O CATADOR DE LIXO – por Sosígenes Bittencourt

Na frente de minha casa, um catador de lixo, degradado, cata comida entre sacos de plástico biodegradável.

Porém, nada ensaca sem cheirar, amolegar ou chupar o dedo. Muito cuidadoso, vai separando o que julga comestível entre os detritos orgânicos em putrefação.

Olha para um lado, para o outro, como se temesse ser expulso de sua refeição por algum burguês metido a brabo.

De repente, todo espantado, é convidado por uma vizinha ao lado, que, generosamente, oferece-lhe pão limpinho em saquinhodegradável. Ele sorri, atravessa a rua e o recebe. Mas, devido à situação, retorna à degradante catação.

Depois, se cata e some em meio à poluição.

Degradado abraço!

Sosígenes Bittencourt

Estradas: para quem gosta de história vale a pana ler.

Assim ficou definido,  em 1835 – sancionado pela Lei nº 9, em 12 de junho do mesmo ano (1835) – os tipos de estradas na Província de Pernambuco:

Estradas Provincias: construídas com o dinheiro da província  (espécie de Governo Estadual) e não poderiam ter menos de quarenta palmos de leito.

Estradas Municipais: construídas com o dinheiro do município e não poderiam ter menos de trinta palmos de leito.

Estradas Particulares: construídas como dinheiro dos respectivos donos das terras e não poderiam possuir menos de vinte palmos de leito.

Messe contexto, contudo, partindo do Recife, foram construídas quatro “Estradas Provincias”: “uma ao Norte, outra para o Sul e duas para o Centro, aproveitando e corrigindo as trilhas já existentes, e que deveriam elas terminar, “por enquanto”, nas seguintes localidades: a do Norte, em Igaraçu; as do Centro, em Pau d’Alho e Santo Antão e a do Sul, na Ponte dos Carvalhos”

Esse, portanto, seria o primeiro momento em que a então Vila de Santo Antão fora  beneficiada com uma “estrada”, digamos oficial. Ressaltemos também à importância da nossa localidade para o contexto estadual. Oito anos depois, em 1843, a Vila de Santo Antão seria elevada à categoria de cidade.

 

DEMOCRACIA E VOCÊ – por Sosígenes Bittencourt

No dia da eleição, preste atenção. Não vá com ânsia ao período de vacância. Das 8 às 17h, ninguém manda no poder, ninguém governa, quem ocupa o poder é você. Não espere que a Justiça julgue os políticos, julgue-o, você.

O poder de absolver ou condenar um político foi concedido a você. O seu voto será martelo, será juiz. O seu voto fará justiça sem que ninguém possa julgar você. Quem educa político e postulante a cargo eletivo é você.

Democrático abraço!

Sosígenes Bittencourt

Vitória: o marco da sua Autonomia Jurídica!!

Feriado municipal, o dia 3 de agosto configura-se numa data emblemática para a história do Brasil. Realcemos também que a expulsão dos holandeses do solo nordestino  – em definitivo a partir 1654 –  também representou,  no mundo ocidental, mais  um  capitulo da chamada “guerra santa”. Assim sendo, rememorar as datas e os respectivos acontecimentos alusivos ao nosso torrão,  por assim dizer,  seria uma espécie de “ato de ofício” de todo antonense.

Pois bem, no inicio do próximo mês –  06 de maio – Vitória  comemora mais um aniversário da elevação de vila à categoria de cidade –  ocorrido em 1843.  Foi também num mês de maio, só que em 1812, que a então freguesia de Santo Antão deixava  de existir , para sermos elevados à categoria de Vila de Santo Antão.

Só recentemente, após mais um “mergulho profundo” nos meus arquivos, é que descobri que também foi num mês de maio que ganhamos,  do “Conselho Geral da Província de Pernambuco”, em 1833, a nossa AUTONOMIA JURÍDICA.  Só sete meses depois, contudo, no dia 12 de dezembro  do mesmo ano, é que tomava posse  o primeiro juiz de direito efetivo da então Vila de Santo Antão, o doutor José Teles de Menezes. Olhando com os “olhos de hoje” pode até nos parecer uma coisa simples, mas convenhamos que,  “aos olhos da historicidade”,  estabeleceu-se à época um consistente salto de qualidade, rumo ao tão sonhado desenvolvimento.

Portanto, antonenses, em poucos dias chegaremos ao mês de maio, mês – aos “olhos da história” –  que converge um conjunto de fatos e acontecimentos que deu o necessário contorno  para sermos a  Vitória de Santo Antão de hoje. Então: comemoremos……. Viva o mês de maio!!!

EDUCAÇÃO MUSICAL – A importância dos graus contidos na escala musical.

O interessante do estudo contido nos graus (notas musicais), é justamente, o valor realizado ao ser pronunciado ou, executado por algum instrumento musical. Partindo deste princípio, comparamos cada grau igual a uma vogal. Se treinarmos a escala de DÓ Maior ( C ), por exemplo, cada grau existente entre o I até o VII grau, terá consigo, sua característica, sua sonoridade, sua súplica, onde encontraremos este pedido no VII grau, a nota SI ( B ), suplicando com a sua sensibilidade, ao VIII grau DÓ ( C ), uma espécie de ajuda. Ao passarmos do VII grau e chegarmos ao VIII grau, ocorrerá como se fosse um estado de calma, porque, já que estaremos trabalhando a seqüência ascendente, este VIII grau começará representando uma segunda escala de DÓ Maior, mais alta, com graus (notas) agudas.

Então, cada grau (nota), seja qual for sua localização no Pentagrama (pauta musical), será importante para uma formação da escala principal ou, de outra escala intermediária ou secundária. Onde isso significa que, se formos trabalhar outra escala, precisaremos apenas escolher qualquer grau e assim, todo procedimento formador da escala voltará ao início. A colocação intermediário ou secundário, podemos classificá-los como a diferença para destacar a escala principal, pois estamos abordando a escala de DÓ Maior. Deste modo, nos deixa livre para tirarmos qualquer grau e, iniciarmos o surgimento de mais uma nova escala. Com o passar do tempo, precisaremos apenas olhar um grau no Pentagrama e, virá mentalmente sua sonoridade, onde sabemos que, existe nesta abordagem, o passo a passo a longo prazo.

Bosco do Carmo – E-mail: bcarmo45.bcm@gmail.com

ECONOMIA ABERTA – A batata milagrosa – Escreveu Ronaldo Sotero


Enquanto muitos procuram os “15 minutos da fama”, expressão do ideólogo da pop-arte, o americano Andy Warhol, vitimado pela Aids, uma discussão estéril de tanta importância como uma greve de aposentados, ou seja, nenhuma, por conta de uma frase empregada por uma revista virtual, que assanhou a mídia. Como nos contos infantis, tudo acabou na paz no leito da Bela Adormecida – o País.
Melhor faz a empresa transnacional dos Estados Unidos, a Pepsico, formada em 1965, com a fusão da Pepsi Cola e da Lay Frito. Adquiriram a Quaker (aveia) Gatorade e outros grupos. A empresa atua na área de alimentos, bebidas, lanches, com 264 mil empregados e presente em 200 países, com faturamento anual de 43 bilhões de dólares.

No Brasil, a companhia tem planos de expansão. Com fábricas em Curitiba, funcionando 24 horas, Itu (SP) e Sete Lagoas (MG), processam 120 toneladas de batatas/ano. Empregam 2 mil pessoas. No resto do País, 10 mil pessoas. Para que se avalie a qualidade da matéria prima, 40 produtores do Paraná, Minas,Goiás e Minas atendem as fábricas. As sementes foram desenvolvidas em laboratórios dos EUA e Peru. No portfólio de produtos estão ,além da batata tradicional, a Ruffles, a Lay’s com pico de demanda.
A diretora executiva da Pepsico é Indra Nooyi, uma norte-americana, nascida em Chennai, Índia, em 28/10/1955. A revista Forbes já a incluiu em uma de suas disputadas listas, entre as 12 mulheres mais poderosas no mundo. A sede da companhia está em Purchase, cidade no estado de New York. Não confundir com cidade de New York. Em Purchase, estão a sede mundial da Mastecard, da empresa de aviões cargueiro Atlas e sua subsidiária Polar. É uma das áreas mais ricas dos EUA.
A melhor definição para esse caso do sucesso dos americanos pode ser entendido na frase do 30o. presidente dos EUA, John Calvin Coolidge (1923-1929):” O negócio da América são os negócios”.
Veja a batatinha que você come quantas pessoas estão por trás.

Ronaldo Sotero

Momento Cultural: AIRES DE PIERROT – por ADJANE COSTA DUTRA.

Lanço-me no arcabouço da solidão…

Com Aires de Pierrot…

São dias de angústias…

Oh! como arfa-me esses dias em extremo lodaçal.

Oh! Ingrime caminhada…

Arfa-me os dias de angústias e solidão.

De esfera a esfera,

quantas eras…

arfa-me o peito na minha difícil respiração,

hálitos, compassos e passos.

Lanço-me no arcabouço da minha solidão.

(TAPETE CÓSMICO – ADJANE COSTA DUTRA – pág. 52).

A vida e o artista – por Sosígenes Bittencourt.

A vida é um espetáculo sem revisão, é acontecendo. É o gerúndio que nos oferece a sensação da vida presente, a sensação de duração: nascendo, vivendo, morrendo. Estar vivo é como não ter mais jeito, o jeito que tem é viver.

O artista é um sonhador que tem a coragem de fuxicar os seus sonhos. Sobretudo, uma técnica de revelar os seus sonhos. Às vezes, com uma caneta, com um pincel, uma requinta, um cinzel.

Quando a beleza passa na frente do poeta, o resultado é poesia.

Sosígenes Bittencourt