CIÊNCIA, DEMÊNCIA E PUM – Sosígenes Bittencourt.

Dois cientistas britânicos muito atentos à ciência acabaram de revelar ao mundo que cheirar pum é bom para prevenir câncer, ataques cardíacos e demência. Os desatentos somos nós.

Deve ser por semelhante ignorância que morre tanta gente de câncer e demente no mundo, pelo horror que tem a pum. Aliás, tem gente capaz de morrer do coração ao inalar um pum. Bom salientar que, até então, acreditávamos que só um demente ficaria tranquilo ao fedor de um pum.

Agora, os cientistas Mark Wood e Matt Whiteman estão preocupados em produzir um composto químico que promova os benefícios dos gases produzidos pelo pum. Talvez, sugiram um tipo de pastilha sanitária que exale um odor semelhante ao pum. E, a partir desse momento, soltar pum na presença do semelhante não será mais falta de educação ou puro egoísmo, mas um gesto de consideração e amor ao próximo, e todos queiram ser responsabilizados por um amável pum.

Fedorento abraço!

Sosígenes Bittencourt

O lidar com a AGRESSIVIDADE – por Sosígenes Bittencourt.

Na realidade, o que está existindo é uma desorganização nas manifestações de protesto. As pessoas estão movidas pela emoção, cujo resultado pode ser bom ou ruim. Não existe emoção boa ou ruim, mas o resultado daquilo que fazemos com a emoção que sentimos.

Todos sabemos que a AGRESSIVIDADE é o combustível da AÇÃO. O que tememos é o resultado daquilo que cada um pode fazer com a sua AGRESSIVIDADE. É o medo, por exemplo, do que possa fazer um meliante, com o ódio que sente, no centro de São Paulo.

Essas passeatas não descartam a presença de DESORDEIROS que se infiltram e convertem sua AGRESSIVIDADE em perigosas ações de VANDALISMO, pondo em risco a vida dos próprios manifestantes.

Ora, vejamos o que pode a AGRESSIVIDADE, como combustível da AÇÃO, realizar. Eu tenho diante de mim um balde de gasolina. Se eu jogo em alguém, eu o queimo; se eu ponho numa ambulância, posso salvar uma vida.

Sosígenes Bittencourt

Istambul, Napoleão e Eu – por Sosígenes Bittencourt.

Este é o Palácio Dolmabace em Istambul. Se a Terra fosse um só estado, Istambul seria sua capital – dizia Napoleão Bonaparte (1769-1821). Compatibilizar RIQUEZA com EXTINÇÃO DA MISÉRIA é o grande desafio da humanidade. Lembra-me o renomado escritor e pensador francês Anatole France (1844-1924):

“A pobreza é indispensável à riqueza, a riqueza é necessária à pobreza. Esses dois males engendram-se um ao outro e sustentam-se um ao outro. O que é preciso não é melhorar a condição dos pobres, mas acabar com ela.”

Eu diria: Ninguém nasceu para ser tão rico que chegue a pensar que é um deus, nem tão pobre que chegue a desconfiar da existência de Deus.

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Sobre a Eternidade – por Sosígenes Bittencourt.

Há quem pense em ir para a Eternidade. Ora, se a eternidade é eterna, nós estamos na eternidade. Não há vida fora da eternidade nem morte na eternidade, posto que a eternidade é feita de “agoras”. Portanto, não adianta se apegar tanto às coisas deste mundo, um mundo temporal, que se desfaz com a morte do mortal.

Só há duas coisas incompreensíveis na vida: nascer sem pedir e morrer sem querer.

Arthur Schopenhaeur, conhecido como o mais pessimista dos filósofos, dizia que o homem é um eterno insatisfeito. Dizia que “o homem pode fazer o que quer, mas não pode querer o que quer.”

E aconselhava uma saída para esse eterno sofrimento: o desapego e a arte.

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Detrás de minha casa – por Sosígenes Bittencourt.

Detrás de minha casa, de um alpendre, eu vejo os telhados das casas vizinhas, a rua lá embaixo, a serra lá longe, o céu escampo.

À tarde, quando é verão, as nuvens relembram minha infância. Eu ficava vendo as nuvens formar carneirinhos, às vezes um monstro. Um dia, eu vi um bule direitinho.

Detrás de minha casa, eu ouço o palavreado de minha cidade, o cheiro de pão francês, ruído de caminhão, latido de cachorro. Agora, deu pra passar helicóptero, besourando, com aquela cauda de gafanhoto. Quando é amarelo e preto, eu só penso que é a polícia catando vendedor de marijuana.

Havia uma fábrica que passava a vida funcionando. Faziam biscoito. O cheiro de morango, de chocolate e frutas cítricas era tão forte que a gente acordava, de madrugada, para beber água de quartinha. Hoje, só escombros, as lagartixas se despencam dos muros, frágeis de inanição.

Detrás de minha casa, vemos homens que jogam dominó para esquecer o tempo, passar as horas. Como se fosse perigoso pensar na vida. Quem bota pra pensar na vida, geralmente pensa na morte. Melhor ser um gato, um peixe, um passarinho.

Sosígenes Bittencourt

MENTIRAS ESPETACULARES – Sosígenes Bittencourt.

A minha geração sempre foi alvo de duas mentiras espetaculares: O Brasil é o país do futuro, e o mundo vai se acabar. O “futuro” seria a “prosperidade”, e o mundo iria ser engolido por uma coivara de fogo, ou inundado por um gigantesco maremoto. O futuro não chegou, o mundo não se acabou, e a gente se acabando.

Sosígenes Bittencourt 

Verdades e Mentiras – por Sosígenes Bittencourt.

 

Às vezes, é melhor ouvir uma mentira que faça rir, do que uma verdade que faça chorar. Já nos basta A MORTE como incontestável verdade. Todos nós nascemos sem pedir e morremos sem querer. Há pessoas que escolhem a verdade exatamente porque magoa. Escolhem-na a dizer uma mentira que servisse de bálsamo para uma dor. É mentira?

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Celeuma em torno do Ciúme – por Sosígenes Bittencourt.

LIVRE é quem sente ciúme de quem lhe faz bem e respeita. Quem sente ciúme de quem lhe faz mal e desrespeita é ESCRAVO da maldade.

Há 4 tipos de ciumentos clássicos a saber: o Zeloso, o Enciumado, o Ciumento e o Paranóico.

O Zeloso é aquele que quer o bem, é o altruísta. Ele fecha a janela do quarto para o seu amor não pegar um resfriado. Ele ajusta o horário para pegar o amor no trabalho.

O Enciumado é o ciumento eventual, o constrangimento passa. Ele sempre está questionando gestos, relações de amizade, horários, meio desconfiado, mas tudo passa à menor explicação.

O Ciumento ciumento é o que quer restringir a liberdade do outro, ele dita normas. Dá grito, chama palavrão, bate a porta, irrita-se com facilidade.

O Paranóico é o que tem convicção de que é traído, mesmo sem prova. Ele delira. Vê chifre em cabeça de cachorro. Acorda assustado, todo semelhante é seu competidor.

Ora, o ciúme é natural em quem gosta de alguém, o contrário seria a INDIFERENÇA. É que nos acostumamos a confundir ciúme com espalhafato. Porque ciúme pode ser desejo de POSSE e CONTROLE, o que não se identifica com amor, ou medo de perder o objeto amado, o que pode caracterizar baixa AUTOESTIMA.

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CELESTIAL E TERRENAL – por Sosígenes Bittencourt.

Os israelitas passaram 40 anos caminhando pelo deserto. O seu alimento vinha do céu, era o maná. No entanto, quando tentaram armazenar o maná, ele apodreceu. O alimento celestial era para ser consumido num dia. Isto significa dizer que quem guarda para o futuro, vê a vida apodrecer na palma da mão.

Todavia, referimo-nos a um alimento enviado por Deus. Ele nunca faltou. Nosso pão de cada dia anda produzido e vendido pelo homem. Portanto, há de se ter cautela.

O poeta romano Horácio, agoniado com a brevidade da vida, recitava:CARPE DIEM, QUAM MINIMUM CREDULA POSTERO. (Aproveite o dia, não acreditando minimamente no futuro). Contudo, o mesmo Horácio admoestava sobre o desperdício, aconselhando a moderação: EST MODUS IN REBUS (Há um limite nas coisas).

Sosígenes Bittencourt

HALLO RUIM – por Sosígenes Bittencourt.

Penso que o halloween daria muito bem para ser uma festa para adultos, uma sátira, com bom humor e sensualidade. Fantasias vampirescas, risadas abracadabrantes e chupada no pescoço. Não vejo nada que sirva para criança.

– Painho, deixa eu ir para a festa do Halloween!
– Para ver o quê, meu filho?
– Para ver as bruxas, painho!
– Não precisa, meu filho.
– Por quê, painho?
– Você já dorme com a sua mãe todas as noites, meu filho.

Isto não é uma piada, mas um fato que passei a denominar de “Hello ruim”. Não sei o que seria pior, o fato, ou você fantasiar o seu menininho de vampiro, colocar-lhe duas presas e explicar que é para chupar o sangue de sua coleguinha.
No Brasil, não há nenhuma lei que proíba opinião, mas há preconceito quanto a opinião. As pessoas gostam de ser iguais, se amoldam, temem ser diferentes. Acham confortável concordar e temem discordar ou ter opinião própria. Ora, se você discorda de toda novidade, você envelheceu, porém se você concorda com toda novidade, você estará sendo volúvel.

O nosso Saci-Pererê é um ente traquinas que surgiu, inicialmente, no folclore nacional, entre indígenas, na região sul do país. Depois, sofreu influência e foi sendo remodelado, ganhou uma carapuça, um cachimbo, perdeu uma perna, supostamente numa luta de capoeira, e por aí vai. Agora, no lugar de ensinar essa historinha às nossas crianças, nós vamos buscar uma bruxaria lá dos Celtas, nos confins da Europa, e fantasiar nossos meninos de vampiro, simbolizando um Drácula que se alimentava de sangue humano para sobreviver. Enfim, que brincadeira é essa? Será por que seria difícil sair pinotando numa perna só?

Espantoso abraço!

Sosígenes Bittencourt

FRAGMENTOS (TÚNEL DO TEMPO) – por Sosígenes Bittencourt.

Março de 1988
*De vírus em vírus, aids do Brasil! De aids em aids, vírus o Brasil!
*Em tempo de Controle da Natalidade, disse o espermatozóide ao óvulo: – Amigos, amigos, fecundação à parte!
*O aposentado anda com medo de que o aposentem do recebimento.
*Parte do funcionalismo ameaça não funcionar,
que será o funcio(não)lismo.
*O pastor negro Jesse Jackson é o mais novo herdeiro espiritual de Martin Luther King. Sua cabeça deve ser à prova de conselho e pedrada.

 Março de 1989
*Os Estados Unidos querem saber quantos hectares tem a Amazônia. Devem estar querendo se apossar de algum terreno aqui no Brasil.
*Na votação de Aluísio Alves para o Superior Tribunal Militar, foi encontrada uma bolinha a mais, ao final da contagem dos votos. Fizeram “bolinha” na nomeação do ex-ministro.
*A diferença entre Moisés, da Bíblia, e Moisés, candidato a vereador, é que o profeta subiu o Monte Sinai, e o candidato subiu a Vila da Cohab.

Sosígenes Bittencourt

HORA DE PENSAR – por Sosígenes Bittencourt.

Eu sempre tenho a impressão de que alegria é bênção e tristeza é padecimento. Por isso, quando estou alegre, penso em Deus, e, quando estou triste, penso em mim. Acho que tudo é resultado da ação do homem, o bem à bondade, e o mal à maldade. Ninguém quer acreditar que tem uma parcela de culpa e, como consequência, um saldo de padecimento. O pecado humano é VONTADE PERMISSIVA DE DEUS. No entanto, Deus não nos abandona, concedendo-nos o DISCERNIMENTO, a perfeita noção do BEM e do MAL.

Sosígenes Bittencourt

“O mundo é movido pela mentira” – por Sosígenes Bittencourt.

O filósofo e jornalista francês Jean-François Revel (1924-2006) denunciou: “O mundo é movido pela mentira.” E acrescentava: “O que tomamos como justiça é, muitas vezes, uma injustiça cometida em nosso favor.” Segue, portanto, uma foto do desconfiadíssimo Jean-François Revel.

Eu diria que, se todos pudessem ler o pensamento um do outro, não haveria amigos no mundo.

Sosígenes Bittencourt

Ofegante afegã – por Sosígenes Bittencourt.

O retrato desta afegã está simplesmente cinematográfico! Flagrante de 1984, o clássico pertence à coleção de fotografias do fotógrafo estadunidense Steve McCurry, que acaba de ganhar um prêmio, exibindo 100 fotos em São Paulo. Chega dá vontade de ver o resto.

A menina parece um animal acuado, cujos olhos devem ressaltar o pânico que conduz n’alma. De tão fotojornalística, tão textual, já foi capa da National Geographic. De tão expectante, parece ofegar.

Ofegante abraço!

Sosígenes Bittencourt

MARIA BETÂNIA VITORIANO PEREIRA – a menina de dona Jucélia – por Sosígenes Bittencourt.

Eu conheci, no curso Ginasial,
as 7 Maravilhas do Mundo Antigo:
A Estátua de Zeus, O Colosso de Rodhes,
o Templo de Ártemis, O Mausoléu de Helicarnasso,
As Pirâmides de Gizé, O Farol de Alexandria
e Os Jardins Suspensos da Babilônia.
A menina de dona Jucélia foi uma das 7 maravilhas
de minha adolescência.
A menina de dona Jucélia não me permite ser um adulto definitivamente maduro; vez por outra me rejuvenesce,
me adultesce, fazendo-me adultescente.
Descongela, em mim, um menino que hibernava,
alargando meu passado e me distanciado da morte
às vésperas do crepúsculo de minha existência.

Sosígenes Bittencourt

Depoimento de um discriminado – por Sosígenes Bittencourt

Mario Balotelli, que jogava no Manchester City e agora está no Milan, dá 50% do seu ordenado às crianças pobres da África.

“Eu sou naturalizado italiano, mas sou de Gana. Fui abandonado pelos meus pais e adotado por dois anjos. Sofro de racismo todos os dias.”  Este é um depoimento pungente de uma vítima de racismo, apesar do status que conseguiu, provavelmente, a duras penas.

Quem discrimina negro, discrimina branco. Quem mata um negro, mata um branco. É defeito de caráter. Quem mais discriminou e matou negro no mundo foram os próprios negros africanos. Porém, discriminavam e matavam brancos também. Mario Balotelli é uma pessoa humana, perturbada por desumanos. Agora, piada é o que os políticos africanos fazem com as doações: desviam e roubam. A África é vítima de FALTA DE EDUCAÇÃO e CORRUPÇÃO, o que não faz inveja ao Brasil.

Sosígenes Bittencourt

UMA DEFINIÇÃO DE MIM – por Sosígenes Bittencourt.

Uma das melhores definições de mim não é minha, é do escritor e pensador inglês Chesterton (1874-1936): O homem SÃO é aquele que tem a tragédia em seu coração e a comédia em sua cabeça.

Mas, explicou: A comédia do homem sobrevive à sua tragédia.

Chesterton também dizia: “O que amargura o mundo não é excesso de crítica, mas a ausência de autocrítica”.

Contudo, é bom salientar que a crítica está presente no coração do homem, mas, quanto a sua autocrítica, olha-se no espelho, sorri e faz piada. O homem é condescendente com os seus erros e atroz com os erros alheios, por isso julga mal.

Comediante abraço!

Sosígenes Bittencourt

INCÊNDIO E MORTE NO HOSPITAL BADIM – por Sosígenes Bittencourt.


Incêndio em hospital pode nos parecer um absurdo, mas enfermo morrendo intoxicado com a fumaça: é fogo!Qual a capacidade hospitalar de evitar que enfermo morra em decorrência de falha no próprio nosocômio? Um circuito, uma fagulha, e a iminência do sacrifício de vidas onde buscavam escapar da morte.

Que competência teria de ter para prevenir, ou combater semelhante evento em tempo de salvar inocentes de tão pavoroso drama? Afinal, não se trata de hospital tão antigo, fora dos aparatos científicos da Era do Chip, da Nanotecnologia e outras microscópicas manipulações da Era Cibernética, posto que fundado em 2.000, o Hospital Badim, às vésperas da aurora do Terceiro Milênio.

Não, o Rio de Janeiro, musa inspiradora de Baden e Vinicius, já não comporta a antonomásia de Cidade Maravilhosa. O que não vislumbrou a pupila da 13ª vítima, dona Áurea Martins, transferida para o Hospital Samaritano, em Botafogo, ao falecer, de madrugada, antes de ir-se deste mundo, do seio-mar, da Guanabara?


Sosígenes Bittencourt

Conselho para menino saindo para a escola – por Sosígenes Bittencourt.

Cuidado com COLEGA. Colega é ao lado, amigo é do lado. Colega é destino, ele aparece ao seu lado sem escolha. Amigo, você identifica.

Cuidado com BURACO. Principalmente, os menores. Buraco dá vontade de futucar, desperta curiosidade. Por causa de buraquinho, muita gente afundou num abismo.

Cuidado com A BOCA. Não bote a boca em nada antes de cheirar. Deus colocou o nariz acima da boca e o cérebro por trás para fiscalizar. E, antes de cheirar, olhe direitinho. Às vezes, a coisa é bem bonitinha, mas está deteriorada ou é veneno.

Cuidado com DINHEIRO, ele compra coisas, mas não compra respeito. Depois, segundo aquele escritor gaúcho bem engraçado, chamado Luís Fernando Veríssimo: Economia é melhor do que dívida.

Cuidado com O QUE VOCÊ NÃO SABE. Seja humilde, faça pergunta. Os filósofos são como as crianças, eles perguntam. Sabedoria é melhor do que conhecimento. Conhecimento é cultura, Sabedoria é inteligência.

Sosígenes Bittencourt

Síndrome da Segunda-feira – por Sosígenes Bittencourt.

Aprendi a gostar da segunda-feira quando comecei a respeitar o domingo. Vê-lo como dia de reflexão e repouso. E dentro do plano de refletir, obviamente, há o de esvaziar a mente, ficar um pouco sem pensar na vida, deixando fluir pelo corpo uma boa música, ver um filme leve, uma história de amor, talvez. Não Saia Rodada, mas ouvir um clássico, tomar um solo de violino, um piano. Conheço amigos que pegam a estrada e vão tomar birinaite na praia para descansar. Funciona? Outros vão ao pagode, remexer o esqueleto para relaxar o quadril.

Mas, o grande pânico da segunda-feira pertence àqueles que TRABALHAM. Quer dizer, os que NÃO GOSTAM DO OFÍCIO, e é a maioria. Não sei se é do conhecimento de todos, mas trabalho vem de “TRIPODIUM”, um artefato de tortura medieval em forma de cruz. Só quem exerce uma atividade por VOCAÇÃO é que não sente que está trabalhando no sentido de estar sendo torturado, pois vocação quer dizer “CHAMAMENTO”, é um chamado interior, ânimo, inspiração.

Contudo, apresentemos uma saída. Baseio-me em minha experiência. Uma das atitudes que sugiro para você fazer o que gosta é APRENDER a gostar do que faz. E uma das tentativas para alcançar este objetivo é procurar fazer BEM FEITO. Uma de minhas práticas mais eficazes é organizar o ambiente de trabalho, tanto do ponto de vista estético quanto do ponto de vista burocrático. Quem chega em meu ambiente de trabalho, sente a impressão de que há vários funcionários trabalhando. No entanto, produzo tudo sozinho, muito embora não saiba até quando.

Bom dia e aquele abraço!

Sosígenes Bittencourt