O incêndio mais mortal da história do Brasil – @historia_em_retalhos.

A assombrosa tragédia na Boate Kiss, em 2013, chocou o Brasil quando 242 jovens morreram vítimas de um incêndio.

O que pouco se comenta, porém, é que, cinco décadas antes, um terrível incêndio criminoso causou a morte de 503 pessoas, entre elas, 300 crianças, mais do que o dobro de vítimas da Kiss.

O fato aconteceu em 17 de dezembro de 1961, em Niterói, no Rio de Janeiro.

Naquele mês, o Gran Circus Norte-Americano chegava a Niterói, anunciando ser o maior e mais completo circo da América Latina.

A montagem do equipamento demandava bastante tempo e mão de obra, o que fez com que o dono, Danilo Stevanovich, contratasse cerca de 50 trabalhadores avulsos.

Entre eles, Adílson Marcelino Alves, o “Dequinha”, que tinha antecedentes criminais e apresentava problemas mentais.

Dequinha trabalhou apenas dois dias e foi demitido por Danilo, assim que foram descobertos os seus antecedentes criminais.

Inconformado, porém, passou a rondar as imediações do circo.

No dia da estreia, em 15 de dezembro de 1961, o circo estava lotado e Dequinha tentou entrar no espetáculo sem pagar o ingresso, sendo impedido pelo domador de elefantes Edmilson Juvêncio.

No dia seguinte, 16 de dezembro, Dequinha continuava a perambular pelas imediações e passou a provocar o arrumador Maciel Felizardo, que era apontado como o responsável por sua demissão.

Seguiu-se uma discussão e Felizardo agrediu Dequinha, que reagiu e jurou vingança.

Era a senha da tragédia.

No dia 17 de dezembro, Dequinha reuniu-se com José dos Santos, o “Pardal”, e Walter Rosa dos Santos, o “Bigode”, com o plano de atear fogo no circo.

Chegou a ser advertido, porém estava decidido: queria vingança e dizia que o dono do circo tinha uma dívida para com ele.

Com três mil pessoas na plateia, às 15h:45min, faltando apenas 20 minutos para o espetáculo terminar, começou o incêndio.

Em poucos minutos, o circo foi completamente devorado pelas chamas, porque a lona, que chegou a ser anunciada como sendo de náilon, era, na verdade, de tecido de algodão, revestido de parafina, um material altamente inflamável.

Por uma infeliz coincidência, naquele dia, a classe médica do Rio de Janeiro estava em greve e o maior hospital de Niterói estava fechado.
.
Desesperada, a população arrombou as portas do hospital e os médicos foram convocados por meio do rádio.
.
O presidente João Goulart deslocou-se imediatamente para Niterói.
.
Sem outra alternativa, o Estádio Caio Martins foi transformado em uma oficina provisória para a construção rápida de caixões, com carpinteiros da região trabalhando dia e noite, e, pasmen, sem mais terrenos disponíveis em Niterói, foi necessário solicitar-se uma área no município vizinho de São Gonçalo para enterrar os corpos.
.
Dequinha foi preso cinco dias depois, assim como os seus cúmplices “Bigode” e “Pardal”, sendo condenado a 16 anos de prisão e 6 anos de internação em manicômio judiciário.
.
Onze anos depois, em 1973, ele fugiu da penitenciária e foi encontrado morto com 13 tiros no alto do morro Boa Vista, também em Niterói.
.
Niterói jamais esqueceu dessa tragédia.
.
Algumas curiosidades:
.
– a fuga da elefanta “Samba”, paradoxalmente, acabou salvando muita gente. Com a sua força, o animal rasgou um buraco na lona, abrindo um caminho para mais pessoas passarem. Outros, porém, com menos sorte, acabaram morrendo ou tendo ossos quebrados pelo animal.
.
– o saudoso palhaço Carequinha ajudou no financiamento para a construção de um cemitério em São Gonçalo para enterrar as vítimas do incêndio.
.
– o pregador “Profeta Gentileza”, nome pelo qual ficou conhecido José Datrino, motorista de caminhão, afirmou que, no dia da tragédia, recebeu um chamado à vida espiritual, que o mandava abandonar o mundo material e dedicar-se apenas ao plano espiritual, decidindo, a partir daquela data, residir no exato local onde acontecera o incêndio.
.
– a quem interessar, recomendo o livro “O Espetáculo Mais Triste da Terra – O incêndio do Gran Circo Norte-Americano”, de Mauro Ventura.
.
Siga: @historia_em_retalhos

https://www.instagram.com/p/C1UGHH_u6Ul/?igsh=dTdwMDB2cmVwaXd6

A liturgia do Divino e o fausto do esplendor – por Marcus Prado.

Já dei nesta página a minha opinião sobre o sucesso das exposições de artes plásticas realizadas no Recife no final de ano de 2023: a mostra de pinturas de Luciano Pinheiro, na Arte Plural, a coletiva do Espaço Brennand, em Boa Viagem, e a exposição comemorativa dos 50 anos do movimento Armorial, de Ariano Suassuna (Museu do Estado). Deixei por último um breve comentário sobre a exposição monumental e sóbria no campo da documentação histórica, arqueológica e iconográfica: “O Tesouro dos Reis – Obras-Primas do Terra Sancta Museum”, tendo por ambiente as salas da Fundação Calouste Gulbenkian (Lisboa). Para quem não conhece a Gulbenkian lembro que se trata de uma das mais ricas e celebradas instituições de cultura, ciências e artes da Europa, com escritórios atuantes na França e no Reino Unido.

Ali está sendo exibida, até 26 de fevereiro de 2024, parte do monumental tesouro artístico do Terra Sancta Museum (Jerusalém), composto de doações realizadas por monarcas católicos europeus a várias igrejas ao longo de 500 anos. Trata-se de um conjunto de peças, únicas no mundo, quase todas em ouro e prata, reconhecidas como Patrimônio Universal da Humanidade.

Viajou pela primeira vez de Jerusalém para Portugal, graças ao empenho da Gulbenkian, que planejou tudo, durante quase três anos, sem limites de custos. A começar pelo restauro que fez em várias peças do Museu dos Franciscanos (Jerusalém), pelo seguro milionário desse tesouro de arte e religiosidade, no tranporte e montagem do acervo (o mais alto custo na história da instituição portuguesa), à sua curadoria (composta do que há de excelente em Portugal e em Jerusalém). Um projeto ousado, sem a menor réstea de amadorismo, isto sem falar de um esquema de transportes, segurança das obras de arte que envolveu sofisticado equipamento de antirreflexos, expositores resistentes à prova de balas, além de sensores e alarmes de ultima geração. Destaco isso não só para se avaliar a grandeza dessa amostra, mas para dizer que a exposição convida, num primeiro momento, a conhecer ‘Jerusalém, centro do mundo’, mostrando a “sua importância e centralidade” nesta hora agônica e de tantos conflitos entre Israel e a Palestina, que tem deixado profundas marcas.

Há peças e documentos que deixam o visitante maravilhado pelo que apresentam num percurso de muitos séculos, desde a construção da Basílica do Santo Sepulcro, no século IV, até à ocupação otomana do território, no séc. XVI. ‘Theatrum Mundi’ é o nome de um núcleo da mostra, onde se conhecem as doações régias de vários reinados europeus aos lugares santos, como as enviadas por Filipe II de Espanha, Luís XIV de França, João V de Portugal, Carlos VII de Nápoles ou Maria Teresa de Áustria, entre outros. Há um destaque para o Evangeliário arménio, do século XV, comprado por Calouste Sarkis Gulbenkian em 1947, e oferecido à Biblioteca do Patriarcado Armênio de Jerusalém. São numerosas lâmpadas pendulares, quase todas em ouro, ou o baldaquino que acolhia uma custódia ou um crucifixo, doado por Carlos VII, rei de Nápoles. São vistas peças da Idade do Bronze à época romana, das Cruzadas aos tempos modernos, sem falar dos vestígios de uma aldeia do século I d.C. São expostos objetos sacros de forte simbolismo espiritual, que datam da Idade Média. Dentre os objetos da amostra destaca-se ainda a importantíssima inscrição “Khaire Maria”, ou seja, Ave Maria. É o atestado mais antigo do nome da Virgem Maria, de Deus a Madre (antes de 324), gravado em grego na base de uma coluna. De brilhar diante dos olhos são os cálices confeccionados por famosos ourives de séculos passados. Outro tesouro dessa amostra é o seu catálogo, com cerca de 400 páginas, com textos e imagens, uma bem cuidada edição da Gulbenkian. Fui encontrar nesse catálogo (grato aos amigos portugueses Lúcio Ferreira e José Rodrigues de Paiva) páginas que reproduzem letras capitulares e Iluminuras de encantadora beleza gráfica (séculos 13 e 14).

Marcus Prado – jornalista. 

O vice de Paulo para 2024: imposição, submissão ou gratidão?

Notícias nas mais variadas plataformas de comunicação, recentemente, alardearam que a executiva estadual pernambucana do partido político MDB – Movimento Democrático Brasileiro – realizou encontro para uma definição eleitoral, visando o pleito municipal que se avizinha – eleições municipais 2024.

Gigante no País, em Pernambuco, organicamente falando, a referida agremiação joga na 2º divisão. No último pleito estadual (2022), por exemplo, não apresentou nenhum nome à disputa majoritária e não conseguiu sequer montar uma chapa, visando um assento na ALEPE. Já para deputado federal, disputou e manteve a vaga já ocupada, , mudando apenas de nome: saiu Raul Henry, entrou Iza Arruda.

Pois bem, independente de qualquer desempenho da sigla, provincialmente, nas últimas décadas o MDB – que já foi PMDB – carregou e carrega  em si um simbolismo nacional,  que representa, entre outras coisas,  pluralidade democrática. Concretamente, possui, também, um amplo latifúndio,   quando o assunto é “tempo de televisão” que, na hora da onça beber água, convenhamos, se configura em  moeda importante em qualquer arrumação eleitoral, naquilo que chamamos de coligação partidária.

Na Vitória de Santo Antão, há muito tempo, até por uma questão histórica, iniciada pelo ex-prefeito José Augusto Ferrer de Moraes, coube ao conceituado empresário, Alexandre Ferrer, à presidência do diretório municipal,  do sempre cobiçado MDB.

No mundo próprio da política, bem distante dos olhos dos eleitores, ninguém ascende aos espaços de destaques, quer seja no campo municipal, estadual ou federal sem a segurança real do controle de uma sigla partidária.  Esse é o jogo jogado e ponto final.

Figura presente nos registros fotográficos da sigla (MDB), em Pernambuco,  e fora dele,  o atual prefeito da Vitória, Paulo Roberto Leite de Arruda, ao longo da sua carreira politica, que começou, concretamente,   lá,  em 1996, compondo a chapa com o então candidato,  Carlos Breckenfeld, já constou na lista de filiados de uma penca de partidos políticos. Mas nunca encontrou  vida fácil e guarida segura em nenhum deles.

Foi nesse contexto que, em março de 2020,  o MDB municipal –  num gesto concreto de firmeza e independência – acolheu, em ato festivo, realizado no Clube Abanadores “ O Leão”,  na qualidade de filiado, o aspirante a prefeito Paulo Roberto.

Sem menosprezar ou mesmo sem deixar de  sublinhar sua capacidade e  determinação de avançar, poderíamos dizer que foi a partir da sua entrada no MDB que Paulo começou a “virar gente” na política. Até porque, até então, nas mais de duas décadas em que militou na área,   o mesmo  sempre esteve caminhando sob a areia movediça e o terreno pantanoso partidário, controlado pelo seu líder político Elias Lira.

Eleito prefeito (2020),  ostentando o número 15, numa eleição atípica, em plena pandemia do covid-19, Paulo,  através de investimento financeiro na mídia estadual e traçando uma campanha em cima da chamada “estrutura”, em 2022, conseguiu emplacar um mandato de deputada federal para a filha. Algo que ampliou, consideravelmente,  o seu espaço no MDB pernambucano e nacional. Tudo isso, vale lembrar, teve como ponto de partida a acolhida do MDB municipal, diga-se: Alexandre Ferrer.

Nos próximos dias, estaremos adentrando em 2024, o chamado “ano eleitoral”. Não é segredo para ninguém que o atual gestor já acionou a chave da “reeleição” e encontra-se em plena pré-campanha, mesmo jurando de pé juntos que não. Aliás, segundo os “eleitores contemplados” de Paulo, o mesmo já se encontra reeleito.

E é nesse clima de “já ganhou” que as especulações, no que se refere ao vice da chapa de 2024, começaram a ganhar tonalidade. Dizem alguns, que o atual vice-prefeito, Edmo Neves, já é “carta fora do baralho”. Em matéria já postada aqui no blog, inclusive,  já elenquei minhas impressões relacionada ao descarte do Edmo. Aliás, se o Edmo estivesse na posição de prefeito e o Paulo de vice, a situação seria a mesma, até porque, os dois entendem perfeitamente o que significa a palavra  pragmatismo político.

Já para as pessoas mais próximas ao prefeito, onde tem muita gente empolgada e deslumbrada, comenta-se que Paulo deveria  ter como vice uma “pessoa de sua total confiança”. E até explicam: “é porque, se ele precisar, daqui a dois anos  ser senador  da republica não perderia o controle da gestão”.

Mas existe, também, outra corrente de pensamento, de pessoas que já foram até apelidadas “viúvas de Elias Lira”, que trabalham  com “a certeza” de que o melhor nome para compor a chapa é o do velho cacique, ou seja: do ex-prefeito Elias Lira, até porque, segundo alguns  “cientistas políticos”, se assim não for feito, Elias poderá colocar água no chopp da festa da reeleição do prefeito, ou seja:  lançando-se ou apoiando um nome para disputar o Palácio Municipal.

Analisando e fazendo a  chamada “digestão das ideias”, considerando todas essas especulações,  alerto que nunca devemos achar que eleição se ganha por antecipação. Até porque, qualquer fato novo, poderá mudar radicalmente o cenário atual. É verdade que o jogo favorece à quem está no poder, mas no pleito anterior, vale lembrar, em Vitória,  pela primeira vez,  um candidato “sentado na cadeira”,  perdeu.

No meu modesto entendimento se Paulo acolher, como vice na próxima chapa,  o ex-prefeito Elias Lira, que no jogo local representa o atraso,  numa foto “em preto e branco”,  passará o recibo, aos mais atentos, que cedeu a uma IMPOSIÇÃO.

Na hipótese de promover um(a) “auxiliar” à pop star político, apenas  revelará seu desejo de se eternizar, algo tão criticado no grupo opositor, ou seja: os vermelhinhos. Essas figuras, diga-se de passagem, que ascende pelo crivo da SUBMISSÃO, são peças que se encaixam no tabuleiro – perfeitamente –  apenas para cumprir missões “muito delicadas”. De quebra, nessa composição, Paulo revelaria uma soberba desmedida.

Para encerrar essas linhas, em que fiz um pequeno apanhado de parte dos comentários políticos que estão rolando nos encontros festivos, recreativos e também nas redes sociais,   não poderia deixar de opinar, no que seria, aos meus olhos,  nessa questão (chapa 2024) um ato de justiça, realizado pelo atua prefeito.

Se Paulo Roberto tivesse no coração e na cabeça amplo sentimento de GRATIDÃO, algo raro no meio político, enxergo que o mesmo teria de formular publicamente um convite ao Empresário Alexandre Ferrer, no sentido da composição da chapa para 2024. Aliás, ele reúne todas  qualificações possíveis para somar em qualquer chapa política/eleitoral. Se ele aceitaria ou não é uma questão que cabe exclusivamente a  ele. Mas, para fechar a ideia,  volto a dizer: Paulo Roberto só “virou gente” na politica por conta da sua filiação no MDB municipal, diga-se: Alexandre Ferrer. Segue o barco eleitoral, rumo à 2024……

O secretário de Cultura, Demétrius Lisboa, participou da reunião da ABTV.

Dentro do cronograma das reuniões ordinárias, visando o “apontamento” dos desfiles dos seus afiliados, na noite de ontem (20), a ABTV – Associação dos Blocos de Trio da Vitória – recebeu o secretário de Cultura, Turismo e Economia Criativa, Demétrius Lisboa.

Na pauta, previamente formalizada em convite,  ao secretário, a instituição elencou assuntos de interesse dos blocos, assim como do bom andamento – de maneira geral –  do carnaval antonense. .

Reclamou-se, ao passo que reivindicou-se, também,  para o efetivo melhoramento na iluminação do percurso oficial do carnaval, sobretudo na Rua Capitão Antônio Melo Verçosa. Em ato continuo, a instituição, mais uma vez, cobrou da gestão municipal uma ação enérgica, no sentido da elevação dos fios que se encontram nas vias públicas, receptoras dos desfiles dos trios elétricos,  assim como no disciplinamento geral,  pelas operadoras de internet e afins, para que não se deixem fios em alturas que venham comprometer a segurança dos artistas e demais profissionais da área.

Com relação ao percurso do carnaval e o modelo da festa (2024), o secretário Demétrius Lisboa informou que será o mesmo,  aplicado na edição carnavalesca imediatamente anterior, ou seja: os blocos que desfilam com trios terão partida e chegada acontecendo no Pátio do Livramento.

Outras questões mais foram debatidas e serão formalizadas pela instituição – ABTV – às secretarias municipais competentes. Ao final, a direção da instituição agradeceu ao secretário pela presença, esclarecimentos também pelos encaminhamentos.

Vida Passada… – Major Codeceira – por Célio Meira

Célio Meira – escritor e jornalista.

No lar do português Custódio Domingues Codeceira, e da pernambucana Francisca Joaquina dos Anjos, nasce , em 1820, José Domingues Codeceira, na cidade do Recife. Dedicou-se, Codeceira, na mocidade, à vida do comercio, fugindo, cedo, do balcão, para dedicar-se ao estudo da história da terra onde nasceu. O estudo paciente, e meditado, da grandiosa história de Pernambuco, foi, durante mais de meio século, a alegria de sua vida tranquila. E na verdade, passando, horas e horas, no arquivo público, nas secretarias de governo, nas livrarias e nos “sebos”, nas sacristias de velhas igrejas, e no Instituto Arqueológico, Geográfico e Histórico Pernambucano, a Casa de Pernambuco, realizou, esse homem admirável, na paciência beneditina, obra benemérita, corrigindo equívocos e erros, resolvendo dúvidas, e restabelecendo a verdade dos acontecimentos políticos-sociais, que formam o patrimônio histórico da terra pernambucana.

“Foi ele quem, com precisão incontestável, escreve o ilustrado historiador Sebastião Galvão, assinalou que o Forte Real do Bom Jesus existiu situado onde foi a primeira e antiga estação de Mangueira de Cima, que o morro Bagnuolo é o mesmo que fica junto às oficinas de E.F. de Limoeiro, chamado, atualmente, da Conceição, que o lugar Cordeiro foi o engenho de Ambrósio Machado, e que a Torre foi o engenho de Marcos André”.

Trabalhador infatigável, conheceu, Codeceira, profundamente, a história do domínio holandês, em Pernambuco, e sem fantasia de cronista desavisado, e com aquela honestidade que, necessariamente, deve guiar a pena do historiador, escreveu, entre outros livros, “A Ideia Republicana”, trabalho precioso, de documentação, exaustiva, em que se verifica, realmente, que a prioridade do movimento republicano, no Brasil, cabe, de modo incontroverso, a Pernambuco. O sargento-mór Bernardo Vieira de Melo e Pedro Ribeiro da Silva, Capitão-mór da Vila de Santo Antão, foram, em 1710, sem embargos valiosos, os primeiros batalhadores da República.

Não exerceu,  nenhum cargo público, o major Codeceira. E recusou, informa-nos, carinhosamente, ilustrado neto desse historiador, o cargo de diretor da Biblioteca Pública do Estado, no governo de Barbosa Lima. Traçou, do major Codeceira, biografia notável, o desembargador Sousa Pitanga, na Revista do Instituto Brasileiro. E velhinho, morreu, Codeceira, no dia 10 de janeiro de 1904, na idade de 84 anos.

O governo municipal do Recife deu, a uma rua, o nome desse preclaro historiador pernambucano. Foi merecida, e justa, a alta distinção.

Célio Meira – escritor e jornalista. 

 

LIVRO VIDA PASSADA…, secção diária, de notas biográficas, iniciada no dia 14 de julho de 1938, na “Folha da Manhã”, do Recife, edição das 16 horas. Reuno, neste 1º volume, as notas publicadas, no período de Janeiro a Junho deste ano. Escrevi-as, usando o pseudônimo – Lio – em estilo simples, destinada ao povo. Representam, antes de tudo, trabalho modesto de divulgação histórica. Setembro de 1939 – Célio Meira.

PITÚ lança latas supersticiosas para o brinde do Réveillon.

Cachaçaria distribuiu seis milhões das embalagens temáticas por todo Brasil

Para deixar o drink do Ano-Novo ainda mais especial, a PITÚ lançou a série de ilustrações “Resenha da Virada” que neste período do ano estampam a embalagem da sua tradicional lata de cachaça silver de 350 ml, a famosa “branquinha”. Os consumidores da aguardente e colecionadores já podem ficar atentos às gôndolas dos mercados: seis milhões de unidades das latas com as embalagens especiais de Réveillon estão em circulação nos principais pontos de venda do produto em todo Brasil. A agência Ampla Comunicação assina a criação das artes.

Nesta versão da latinha personalizada para o Réveillon, a PITÚ representa a superstição tradicional do uso das cores nas roupas da virada e os seus simbolismos. São cinco ilustrações distintas, cada uma trazendo uma resenha relacionada à crença depositada em cada cor e representando o desejo para o ano que vai chegar: “Réveillon de amarelo pra multiplicar o din-din”, “Réveillon de azul pra deixar de ter aperreio”, “Réveillon de branco pra brindar pela paz”, “Réveillon de verde pra ganhar uma seguidora: a sorte” e “Réveillon de vermelho pra arrumar um romance”.

A brincadeira grafada nas latas tem o intuito também de estimular a interação entre os pituzeiros, os convidando a escolher a cor da lata que melhor representa o próprio desejo para 2024. Cada um com a sua resenha brindando com PITÚ!

A aposta da PITÚ na criação das ilustrações temáticas é proporcionar momentos de alegria, descontração e leveza entre amigos e familiares nas viradas de ciclo. É também uma forma de agradecer aos pituzeiros por toda parceria firmada neste ano que se vai e de desejar boas novas, grandes encontros, realizações, paz, amor e prosperidade para o ano que está por vir. Tudo isso com aquele humor característico da PITÚ e, claro, muita resenha! As campanhas e ações de entretenimento da cachaçaria pernambucana possuem o grande diferencial de cativar, fidelizar e estreitar o relacionamento com os apreciadores da cachaça.

FICHA TÉCNICA – ILUSTRAÇÃO LATAS DE RÉVEILLON DA PITÚ

Agência Ampla Comunicação

CRIAÇÃO:
Manuel Cavalcanti – Diretor de criação
Amin Melo – Head de Criação

Marina Lins – Head de Criação
Andi Almeida – Redator

Marcelo Rodrigues – Diretor de Arte

Jaime Vieira – Arte Finalista

PLANEJAMENTO:
Eduardo Breckenfeld – Diretor de Planejamento
Gabriela Pires – Coordenadora de Planejamento

Phelipe Menezes – Head de Social Business Intelligence

Rony Petherson –  Community Manager

ATENDIMENTO:
Alessandra Pires – Diretora de Operações e Negócios Ampla
Daniela Koury – Gerente de Negócios Ampla
Will Borges – Analista de Negócios Ampla.

Assessoria. 

O TESOURO DOS REIS – por Marcus Prado.

ESTOU maravilhado com o presente, vindo de Portugal pelas mãos dos queridos amigos LÚCIO FERREIRA e JOSE RODRIGUES DE PAIVA, o belissimo catálogo de quase 300 páginas fartamente ilustrado sobre a MONUMENTAL E SÓBRIA exposição O TESOURO DOS REIS – OBRAS PRIMAS DA TERRA SANCTA MUSEUM, que se realiza neste final de ano na Fundação Calouste Gulbenkian (Lisboa). POSSO DIZER, pelo que venho há muito sabendo, que essa pode ser vista como A EXPOSIÇÃO DO ANO NA EUROPA. VALE A PENA estar em Lisboa, ao menos por um dia, para ver essa exposição.

Marcus Prado – jornalista

coroa em sua fachada – por @historia_em_retalhos.

Por que a Igreja da Várzea ostenta uma coroa em sua fachada?

A razão é histórica!

Isso porque, em novembro de 1859, Dom Pedro II visitou a Várzea e concedeu ao templo o título de “Imperial Matriz de Nossa Senhora do Rosário da Várzea”, levando a coroa imperial à sua fachada.

Imperial que é, portanto, a igreja ostenta o símbolo do Império, sob a cruz que identifica o catolicismo.

Nesta viagem a Pernambuco, o monarca permaneceu de 22 de novembro até 24 de dezembro de 1859 em nosso estado, realizando inúmeros atos importantes.

Agora, você, nosso seguidor, quando for visitar o bucólico bairro da Várzea, já vai saber o significado desse “detalhe”!

Se gostou, compartilha!
.
Siga: @historia_em_retalhos

https://www.instagram.com/p/C1DGtKXOePH/?igshid=MTc4MmM1YmI2Ng%3D%3D

 

Instituto Histórico e Sobradinho – duas importâncias distintas!

Aproveitando essa terça-feira,  dia 19 de dezembro de 2023, data que marca o dia em que o nosso então Soberano,  Pedro II,  acordou em terras antonenses, exatamente há 164 anos, por ocasião da sua visita ao nosso estado, Pernambuco, para esclarecer que ele ficou hospedado no prédio que hoje abriga o nosso Instituto Histórico e Geográfico. Não por alegoria, hoje, ainda,  o chamamos de “Casa do Imperador”.

Dizem os livros que contam a história dos nossos antepassados, que o referido imóvel, naquela ocasião, era o melhor que ostentávamos,  localizado  no centro da cidade. Mesmo assim, para  hospedar os ilustres visitantes, um conjunto de melhoramento foi realizado, desde à pintura até as  cortinas.

Pois bem, mesmo depois de todas essas décadas, ainda encontramos conterrâneos se referindo à “casa que dormiu Dom Pedro”, como sendo nosso o “Sobradinho”, localizado na mesma rua. Essa afirmativa não é historicamente verdadeira.

Alertamos, de maneira clara, simples e objetiva, que o valor histórico do “Sobradinho”   reside justamente por ser o único imóvel remanescente – de pé – da então Vila de Santo Antão, que compreendeu o recorte temporal de 1812 a 1843.

Assim sendo, espero haver contribuído para uma melhor compreensão das respectivas importâncias históricas desses dois elegantes prédios. Para concluir, há exatos 164 anos, no dia 19 de dezembro de 1859, Vitória “acordava”  sendo a Capital do Império. Viva o Imperador!!!

Blog do Pilako: fonte histórica antonense…..

Já ultrapassada a significativa marca dos 28.500 posts, ao longo de mais de uma dúzia de ano, initerruptamente, no ar, o Blog do Pilako se configura numa verdadeira fonte de assunto dos mais variados, vinculadas à Vitória de Santo Antão e também aos antonenses.

Pois bem, ontem (17), por ocasião de uma competição recreativa de corrida de rua, em que participei, fui abordado por um jovem, estudante de arquitetura, que recebeu o mesmo nome do meu filho, Gabriel, que não economizou nos elogios ao nosso jornal eletrônico, dizendo-me: “sempre  acesso seu blog,  para pesquisar sobre Vitória. Tem me ajudado bastante”.

Isso é gratificante! Além dos internautas mais maduros, nosso conteúdo, seguro e diversificado, também contribui para formação dos mais jovens, sobretudo quando o  assunto se relaciona com informações históricas antonenses. Vamosimbora!!!

VITÓRIA: AQUI TEM HISTÓRIA – por Ronaldo Sotero.

Em um 18 de dezembro como hoje, há 164 anos, Vitória de Santo Antão durante dois dias se tornava capital do Império com a chegada de D.Pedro II e da Imperatriz Teresa Cristina à cidade acompanhados de comitiva. O atual prédio do Instituto Histórico e Geográfico, conhecido como Casa do Imperador, hospedou os visitantes.Na época ele tinha 34 anos.

Nascido no Rio de Janeiro em 2/12/1825 e falecido em Paris, em 1891, aos 66 anos, depois da Proclamação da República, em 1889. Permaneceu no trono quase 60 anos. Do seu casamento com D.Teresa Cristina nasceram quatro filhos: Afonso, Isabel, Leopoldina e Pedro. Os meninos faleceram ainda na infância.
TUDO É HISTÓRIA.

Ronaldo Sotero

 

INFORMAÇÕES: 3ª Corrida e Caminhada da Vitória – 28 de abril de 2024.

3ª Corrida e Caminhada da Vitória – 28 de abril de 2024.
Corrida 7km – Caminhada 4km – Concentração às 6h – Largada às 7h.
Troféu – Premiação Geral do 1º ao 5º colocado – masculino e feminino.
Troféu – Premiação Faixa Etária – 1º ao 5º colocado
Primeira faixa etária: até 39 anos.
Segunda faixa: dos 40 anos aos 49 anos.
Terceira faixa: dos 50 anos aos 59 anos.
Quarta faixa etária: dos 60 anos aos 69 anos.
Quinta faixa etária: dos 70 a mais.
OBS: NÃO HAVERÁ PREMIAÇÃO EM DINHEIRO!
Inscrições on-line: www.uptempo.com.br
Inscrições grupos: 81-9.9.9420.9773
Inscrição presencial: Loja Monster Suplementos – Rua Valois Correia – 96 – Matriz – Vitória.
Valor Inscrição:
Kit completo – corrida ou caminhada – R$ 85,00
Kit sem a camisa – corrida ou caminhada – R$ 70,00
1º LOTE ATÉ O DIA 29 DE FEVEREIRO.

UMA SELEÇÃO DE NOMES, segundo o jornalista Marcus Prado, da qual consta vitorienses notáveis.

ESTE TEXTO TEM COMO PONTO DE PARTIDA uma conversa entre amigos sobre as tantas e irreparáveis perdas que tivemos nos últimos meses nos meios culturais de nosso estado, e nos lembramos, juntos, de pernambucanos ou radicados aqui, que estão de fora da Academia Pernambucana de Letras.

Muitos não pediram, nem desejam. Lembrados porque são pautados na militância em diversas esferas do conhecimento, que poderiam contribuir para o engrandecimento e à instigante vitalidade da casa de Carneiro Vilela. São tantos, que não caberiam numa Academia nos moldes tradicionais.

A lista originou-se de um exercício de memória (sabendo do risco das infelizes omissões) que três amigos em comum cometeram num tradicional bar do Poço da Panela. Fui um deles, Diante do excesso de nomes, pensamos numa Academia Imaginária de Letras: democrática, seletiva, protagonista e atuante no que deve produzir e publicar (em suas discussões, seus anais, suas revistas, suas antologias), suas exposições, seus grandes concursos literários, seus intercâmbios.

O que, na verdade, presidiu essa escolha, não foi apenas o desejo de ver tantos figurantes com o galardão da “imortalidade” acadêmica (talvez nem todos se mostrem à vontade para esse tipo de agremiação e seus ritos) mas o que prevaleceu foi a intenção de lembra-los pelo que têm feito ao longo dos anos em defesa da nossa cultura.

Durante nossos encontros para a escolha de nomes, foi lembrada por mim a experiência do cenógrafo russo Constantin Estanyslávski, que, para a inauguração de um dos seus projetos cênicos (1897), contara com a ajuda patrocinadora do empresário Nemirovitch Dantschenko para o Teatro de Arte Moderna de Moscou: ele teria de apresentar uma lista “necessariamente” extensa de convidados, com o mínimo de falhas e omissões.

Os que elegemos: Mozart Neves Batista, João Câmara, José Rodrigues de Paiva, José Luiz Delgado, Alfredo Antunes, Everardo Maciel, Luciano Pinheiro, Aloísio Sotero, Saulo Neiva, Marcos Albuquerque, Moacir o dos Anjos, Sérgio Rezende, Paulo Fernando Craveiro, Virginia Leal, Zélia Suassuna, Gislaine Andrade, Fernando Neves, Anco Marcio, Sílvio Amorim, Gustavo Krause, Ricardo Leitão, Juliana Barreto, Roberto Pereira, Alfredo Bertini, Jobson Figueiredo, Dagoberto Carvalho, Marcos Galindo, Everardo Norões, Fabiana Bruce, Fred Jordão, Gustavo Bettini, Priscilla Buhr, Josivan Rodrigues, Filippe Lyra, Renato Valle, Sebastião Pedrosa, Cibele Barbosa, Lanfranco Marceleti, Alexandrina Sobreira, Paulo Cunha, Leda Rivas, Katia Lubambo, Sidney Rocha, Vera Milet, Perside Omena, Josué Sena, Alceu Valença, Reinaldo Carneiro Leão, Tadeu Alencar, Manuel Papai, Marco Polo Guimarães, Vernaide Wanderley, Dayse de Vasconcelos Mayer, Hugo Viana, Ana Lúcia Altino, Edson Rodrigues, Ricardo Japiassu, Maria Tânia Carneiro Leão, Josias Vicente de Paula, Gleyce Kelly Heitor, Gustavo Mesquita, Paulo Pugliesi, Kleber Mendonça Filho, Jorge E. Tinoco, Harlan Gadelha Filho, Gladstone Vieira Belo, Gilberto Freyre Neto, George Barbosa, Raul Córdula, Claudio de Assis, Maria Luiza Borges. Margot Monteiro, Francisco Cunha, Gisela Abad, Ronaldo Correia de Brito, Eduardo Côrtes, Silvana Meireles, Maria Helena Brennand, Lucivanio Jatobá, Márcia Souto, Neném Brennand, Bete Araruna, Marcelo Mario Melo, Andrea Nunes, Alexandre Santos, Rodrigo Carrero, Raul Lody, Rodrigo Cantareli, Juarez Correia, Solange Macedo, Maciel Salu, Lia de Itamaracá, Cassio Cavalcante, Gil Vicente, Marcos Robalinho, Ricardo Pessoa de Melo, Raquel Naveira, Ana Santos Pereira, Luciene Freitas, Dione Barreto, Luiz Cardoso Filho, Robinho Pacheco, Conceição Rodrigues, Julia Lemos, Celia Campos, Roberto Borsoi, Ana Rita Sá Carneiro, Avanilda Torres, Frederico Almeida, José Teles, Carlos Bezerra Cavalcanti, Roberta Borsoi, Sueli Pereira, Marcos Alexandre Faber, Francisco Dacal, Mauricio Arraes, José Janduy Bezerra, Sandra Bitencourt, Jô Mazarolo, Ivanildo Sampaio, Wandenkolk Tinoco, Katia Mesel, Dulcineia Maria da Fonseca Santos, Clovis Cavalcanti, Homero Fonseca, Paula Lousada, José Nivaldo Junior, Ana Veloso, Plinio Palhano, Zenaide Barbosa, Claudia de Holanda Cavalcanti, Wagner Maciel, J. Michiles, Mauricio Rands, Nadja Dumaresque, Paulo Marcondes Ferreira Soares, Luciano Carvalho Filho, Carlos Newton Junior, Alberto Lins Caldas, Sergio de Andrade Lima, Plinio Victor, Claudia Cordeiro, Celso Stanfort, Vanja Campos, Aldo Paes Barreto, Jomard Muniz de Brito, Ricardo Japiassu, Andrea Mota, Amélia Reinaldo, Lenita Costa, Almir de Castro Barros, José Adalberto Ribeiro, Wilson Fusco, Vital Correia de Araújo, Augusto Eugenio Passhaus, Albertina Malta, Cida Pedrosa, Hans von Manteuffel, Nazaré Reis, César Sales Giusti, Dóris Gibson, Domingos Alexandre, José Carlos Targino, Creuza Aragão, Magda Suassuna, Ranulpho, Mônica Silveira, Marcia Kraemer, Liliana Falangola, Aramis Macedo, Janilto Andrade, Leticia Lins, Célia Labanca, Schneider Carpeggiani de Queiroz Silva, Jomeri Pontes, Lúcio Holanda, Siema Silva de Melo, Marcelo Canuto, Carla Gisela Batista, Flavio Gadelha, Lula Gonzaga, Maestro Formiga, Renata Borba, Tulio Velho Barreto, Lenivaldo Aragão, Onildo Almeida, Welinton de Melo, Neide Fernandes, César Santos, Ivan Mauricio, Josebias Bandeira, Aneide Santana, Antônio Nunes.

Marcus Prado – jornalista. 

ABTV – reunião visando o carnaval 2024…

Dentro da sua programação  carnavalesca a ABTV – Associação dos Blocos de Trio da Vitória de Santo Antão – segue com seu cronograma de reuniões preparatórias, visando o Carnaval Antonense 2024.

Na noite de ontem (13), aconteceu mais um encontro com diretores de agremiações afiliadas que discutiu, entre outros assuntos, a questão da definição da programação – dia e hora – dos desfiles.

Vida Passada… – Barbosa Lima – por Célio Meira

Célio Meira – escritor e jornalista.

Menino de escola primária, em Goiás, preparatoriano, em Minas Gerais, conquistou, Alexandre José Barbosa Lima, nascido em Recife, em 1862, o diploma de engenheiro militar, Escola da Praia Vermelha, no Rio de Janeiro. Quando se extinguiu a monarquia, era, Barbosa, professor no Colégio Militar, em Fortaleza. Abolicionista, republicano de atitudes decisivas, desde os tempos de estudantes, ocupou, o ilustre pernambucano, no governo provisório do Ceará, em 89, a secretaria de justiça. E sentou-se na bancada cearense, na Constituinte de 90. Ingressando na política, combateu o governo de Deodoro, figurando entre aqueles que prepararam a ascensão de Floriano à presidência da República.

Deposto, a 18 de dezembro de 91, o barão de Contendas, governador de Pernambuco, e estabelecida a Junta Governativa, composta do general Ouriques Jacques, Ambrósio Machado e José Vicente Meira de Vasconcellos, escreveu, Martins Junior, uma carta a Floriano, contam Francolino Cameu e Artur Vieira Peixoto, “indicando três nomes para, dentre eles ser escolhido o que teria de ser eleito governador do Estado. O nome de Barbosa Lima, entretanto, ao que nos consta, escreveram aqueles historiadores, não figurava na lista. A essa carta, Floriano deu a seguinte resposta telegráfica:

“ O capitão José Barbosa Lima aceita e agradece”.

E a 20 de abril de 1892, Barbosa Lima, aos 30 anos de idade, iniciou, pela vontade do povo, a administração de sua terra natal. Governou-a, porém, com a tormenta. Cêdo, muito cêdo, se formou a oposição política. Ásperas, terríveis, a esse tempo, foram as lutas dos partidos. Os oposicionistas despunham da Câmara e do Senado, e depositavam suas esperanças nos batalhões do exército. Serra Martins, comandante do 14º batalhão, e mais tarde, o general Roberto Ferreira, representavam, entre os inimigos de Barbosa, as forças da vitória. O governo, porém, indomável, confiava no presidente da República. E venceu.

Barbosa Lima, em 92, suspendeu o orçamento do município do Recife. Levantaram-se os adversários, em escaramuças. Houve revolução em Goiana. Surgiu a figura rebelde de Ângelo Tavares. A Câmara processou o governador, e o senado o suspendeu, dando posse a Ambrósio Machado. Floriano manteve Barbosa no poder, prestigiando-o, até 7 de abril de 1896.

Houve, ainda, no governo Barbosa Lima, um fato doloroso. José Maria de Albuquerque Melo foi assassinado, numa secção eleitoral, a 4 de março de  1895. O sangue generoso do ardente político, no entender do povo, foi a nódoa escura, quase negra, do governo de Barbosa.

Orador notável,  e culto, um dos maiores da República, representou, ainda, Barbosa, na Câmara dos Deputados, os estados de Pernambuco, do Rio Grande do Sul, e o Distrito Federal. Foi, também, senador pelo Amazonas. E morreu, aos 69 anos de idade, no dia 9 de janeiro de 1931. Barbosa Lima pertenceu à geração dos parlamentares famosos.

Pernambucano preclaro, trouxe, Barbosa Lima, para o governo de seu torrão nativo, um largo programa de trabalho. Não pode executa-lo, como o traçara, mas, assim mesmo, realizou grandes obras, que ainda resistem à ação do tempo e ao esquecimento dos homens.

Célio Meira – escritor e jornalista. 

LIVRO VIDA PASSADA…, secção diária, de notas biográficas, iniciada no dia 14 de julho de 1938, na “Folha da Manhã”, do Recife, edição das 16 horas. Reuno, neste 1º volume, as notas publicadas, no período de Janeiro a Junho deste ano. Escrevi-as, usando o pseudônimo – Lio – em estilo simples, destinada ao povo. Representam, antes de tudo, trabalho modesto de divulgação histórica. Setembro de 1939 – Célio Meira.

Baixinho Corredor: um fenômeno antonense….

Por ocasião do um encontro esportivo de corrida de rua, ocorrido no último final de semana, aqui, na Vitória de Santo Antão, bati um papo com o senhor José Gomes da Silva, morador das terras do Engenho Pirapama.

Exibindo extraordinária forma física, aos 77 anos idade que completou no dia 12 de outubro, o senhor José – que no meio das corridas é conhecido por “Baixinho Corredor” – se configura numa verdadeira lição de vida, no que se refere longevidade e boa saúde.

Disse-me  que corre desde criança. Falou-me, também, que colecionada medalhas e troféus de corrida de rua há décadas. Só medalha da famosa “Corrida de São Silvestre” ele tem duas dúzias.

Questionado sobre seu plano de treino, o mesmo, de maneira simples e objetiva, disse: “corro lá pelo sítio mesmo. Nas estradas de terra batida”.

Eis, portanto, um fenômeno da nossa cidade que atende pelo nome de José Gomes da Silva ou simplesmente “Baixinho Corredor”.

Residencial Levok – lançamento em breve!!!

Para uma plateia basicamente formada por corretores de imóveis e alguns órgãos da imprensa, na manha da segunda (11), os empreendedores – Pedro, Flávio e Léo – do Residencial Levok, condomínio residencial aqui em Vitória que se propõe a ser um divisor de águas na história imobiliária da cidade, explanaram sobre o empreendimento. O encontro já ocorreu no canteiro das obras.

Cercado de profissionais da área, no que se refere à formatação do negócio e também comercialização, os empreendedores demonstraram entusiasmo e otimismo quanto à comercialização dos lotes disponíveis à venda.