Fim de Semana Cultural:
CORDEL DO CONTRADITÓRIO/07 (poema) – Por Egidio T. Correia

Estou vivo no presente
Não vivo preso ao passado.
Estou sempre me construindo
Não sou um ser acabado.
O futuro me ensinará
Com seus futuros recados.

Se o “futuro a Deus pertence”
E não sou um deus adivinho
Vou tropeçando nas pedras
Que encontro pelo caminho.
Não domino qualquer verdade
Nem sou verdadeiro sozinho.

Vou escolhendo verdades
Conforme me aparecem.
Passo no crivo da mente
Pra ver o que acontece.
Aceito ou refuto verdades
Pelo que elas parecem.

Lembro-me de Isaac Newton
Lembro-me de Ptolomeu.
De Leonardo da Vinci
E os problemas de Galileu.
Que a terra já foi quadrada
Como o mundo conheceu.

Copérnico foi perseguido,
Cientistas foram queimados,
Por defenderem princípios
Que hoje são comprovados.
Cientistas também erraram
Em muitos enunciados.

Se o homem é cria de Deus
Deus vive dentro do homem.
Mas o homem enxerga Deus
Com o tamanho da sua fome.
Já quem é materialista
Deus é o que ele consome.

Certo ou errado eu não sei
Consultei o Deus que eu tenho
Ele disse para eu moer
Com as moendas do meu engenho
Pra não ser “aceita tudo”
Nem ser um crítico ferrenho.

Sou “metamorfose ambulante”
Mas defendo as minhas verdades.
Algumas são diferentes
Daquelas da mocidade
Outras estão inteirinhas
Não mudou com idade.

Qualquer um pode julgar
Esse meu modo de ser.
Esse julgamento é feito
Pelo modo de se vê
Só não posso acreditar
Em tudo que alguém crer.

Nem tudo que diz um poeta
É aquilo que ele sente.
Poeta é só um intérprete
Do que pensa muita gente.
Não é verdadeiro em tudo
Nem em tudo que fala – ele mente.

Se ofendi a alguém
Nessa minha narração
Se fui contra a um princípio
De alguma religião
Juro de pés juntos e confesso
Não foi a minha intenção.

O cordel contraditório
Tem falhas que muitos têm
Pode até acertar
Conforme os olhos de alguém
Mas “o olho que tudo vê”
Só de Deus e mais ninguém.

 

Egidio T. Correia é poeta,
membro da Academia Vitoriense de Letras, Artes e Ciência

Você também é escritor, poeta ou compositor vitoriense? Envie o seu texto para ser publicado no fim de semana cultural. E-mail: contato@blogdopilako.com.br

Incêndio: fogo destrói Supermercado Palácio do Alimentos no centro da Vitória!

Uma coisa é assistirmos pela televisão uma tragédia. Por mais que as cenas nos sensibilizem e nos choquem, fazendo com que sintamos a dor daquelas pessoas que, normalmente, estão fora do nosso círculo de amizade, basta mergulharmos em outra atividade para que nossos pensamentos sigam noutra direção. Tragédias e broncas, mundo a fora, acontecem todos os dias.

Outra coisa é “olhar com os próprios olhos”, sentindo na pele o calor das chamas, engolindo o gosto amargo das cinzas e inalando o ar do infortúnio, tal qual, nesse momento, estão sujeitas as pessoas amigas, vinculadas diretamente ao Supermercado Palácio dos Alimentos.

Segundo informações de populares o incêndio que destruiu, hoje (19),  a loja central do Supermercado Palácio dos Alimentos, localizado na Avenida Mariana Amália, centro comercial, começou ainda de madrugada. O corpo de Bombeiros foi acionado. O teto do prédio desabou. Não houve vítimas fatais, apenas danos materiais.

As imagens circularam pelas redes sociais e os programas televisivos do estado noticiaram o fato com destaque. Durante todo o dia, populares  e curiosos se aglomeraram no entorno de prédio,  e uma fumaça turva circulou nos céus antonenses.

Ao amigo proprietário da “Rede Palácio dos Alimentos”, que esteve acompanhando os trabalhos, juntamente com o Corpo de Bombeiros e todos os envolvidos, resta-lhe paciência e muita fé. Aliás, não custa nada lembrar que a  disposição para o trabalho é algo inerente ao seu ser, até porque para quem saiu da “zona rural” e prosperou na atividade comercial na “cidade”, “ levantar, sacudir a poeira (cinzas) e dá a volta por cima”,  é só uma questão de tempo! #FORÇAJAILTON#

Veja os vídeos.

A “Banda Rua Aurora” faz show no Pátio da Matriz na próxima quinta (21).

Com uma proposta diferente a “Banda Rua Aurora” procura reunir estilos musicais distintos. Formada por jovens, o grupo aposta nas letras próprias e nas melodias originais. Eis aí, portanto, o caminho legitimo, percorrido pelos que conseguiram o apogeu do reconhecimento.

Na noite da próxima quinta (21) a “Banda Rua Aurora” se apresentará na Matriz e tem como principal objetivo a arrecadação de donativos – alimentos não perecíveis, fraldas geriátricas, brinquedos, livros – para serem distribuídos nos  festejos desse final de ano.

Banda Rua Aurora
Quinta-feira – dia 21/12 – 20h
Pátio da Matriz

Livros – Apelidos Vitorienses – continuam disponíveis à venda!!

Aos amigos conterrâneos, quer estejam residindo ou não na nossa terra-mãe, informo que ainda possuo exemplares do nosso Projeto Cultural, intitulado “Apelidos Vitorienses”, disponíveis à venda. No volume um, narramos à origem dos seguintes apelidos:

Além do meu apelido (Pilako), catalogamos: Americano, Batifino, Baleado, China Contador, Doutor do Posto, Fernando Diamante, Furão, Giba do Bolo, Heleno da Jaca, João de Qualidade, Lavoura, Mané Mané, Manga Rosa, Matuto, Nanãe, Natal do Churrasquinho, Olho de Pires, Moleza, Pindura, Pirrita, Toco, Tonho Trinpa, Torto e Zé Catinga.

Nesse segundo volume estão:

Babai Engraxate, Novo da Banca, Pea Preta, Branca, Gongué, Vei Eletricista, Brother, Bambam Água, Zé Ribeiro, Regis do Amendoim, Val da Banca, Pirraia do Feijão, Pituca, Junior Facada, Pezão, Moreno, João Potó, Touro, Lino, Eraldo Boy, Cocota, Castanha, Miro da Cachorra, Nininho e Neném da Joelma.

Local de venda – Redação do Blog do Pilako – Praça Leão Coroado.

Valor: Volume 01 – R$ 30,00 / volume 02 R$ 30,00

Contato: 9.9192.5094 ou pelo zap 9.8456.4281

Obs: Para as vendas fora da cidade, somar despesas postais.

Momento Cultural: Nesse café recifence (poesia) – por Rildo de Deus

No tempo que eu era elfo
e não sentia cheiro da morte,
comia flor e semente,
nozes, muitas nozes

Bebia néctar nas flores,
vivia na luz do sol
QUENTE
Topei certa vez com uma vampiro
Que me achou pelo rastro
de meu sangue ardente
Bebeu-me a vida
Depois limpou a boca
como se limpa precedendo a lapada
do quartinho de aguardente

Gula vampiresca,
estupidez de ignorantes
No meu corpo só corria ambrosia
Comida de deuses

Ela caiu envenenada
Melhor que tivesse me engolido,
como fazem com os bois,
as serpentes.
Fomos amaldiçoados,
mesmo assim, eu inocente
Aqueles dente afiado
me tirou o sangue ardente

Já era, eu imortal,
elfo só tem precedente
Vampiro é tipo fino
Pena que come gente

Entre os vampiros
me considerarão pária.
Entre os elfos
eu caminhava pueril.
Era um ser do dia,
beijava girassóis,
Imortal, ser como um rio,
Pincel, pincéis, rouxinóis
Considerado entre eles
não é o que foi transformado
Mas, o que se tornou, por si;
Nobre, bonito, inteligente
A primeira noite que passei acordado,
foi por causa que me cresciam os dentes;
caninos felinos,
Unicúspides, alvo, crescentes

Grito, pro sol quando ele nasce:
Não me mate!
Me salve! Me salve! Me Salve!
Mãe foi quem desceu
logo, seu nome é Aurora
Só olhava e dizia:
Se afaste!, se afaste!, afaste!

Tu eis filho meu,
por Eu eis amado
Você agora é notívago
do escuro faça seu reinado
Nas trevas tem luz,
você precisa encontrar
Espelho não tem, ali não procure
Primário e secundário, reflexo você já perdeu

Seja feliz meu filho,
todo mudou e você cresceu
Agora eis vampiro
Vá embora, vá embora
Já amanheceu.

Rildo de Deus é Escritor e Estudante de Filosofia da UFPE

O Tempo Voa: V Festival do Vinho (1984)

Foto: acervo pessoal do blogueiro

Registro fotográfico do V Festival do Vinho, realizado em 1984, promovido pelo Lions Club da Vitória. Da esquerda para a direita: Laércio, Fernando Dantas, José Luis Freitas, Milton Bandeira, Vandi Lira, Membro da família do vinho Carreteiro (azul), Roberto Sotero, Zito Mariano, Carlos Breckenfeld, Jarbas Lemos, José Luiz Ferrer e Carlos Peres. Agachados: Rubens de Deus e Célio Meira Neto.

Imbiziga – Zezé do Forró

Do novo CD de Zezé do Forró, ouça a música IMBIZIGA, de autoria dos vitorienses Aldenisio Tavares e Samuka Voice.

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Aldenisio Tavares

CEMUVI – um “ponto fora da curva” no contexto administrativo/político local!

Na noite do domingo (17) fizemos um registro da apresentação da Orquestra Sinfônica Jovens da Vitória. Esse projeto, tocado pelo CEMUVI – Centro de Música da Vitória – é algo extraordinário, em todos os sentidos. Aliás, a música transforma, ascende e eleva, sobretudo nas camadas sociais em que as oportunidades rareiam.

Nesse sentido existem dois registros positivos a serem feitos:

Primeiro: a criação e efetivação do CEMUVI pela gestão do Governo de Todos, comandada pelo então prefeito Elias Lira.

Segundo: à continuidade dessa ação pela nova gestão que assumiu, a partir de janeiro de 2017, comandada pelo prefeito Aglailson Junior.

Relacemos, porém, que isso não é comum na nossa cidade – bons projetos e a continuidade dos mesmos, tocado por outro grupo político. Certamente louvemos essa obra ao nosso padroeiro Santo Antão que, certamente,  operou de maneira proativa milagrosa nesse contexto.

A título de sugestão, ao novo prefeito e toda sua equipe, gostaria de realçar o projeto social (musical) que já vem colhendo frutos e cumprindo o seu papel transformador, com louvou e reconhecimento há muito tempo na nossa cidade. O IAPAC – Instituto de Assistência Profissional da Criança e Adolescente – dirigido pelo Maestro Freire,  é um instituição importante para Vitória de Santo Antão, principalmente pelo seu caráter transformador e agregador.

De resto, concluo, que, do ponto de vista político/administrativo local,  visualizo o CEMUVI como um “ponto fora da curva”, pois, normalmente, nossos gestores  costumam dá prosseguimento às ações que não interessam a maioria da população e estacando alguma “fagulha” de lucidez e bom senso administrativo. Sendo assim, segue um duplo “parabéns”: para o Elias Lira e para o Aglailson Junior…..

“Mestre Aderaldo”: nunca deverá ser esquecido pelos vitorienses…

Na noite da sexta (15) nossas lentes registraram, no calçadão da Igreja da Matriz, o movimento musical para lembrar a passagem da data natalícia de uma das figuras mais importantes da cena musical da nossa cidade.

O Tributo ao Maestro Aderaldo, promovido pelo compositor Guilherme Pajé e os maestros das Orquestras Ciclone e Venenosa, Givaldo e Silvano, respectivamente, executaram musicas natalinas e clássicas, assim como o nosso tradicional frevo pernambucano.

Também conhecido por “Mestre Aderaldo”, o mesmo, entre outros, deixou como legado para nossa cidade,  várias gerações de músicos formados muitos deles, hoje, atuando profissionalmente nas bandas das Forças Armadas. Na ocasião, fizemos um registro em vídeo.

Pitú lança latinha especial de Réveillon: Cachaçaria pernambucana distribuiu três milhões de unidades do Norte ao Sul do País

 Como forma de presentear o público consumidor de cachaça, bebida que é genuinamente brasileira, o Engarrafamento Pitú distribuiu três milhões de latinhas com embalagem comemorativa ao Réveillon em todos os estados do País, da região Norte a Sul. As unidades de 350 ml da aguardente ganharam uma roupagem especial com elementos típicos da passagem ao ano, a exemplo de fogos de artifícios e amuletos para dar sorte em 2018. Além disso, o diferencial da criação assinada pela agência Ampla Comunicação está nas possibilidades de leitura da ilustração, que traz motes que podem ser interpretados com a lata virada para cima ou para baixo, fazendo um trocadilho: virada da resenha / resenha da virada. O produto especial foi batizado como “Lata da Virada” e já pode ser adquirido pelos colecionadores e apreciadores de cachaça.

Latinhas temáticas – Como já é tradição, a Pitú lança periodicamente embalagens temáticas para suas latinhas de 350 ml da cachaça “branquinha”. O layout personalizado é lançado em quatro datas comemorativas do ano: Carnaval, Abril pro Rock, São João e Réveillon. Para o presidente da Pitú, Alexandre Ferrer, a ideia de criação dos produtos com ilustração diferenciada é estreitar ainda mais a relação de afetividade que existe entre a cachaçaria e os apreciadores de aguardente. “Também é uma forma de registrar na memória momentos especiais, comemorativos”, complementa Alexandre Ferrer.