Este é Fernando Soares Lyra – por @historia_em_retalhos.

Filho do ex-prefeito de Caruaru, João Soares Lyra Filho, Fernando cresceu naquela cidade no seio de uma família tradicional, da qual também fazem parte o seu irmão, o ex-governador de Pernambuco João Lyra Neto, e a atual governadora do estado, Raquel Lyra, sua sobrinha.

Combativo e eloquente, Fernando começou a sua carreira política no MDB, sigla pela qual foi eleito deputado federal em 1970, 1974 e 1978.

Em 1971, fundou, junto com Chico Pinto (BA), Alencar Furtado (PR), Marcos Freire (PE) e outros, o grupo dos “autênticos do MDB”, única frente parlamentar que fazia oposição de verdade à ditadura militar.

Figura central do período histórico das “Diretas Já”, Fernando tornou-se homem de confiança de Tancredo Neves, ocupando o papel de coordenador político de sua campanha ao Planalto em 1985.

Com a morte de Tancredo, José Sarney, seu vice, respeitou a indicação do mineiro e manteve a nomeação de Lyra para o Ministério da Justiça, tendo o pernambucano levado consigo uma equipe de notáveis, dentre eles, Cristóvam Buarque (chefe de gabinete) e José Paulo Cavalcanti Filho (secretário geral).

Na noite de 29 de julho de 1985, apenas 98 dias após a morte de Tancredo, Lyra oficializou a medida mais importante de sua gestão à frente do MJ: o fim da mordaça e da repressão à liberdade de expressão, em um ato público que reuniu mais de 700 artistas, intelectuais, produtores culturais e jornalistas no Teatro Casa Grande, no Rio de Janeiro.

Empunhando um simbólico tesourão, o ministro da Justiça declarou extinta a censura no Brasil, com a sua substituíção por um Conselho Nacional da Defesa da Liberdade de Expressão, cujos integrantes, em vez de proibirem livros, filmes, músicas, peças etc passariam a submetê-los a um sistema classificatório por faixa etária.

Euforia no salão.

“Quem tem medo da liberdade?”, indagou Darcy Ribeiro, então vice-governador do Rio.

No que ele próprio (Darcy) respondeu: “um grupo pequeno, minoritário, mas sempre perigoso”.

Pelas mãos do bacharel de Caruaru, estava decretado o fim da censura no Brasil.

#ditaduranuncamais
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Corrida e Caminhada da Vitória: VIDA SAUDÁVEL É O QUE INTERSSA!!!

Faltando praticamente um mês para a realização da terceira edição da Corrida e Caminhada da Vitória, evento esportivo com foco à chamada “Vida Saudável”, poderíamos dizer que  as inscrições para participar da mesma chegou em sua reta final.

Amplamente anunciada, as inscrições com preço de segundo lote seguem até o dia 1º de abril ou até o preenchimento das vagas. As mesmas (inscrições) poderão ser efetivadas de 3 formas: Pelo Site http://www.uptempo.com.br, presencialmente na Loja Monster Suplementos ou pelo whatsApp 9.9420.9773 (para grupos, assessorias, academias e etc).

Na vitrine da grande mídia nacional, a modalidade esportiva “corrida de rua” virou moda. Além de todos os benefícios vinculados à pratica regular do exercício físico, a corrida de rua cumpre um excelente papel quando o quesito é sociabilizar. Que ainda não corre, também poderá participar da “caminhada” que será de 4km. E aí, vamos nessa?

SERVIÇO:

3ª Corrida da Vitória – 28 de abril de 2024. Corrida 7km – Caminhada 4km – Concentração às 6h – Largada às 7h. Troféu – Premiação Geral do 1º ao 5º colocado – masculino e feminino. Troféu – Premiação Faixa Etária – 1º ao 5º colocado Primeira faixa etária: até 39 anos. Segunda faixa: dos 40 anos aos 49 anos. Terceira faixa: dos 50 anos aos 59 anos. Quarta faixa etária: dos 60 anos aos 69 anos. Quinta faixa etária: dos 70 a mais. OBS: NÃO HAVERÁ PREMIAÇÃO EM DINHEIRO! Inscrições on-line: www.uptempo.com.br Inscrições grupos: 81-9.9.9420.9773 Inscrição presencial: Loja Monster Suplementos – Rua Valois Correia – 96 – Matriz – Vitória. Valor Inscrição: Kit completo – corrida ou caminhada – R$ 95,00 Kit  – sem a camisa – corrida ou caminhada – R$ 80,00  – 2º LOTE ATÉ O DIA 01 DE ABRIL OU ATÉ ESGOTAR AS INSCRIÇÕES.:

 

HOUVE UM TEMPO, LEMBRO BEM DELE…. – por Lucivanio Jatobá.

Em que a Semana Santa era um período de extrema tristeza, pois trazia à tona o sofrimento e o assassinato de Jesus Cristo. A partir da Quarta-feira Santa, e sobretudo entre a Quinta e a Sexta-feira ( santas), as rádios de Pernambuco, sem exceção, só tocavam musica clássica até a meia noite do Sábado de Aleluia.

As igrejas católicas ficavam sombrias, com os santos e santas envolvidos por um tecido roxo. Havia ainda pelas ruas das cidades a Procissão do Senhor Morto, uma procissão muito triste, que era iniciada por um som ritmado de uma matraca. Os sinos das igrejas ficavam tocando incessantemente, emitindo um som fúnebre.

Agora, vive-se um tempo de absoluta indiferença ao sofrimento e ao absurdo assassinato de Jesus Cristo. Um feriado prolongado permanece. E é usado para se tomar cachaça, ouvir “bregas” imorais e etc e tal… Sinceramente, deveria ser abolido o feriadão da Semana Santa. Os verdadeiros cristãos fariam as suas orações em igrejas ou praças públicas. Lembrariam da Paixão de Cristo. Feriado agora para quê, mesmo? Para alimentar o quê, mesmo? A fé? Que fé?

Lucivanio Jatobá

 

RAIOS DE MADRUGADA – por Sosígenes Bittencourt.


De madrugada, choveu lá longe. A chuva, em cima do calor escaldante, gerou raios. Um deles acendeu o meu celular, plugado na tomada, e fez menção de ligar o meu ar-condicionado.

Parecia o prelúdio do Fim do Mundo, a alvorada do Apocalipse. Genocídios pelo Poder, Tráfico de Drogas, Liberticídios, Pecados Capitais. Até os ateus envergam-se, diante de tão incógnita Grandeza, e apelam pela existência de Deus

Sosígenes Bittencourt

“Cadeira do Dragão” – por @historia_em_retalhos.

Um dos instrumentos de tortura mais terríveis utilizados no ciclo da ditadura militar brasileira era a famigerada “cadeira do dragão”.

Muito utilizada pelo DOPS e pelo DOI-CODI, a estrutura do assento era feita de madeira e coberta com uma folha de zinco, ligada a um regulador de voltagem, que a transformava em uma “cadeira elétrica caseira”.

O indivíduo torturado era preso aos pulsos por cintas de couro e, em seguida, eram amarrados fios em suas orelhas, língua, em seus órgãos genitais (enfiado na uretra), dedos dos pés e seios (no caso das mulheres).

Para completar, água era jogada sobre o seu corpo completamente nu, o que fazia com que a força do choque fosse elevada ao extremo.

Mas, não parava por aí.

O pior era a pressão psicológica.

O torturador costumava descrever tranquilamente as consequências do aparelho (como convulsões e perda do controle intestinal), liberando alguns choques para confirmar a sua argumentação.

Se isso não surtisse efeito, era liberada uma descarga elétrica completa.

O preso, então, sentia todo o corpo tremer, especialmente as partes em contato com o zinco.

A duração e a intensidade eram controladas para não o matar, podendo ser aumentadas a cada dose, que eram alternadas com espancamentos.

Este perverso e desumano método de tortura foi aplicado em diversos presos políticos no Brasil, como Frei Tito, o protagonista do nosso último retalho.

60 anos do golpe militar de 1964.

Lembrar para não esquecer.

#ditaduranuncamais

A quem interessar, recomendo o livro “Brasil: nunca mais” de Dom Paulo Evaristo Arns.

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RELÍQUIA DE DONA DAMARIZ – por Sosígenes Bittencourt.

Esta é uma relíquia que não negocio por muita grana. É um frasco de Nescafé, bordado a pincel por minha tia Silonita e presenteado a minha mãe. A razão de não usá-lo ou negociá-lo é uma exigência de minha genitora, que minha tia Ricardina, ainda lúcida, poderá asseverar. Mamãe não queria que mexessem neste frasco, nem para colocar comida na geladeira.
É reverência, é memória, é relíquia e um tchau para o Mal de Alzheimer.

Sosígenes Bittencourt

Um novo ciclo no caso da Marielle…..

Ainda com a investigação em curso, podendo aparecer fotos novos, durante o domingo (24) a grande imprensa deu destaque ao fato da Polícia Federal haver prendido os envolvidos no caso em que a vereadora da cidade do Rio de Janeiro e o seu motorista foram assassinados em via pública.

Desde o ocorrido, lá em 14 março de 2018, que ganhou  grande repercussão dentro e fora do Brasil, as autoridades dormiam e acordavam com a incômoda pergunta: quem matou e quem  mandou matar a Marielle?

Independente do campo de atuação política – direita, centro ou esquerda – não podemos normatizar o fato de um parlamentar ser assassinado em via pública. Para sobrevivência e até o fortalecimento do sistema democrático, casos dessa natureza precisam e devem ser elucidados. Independente da patente de quem participou, de maneira  direta ou indireta.

O caso Marielle, doravante, entra num novo ciclo. Seus familiares tem o direito de saber a verdade. Ganha, também, o Brasil. No sentido da tão impregnada cultura política da  impunidade.

Corrida e Caminhada da Vitória: inscrições do 2º lote disponíveis à venda…..

3ª Corrida da Vitória – 28 de abril de 2024. Corrida 7km – Caminhada 4km – Concentração às 6h – Largada às 7h. Troféu – Premiação Geral do 1º ao 5º colocado – masculino e feminino. Troféu – Premiação Faixa Etária – 1º ao 5º colocado Primeira faixa etária: até 39 anos. Segunda faixa: dos 40 anos aos 49 anos. Terceira faixa: dos 50 anos aos 59 anos. Quarta faixa etária: dos 60 anos aos 69 anos. Quinta faixa etária: dos 70 a mais. OBS: NÃO HAVERÁ PREMIAÇÃO EM DINHEIRO! Inscrições on-line: www.uptempo.com.br Inscrições grupos: 81-9.9.9420.9773 Inscrição presencial: Loja Monster Suplementos – Rua Valois Correia – 96 – Matriz – Vitória. Valor Inscrição: Kit completo – corrida ou caminhada – R$ 95,00 Kit  – sem a camisa – corrida ou caminhada – R$ 80,00  – 2º LOTE ATÉ O DIA 01 DE ABRIL OU ATÉ ESGOTAR AS INSCRIÇÕES.

Para mais informações: 9.9420.9773

 

I Painel do Mês Rita Maria da Silva Lima disponível! – OAB

No dia 27 de março, às 09:00h, nós da Comissão de Direito à Cidade, Comissão da Diversidade Sexual e de Gênero e Comissão em Defesa dos Direitos da Mulher Advogada, estaremos recebendo convidadas muito especiais para conversar sobre a importância das mulheres advogadas na política da Ordem dos Advogados do Brasil.

O Painel “A Palavra de Ordem é Igualdade” será integrado por:

Ingrid Zanella, vice-presidente da OAB/PE;

Anne Cabral, presidente da CAAPE;

Adriana Rocha, ex conselheira federal da OAB, advogada militante e professora de Direito Constitucional na UNICAP.

O evento durará o dia inteiro, iniciando às 9h e contará com certificado de 07:00h aula para carga horária complementar, emitido pela Escola Superior da Advocacia.

Nos próximos dias divulgaremos o Painel II, extremamente potente. E aí, curiosas para saber quem são as próximas palestrantes?

O evento está imperdível, viu?!

✍🏻 Inscrições no link: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSeF8nxKaxnayVKvY49-_WMGFwljhMJTJEQyTPJzAOwDt1bKnA/viewform

OAB – Vitória de Santo Antão. 

Cascatinha da Matriz – por Sosígenes Bittencourt.

(A Cascatinha da Matriz e Manoelzinho de Horácio)

Papai me contava e mamãe assevera que quem construiu essa praça, chamada Dom Luis de Brito, foi Horácio de Barros, pai de Manoelzinho Rangel. Depois, diz que Horácio de Barros não foi à inauguração da obra, porque estava acometido de Tifo. Assistiu ao evento, debruçado na janela de sua casa, na Rua Imperial, popularmente conhecida como Rua do Meio.

Era nessa Cascatinha que Manoelzinho de Horácio tomava cachaça com caramelo de menta, contava piada, soltava lorota e empulhava o mundo. Manoelzinho de Horácio partiu para a Eternidade aos 73 anos, já faz algum tempo. Ele contava que o médico que lhe tirou o baço e garantiu-lhe um ano de existência morreu primeiro.

Certa vez, Manoelzinho de Horácio me contou que fez um frio tão grande em Vitória de Santo Antão que o Leão Coroado, na frente da Estação Ferroviária, saiu do monumento e foi se esconder dentro de uma barbearia do outro lado da Praça. Manoelzinho de Horácio era jogador de futebol. Diz que, um dia, ele foi bater um pênalti, quando o adversário Tenente Índio o ameaçou: – Se fizer o gol, me apanha! Manoelzinho não teve dúvida, furou o gol e saiu correndo do estádio José da Costa, solto na buraqueira, pelo Dique afora.

Sosígenes Bittencourt

O Frei Tito – por @historia_em_retalhos.

Este é o religioso Tito de Alencar Lima, o Frei Tito.

Frei Tito nasceu em Fortaleza/CE.

Desejando uma vivência espiritual mais intensa, escolheu a ordem dominicana para consagrar-se como religioso.

Por sua militância no meio estudantil e sua consciência social, passou a ser suspeito da ditadura militar brasileira.

Em 12 de outubro de 1968, foi preso por participar do 30.º Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE) em Ibiúna/SP, após ser fichado pela polícia e tornar-se alvo de perseguição do regime.

Naquela ocasião, teve um papel importante para conseguir o sítio onde foi realizado o congresso.

Foi preso pela segunda vez no dia 4 de novembro de 1969, junto com outros dominicanos, dentre eles, Frei Betto, Fernando de Brito, Ivo Lesbaupin, Roberto Romano e João Valença, pela equipe do delegado Sérgio Paranhos Fleury, do DOPS.

Preso, torturado quase ao ponto de morrer, é banido do país, quando sai com outros prisioneiros políticos, em troca da liberdade do embaixador suíço Giovanni Bucher.

Viveu no Chile, que também era dominado pelos militares.

Continua seu exílio, agora rumo à Europa: primeiro, Itália, depois, França.

Algo, porém, o acompanhava.

A tortura sofrida continuou a destruí-lo por dentro: delírios, desesperação, lembrança viva dos algozes, necessidade de autodestruição.

Tito sofreu horrores na prisão: pau de arara, choques elétricos na cabeça, nos órgãos genitais, pés, mãos e ouvidos, socos, pauladas e palmatórias.

Foi preso também na chamada “cadeira do dragão”, local em que o torturado é queimado com cigarros.

Na prisão, escreveu sobre a tortura que viveu e este documento transformou-se em um símbolo da luta pelos direitos humanos.

Longa agonia.

Traumatizado pela tortura, submeteu-se a um tratamento psiquiátrico e, no dia 10 de agosto de 1974, cometeu suicídio.

Poucos dias antes de morrer, porém, escreveu na sua agenda:

“São noites de silêncio
Vozes que clamam num espaço infinito
Um silêncio do homem
e um silêncio de Deus”.

Em 25 de março de 1983, o seu corpo chegou ao Brasil.

Antes de ir para Fortaleza, passou por São Paulo, onde foi realizada uma celebração litúrgica em sua memória.

Cercado por bispos e sacerdotes, Dom Paulo Evaristo Arns repudiou a tragédia da tortura em missa acompanhada por mais de quatro mil pessoas.
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Um detalhe que poucos sabem: a missa foi celebrada em trajes vermelhos, usados em celebrações dos mártires.
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Em 2021, a rua no bairro Vila Leopoldina em São Paulo anteriormente batizada em alusão ao torturador Sérgio Fleury foi rebatizada em sua homenagem.
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A quem interessar, recomendo o filme “Batismo de sangue”, de Helvécio Ratton. 🎥
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#ditaduranuncamais
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Corrida e Caminhada da Vitória: inscrições do 2º lote disponíveis à venda…..

3ª Corrida da Vitória – 28 de abril de 2024. Corrida 7km – Caminhada 4km – Concentração às 6h – Largada às 7h. Troféu – Premiação Geral do 1º ao 5º colocado – masculino e feminino. Troféu – Premiação Faixa Etária – 1º ao 5º colocado Primeira faixa etária: até 39 anos. Segunda faixa: dos 40 anos aos 49 anos. Terceira faixa: dos 50 anos aos 59 anos. Quarta faixa etária: dos 60 anos aos 69 anos. Quinta faixa etária: dos 70 a mais. OBS: NÃO HAVERÁ PREMIAÇÃO EM DINHEIRO! Inscrições on-line: www.uptempo.com.br Inscrições grupos: 81-9.9.9420.9773 Inscrição presencial: Loja Monster Suplementos – Rua Valois Correia – 96 – Matriz – Vitória. Valor Inscrição: Kit completo – corrida ou caminhada – R$ 95,00 Kit  – sem a camisa – corrida ou caminhada – R$ 80,00  – 2º LOTE ATÉ O DIA 01 DE ABRIL OU ATÉ ESGOTAR AS INSCRIÇÕES.

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