Heitor e seus conhecimentos sobre a “Civilização Maia”.

Ao amigo e companheiro de sala de aula, Heitor Acioli, rendo-lhe, mais uma vez, minhas homenagens. Dessa vez ele nos enriqueceu ao buscar um ponto foro da curva, como bem realçou o nosso mestre, Júlio Reinaux, ao se aprofundar e até levantar novas teses sobre a Civilização Maia, que convenhamos é algo que a grade curricular posta não nos “incentiva”.

Portanto, apesar de todas as dificuldades inerentes às pesquisas dessa natureza, sobretudo ao colega Heitor que tem uma limitação visual e busca complementar boa parte dos seus conhecimentos através dos áudios, no canal do youtube, sua apresentação,  para todos nós,  configura-se num claro atestado de superação e lição de vida. Assim sendo, não poderia deixar de fazer esse registro, parabenizando-o, mais uma vez.

Momento Cultural: Nesse café recifence (poesia) – por Rildo de Deus

No tempo que eu era elfo
e não sentia cheiro da morte,
comia flor e semente,
nozes, muitas nozes

Bebia néctar nas flores,
vivia na luz do sol
QUENTE
Topei certa vez com uma vampiro
Que me achou pelo rastro
de meu sangue ardente
Bebeu-me a vida
Depois limpou a boca
como se limpa precedendo a lapada
do quartinho de aguardente

Gula vampiresca,
estupidez de ignorantes
No meu corpo só corria ambrosia
Comida de deuses

Ela caiu envenenada
Melhor que tivesse me engolido,
como fazem com os bois,
as serpentes.
Fomos amaldiçoados,
mesmo assim, eu inocente
Aqueles dente afiado
me tirou o sangue ardente

Já era, eu imortal,
elfo só tem precedente
Vampiro é tipo fino
Pena que come gente

Entre os vampiros
me considerarão pária.
Entre os elfos
eu caminhava pueril.
Era um ser do dia,
beijava girassóis,
Imortal, ser como um rio,
Pincel, pincéis, rouxinóis
Considerado entre eles
não é o que foi transformado
Mas, o que se tornou, por si;
Nobre, bonito, inteligente
A primeira noite que passei acordado,
foi por causa que me cresciam os dentes;
caninos felinos,
Unicúspides, alvo, crescentes

Grito, pro sol quando ele nasce:
Não me mate!
Me salve! Me salve! Me Salve!
Mãe foi quem desceu
logo, seu nome é Aurora
Só olhava e dizia:
Se afaste!, se afaste!, afaste!

Tu eis filho meu,
por Eu eis amado
Você agora é notívago
do escuro faça seu reinado
Nas trevas tem luz,
você precisa encontrar
Espelho não tem, ali não procure
Primário e secundário, reflexo você já perdeu

Seja feliz meu filho,
todo mudou e você cresceu
Agora eis vampiro
Vá embora, vá embora
Já amanheceu.

Rildo de Deus é Escritor e Estudante de Filosofia da UFPE

Brasília: BRIGA DE “GANGUES” EM DISPUTA POR TERRITÓRIO!

Com o apoio imprescindível do canal do youtube, ontem (24), por acaso, revivi alguns momentos históricos das eleições presidências 1989, cujo pleito contou com vinte e dois candidatos e reabriu um novo tempo político na Pátria de Chuteiras. Naquela ocasião, a maioria do eleitorado estava votando pela primeira vez, na escolha de um presidente da república– a última havia ocorrido em 1960.

O chamado pluripartidarismo, desde o inicio dos anos 80, provocou, na nação brasileira, um frisson, um otimismo cívico, afinal, antes, sob o regime militar, votava-se, apenas,  em parlamentares da ARENA ou do MDB e acho que em prefeitos de cidades pequenas. À possibilidade de um “cardápio partidário” bem mais amplo e à legalização de siglas históricas, mais adiante, consolidava, definitivamente, a DEMOCRACIA BRASILEIRA.

Pois bem, atualmente diante da falência moral da classe política brasileira, onde apenas uma empresa – JBS –  pagou propina para quase dois mil vigaristas e, diante das cenas protagonizadas em Brasília, ontem (24), patrocinada com o dinheiro público, através das centrais sindicais e movimentos sociais, chegamos a questionar, mesmo que por alguns instantes, O QUE FIZEMOS COM A NOSSA LIBERDADE POLÍTICA?.

O povo – fiador de tudo isso – continua acuado, assistindo, assim como ocorre nos morros cariocas, UMA VERDADEIRA DISPUTA DE GANGUES PARTIDÁRIAS. De um lado, os que roubaram e sangraram  a Petrobrás e o BNDES, do outro os que também meteram  a mão no dinheiro público e deram cobertura a tudo isso e, agora, querem protagonizar novas trapaças, até porque eles – senhores denunciados – representam os dois lados de uma  mesma moeda.

Voltando ao início do texto, gostaria de dizer que lá em 1989, no primeiro turno da eleição presidencial, votei no candidato Mário Covas. No segundo turno votei em Collor. Hoje, quase trinta anos depois, justifico minha opção por questões obvias, ou seja: o discurso do Lula, naquela ocasião, era muito radicalizado e pouco confiável. Hoje, após as operações policias deflagradas, no âmbito da Operação Lava Jato, entendo que erraria de qualquer  jeito, pois os dois, sem tirar nem pôr, são a mesma coisa, apenas se apresentam de formas diferentes para enganar todos nós.

Mas, para concluir, recomendo a visualização do vídeo abaixo, realçando um pouco dos pensamentos do então candidato Enéas Carneiro, do Prona (56). Lá atrás, a mídia cuidou de estigmatiza-lo como “um louco”. Foi constantemente ridicularizado – não obstante suas colocações serem as mais profundas e sensatas. Cabe-nos, portanto, refletirmos, também, sobre a velha frase – século XIX –  do filósofo francês, Joseph-Marie Maistre (1753-1821), que diz: “cada povo tem o governo que merece”.

Veja o vídeo:

https://www.youtube.com/watch?v=W4axuadd1Bk

O Brasil nunca mais será o mesmo! AVANTE LAVA JATO!

O Brasil está vivendo uma das maiores crises da sua história. Até aí, nenhuma novidade. A quantidade de pedido de impeachment, na direção do presidente Michel Temer não para de crescer, já passa de uma dúzia. Por mais que o discurso, por parte do chefe do executivo federal, seja pela continuidade do governo sua renuncia será o caminho natural, para que seja preservado o pouco que o conjunto administrativo construiu,  nesse pouco mais de um ano de “gestão tampão”. Daqui, do “centro meu mundo”, imagino já haver em curso, nos bastidores, adiantas tratativas nesse sentido, afinal, esse pessoal não é principiante na atividade política.

Acredito estarmos assistindo o momento de maior descrédito da classe política nacional. O “conjunto da ópera” apodreceu. Ex-presidentes, presidenta, vice que assumiu, ministros, ex-governadores, principais nomes de partidos de oposição, assessores próximos e até membros do judiciário estão sem condições de colocar a “cabeça do lado de fora”, na janela de casa.

E aí, para acabar de lascar, hoje (24), foi deflagrada a operação “Epístolas”, para prender parentes do traficante Fernandinho Beira Mar. O curioso é que o mesmo encontra-se trancafiado num presídio Federal em Porto Velho e, mesmo assim, consegue  controlar (pasmem!), através de bilhetes, um conjunto de atividades econômicas na Baixada Fluminense, Rio de Janeiro.

Confesso que não sei o que é pior: se escutar Lula dizer que não sabe de nada ou que Aécio “não fez dinheiro na vida pública”. Ou então, saber que Fernandinho Beira controla atividades criminosas à distância ou constatar que o dinheiro do BNDES serviu para turbinar o patrimônio dos já ricos irmãos Batista, hoje, livres, leves e soltos, circulando na 5ª Avenida, nos EUA.

Pois bem, não obstante serem os magistrados, capitaneado pelo juiz federal Sergio Moro, à força motriz dessa verdadeira cruzada de assepsia ética e moral nacional coloco-me a dizer que a raiz de todos esses problemas reside no histórico de impunidade no nosso País, curiosamente promovido pelo mesmo judiciário que hoje abala os pilares da república.

Ora! Se a justiça, ao longo dos anos, houvesse cumprido seu papel com rigor não teríamos chegado ao ponto que chegamos ( a Justiça Eleitoral é um exemplo emblemático).  É verdade que todos nós carregamos na nossa composição genética, pouco ou muito,  a herança do famoso “jeitinho brasileiro”, mas, vale lembrar, que os julgadores de oficio, são preparados para fazer cumprir as Leis. Concluo, dizendo: depois do que estamos assistindo, hoje,  o Brasil nunca mais será o mesmo!! AVANTE LAVA JATO !!!!

CONVITE – 51º Dia Mundial das Comunicações

Registro o recebimento do convite, emitido pela “Pastoral da Comunicação das Paróquias da Vitória de Santo Antão”, no sentido do evento que ocorrerá na próxima sexta, dia 26, no Teatro Silogeu, às 19:30h que tem como objetivo promover uma “mesa redonda” na perspectiva à mensagem do Papa Francisco: “Comunicar a esperança e confiança no nosso tempo”. O acontecimento contará com a presença de padres, escritores, professores, radialistas e blogueiros.