Apelidos Vitorienses: BILLY SHOW

Considerado o “Príncipe do Gueto da Vitória”, o artista Billy Show é aquilo que podemos chamar de “fruto” do seu talento, da perseverança e do espaço que as novas tecnologias e, sobretudo, das redes sociais oportuniza aos que sonha com o sucesso artístico. Com  o seu nome de batismo –  Iranilson Gomes da Silva  – ele  não é conhecido nem pelos vizinhos da comunidade em que  mora – Doutor Bido (Antigo 13).

Desde criancinha, por manter os cabelos grandes, costume que mantém até hoje, seu apelido na escola sempre foi associado ao modelo estiloso: “Cabeludo”, “Cabelo de Índio” e etc. Mas foi só em 1994, com pouco mais de dez anos, que o seu apelido começou a ganhar forma.

Seu pai, o senhor Severino Gomes da Silva, para arrancar o sorriso do filho, ainda um bebê de colo, cantava a musica do “bilú, bilú teteia”. Foi daí que, inicialmente, surgiu seu apelido de “Bilo”. Mais  tarde foi o próprio Iranilson que começou a dá forma ao seu nome social,  que, para ele, é motivo de orgulho.

Foi através de um personagem dos jogos eletrônico que o “Bilo” virou “Billy”. Ao passo que sua carreira como artista, através dos shows e dos vídeos postados na internet começou a avançar,  sua  alcunha ficou acrescida do “sobrenome” Show.

Atualmente, porém, o senhor Iranilson Gomes da Silva vem investindo pesado na sua carreira artística, o que nos possibilita imaginar que seu apelido ainda será muito conhecido no meu artístico regional e até no cenário nacional. O “Billy Show”, contudo, na pratica, se configura em mais um vitoriense que é mais conhecido pelo apelido do que pelo próprio nome.

Apelidos Vitorienses: Keke

Dando continuidade à construção do terceiro livro do nosso projeto cultural,  “Apelidos Vitorienses”, hoje, contaremos a história da “mudança” do nome do senhor Nivaldo Gonçalves de Lima para o popular Keke.

Contou-nos Keke, que sempre foi um craque de bola, que antes dos onze anos de idade seus familiares e vizinhos lhe chamavam pelo carinhoso apelido de “Guigo”. Em 1974, morando na comunidade de Jardim Betânia, ele, na categoria de  atleta “mirim”,  foi impedido de participar do campeonato de futebol escolar, por não possuir um sapato conga para treinar.

Na verdade,  o amigo Nivaldo não soube precisar exatamente o fato em  que fez seu apelido mudar, ou seja: deixar de ser “Guigo” e passar a ser “Keke”,  muito menos quem foi a pessoa que lhe rebatizou com o seu novo nome social.

O fato é que,  atualmente, o nosso amigo Nivaldo Gonçalves de Lima, já  com mais de meio século de vida, só lembra apenas de uma pessoa que lhe chama pelo nome de batismo (seu cunhado). No mais,  familiares,  vizinhos, clientes, amigos e toda cidade aprendeu a lhe chamar pela alcunha, ou seja: Keke.

Apelidos Vitorienses: BAIANO.

Sem haver nenhuma referência ao estado da federação que atende pelo nome da Bahia, o amigo vitoriense,  João Caetano Batista Filho, foi rebatizado pelo apelido de “Baiano”, aliás,  algo que o próprio não encontra uma explicação. Desse ele: “minha prima, do nada, na brincadeira, me chamou de João Baiano”.

Pois bem, contou-nos o senhor João Caetano Batista Filho –  atualmente com mais de  com sessenta anos –  que foi sua prima, que se chama Rosa e morava na cidade pernambucana de Igarassu, ao passar um final de semana na sua casa, em Vitória, que lhe “batizou” por baiano. “Na escola, as pessoas me chamavam por João ou Joãozinho”, falou o “Baiano”.

Desde pouco mais dos dez anos que o senhor João é chamado pela alcunha – Baiano. Ao servir o Exército Brasileiro, através do nosso Tiro de Guerra, seu nome de “guerra” passou a ser Caetano. Aliás, nos dias atuais,  só alguns companheiros dessa jornada é que não lhe chamam pelo apelido, tais como o instrutor, Major Eudes, e o companheiro de turma Ozias Valentim.

Portanto, eis aí um vitoriense que ficou mais conhecido na cidade pelo apelido de que pelo o  próprio nome. Assim sendo, o senhor João  Caetano Batista Filho é mais um que destacamos para fazer parte do nosso genuíno projeto,  que atende pelo nome de “APELIDOS VITORIENSES”.

Apelidos vitorienses – BIUZINHO DO CHUCHU

O senhor Severino Ferreira da Silva também foi uma das “vitimas” do maior colocador de apelido da nossa cidade, ou seja:  “Seu” Sitonho do Posto. Desde criancinha Severino já atendia pelo carinhoso apelido de “Biuzinho”.

Com origem na Zona Rural o senhor Severino sempre teve como atividade comercial principal o cultivo e a venda do chuchu. Pois bem, certa vez, no Posto Esso PITÚ, com o caminhão carregado de chuchu, “Seu” Sitonho, para facilitar na identificação do cliente, rebatizou-o de “Biuzinho do Chuchu”.

Tempos depois o senhor Severino Ferreira da Silva, pelo “novo” nome – Biuzinho do Chuchu – foi consagrado nas urnas e tornou-se vereador da cidade. Certa vez, contou-nos o Biuzinho, que lhe foi enviado um convite para participar de um coquetel, promovido  por uma grande empresa de automóvel, na capital pernambucana, mas como no convite constava o seu nome de batismo  o mesmo não lhe foi entregue por ser identificado, motivo pelo qual perdeu o evento.

De maneira que o senhor Severino Ferreira da Silva é um vitoriense que é mais conhecido pela alcunha – Biuzinho do Chuchu – do que pelo próprio nome. Aliás, atualmente, Biuzinho do Chuchu é uma das maiores referencias do nosso estado, no que diz respeito aos negócios relativos ao chuchu.

Apelidos Vitorienses: BATATA.

Dentro do planejado – projeto cultural Apelidos Vitorienses –  mais uma vez, realçaremos os conterrâneos que são mais conhecidos na cidade pelo apelido do que pelo próprio nome.

Em virtude da sua silhueta (gordinho), ainda criança –  com doze..treze anos – o amigo Marinaldo Silvio de Santana recebeu do seu pai – Zé do Queijo – o apelido de BATATA. Inicialmente, sua alcunha lhe rendeu muitas brigas com os colegas de mesma idade. Ele não gostava do seu apelido.

Apesar de na escola, pelos professores,  o senhor Marinaldo ser tratado pelo nome de batismo, no meio dos colegas, o seu apelido pegou. Atualmente, segundo ele, pouquíssimas pessoas lhe tratam pelo nome que consta na sua certidão de nascimento. Só mesmo alguns amigos “das antigas” é que sabe do seu verdadeiro nome.

Eis aí, portanto, a origem do apelido do senhor Marinaldo Silvio de Santana, que acabou tornando-se mais conhecido na cidade pelo apelido – BATATA – do que pelo próprio nome.