Pluralidade e diversidade das revistas culturais.

Entre os meus hábitos de leitura há um interesse pelas revistas culturais, quase todas de livre acesso em suas mediações virtuais. Não é de hoje que tenho compartilhado a importância dessas publicações.

Escolho as revistas que trazem contribuições culturais claramente definidas para o cenário artístico, literário e intelectual, além de frequência e constância em sua publicação, que promovem vitalidade, visibilidade e diversidade temática. Começo pela Colóquio/Letras, da Fundação Calouste Gulbenkian (Lisboa).

De caráter ensaístico e admitindo pluralidade de pontos de vista, quer artigos de investigação, quer leituras críticas da atualidade editorial, a Colóquio publica inéditos de poesia e ficção de autores contemporâneos, consagrados e jovens.

Elogio a escolha do escritor Arnaldo Saraiva (Universidade do Porto), ao analisar autores pernambucanos. Juntos, os seus escritos nessa revista (e no famoso “Jornal de Letras”/Lisboa), dariam um bom conjunto de artigos em livro impresso.

O poeta e escritor português radicado em Olinda, José Rodrigues de Paiva, ex-professor da UFPE, tem publicado desde 1986 artigos de sua autoria nessa revista, que, por sua atualidade, deveriam ser reunidos em livro.

Nos 100 anos do Manifesto do Surrealismo de André Breton, a revista, na sua mais recente edição, publica um conjunto de artigos sobre o movimento na França e em Portugal. ((())) Art In America (NY) é elogiada por trazer extenso noticiário, fartamente ilustrado, sobre o que há de mais contemporâneo nos EUA nas artes plásticas. A revista é editada por curadores de museus, críticos de arte de boa formação acadêmica, historiadores de arte. A Revista de Estudos Culturais e a Revista Literatura e Sociedade, ambas da Universidade de São Paulo, são talvez as indicações mais acadêmicas de todas.

A Revista Caderno de Letras, publicação do Centro de Letras e Comunicação e do Programa de Pós-graduação em Letras da Universidade Federal de Pelotas-UFPel, está entre as que recomendo. ((())) No site da Fundação Guggenheim (NY/Bilbao), o leitor terá acesso a publicações mensais que apresentam obras de artistas famosos, que revolucionaram a história da arte. ((())) Julgamentos qualitativos são difíceis de fazer, mas julgo The Poetry Review (Londres), a melhor trimestral de poesia do mundo.

Desde que foi fundada em 1912, tem sido espaço tanto de poetas renomados internacionalmente, quanto emergentes e novatos. ((())) Zum é a melhor revista brasileira dedicada à Fotografia. Traz o selo de qualidade do Instinto Moreira Sales (RJ) e é nacionalmente reconhecida pela qualidade de seu conteúdo. ((())) Nouvelle Revue Française (Paris) foi mensal por muitos anos, mas atualmente é trimestral. Os textos que a compõem têm valor pela sua qualidade literária, independentemente do gênero – ficção, ensaio, reportagem. ((())) As Revistas Continente e Pernambuco (Cepe) têm sido reconhecidas pelo que evidenciam sobre a pluralidade da cultura e das artes não só pernambucanas. ((())) Por fim, “Ciência & Trópico, da Fundaj, destaca-se pelo que contribui para a divulgação de pesquisa nas áreas de Ciências Humanas e Ciências Sociais.

Marcus Prado – jornalista. 

Pitú transforma latinhas em “calendário da resenha” para 2025.

A PITÚ já começa o ano com resenha, fazendo contagem regressiva para os feriados, feriadões e sextas-feiras de 2025. É celebrando o que estar por vir, que a embalagem da sua tradicional lata de cachaça silver de 350 ml, a famosa “branquinha”, estampa o “calendário da resenha”, mostrando que 2025 promete. Serão 52 sextas-feiras, 09 feriados em dias úteis e 5 feriadões pra ninguém reclamar de garganta seca.

Os consumidores da cachaça e os colecionadores das já tradicionais latinhas temáticas se liguem, porque as gôndolas dos mercados nos principais pontos de venda do produto em todo Brasil, começam a receber as três milhões de unidades das latas com as embalagens especiais de Réveillon. Quem assina a criação das artes é a agência Ampla Comunicação.

A “brincadeira” deste final de ano estampada nas latinhas é um estímulo para que as confraternizações não se limitem a esse período. A ideia da PITÚ é proporcionar momentos de alegria, descontração e leveza entre amigos e familiares nas viradas de ciclo, sempre com muito bom-humor e resenha. Com um lembrete desses em cada latinha que abrir, não tem pituzeiro que não cole essa agenda na parede de casa e na mente.

Todos os anos a PITÚ aposta na criação de embalagens personalizadas, e de campanhas e ações de entretenimento que têm o grande diferencial de cativar, fidelizar e estreitar o relacionamento com os apreciadores da cachaça. Então, já é tradição. O brinde da virada será com responsabilidade, otimismo e as resenhas da Pitú espalhadas por todo o País.

A 4º Corrida e Caminhada da Vitória homenageia a passagem dos 120 anos do Anjo da Vitória.

4ª Corrida da Vitória – 27 de abril de 2025.
Corrida 7km – Caminhada 3km – Concentração às 6h – Largada às 7h.
PREMIAÇÕES
Troféu – 1º ao 5º colocado – masculino e feminino.
Categorias: Geral – Local e Faixa Etária –
Primeira faixa etária: até 39 anos.
Segunda faixa: dos 40 aos 49 anos.
Terceira faixa: dos 50 aos 59 anos.
Quarta faixa: dos 60 aos 69 anos.
Quinta faixa: dos 70 em diante.
Troféu – Maior equipe (grupo) local e visitante.
OBS: NÃO HAVERÁ PREMIAÇÃO EM DINHEIRO!
Inscrições on-line: www.uptempo.com.br
Inscrições para grupos: 81-9.9420.9773
Inscrição presencial: Loja Monster Suplementos – Rua Valois Correia – 96 – Matriz – Vitória.
Valor da Inscrição no 1º lote
Kit completo – corrida ou caminhada – R$ 95,00
Kit sem a camisa – corrida ou caminhada – R$ 80,00

Papai Noel – por @historia_em_retalhos.

Por que Papai Noel tornou-se o protagonista de uma data que não é dele?

A história explica.

A figura de Papai Noel foi inspirada no bispo Nicolau, que viveu na Turquia, no século IV.

Nicolau costumava ajudar quem estivesse em dificuldades financeiras, colocando um saco com moedas nas chaminés das casas.

A sua transformação em símbolo natalino, porém, espalhou-se pelo mundo, quando se percebeu que a tradição do velhinho entregando presentes potencializaria o comércio durante o mês de dezembro, cabendo ao cartunista Thomas Nast, no ano de 1881, criar a “marca” Papai Noel.

Em verdade, o bispo Nicolau foi visto como uma peça de marketing, com nítidos propósitos mercadológicos.

Essa opção puramente comercial foi, paulatinamente, ofuscando a figura de Jesus Cristo, o real protagonista do dia 25 de dezembro.

Filho de imigrantes perseguidos, nascido em meio aos animais, amigo dos leprosos, das prostitutas e dos mendigos, e com um discurso que incomodou os poderosos do seu tempo, Jesus passou a não atender aos interesses do capitalismo ocidental, por uma razão muito simples: o revolucionário homem de Nazaré propunha a divisão com os pobres.

Nada mais na contramão de um mundo egocêntrico, consumista e desigual.

Devolver a Cristo a condição de protagonista do dia de seu próprio nascimento parece-nos ser a melhor trilha para equilibrar a relação entre os povos e difundir a paz.

Mais Cristo e menos Papai Noel é o que desejo a todos vocês.

Um feliz Natal, gente!
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PROCRASTINAÇÃO – por Sosígenes Bittencourt.

O que levaria um juiz a amolegar um Processo de um miserável, anos a fio, à espera de um advogado cujo réu não pode contratar?

Eu testemunhei o sofrimento de um ajudante de pedreiro que foi preso, espancado e comeu dois anos de cadeia, acusado de participar do roubo de uma moto, comprovadamente, inocente. Depois que foi solto por uma advogada que se compadeceu do seu lamentável estado, a vítima da (in)Justiça teve receio de entrar com pedido de indenização, acreditando que iria ser executado. Uma imoralidade!

O filosofo grego Platão afirmava que “O Processo é a mais excelente das tragédias.” Ou seja, porque se dedica mais às formalidades do que aos aspectos substantivos, promovendo a infame longevidade.
Procrastinado abraço!

Sosígenes Bittencourt

Vida Passada… – Frei Paulo de Santa Catarina – por Célio Meira

Em 1574, através da informação do erudito historiador Elísio de Carvalho, na selvagem Marins dos Tabajaras, ou na silenciosa Olinda, ao amanhecer do século XVII, ao dizer de Sebastião Galvão, nasceu d. Paulo de Moura,  filho de s. Felipe, capitão-mór e governador de Pernambuco. Nobre e poderoso,  casou-se d. Paulo com a prima Brites de Melo, formosa olindense. E dêsse matrimônio,  nasceu Maria, encantadora flôr de Olinda, que tivera, órfã de mãe, meninice triste, sem carinho, e mocidade feliz, em Portugal, onde se educou e casou com  p “Fidalgo de Mendonça Furtado, alcaide-mór  de Mourão, comendador da Vila Franca de Xira e governador Mazagão”.

Viúvo, quando não fazia, ainda, três anos de casado, sentira, o nobre d Paulo de Moura, que se apagara, na vida mundana a estrêla de sua jornada. Procurou apagar, então, na solidão do claustro, na oração da penitência e no silêncio, a lembrança amável da inditosa companheira. E amortalhou-se, jovem e forte, renunciando a glória das armas e a riqueza das cortes europeias, num hábito de frade da ordem de São Francisco de Assis.

Devotado ao serviço de Deus, deixou a terra natal, a Olinda, de sua Brites e sua Maria pequenina, e atravessou o Atlântico, para viver, sofrer e morrer, na terra portuguesa. Foi guardião de seu convento, e, mais trade, dirigiu uma província franciscana.

E Maria, a filha única daquele que, no século, se chamou D. Paulo de Moura, foi a bisavó de Sebastião José de Carvalho e Melo, o famoso Marquês de Pombal, em cujas veias correu, impetuoso, sangue brasileiro, sangue pernambucano, sangue olindense. E no alto posto de provincial, morreu, esse frade bondoso, a 3 de fevereiro de 1693, ou aos 119, se veiu, ao 84 anos de idade, se nasceu em 1574, e de quem se conhece, apenas pelas notas históricas, o famoso “Sermão das Chagas de Cristo”, pregado no Mosteiro de Lorvão.

Teve, na terra, frei Paulo, vida tranquila. A dor que feriu, em Olinda, o peito do potentado, se transformou, na lama do frade, à luz radiosa do santuário, numa graça do céu.

Frei Paulo de Santa Catarina é uma figura abençoada por deus, na história famosa da Ordem dos Franciscanos.

Célio Meira – escritor e jornalista. 

LIVRO VIDA PASSADA…, secção diária, de notas biográficas, iniciada no dia 14 de julho de 1938, na “Folha da Manhã”, do Recife, edição das 16 horas. Reúno, neste 1º volume, as notas publicadas, no período de Janeiro a Junho deste ano. Escrevi-as, usando o pseudônimo – Lio – em estilo simples, destinada ao povo. Representam, antes de tudo, trabalho modesto de divulgação histórica. Setembro de 1939 – Célio Meira.

A ditadura e o “Forró Cheiro do Povo” – por @historia_em_retalhos.

O ano era 1978.

Naquele momento, havia uma campanha por parte do regime militar para popularizar o nome do general João Baptista Figueiredo à sucessão de Geisel, chamando-o de “João do Povo”.

Ex-chefe do Serviço Nacional de Informações (SNI), Figueiredo foi abordado por um jornalista no interior de São Paulo no dia 21 de agosto daquele ano.

O rapaz indagou ao general se ele estava gostando do “cheiro do povo”, após ser escolhido pela cúpula militar como o candidato oficial da Arena.

Truculento e sem nenhuma preocupação com a repercussão das suas palavras, Figueiredo soltou a seguinte frase:

“Prefiro o cheiro dos cavalos ao cheiro do povo”.

A colocação reverberou bastante no país inteiro, dando ensejo a uma resposta muito inteligente e bem humorada por parte da oposição à ditadura em Olinda/PE.

A juventude reuniu-se e criou no Clube Atlântico (foto) o “Forró Cheiro do Povo”, em uma sátira à afirmação de Figueiredo, sendo um sucesso de público nas noites olindenses.

Era casa cheia!

Convenhamos: nada melhor do que o bom humor para combater a prepotência.

#ditaduranuncamais.

Uma semana abençoada a todos!

Ps.: em outubro daquele ano, Figueiredo “disputou” a eleição indireta no Congresso Nacional e “venceu” a chapa do MDB, encabeçada por Euler Bentes e Paulo Brossard.
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A 4º Corrida e Caminhada da Vitória homenageia a passagem dos 120 anos do Anjo da Vitória.

4ª Corrida da Vitória – 27 de abril de 2025.
Corrida 7km – Caminhada 3km – Concentração às 6h – Largada às 7h.
PREMIAÇÕES
Troféu – 1º ao 5º colocado – masculino e feminino.
Categorias: Geral – Local e Faixa Etária –
Primeira faixa etária: até 39 anos.
Segunda faixa: dos 40 aos 49 anos.
Terceira faixa: dos 50 aos 59 anos.
Quarta faixa: dos 60 aos 69 anos.
Quinta faixa: dos 70 em diante.
Troféu – Maior equipe (grupo) local e visitante.
OBS: NÃO HAVERÁ PREMIAÇÃO EM DINHEIRO!
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Inscrições para grupos: 81-9.9420.9773
Inscrição presencial: Loja Monster Suplementos – Rua Valois Correia – 96 – Matriz – Vitória.
Valor da Inscrição no 1º lote
Kit completo – corrida ou caminhada – R$ 95,00
Kit sem a camisa – corrida ou caminhada – R$ 80,00

 

Carnaval 2025: Elminho e o seu ET afetivo!!!

Com encontro marcado para o sábado, 1º de março de 2025, a Agremiação Carnavalesca “Etsão” já segue anunciando mais uma grandiosa apresentação em nossa festa maior.

Carregado de alegria e entusiasmo o “Etsão” renderá uma homenagem para lá de simbólica. Elmo Carneiro Filho, mais conhecido por Elminho, principal figura da agremiação, desde a sua fundação, receberá as melhores energias do espaço sideral, trazidas pelo seu ET afetivo.

Não se avexe, não se iluda: o CARANAVAL 2025 TÁ CEHGANDO!!!

Câmara da Vitória: protagonismo não é o seu forte!!!

Por entender que o nosso gentílico (vitoriense) não contempla sua finalidade, isto é: não nos identifica geograficamente de maneira única, resolvi,  em minha passagem pela tribuna da Câmara da Vitória, por ocasião do recebimento da honrosa condecoração (Título de Cidadão),  deixar  como sugestão à Casa, a adoção de um segundo gentílico, ou seja: “antonense”.

Aliás, é bom que se deixe bem claro: eu não inventei nada! Apenas, na qualidade de estudioso e pesquisador da história local, encontrei nos livros, revistas e jornais da nossa cidade autores –  proeminentes da nossa terra – explicando os motivos pelos quais devemos ser identificados como antoenses. Dentre os quais, destaco o nome do Nestor de Holanda. Uma espécie de “embaixador das artes”  da Vitória de Santo Antão. Nestor foi série “A” em tudo: na música, na literatura, na prosa, no jornalismo  e, sobretudo, na melhor imagem dos “Holanda” da nossa terra.

Pois bem, em ato contínuo, o vereador Doutor Saulo confeccionou um projeto (135/2024) e submeteu-o aos pares, no sentido da sua aprovação. Antes, porém, o referido edil, achando-me capaz,  pediu-me para comparecer à Câmara, no sentido de explanar sobre o projeto.  E assim eu fiz, na Sessão do dia 04 de dezembro. .

Com efeito, na tarde de ontem (11), após um novo convite do Doutor Saulo, juntamente com o presidente do Instituto Histórico e o diretor de patrimônio, Pedro Ferrer e Fernando Nascimento, respectivamente, acompanhei a votação do tal projeto (135/2024),  no Plenário da Câmara. Saldo geral: Projeto Reprovado!

Como todos sabem, o vereador André de Bau continua hospitalizado e se recuperando de enfermidade.  Os vereadores Carlos Henrique, Marcone da Charque, Gold do Pneu e Romero Queralvares não compareceram à Sessão de ontem (11). Lourinado Junior, na qualidade de presidente interino, só votaria em caso de empate.

Pois bem, dos 19 vereadores, apenas 13 se manifestaram   em plenário,  sobre o referido projeto que, sem prejuízo ao gentílico já existente (vitoriense), se aprovado, possibilitaria, também,  o uso do gentílico “antonense” de maneira oficial.

Dois vereadores votaram pela aprovação do Projeto: Doutor Saulo e André Carvalho. Três, sem manifestação oral,   optaram pela abstenção. Foram eles:  Novo da Banca, Beto de Bigode e Felipe Cezar. Sobre suas respectivas atitudes – participação passiva – só os mesmos poderão  emitir algum juízo de valor, até porque, como já falei,  eles não se pronunciaram,  elencando os motivos pelos quais não deram suas respectivas opiniões.

Dos oito vereadores que votaram contra o projeto, em que, se aprovado, oportunizava os conterrâneos a escolherem qual gentílico gostaria de usar,  seis não se pronunciaram. Apenas apertaram o  play no  botão do “não”. Foram eles: Edmilson de Várzea Grande, Josias da Militina, Celso Bezerra, Jota Domingos, Biu de Genário e  David Frutas.  Filosoficamente falando,  é  bom que se diga,  em debates, em todo silêncio há sempre um ato de inteligência. Ou seja:  quando calamos para não dialogar com os tolos ou quando estamos cientes de que não temos preparo para discutir sobre a matéria em tela. No último exemplo,  o “sim” ou o “não”  é o que menos importa.

Já os outros dois parlamentares que votaram  pelo “não”, mas que se pronunciaram  pelos microfones – Marcos da Prestação e Mano Holanda –, através dos seus argumentos, tecnicamente falando,  posso dizer que não acrescentaram absolutamente nada de  proveitoso  ou enriquecedor  ao  debate proposto. Falas que se configuraram numa espécie de “conjunto vazio”. 

Com relação às argumentações do vereador Marcos da Prestação, com quem tenho uma relação respeitosa, ficou difícil de aferir o seu  confuso entendimento,   pois o mesmo disse que o projeto “não traz mudança e ao mesmo tempo traz”. Disse, entre outras coisas, haver se aconselhado pela internet, com os seus seguidores para abalizar o seu voto.  Aliás, isso é algo  importante para todo político. Mas vale lembrar, também, que nas redes sociais existe “entendido” para tudo:  de parto de raposa à efeito colateral de vacina. E certamente,  há de ter,  também,   entre os seguidores do vereador Marcos da Prestação,  “entendido” para assuntos relacionados a gentílico e  filologia.

Já o vereador Mano Holanda, na sua fala,  em defesa do “não”, entre outros argumentos, se socorreu do fato  de nunca haver tido algum problema em ser vitoriense de Pernambuco. É possível, então,  que ele tenha viajado pouco para fora do nosso estado,  diferentemente  do do seu parente ilustre, Nestor de Holanda.

Esse,  nativo da terra de Santo Antão,  mas que circulava com desenvoltura pelo Rio de Janeiro, “dialogava” com o  Brasil e o mundo e estava sempre conhecendo  pessoas cultas de todo  território nacional,  foi uma das figuras de destaque que mais defendeu, nos seus diversos espaços de comunicação, à adoção do gentílico antonense. É possível, inclusive,  que o vereador Mano Holanda não tenha herdado dos “Holanda” o  salutar hábito da leitura, pois o mesmo,  aparentemente, desconhece até a obra do seu mais ilustrado  parente.

Nas imagens acima, apenas para ilustrar, seguem algumas citações,  entre tantas emitidas pelo versátil Nestor de Holanda, que insistentemente pugnavam pelo gentílico antonense, justamente por compreender que o “vitoriense” não nos contemplava, o que  ocorre até os dias atuais.  Na mesma direção, mas com outra sugestão e entendimento, também emitiu parecer o sempre respeitado editor do jornal “O Lidador”, José Miranda, quando sugeria o “santonese”.

Portanto,  para encerrar esse relato em que de maneira despretensiosa,  desinteressada e abreviada  contribui  para o melhor entendimento da história da nossa cidade, com a minha sugestão e explicação, quero acreditar  que o  “sim” ou  o “não” da Câmara, nesse momento, em nada muda à essência  dos fatos. Na qualidade de comunidade, continuamos capengas no que se refere ao nosso gentílico oficial. Quem sabe, numa outra legislatura, com parlamentares mais preparados e afeiçoados à leitura, não tenhamos um novo gentílico (antonense), ou mesmo a própria população, através do “costume da língua falada” num  proclame o “antonense”,  para sermos, definitivamente,  identificados  de maneira única e exclusiva. Isto é: Antonense das terras da Vitória de Santo Antão!!!”

Veja a Sessão completa aqui:https://www.youtube.com/live/tOA4lOz8OOA?si=JCo_R1vhXjpPhUof

EU E LINDA BLAIR – por Sosígenes Bittencourt.

Linda Blair foi a menina mais bonita que eu vi no cinema. Transformaram-na na menina mais feia que eu vi no cinema.

Passei noites me acordando, mais impressionado com a sua beleza do que com a feiura da personagem.

Linda foi a mais linda assombração que me assustou.

Esta é a atriz de cinema Linda Blair. De tão linda, eu a desejaria até endemoniada.

Meu Deus me perdoe!

Sosígenes Bittencourt

Jorge Lafond – por @historia_em_retalhos.

Jorge Luiz Souza Lima, o Jorge Lafond, foi um comediante e bailarino, com estilo próprio, talento e muita presença de palco.

Decidiu adotar o sobrenome artístico “Lafond” em homenagem à atriz Monique Lafond, de quem era fã.

Preto, pobre e homossexual, precisou aprender cedo a enfrentar as barreiras do preconceito.

Aos 6 anos, já tinha a consciência de que era homossexual, escondendo dos pais essa condição.

Movido pelo sonho, estudou balé e, depois, teatro na UERJ.

Foi como bailarino que o artista começou a engrenar na carreira.

Fez parte do corpo de bailarinos do Fantástico, para, depois, estourar no Jô Soares, nos Trapalhões e na “A Praça é Nossa”.

Seu personagem principal era quase uma caricatura de si mesmo: Vera Verão.

Consolidado e com o trabalho reconhecido, Jorge talvez já não esperasse sentir de forma tão forte o impacto da indiferença e da crueldade das pessoas.

Mas isso aconteceu e foi no programa de Gugu Liberato.

No dia 10.11.2002, participava de uma competição integrando o time feminino.

Como de costume, a competição seria interrompida para dar lugar a uma atração musical e seria retomada depois.

Era normal que as equipes permanecessem no palco e até dançassem ao lado do convidado.

Porém, o convidado do dia, o padre Marcelo Rossi, fez uma exigência inusitada, com a conivência de Gugu: Lafond teria que ser retirado do palco.

Supostamente, o padre não queria estar no mesmo ambiente do comediante.

Sem reação, Lafond recebeu a orientação para retirar-se, enquanto o religioso apresentava-se.

Assim que o padre saiu, a produção tentou convencê-lo a voltar, mas ele não quis.

Já não dava mais.

Humilhado, voltou para casa.

O impacto foi muito grande, porque, além de tudo, ele era admirador do padre.

Coincidência ou não, uma semana depois, ele foi internado com complicações cardíacas.

Em 11.01.2003, após o agravamento do quadro, o comediante morreu, aos 50 anos, vítima de um infarto.

Nunca se saberá o grau de relação entre essa atitude do religioso e a morte de Lafond.

Porém, uma coisa é certa: mesmo que causada por outras razões, a sua morte foi, no mínimo, precipitada pelo preconceito.
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