Por volta do meio-dia de ontem (29), na Praça da Restauração, casualmente, encontrei o jornalista José Edalvo. Como sempre, ao encontrá-lo, dedicamo-nos, por menor que seja, um tempo para breves, e não tão breves, atualizações. Para nossa grata surpresa, nesse ínterim, eis que surge o professor, poeta e pensador antonense, Sosígenes Bittencourt. Para concluir, na linguagem frívola das redes socais, poderíamos dizer: “encontro de milhões”. Noutra seara, poderíamos arrematar: “encontro de semelhantes diferentes”….
Arquivo da categoria: A Lupa
Voltemos a 1917 – por @historia_em_retalhos.
Naquele ano, duas figuras de gerações distintas encontravam-se nas dependências da Casa de Detenção do Recife: o lendário cangaceiro Antônio Silvino e o histórico militante comunista Gregório Bezerra.
Antônio Silvino nasceu em Carnaíba/PE e entrou para o cangaço aos 22 anos de idade, em 1897, para vingar o assassinato de seu pai, Pedro Rufino.
Também conhecido como “Rifle de Ouro”, Silvino já era um cangaceiro temido e conhecido quando nascia no Sítio Mocós, em Panelas/PE, em 1900, o líder revolucionário Gregório Bezerra.
Ambos, cangaceiro e revolucionário, tinham origem camponesa.
Iniciaram-se no trabalho no cabo da enxada desde os primeiros anos de vida, enfrentando um duro regime de exploração.
Ambos eram irresignados.
Gregório lutava contra as difíceis condições de trabalho do seu povo, enquanto Silvino rebelara-se contra o assassinato de seu pai a mando de um “coronel” da região.
Em 1917, Gregório tinha apenas 17 anos e encontrou na prisão um Antônio Silvino já maduro, com 42 anos, e já completamente fora da cultura da violência.
Gregório teve em Silvino um dos seus principais amigos no cárcere, chegando a registrar essa admiração em seu livro de memórias:
“Antônio Silvino foi o bandido mais famoso, mais popular e mais humano na história do cangaço”, disse Gregório, referindo-se ao espírito de valentia do cangaceiro, mas também reconhecendo a forma distinta com que tratava as mulheres, as crianças e os idosos.
Com o tempo, essa amizade aprofundou-se com Silvino sendo um verdadeiro conselheiro de Gregório e, ainda, um leitor das notícias que chegavam da Rússia revolucionária de 1917.
Em 1937, Silvino recebeu indulto de Getúlio Vargas e faleceu em 1944, em Campina Grande/PB.
Já Gregório, continuou em sua luta, amargando 23 anos de prisão ao longo da vida, a depender do momento histórico que enfrentava (década de 20, Estado Novo, anos 30/40 e golpe de 64).
Dezoito anos mais tarde, em 1935, eles voltariam a se encontrar na mesma Casa de Detenção do Recife.
Duas figuras icônicas de gerações distintas que o cárcere aproximou.
A quem interessar, recomendo o livro “Gregório Bezerra, Memórias”.
.
.
.Siga: @historia_em_retalhos
https://www.instagram.com/p/DFcy7BTxmz1/?igsh=ajV1ZTkwMWFxbXFr
Rádio Centro promovendo o carnaval antonense…
Promovendo e aquecendo o reinado de momo na República da Cachaça, a Radio Centro, dirigida pelo amigo Rômulo Mesquita, desde o raiar do novo ano (2025), vem recebendo diretores de agremiações carnavalescas das mais variadas tendências para da folia antonense 2025.
Convidado, ontem (29), também participei da empreitada. Na ocasião, falamos um pouco da história do nosso carnaval e aproveitei para alardear a movimentação da SAUDADE, que desfilará na segunda-feira de carnaval, às 21h, com a Orquestra Super Oara e Trio Asas da América.
Veja a entrevista aqui: https://www.instagram.com/reel/DFbIaLgvnij/?igsh=ZXdhejlxbnRpcHN1
Próximo sábado – 12º Feijoada da ABTV.
Primeira Corrida e Caminhada promovida pela Academia 1RM.
Com o tempo nublado, na manhã do domingo (26), a Academia 1RM promoveu sua primeira corrida e caminhada de rua. O evento teve percursos de 8 e 5km. Com concentração, largada e chegada no Pátio da Matriz, durante a premiação dos atletas,, uma banda de pagode animou o pessoal, afinal, ninguém é de ferro….
Engenhos de fogo morto – por Marcus Prado.
DURANTE QUASE UMA década fotografei os engenhos de fogo morto da Vitória de Santo Antão, esforço inédito que resultou numa doação ao acervo do Instituto Histórico local, quando era seu presidente o professor José Aragão.
Sentia-me no dever, depois de cerca de 40 anos como servidor dessa instituição, da qual, nesse período, me tornei integrante do seu quadro social.
As centenárias CUBAS dessa foto foram fotografadas no Engenho Pirapama, de João Cleofas de Oliveira.
Em artigo exclusivo para este Blog, direi como foi a trajetória e o método de prospecção iconográfica dessa pesquisa.
Marcus Prado – jornalista.
A história de Manoel Bezerra de Mattos Neto – por @historia_em_retalhos.
A história de Manoel Bezerra de Mattos Neto: o advogado assassinado por defender direitos humanos.
Há exatos 16 anos, em 24 de janeiro de 2009, Manoel Mattos era morto a tiros de espingarda calibre 12, em uma casa de veraneio, em Pitimbu/PB.
O advogado, que também havia sido vereador em Itambé/PE e vice-presidente do Partido dos Trabalhadores, integrava a Comissão de Direitos Humanos da OAB-PE, ficando conhecido por denunciar grupos de extermínio com a participação de policiais militares e civis, na divisa entre Paraíba e Pernambuco, região que já fora chamada de “Fronteira do Medo”.
Mattos participou ativamente de duas CPI’s (estadual e nacional), sempre denunciando as violações de direitos humanos e anunciando publicamente que corria risco de vida, pedindo proteção.
Além disso, era especialista na defesa de trabalhadores rurais.
Diante das ameaças de morte que se repetiam, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA chegou a conceder, em 2002, medidas cautelares que determinavam que o Brasil deveria garantir a sua proteção.
Infelizmente, não foi suficiente.
Morto covardemente, o jovem advogado perdeu a vida, aos 40 anos, e a sociedade perdeu um militante combativo dos direitos humanos.
Denunciados, dois dos cinco réus acusados de envolvimento no seu assassinato foram condenados.
O sargento Flávio Pereira foi condenado a 26 anos de prisão e José da Silva Martins a 25 anos, em regime fechado.
Um detalhe relevante: este processo traz consigo uma importância histórica.
Foi o primeiro caso de federalização no Brasil.
Em 2010, o STJ autorizou a instauração do Incidente de Deslocamento de Competência, mecanismo previsto na CF, desde 2004, para crimes que envolvam violação de direitos humanos, ensejando o deslocamento da competência para a Justiça Federal.
Mais adiante, o processo também foi deslocado da Justiça Federal da Paraíba para a de Pernambuco.
Manoel Mattos foi assassinado por defender o uso da justiça em detrimento da violência, por estimular os mais fracos a buscarem os seus direitos e por denunciar grupos de extermínio.
À sua memória, a nossa homenagem no dia de hoje.
https://www.instagram.com/p/DFNGl7sxSyR/?igsh=dXl5MXdxN2tkNGI2
.
Siga: @historia_em_retalhos
Para o pódio centenário……
No mais recente evento de corrida de rua, ocorrido aqui em Vitória, um fotógrafo profissional registrou minha passagem pela frente do nosso cemitério. Sendo o campo santo o destino final de todos nós, continuo alimentando a ideia de que meu corpo não será enterrado. Após minha jornada por aqui, desejo ser cremado. Aliás, acho até que essa é uma mudança de comportamento crescente e racional.
Em vida, sempre que possível, é bom lembrarmos dessa trinca de mistérios: porque nascemos, para que vivemos e por qual motivo morremos?
Sem a devida explicação, continuo vivendo e cuidando da saúde para tentar entrar no seleto grupo dos que ultrapassam um século de vida, em plena atividade cognitiva e física. Será que vou conseguir? Por enquanto, estou fazendo a minha parte.
Próximo do fechamento das cinco dúzias de idade, acredito haver calibrado o “ritmo e o pace”, constante e sem pressa, respectivamente, no sentido da chegada ao pódio centenário. Aliás, já consigo imagina-lo……..Corta para 26 de dezembro de 2067….
Primeira Corrida do EJC – Igreja do Amparo.
Organizada pela turma jovem da Igreja de Nossa Senhora do Amparo, no último domingo (19), aconteceu a 1ª Edição Corrida do EJC. Com concentração desde 5:30h, após o aquecimento, os atletas percorreram os 5km planejados. O encerramento ocorreu no Pátio de Evento Otoni Rodrigues.
Ao final, os três primeiros colocados, no masculino e feminino, foram agraciados com troféus. Para concluir: muita fruta, guloseimas e um banho para refrescar. Parabéns ao pessoal do EJC, pela iniciativa.
A atualidade das ideias de Gilberto Osório de Andrade – por Marcus Prado .
No universo em que se discutem grandes temas ligados à Geografia como ciência-síntese da relação homem-natureza, sobretudo quando se fala em crise climática, nomes pernambucanos são lembrados entre os da geração que passou e a mais recente, a começar pela trajetória intelectual de cientistas como Gilberto Osório de Andrade, Mário Lacerda de Mello, Manuel Correia de Andrade, Rachel Caldas Lins, Diva de Andrade Lima, Lucivânio Jatobá, Marlene Maria da Silva. Eles representam um conjunto de pesquisadores de alto nível, de particularidades históricas e epistemológicas que marcaram e ainda marcam época, parceiros de uma corrente do que se convencionou chamar de Geografia Moderna, uma ciência que tem como objeto de estudo o espaço geográfico, o lugar, onde se realizam as atividades humanas. Re-teorizar o espaço era uma referência do autor do “Introdução aos estudos dos brejos pernambucanos”, um clássico, quando o foco primordial é a Geografia Regional, ao fazer abordagens sobre a relação entre as influências dos meios naturais, particularmente o clima.
Foram Gilberto Osório de Andrade e Rachel Caldas Lins que correlacionaram o clima semiárido nordestino com o deserto na parte meridional da África. Afirmavam com propriedade que o semiárido brasileiro era uma projeção do ar seco kalahariano no continente sulamericano. Muitos geógrafos brasileiros desconhecem Gilberto Osório e as revolucionárias teses que defendeu.
Quando leio “Geografias pós-modernas: A reafirmação do espaço na teoria social crítica”, de Edward Soja, o Edward visto como um dos mais destacados geógrafos norte-americanos, vejo como a problemática do espaço foi tratada com severidade de pesquisa, também de forma abrangente, pelo nosso Gilberto Osório de Andrade.
Dedicou-se a escrever pioneiros estudos de Climatologia e Geomorfologia, hoje confirmados pelas modernas ferramentas do Geoprocessamento. Há um livro biográfico, de autoria da jornalista Leda Rivas, que retrata a vida e as ideias do nosso geógrafo maior e seus grandes debates que se estendem até os dias atuais, sobre o semiárido nordestino.
Com a sua sede inerentemente insaciável por conhecimento, foi dele a preocupação dialética do espaço, do tempo e do ser social. As teses por ele defendidas implicaram num avanço incrível da Geografia Física brasileira nas décadas de 1960 e 1970. São estudados tudo o que envolve os seres vivos e o meio onde eles vivem — desde os aspectos biológicos, passando pelos químicos e, finalmente, seus aspectos físicos.
Talvez não seja demais lembrar que Gilberto, nos seus estudos, livros e palestras (a destacar a sua presença na SUDENE e no Seminário de Tropicologia/Fundaj, oferece-nos uma perspectiva inovadora do espaço geográfico como, antes dele, foi argumentado por Maurice Merleau-Ponty: o espaço em que existimos e somos nele. O lugar da memória, do esquecer, da cristalização de lembranças.
Marcus Prado – jornalista
Lançamento da Antologia Literária Internacional Além-mares III
Em uma linda tarde poética à beira-mar, o Restaurante Picuí Praia, em João Pessoa (PB), se encheu de alegria e emoção para celebrar o lançamento da antologia. Com boa música ao fundo, os participantes vivenciaram momentos inesquecíveis, repletos de arte e conexão!
Parabéns aos coautores: Djar Aquino e Raul Vitorino, que com sua receptividade iluminaram o evento e acolheram com carinho o Projeto Chá da Vida Brasil, comandado por Jones Pinheiro. Que as palavras continuem a unir e inspirar pessoas…
Mais uma Missão Cumprida!!
Assessoria
Mãe Gilda – por @historia_em_retalhos.
Mãe Gilda: vida e morte de luta contra a intolerância religiosa.
Esta é a ialorixá Gildásia dos Santos, a Mãe Gilda.
Símbolo da luta contra a intolerância religiosa, a ialorixá é fundadora do Ilê Axé Abassá de Ogum, Terreiro de Candomblé localizado nas imediações da Lagoa do Abaeté, em Salvador/BA.
Como todos aqueles que lutam pelo respeito à sua ancestralidade africana neste país, Mãe Gilda sofreu com ataques de preconceito, ódio, intolerância e violência.
No caso dela, custou a própria vida.
Em 1999, teve a sua imagem utilizada no jornal Folha Universal, vinculado à Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd), com a manchete “Macumbeiros charlatões lesam o bolso e a vida dos clientes”.
Na época, a reportagem dizia que estava crescendo um “mercado de enganação” no país.
E o pior, com um detalhe sórdido: a imagem de Mãe Gilda aparecia com uma tarja preta nos olhos.
A publicação dessa foto marcou o início de um doloroso, porém importante processo de luta por justiça da família e de todos os religiosos do Candomblé.
Lamentavelmente, dada a fragilidade do momento, adeptos de outras religiões hegemônicas sentiram-se no direito de atacar diretamente a casa de Mãe Gilda, agredindo-a, verbal e fisicamente, dentro das dependências do terreiro, até quebrando objetos sagrados lá presentes.
Diante desses fatos, com a saúde fragilizada, Mãe Gilda não suportou: o seu estado piorou, sofreu um infarto e ela faleceu no dia 21 de janeiro de 2000.
Custa-nos a acreditar, mas, periodicamente, o busto que foi erguido em sua homenagem dentro do Parque do Abaeté (foto), em Salvador, é alvo de atos de racismo religioso.
O autores desses atos costumam justificar a conduta dizendo que apedrejam “a mando de Deus”.
Racismo religioso é crime.
Para quem não sabe, o Brasil registra uma denúncia de intolerância religiosa a cada 15 horas e os adeptos das religiões de matriz africana, principalmente Umbanda e Candomblé, são os mais perseguidos no país.
Desde 2007, celebra-se em 21 de janeiro o “Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa”, em memória de Mãe Gilda.
.
.Siga: @historia_em_retalhos
https://www.instagram.com/p/DFFXt7tRmAx/?igsh=MWNmNGI4cGw3d2dtZA%3D%3D
As festividades do Padroeiro Santo Antão 2025
Com 13 dias de programação, os festejos, religiosos e profanos, alusivos a passagem dos 400 anos do nosso Padroeiro Santo Antão movimentou a comunidade católica em nossa cidade.
Seguindo o modelo de anos anteriores, em que os festejos foram incrementados com a chegada, em solo antonense, do Monsenhor Maurício, em 2025, além da densa programação religiosa, a noite do dia 17, sexta-feira, após a procissão, o Pátio da Matriz ficou lotado para acompanhar o show da renomada artista de Joana.
Dentro das festividades da cidade, logo pela manhã, ocorreu a “Corrida de Santo Antão”, atividade física que reuniu mais de mil atletas, com concentração, partida e chegada para percurso de 5km, no Pátio da Matriz.
O ponto alto das festividades, foi a Procissão de Santo Antão. Na ocasião, registramos a passagem dos fiéis pela Praça Diogo de Braga; Veja os vídeos:
Também registramos uma bonita imagem da procissão, no seu retorno, pela Praça Duque de Caxias. Veja o vídeo:
12ª Feijoada da ABTV celebra as várias tradições do Carnaval antonense.
.
Em Vitória de Santo Antão, terra da Pitú e também da folia, a Associação dos Blocos de Trio Elétrico da Vitória (ABTV), segue a tradição de promover mais uma edição da feijoada, um encontro dos baluartes que defendem com unhas e dentes a festa mais popular da nossa cidade.
O evento ocorrerá no sábado dia 1ª de fevereiro no Restaurante Gamela de Ouro, com início a partir das 12h. Nildo Ventura é atração confirmada, a Orquestra Ciclone regida pelo maestro Givaldo Barros também está confirmado para alegria e diversão dos carnavalescos que irão prestigiar esse encontro.
O presidente Charles Romão destacou a importância dos foliões participarem deste evento: “ A feijoada da ABTV reúne figuras importantes do carnaval, além dos homenageados conseguimos ao longo dos anos unir todos os construtores da folia em seus respectivos espaços, os membros da ACTV participam de nossa festa porque sabem que a força está na união e com mãos dadas enfrentaremos qualquer dificuldade, convido a todos para prestigiar esse momento”, finalizou.
Para participar basta adquirir a pulseira no valor de R$ 30,00 que está sendo vendida em Seu Kiko Cozinha Regional, na Aqui Tem Conveniência e com o Eventos Vitória.
Assessoria.
Em 2025, faça diferente: MUDE DE VIDA, VÁ CORRER NA RUA……
4ª Corrida da Vitória – 27 de abril de 2025.
Corrida 7km – Caminhada 3km – Concentração às 6h – Largada às 7h.
PREMIAÇÕES
Troféu – 1º ao 5º colocado – masculino e feminino.
Categorias: Geral – Local e Faixa Etária –
Primeira faixa etária: até 39 anos.
Segunda faixa: dos 40 aos 49 anos.
Terceira faixa: dos 50 aos 59 anos.
Quarta faixa: dos 60 aos 69 anos.
Quinta faixa: dos 70 em diante.
Troféu – Maior equipe (grupo) local e visitante.
OBS: NÃO HAVERÁ PREMIAÇÃO EM DINHEIRO!
Inscrições on-line: www.uptempo.com.br
Inscrições para grupos: 81-9.9420.9773
Inscrição presencial: Loja Monster Suplementos – Rua Valois Correia – 96 – Matriz – Vitória.
Valor da Inscrição no 1º lote
Kit completo – corrida ou caminhada – R$ 95,00
Kit sem a camisa – corrida ou caminhada – R$ 80,00
Paulo Afonso – por @historia_em_retalhos.
“Delmiro deu a idéia
Apolônio aproveitou
Getúlio fez o decreto
E Dutra realizou
O presidente Café
A usina inaugurou
E graças a esse feito
De homens que tem valor
Meu Paulo Afonso foi sonho
Que já se concretizou”.
Paulo Afonso (1955)
(Luiz Gonzaga e Zé Dantas)
Em 15 de janeiro de 1955, era inaugurada a Usina Hidroelétrica de Paulo Afonso, um sonho idealizado pelo empresário e visionário Delmiro Gouveia.
A inauguração da usina aconteceu 32 anos após a construção da Usina de Angiquinho, por iniciativa de Delmiro.
Angiquinho, com capacidade geradora de 1.100 quilowatts, foi a primeira hidroelétrica do Nordeste, erguida no distrito de Pedra (hoje, o município Delmiro Gouveia/AL).
Inspirado no empresário, o ministro Apolônio Sales assumira, em 1943, o projeto de uma usina de grande porte no Rio São Francisco.
Precisou vencer uma acirrada disputa com empresários paulistas, contrários à obra, mas, finalmente, o decreto de criação da Chesf foi assinado em 1945, por Getúlio Vargas, dias antes de ser deposto.
Os trabalhos de construção da barragem “Delmiro Gouveia” e de mais três casas de força, Paulo Afonso 2, 3 e 4, foram iniciados em 1949, durante o governo Dutra.
Em seu 2.° mandato, Getúlio deu continuidade à obra, que só seria inaugurada por seu vice, Café Filho, após a sua morte.
Em 1955, Paulo Afonso já fornecia energia elétrica para o Recife e, no ano seguinte, para Salvador.
Duas curiosidades que poucos sabem:
– O nome da cidade é uma referência ao sertanista Paulo Viveiros Afonso, que recebeu, em 1725, uma sesmaria na margem esquerda do São Francisco e fundou, mais tarde, um arraial, que foi chamado de “Tapera de Paulo Afonso”.
– Paulo Afonso foi a primeira usina subterrânea do Brasil. As suas turbinas encontram-se a mais de 80 metros abaixo do nível do Velho Chico.
Desde, então, a cidade recebeu o título de “Capital da Energia”.
Parabéns a todo o povo pauloafonsino!
Dedico este retalho de hoje ao meu querido tio e amigo Paulo de Tarso da Costa, cujos inúmeros atributos, notadamente, a liderança e a inteligência, foram colocados a serviço de Paulo Afonso, sendo ele parte importante desta história.
.
Siga: @historia_em_retalhos
https://www.instagram.com/p/DE16wenxXkt/?igsh=MTNub3FjMmdsanprcA%3D%3D
O Tempo Voa Carnaval: fantasia…..
Figuras do carnaval antonense – ano não registrado – acervo IHGVSA
Bicentenário da morte de Frei Caneca!!!
Em comitiva, na manhã da segunda-feira, 13 de janeiro de 2025, o Instituto Histórico e Geográfico da Vitória marcou presença na Solenidade que marcou a passagem do Bicentenário da morte do eminente pernambucano e herói brasileiro, Frei Caneca.
O evento ocorreu no “Largo das 5 Pontas”, bairro de São José, local em emblemático no contexto histórico da vida de Frei Caneca, pois foi nesse espaço que mesmo foi saiu da vida para entrar para história, por ocasião de seu arcabuzamento.
O referido evento contou com a presença de autoridades civis, militares, eclesiásticas e representação da sociedade civil: maçonaria e institutos históricos pernambucanos.
Na ocasião, o instituto antonense foi condecorado com medalha e o diploma comemorativos dos 200 anos de Frei Caneca.
Prévia do “In Cima da Cama”…….
Em tarde/noite do domingo (12) chuvoso, foliões de várias tendências marcaram presença no Pátio da Matriz para acompanhar as movimentações da prévia carnavalesca da Agremiação “In Cima da Cama”.
Sucesso já no primeiro desfile, em 2025 a expectativa se volta para a segunda apresentação. Encarnando o estilo “irreverente” a referida agremiação promete muita agitação e estrutura no carnaval que se avizinha.
Lançamento da Antologia Além-Mares III foi um sucesso!
Lançamento da Antologia Além-Mares III emociona e celebra a diversidade artística em Vitória de Santo Antão. No Salão Nobre do Instituto Histórico e Geográfico de Vitória de Santo Antão, foi realizado na manhã do sábado (11), um evento inesquecível: o lançamento da Antologia Literária Internacional Além-Mares III , promovido pelo Projeto Chá da Vida Brasil e idealizado por Jones Pinheiro , mentor do projeto.
O evento reuniu coautores de algumas cidades pernambucanas como Recife, Jaboatão dos Guararapes, Palmares, Bezerros e Caruaru, além de contar com a participação de seis representantes da Academia Vitoriense de Letras, Artes e Ciência. O destaque internacional ficou por conta da escritora uruguaia Dea Coirolo , que veio acompanhada de seu esposo, o escritor Anchieta Antunes , agregando ainda mais brilho à cerimônia.
Um Espetáculo de Emoção e Arte
A programação foi um verdadeiro mosaico de expressões artísticas, combinando declamações poéticas, apresentações musicais e vídeos, que impactaram positivamente os convidados.
• Mensagens ao Mar: o primeiro vídeo trouxe um gesto simbólico emocionante — o lançamento de 52 garrafinhas com mensagens dos coautores ao mar, realizado a 7 km da costa da praia de Suape, no litoral sul de Pernambuco.
• Cápsula do Tempo e Pau-Brasil: em seguida, foi apresentado o segundo vídeo, o plantio de uma muda de pau-brasil no bosque do Monte das Tabocas. Inicialmente, foi posta a cápsula do tempo cuidadosamente na cova, que permanecerá sob as raízes do pau-brasil. A cápsula contém textos de poetas, músicos e escritores, todos coautores da antologia, simbolizando um legado cultural que transcenderá gerações.
• A Lua e a Sereia: O terceiro momento foi marcado pela exibição do videoclipe “A Lua e a Sereia”, de autoria do cantor, compositor e instrumentista Bau Blues , também coautor da antologia. Sua performance emocionou os presentes, sendo recebida com calorosos aplausos.
Um Encontro de Culturas e Talentos
Mais do que um evento literário, o lançamento da Antologia Além-Mares III conectou talentos de diversas partes do mundo, incluindo Canadá, Portugal, Grécia, Cabo Verde, Venezuela e Uruguai, além de regiões de todo o Brasil. A coletânea simboliza a união entre culturas, traduzindo a riqueza da alma humana por meio da literatura, música e poesia.
O organizador Jones Pinheiro destacou a relevância de iniciativas como esta:
“Este projeto é uma ponte entre continentes, um reflexo de como as palavras têm o poder de unir, inspirar e transformar.”
Com aplausos efusivos e momentos de pura emoção, o evento foi uma verdadeira ode à arte, provando que a literatura e a música transcendem fronteiras, tocam corações e deixam legados eternos.
Assessoria