

A maldade tomou conta do coração do homem. Agora temos que melhorar a vida na terra e conhecermos o universo que nos criou, sem desperdiçar nossa herança de vinte bilhões de anos numa autodestruição insensata.

O que acontecer no próximo milênio, dependerá do que fazemos aqui a agora, usando a nossa inteligência e a nossa vontade para salvar o planeta.

Lembremos que: “há mais coisas entre o céu e a terra de que supõe vã filosofia”.

(VERDADES FUNDAMENTAIS – MELCHISEDEC – pág. 61).