Alcoólicos Anônimos da Vitória – um breve relato…

Recebi, ontem (10), da colega Imortal da AVLAC – Academia Vitoriense de Letras, Artes e Ciência -, Marie Cavalcantti, um “panfleto” realçando um fato curioso, ocorrido na nossa cidade, envolvendo a história do A.A. antonense. Abaixo, portanto, segue as informações recebidas.

“A primeira mulher a fazer parte do AA em Vitória foi Noêmia Barnabé como participante honorífica. Foi entitulado madrinha do AA. Ela não era alcoolista mas pediu para fazer parte dessa associação para ajudar os dependentes químicos e muito o fez . Sua participação dentro do AA foi bastante frutífera com vários depoimentos . Atuando por mais de 25 anos”

Marie Cavalcantti. 

3º Corrida da Vitória – Educação Patrimonial.

Qualificada como uma das praças mais bonitas do interior de Pernambuco a Praça da Restauração, inaugurada pelo então prefeito Manoel de Holanda, em 24 de janeiro de 1954, em 2024,  chegou aos seus 70 anos, sem perder sua majestade,  ou seja: continua um espaço moderno e agradável.

Vale lembrar, também, que  sua denominação e data de inauguração carregam em si a bandeira do simbolismo. Em 1954, por ocasião das comemorações do Tricentenário da chamada “Restauração Pernambucana”, movimento épico ocorrido em terras pernambucanas, deflagrado,  efetivamente,  no nosso Monte das Tabocas,  em 03 de agosto de 1645, alguns espaços importantes foram “batizados” com essa “grife”, isto é: “Restauração” – o Hospital da Restauração, em Recife, é o exemplo mais famoso.

Portanto, para realçar a passagem dos 70 anos da nossa Praça da Restauração, resolvemos, por ocasião da 3ª Edição da Corrida e Caminhada da Vitória, estampar, na medalha e troféu,  uma réplica da ponte que adorna o seu canteiro central. É assim, com sentimento, conhecimento e ação concreta que contribuímos para o fortalecimento da tão esquecida “Educação Patrimonial”. Viva os 70 anos da nossa Praça da Restauração.

 

 

Narciso Ferreira dos Santos Neto, conhecido como Narcisinho – por @historia_em_retalhos.

3 de julho de 1991.

O jovem Narciso Ferreira dos Santos Neto, conhecido como Narcisinho, tinha apenas 12 anos, quando foi raptado na cidade de Carpina/PE, ao retornar para casa da escola.

A notícia logo se espalhou e o clima de comoção paralisou o pacato e recém-emancipado município da zona da mata norte de Pernambuco.

Pouco tempo depois, os sequestradores entraram em contato com a família e exigiram a quantia de 3 milhões de cruzeiros pelo resgate.

Na época, era uma fortuna.

Desesperado, o pai do menino, Narciso Ferreira, recorreu à ajuda da população e à própria prefeitura, conseguindo angariar o valor do resgate.

O garoto, contudo, não apareceu.

Seis meses após o desaparecimento, uma ossada fora encontrada no Engenho Trapuá, no município vizinho de Tracunhaém.

A perícia concluiu que os restos mortais seriam de uma “pessoa do sexo masculino, com idade entre 11 e 14 anos e estatura em torno de 1.40m”.

Após análise da arcada dentária, foi divulgado que o corpo pertenceria a Narcisinho.

Várias pessoas foram acusadas de participar do sequestro, entre elas, Ronaldo, tio do garoto, José Agrício de Souza, policial civil (foto), Edílson José, amigo de Agrício, e Nivaldo Cavalcanti, que seria pistoleiro.

Sem encontrar Nivaldo, a polícia prendeu os três suspeitos, os quais, ao fim, foram condenados a mais de 30 anos de prisão.

Uma reviravolta, porém, estava por vir.

Oito anos após as condenações, um exame de DNA concluiu que a ossada encontrada não pertencia ao menino.

Os acusados Ronaldo, Agrício e Edílson foram novamente julgados e, desta vez, absolvidos.

Mesmo após essas descobertas, ainda não se sabe, ao certo, o que aconteceu com Narcisinho e se ele realmente foi assassinado.

A família ficou profundamente dividida e a sequência de erros do sistema de justiça tornou o caso um dos maiores mistérios da história de Pernambuco.

Até hoje, muitas pessoas acreditam que o pai do jovem estaria diretamente envolvido com o caso.

Questina-se o fato de que o pai de Narcisinho estava com uma grande dívida, que, coincidentemente, era do mesmo valor pedido no resgate: 3 milhões de cruzeiros.

Com um detalhe: esse valor foi pago, em grande parte, com dinheiro público.
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Além disso, foi muito criticada a postura do pai do menino de utilizar a imagem do filho desaparecido em sua campanha política para a prefeitura de Tracunhaém, na qual se sagrou vencedor.
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Agora, o detalhe mais intrigante: pouco antes do suposto sequestro, a irmã e o pai de Narcisinho viajaram para o exterior e, desde então, os pais do jovem viajam com certa frequência para fora, o que contribui muito para suscitar ainda mais dúvidas sobre o caso.
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Muitas pessoas acreditam que Narcisinho está vivo e morando nos EUA, hoje, com 45 anos de idade.
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A seu favor, Narciso pai afirmava que o fato de o DNA ter dado negativo não significava que o garoto estava vivo, nem que os condenados seriam inocentes, sustentando, ainda, que o túmulo de seu filho havia sofrido violação.
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Uma coisa é certa: o corpo de Narcisinho jamais foi encontrado e, até hoje, 33 anos depois, tudo segue sem solução.
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No ano 2000, a CPI do Narcotráfico reabriu o caso, sem também apresentar conclusões.
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Onde está Narcisinho❓
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A quem interessar, recomendo o podcast “Café com Crime: caso Narcisinho, o maior enigma policial de Pernambuco”.🎙️
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Juiz Eliezer Siqueira de Sousa Júnior – por Sosígenes Bittencourt.

Sinto-me, absolutamente, grato, em nome do sacerdócio de minha profissão – exercida com inteireza de caráter, pela professora Damariz, minha genitora e incentivadora – ao Excelentíssimo juiz Eliezer Siqueira de Sousa Júnior, pela postura moral-filosófica, em Tobias Barreto, Estado de Sergipe, diante do desrespeito ao nobre exercício do Magistério.
Dura Lex, Sede Lex.

Tudo, sem estudo, é nada.

Sosígenes Bittencourt

Ailton Krenak – por @historia_em_retalhos.

Em noite histórica, Ailton Krenak toma posse na Academia Brasileira de Letras, 37 anos após impactar o país em discurso na Assembleia Nacional Constituinte em 1987.

Usando uma bandana indígena junto com o fardão, afirmou:

“Eu não sou mais do que um, mas eu posso invocar os 300. Nesse caso, os 305 povos que nos últimos 30 anos do nosso país passaram a ter a disposição de dizer “estou aqui””.

Foi uma noite de quebra de protocolos e formalismos.

Os convidados degustaram uma sopa com bases indígenas: água de bica, mandioca, banana da terra, banana verde e cogumelos shitake criados no tronco.

A Casa de Machado de Assis, que ao longo da sua história teve como missão a preservação e o desenvolvimento de um único idioma, o português, finalmente, abre os seus horizontes para as mais de 180 línguas dos povos originários deste país.

Esse é o encontro do Brasil consigo mesmo.

Parabéns, @_ailtonkrenak.
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3ª Corrida e Caminhada da Vitória: inscrições encerradas!!!

Com a primeira postagem realizada no dia 15 de novembro –  confirmando à data do evento –  demos inicio ao processo de efetivação visando a 3ª Edição da Corrida e Caminhada da Vitória, que terá sua culminância no domingo, dia 28 de abril do corrente.

Concebido para agradar atletas nos mais variados estágios de condicionamento físico, o evento avançou e ampliou seu raio atuação, ou seja: um evento para congregar pessoas simpáticas ao estilo da chamada “Vida Saudável”.

Com efeito, hoje,  05 de abril, nas mais diversas plataformas de comunicação, anunciamos o enceramento das inscrições. Fruto de um trabalho sério, com planejamento e profissionalismo, aproveitamos para agradecer aos nossos patrocinadores e também aos atletas envolvidos. “Vamos Simbora”  que ainda tem,  até o dia do “ encontro esportivo”,  muito trabalho pela frente…..

Momento Pitú.

Em todo álbum de família, tem sempre uma Pituzinha pra contar história.

Quando o seu avô ficou mais feliz do que o Pelé na Copa de 70, a Pituzinha tava na foto. No churrasco da família, tinha latinha mesa, e até mesmo na praia, quando a versão mix ainda era novidade na sua galera, a Pitú estava lá!

Quem foi Vicente Maria de Holanda Cavalcanti? – por Walmar de Holanda.

Vicente Maria de Holanda Cavalcanti foi um político e comerciante que viveu de 1851 a 1928 em Vitória de Santo Antão, onde foi Prefeito e Presidente da Câmara de Vereadores.

É tio-avô do professor José Aragão, do ex-prefeito Manoel de Holanda, da escritora Martha de Holanda e do poeta Henrique de Holanda, todos netos de sua irmã Maria Alexandrina.

Vicente Maria teve 13 filhos, incluindo o ex-presidente da Câmara de Vereadores José Bonifácio de Holanda Cavalcanti, o jornalista Simplício de Holanda Cavalcanti e o capitão Manoel de Holanda Cavalcanti.

Sendo o mais velho dos sete filhos do antigo subprefeito Alexandre José Maria de Hollanda Cavalcanti (1830-1894), acompanhou o pai nos negócios da loja Relógio Grande (Avenida Barão do Rio Branco, número 23), no Engenho Canavieira e na política local. Ambos estiveram juntos durante o conflito conhecido como Hecatombe do Rosário (1880).

Na época do Brasil Império, filiou-se ao Partido Conservador e participou da política local. Com a chegada da República, filiou-se ao Partido Republicano e se transferiu brevemente para Glória do Goitá, onde foi delegado suplente em 1889 e membro do conselho de intendência em 1890.

Retornou anos depois a Vitória de Santo Antão, onde foi conselheiro da Câmara Municipal nos mandatos de 1901-1904, 1904-1907, 1907-1910 e 1910-1913.

Vicente Maria presidiu a Câmara de Vereadores de Vitória de Santo Antão e chegou a assumir a prefeitura por um breve período de janeiro a março de 1912, quando houve renúncia coletiva do prefeito Henrique Lins Cavalcanti de Albuquerque, do vice João Tavares de Lima e do presidente da Câmara, Antônio de Melo Verçosa.

Foi eleito subprefeito de Vitória de Santo Antão em 1919, sendo empossado no ano seguinte. Acabou renunciando ao mandato em janeiro de 1921, junto ao então prefeito Antônio de Melo Verçosa (marido de Emiliana de Holanda Leite, cuja ascendência na família Holanda é desconhecida).

Viúvo de Belarmina Alexandrina Cavalcanti de Albuquerque desde 1926, Vicente Maria faleceu de gripe pulmonar no dia 31 de dezembro de 1928, aos 77 anos, em Vitória de Santo Antão. Na ocasião, nove de seus treze filhos já haviam falecido antes do pai.

Em sua homenagem, desde 1951 a Rua Jatobá em Vitória de Santo Antão passou a se chamar Rua Vicente de Holanda.

A foto e o recorte de jornal foram deixados por seu neto, o procurador Olavo de Holanda Cavalcanti, falecido em fevereiro de 2021 vítima da covid-19.

Walmar de Holanda Cavalcanti. 

O PENSADOR – por Sosígenes Bittencourt.


De Blaise Pascal: A maior carência do homem é poder fazer tão pouco por aqueles que ama.

De Ariano Suassuna: Eu não fico impressionado quando um avião cai, fico impressionado como é que ele sobe.

De Hermann Hesse: Nada lhe posso dar que já não exista em você mesmo. Eu o ajudarei a tornar visível seu próprio mundo.

De Bernard Shaw: Ninguém faz fofoca sobre as virtudes alheias.
De Domenico de Masi: Quando o trabalho é executado com a cabeça, vai sempre com você.

Reflexivo abraço!

Sosígenes Bittencourt

3º lote: Corrida e Caminhada da Vitória – 28 de abril…

3ª Corrida da Vitória – 28 de abril de 2024. Corrida 7km – Caminhada 4km – Concentração às 6h – Largada às 7h. Troféu – Premiação Geral do 1º ao 5º colocado – masculino e feminino. Troféu – Premiação Faixa Etária – 1º ao 5º colocado Primeira faixa etária: até 39 anos. Segunda faixa: dos 40 anos aos 49 anos. Terceira faixa: dos 50 anos aos 59 anos. Quarta faixa etária: dos 60 anos aos 69 anos. Quinta faixa etária: dos 70 a mais. OBS: NÃO HAVERÁ PREMIAÇÃO EM DINHEIRO! Inscrições on-line: www.uptempo.com.br Inscrições grupos: 81-9.9.9420.9773 Inscrição presencial: Loja Monster Suplementos – Rua Valois Correia – 96 – Matriz – Vitória. Valor Inscrição: Kit completo – corrida ou caminhada – R$ 105,00 Kit sem a camisa – corrida ou caminhada – R$ 90,00 3º LOTE ATÉ ESGOTAREM AS INSCRIÇÕES

Para mais informações: 9.9420.9773

Vitória – Dia Mundial da Conscientização do Autismo.

Registramos na tarde de ontem (02) uma manifestação plural, ocorrida  pelas ruas centrais da cidade e que teve sua culminância na Praça da Restauração, localizada no bairro do Livramento, para justamente celebrara passagem do Dia Mundial da Conscientização do Autismo.

O evento, sintonizado com sentimento global, entre outros objetivos, se propôs a provocar, no bom sentido da palavra, a sociedade para o processo de inclusão: TEA – Transtorno do Espectro Autista.

Um tesouro da Terra Santa – por Marcus Prado.

Não há, nem nunca houve, ao longo de muitos séculos, um território tão disputado pelos peregrinos no mundo cristão, na Semana Santa, como o de Jerusalém. Ali, entre numerosas sugestões turísticas, passando por Santiago de Compostela, perto da Cidade Velha de Jerusalém, centro e teatro do mundo, será visto o mais rico acervo histórico, preservado, sob rigorosa vigilância, inclusive contra atentados de qualquer natureza: o tesouro do Terra Sancta Museum. Um Museu soberbamente concebido e edificado, altamente representativo do Cristianismo, único, composto de peças, a começar, da época do Senhor Salvador Mundo, perto do Jardim de Getsêmani, o local da grande dor, do sofrimento propiciatório e voluntário, que teve papel importante na história e foi cenário de acontecimentos narrados na Bíblia.
Baseio-me no que tenho em mãos, o precioso catálogo de uma exposição desse Museu, editado pela poderosa Fundação Calouste Gulbenkin (Lisboa/2024). Não é só um catálogo, não diz tudo o que Museu guarda: è uma obra-prima de edição gráfica, capa dura, feito por grandes iniciados na pesquisa histórica. Para uma peregrinação, nesta hora, infelizmente, não se recomenda. O noticiário internacional nos diz que não há peregrinação onde não existe Paz.
A documentação do catálogo é composta de presentes de reis católicos da Europa: Espanha, França, Portugal, Sacro Império Romano-Germanico, Reino de Nápoles, além de objetos dos primeiros tempos do Cristianismo. Peças sem equivalentes em qualquer lugar. É o caso de numerosas lâmpadas em ouro, uma delas, a oferecida por Dom Joao V, de Portugal, que pôde escapar às devastações do terremoto de 1755. Vejo um frontal de altar, dotado de profundidade de campo, marcadamente escultórico, realizado em Nápoles (1731); a Santa Cruz de Constantinopla; um relicário em ouro, em forma de cruz, adornado com safiras e diamantes; um tríptico de beleza imponente da apresentação do Menino no Templo; candelabros em esmalte, com detalhe para técnica e o conhecimento de esmaltadores limusinos; importantes conjuntos de peças de ourivesaria com decoração complexa de filigrana, mostram prodigioso exemplo de sincretismo cultural; uma bacia dourada de lava-pés; conjuntos de ricos paramentos que evocam episódios da paixão; vários píxides de extrema beleza; um impressionante báculo pastoral de prata dourada, ornado com gemas engastadas e flores-de-lis. O conjunto de documentos, manuscritos valiosos, mapas, um belo Livro de Horas (Roma, 1410), para mim, um tesouro dentro de outro tesouro, com letras capitulares quase iguais (ou da mesma escola e estilo) às de um Missal, que fotografei, inteiro, na biblioteca (fechadíssima) do Seminário Maior de Olinda. (A biblioteca do Padre Antônio Vieira, do bispo Azevedo Coutinho, de Frei Caneca). Uma relíquia, no gênero, as suas iluminuras, talvez único no Brasil. (Salvo milagrosamente durante a fúria destruidora dos invasores holandeses em Olinda e Recife). Letras capitulares, as do Livro de Horas, feitas pelo mestre iluminador Bedford, que viveu em Paris durante o século XV. Tem mais: como o bloco monolítico que representa o Santo Sepulcro. Tudo nesse Museu é um tesouro.
PS: 1 – Dedico esta crônica à memória do poeta e escritor português Nuno Júdice, recentemente falecido. Pela sua obra, pela sua amizade à cultura brasileira e pelo legado intelectual, como editor, da Revista Colóquio Letras (Fundação Calouste Gulbenkian).
2 – Sou grato ao poeta José Rodrigues de Paiva e ao professor Lúcio Ferreira, ambos de passagem pela Gulbenkian (Lisboa), que muito se empenharam para que fosse possível a leitura que fiz desse Catálogo monumental.

Marcus Prado – jornalista

NÁUTICO 0 x 2 SPORT – por Sosígenes Bittencourt.


A Diretoria do Náutico é responsável pelo Ovo de Chocolate com que o Sport presenteou o Clube dos Aflitos. A torcida única também é culpada pela baderna estabelecida. Não havia motivo para os bárbaros quererem descontar a raiva na Polícia.

Contudo, o craque em destaque foi o cara que encarnou a previsão do cineasta Andy Warhol: No futuro, todo mundo será famoso durante 15 minutos.

Sosígenes Bittencourt