Comitiva da Vitória prestigiou o aniversário do Instituto Histórico de Jaboatão dos Guararapes.

Em celebração festiva e de muito simbolismo, na noite de ontem (12), o Instituto Histórico da emblemática cidade do  Jaboatão dos Guararapes abriu suas portas para comemorar os 49 anos de fundação. O encontro também marcou o retorno das atividades presenciais do referido sodalício, no contexto do pós-pandemia.

Com programação que incluiu tomada de posse da diretoria e de novos sócios, homenagens, apresentações musicais e o tradicional corte do bolo, o evento ocorreu no histórico prédio da “Antiga Cadeia Pública” da cidade, sede da instituição.

No sentido de prestigiar e manter ativo o necessário e agradável intercâmbio, da Vitória de Santo Antão, partiu comitiva formada por membros da diretoria do Instituto Histórico e Geográfico. Na ocasião, o professor Pedro Ferrer, presidente da instituição, usou da palavra, entre outros objetivos,  para fortalecer o  movimento de preservação do patrimônio material e imaterial da nossa cultura.

PITÚ marca presença na APAS Show 2022.

Hoje o mercado de São Paulo representa cerca de 15% da comercialização da PITÚ, sendo a feira um ambiente frutífero para os negócios da cachaçaria pernambucana

A PITÚ participará em mais um ano da APAS Show, a maior feira de alimentos e bebidas das Américas que está em sua 36ª edição. O evento conhecido por ser o maior supermercadista do mundo acontecerá entre os dias 16 e 19 de maio, na Expo Center Norte, em São Paulo, reunindo as maiores empresas da cadeia produtiva nacional e proporcionando um ambiente para fazer negócios, networking, acompanhar novidades e lançamentos. Com o conceito “Além de Alimentos”, a APAS será um momento para compartilhar conhecimentos sobre alimentos, bebidas, tecnologia, inovação, logística, finanças, infraestrutura e equipamentos de última geração.

O estande da PITÚ na APAS será um espaço onde o público visitante poderá degustar todos os produtos que compõem o portfólio da cachaçaria pernambucana, a exemplo da aguardente tradicional de cara pura, das envelhecidas Premium – Pitú Gold e Extra Premium – e a Vitoriosa, da bebida mista de cachaça com limão – Pitu Limão, da bebida alcoólica mista à base de noz de cola – Pitú Cola e da vodka Bolvana.

“É sempre muito frutífero participar da APAS. O nosso intuito em estar presente é o de fazer negócios, criar relacionamentos e estreitar ainda mais a comunicação com a cadeia consumidora de cachaça. Os nossos representantes estarão recebendo os visitantes e a clientela que estará de passagem pela feira para conhecer o portfólio da PITÚ e degustar os produtos em um estande receptivo e acolhedor. Será um grande networking em um ambiente que simula uma mesa de bar. A feira é um ponto de captação para novos parceiros do Sudeste e de todo o Brasil. Se comparado a quatro anos atrás, quando a PITÚ participou pela primeira vez da APAS, o mercado de São Paulo cresceu bastante, representando hoje aproximadamente 15% de nossas vendas.”, explica Alexandre Ferrer, presidente da PITÚ.

Lançamento de novo rótulo da PITÚ Gold – A PITÚ aproveitará a realização da APAS Show, primeiro grande evento do setor neste momento de retomada aos encontros presenciais, para lançamento do novo rótulo da cachaça premium PITÚ Gold. A bebida continua com o mesmo sabor inconfundível e adorado pelo público consumidor, mas ganhou uma roupagem diferenciada e moderna que deixa o visual ainda mais nobre, sofisticado e a altura do que é a cachaça premium. A nova versão da PITÚ Gold será apresentada e poderá ser degustada pelos visitantes no estande durante os quatro dias de evento. Entretanto, a nova embalagem da bebida só passa a circular no mercado a partir de julho deste ano.

Sobre a PITÚ – A Engarrafamento PITÚ, fundada em 1938 por Joel Cândido Carneiro, Severino Ferrer de Moraes e José Ferrer de Moraes, é referência nacional quando o assunto é cachaça. Sendo uma das maiores indústrias de aguardente do Brasil, a PITÚ engarrafa e comercializa milhões de litros por ano. Com 83 anos de história, é a cachaça mais consumida nas regiões Norte e Nordeste, a vice-líder do País. A fábrica da PITÚ está localizada no município de Vitória de Santo Antão (PE), na Avenida Áurea Ferrer de Moraes S/N, onde é possível também conhecer um pouco da trajetória da empresa por meio do acervo do seu Centro de Visitação, que reúne histórias e relíquias da marca genuinamente pernambucana. A PITÚ está em sua quarta geração de gestores e mantém investimentos contínuos em inovação tecnológica, programas de sustentabilidade e ações de marketing, que garantem a qualidade do produto e refletem no posicionamento da marca diante do segmento.

A cachaça pernambucana se mantém entre as 20 marcas de bebidas destiladas mais produzidas no mundo. Na Europa, a PITÚ comanda o mercado e tem a Alemanha como o país líder em consumo. Outros países do Velho Continente, também importantes para a marca, são:  Áustria, Grécia, Espanha, Suíça e Bélgica. Nos demais continentes a PITÚ também está presente em alguns países, como: Argentina, Canadá, Chile, Estados Unidos, Guiana Francesa, Israel, México.

 Sobre a APAS Show – Mais do que uma feira, a APAS Show é uma verdadeira fonte de negócios através do relacionamento com expositores, geração de conexões e das diversas palestras com profissionais de ponta do setor supermercadista. É o maior evento de alimentos e bebidas das Américas e a maior feira supermercadista do mundo.

Em 2019, foram 847 expositores, sendo 204 de 22 países diferentes e US$ 330 milhões em negócios internacionais. Nessa mesma edição, última realizada, foram 58.613 visitantes, 11.464 empresas representadas e 106.836 visitas geradas, além de 1.053 reuniões, 192 empresas brasileiras, nove compradores internacionais de 30 países, 4.199 congressistas, seis auditórios temáticos e mais de 70 palestras.

O que esse canhãozinho rechonchudo tem de especial? – por historia_em_retalhos.

Se você nunca ouviu falar dele, eu vou te apresentar: este é “El Cristiano” (“O Cristão” ou “O Cristiano”, em português), veterano da Guerra do Paraguai (1864/1870), que foi fabricado em meio às turbulências do conflito com o bronze fundido de vários sinos de igrejas paraguaias (daí o nome “O Cristão”).

Há mais de 150 anos, o personagem do nosso post de hoje protagoniza uma polêmica entre Brasil e Paraguai.

“El Cristiano” participou da Batalha de Curupaiti, em 22.09.1866. Durante a sucessão de episódios bélicos, o Exército brasileiro apoderou-se dele, como um “troféu de guerra”, por vê-lo como uma das relíquias daquele confronto que é considerado o maior conflito armado internacional da história da América Latina. Hoje, integra o acervo do Museu Histórico Nacional, no RJ (foto).

Ocorre o seguinte: o Paraguai nunca aceitou “El Cristiano” como um patrimônio brasileiro e, até hoje, reivindica a sua devolução, por considerá-lo um herói nacional, um símbolo da bravura e da soma de esforços do povo paraguaio. Como demonstração dessa mágoa, em 01.03.2013, o presidente Federico Franco afirmou: “Não haverá paz, nem entre os soldados, nem entre a sociedade paraguaia, enquanto não for recuperado o canhão “El Cristiano”.

Por sua vez, o Brasil invoca o Direito de Guerra, previsto no “Convênio Relativo ao Trato Devido aos Prisioneiros de Guerra”, de 12.08.1949, assinado em Genebra/Suíça, que prevê que os bens capturados do inimigo, durante a ação militar, são considerados “botins de guerra” e que, portanto, pertencem à potência captora (G.III.18).

Após 1870, vários atos bilaterais já foram praticados entre os dois países para tentar superar as cicatrizes do passado. Em 1957, Juscelino Kubitscheck construiu a Ponte da Amizade. Em 1980, o general João Figueiredo devolveu a espada de Solano Lopes e, em 1982, foi construída a Usina Binacional de Itaipu.

A mágoa com o canhão, porém, permanece.

Na sua opinião, o Brasil deveria devolver “El Cristiano”, como um gesto de respeito e sinal de amizade ao povo paraguaio? Ou não? Guerra é guerra e esse espólio pertence ao Brasil?

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PRIMEIROS INSTANTES DE UM INCÊNDIO DO CANAVIAL – por Marcus Prado.

Queira saber que, onde existe palha seca de cana-de-açúcar, seja no verão, é tido por certo, a qualquer instante, um incêndio. Geralmente provocado por trabalhadores de engenho, para facilitar a colheita. Além do gigantesco espetáculo de fumaça solta no ar, há o cheiro de cana queimada, que fica para sempre na lembrança de quem teve a sorte, como eu, de ter nascido perto da zona canavieira. Fique certo que esse cheiro tem o sabor de saliva de mulher ao sair do banho de açude. Foto batida no Engenho Tomé, dos tios de Osman Lins, na Vitoria de Santo Antão.

Marcus Prado – jornalista. 

Maio Antonense – Patrimônio Histórico – com o promotor de justiça José Soares.

Na abertura da segunda edição do Projeto “Maio Antonense” – o mês azul e branco – recebemos o promotor de justiça José da Costa Soares que também coordena  o NPHAC – Núcleo de Preservação do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural do Ministério Público de Pernambuco.

No nosso bate papo, que teve como tema “a importância do MP na preservação histórica”,  o mesmo, inicialmente, explicou o conjunto de atribuições vinculadas às Leis que ampara o direito da sociedade nas questões históricas, artísticas e culturais. Quando indagado sobre o chamado revisionismo histórico sugeriu o poder legislativo como espaço apropriado.

Sobre os temas históricos postados em sua página no Instagram – Retalhos EM História – disse ser algo muito prazeroso – “higiene mental”. Ao final, falou um pouco do tempo em que atuou, na qualidade de promotor de justiça, em Vitória e Pombos, assim como do seu interesse pela rica história local, citando, inclusive, o nosso Monte das Tabocas.

ASSISTA AQUI A LIVE COMPLETA.

Câmara de Vereadores: NOVOS ANTONENSES!!!

Em Sessão Solene na Câmara de Vereadores da Vitória, na noite de ontem (10), quatro pessoas foram condecoradas com o título de “Cidadão Vitoriense”. Cada qual com a sua história e por motivos diferentes Gilvan e Gustavo Leonel, Tereza Priori e José Carlos receberam o reconhecimento dos que fazem a “Casa do Povo”.

Não posso afirmar, carecendo de pesquisa mais aprofundada, mas possivelmente foi  a primeira vez na história da “República das Tabocas” que pai e filho tenham recebido, num  mesmo evento, tal horária. Parabéns aos agraciados. Doravante, somos  todos antonenses….

Um honraria para o Museu da Fundaj – por Marcus Prado.

 


HÁ EXATOS 100 ANOS, GILBERTO FREYRE, quando estudante nos EUA teve um sonho revelado no seu DIÁRIO, em 1922: Se pudesse, quando voltasse ao Brasil, organizaria um museu antropológico segundo a orientação de Franz Boas e Paul Rivet, ambos seus amigos. Teria nascido desse sonho o que seria o nosso MUSEU DO HOMEM DO NORDESTE. Gilberto alimentava o sonho de criação de um museu do homem, “especializado na apresentação sistemática, didática, cientificamente orientada, de material antropológico relativo à gente brasileira”.

Certa noite Albert Einstein teve um sonho parecido: sonhou que estava pilotando um trenó que descia a toda velocidade um morro repleto de neve. O trenó estava tão rápido que atingiu a velocidade da luz, fazendo com que todas as cores se unissem em uma só. Seu interesse pela velocidade da luz, dizem, teria começado ali. Os gênios nunca deixam de sonhar alto.

 Para falarmos do sonho é mesmo que falarmos de desejo. Desde Platão o sonho tem parentesco mais forte com desejo, o desejo como falta. Tudo na vida é sonho e desejo. O mito de Platão fala da ânsia da incompletude.

A concessão da Medalha do Mérito Museológico ao Museu do Homem do Nordeste/Fundação Joaquim Nabuco, pela Conselho Nacional de Museologia, é uma honraria que muito enaltece a instituição fundada por Gilberto Freyre. Vem confirmar e dar o testemunho do que visitantes de todos os lugares já disseram, ao longo dos anos, como prova de admiração e reconhecimento, diante do que se concentra nesse Museu: Um expressivo panorama de nossa formação antropossocial.

Começo dizendo que não é novidade o fato de ser, na sua especialidade, na linhagem de representatividade, um dos exemplos de maior êxito quanto ao seu conceito primordialmente educativo e de documentação, em colaboração permanente com escolas, instituições culturais, museus, bibliotecas, arquivos, universidades, dentro e fora do Brasil. Nele são retratados aspectos representativos da trama social que envolveu o homem nordestino, a partir da sua formação étnica, no itinerário percorrido da casa-grande à senzala, do sobrado ao mocambo por entre as malhas do domínio patriarcal. Uma história de aproximações, de convivências e interpenetrações de valores. Em pé de igualdade com os seus congêneres dentro e fora do Brasil, a começar pelo Musée de l’homme, de Paris, e ouso tal comparação, sem querer agradar, porque dele me tornei visitante atento aos detalhes, o dia inteiro, mais de uma vez.

O museu francês, criado pelo paleontólogo, etnólogo e sociólogo Paul Rivet, de quem Gilberto Freyre era amigo e colaborador. Tamanha afinidade havia entre eles, amigos e estudiosos de antropologia, que Gilberto se tornaria hóspede de Rivet numerosas vezes em que esteve na capital francesa, segundo registro de Paulo Duarte na revista de cultura Anhembi, uma das melhores publicações em nossa língua na década de 50, embora radical em certas posições ideológicas. (Um Paulo Duarte inicialmente pouco simpático às ideias de GF).

Gilberto Freyre, ainda jovem, não perdia de vista o Museu francês, experiência talvez trazida para o que seria o Museu da Fundaj. Gilberto era conhecido pelo staff da UNESCO como “um os mais conhecidos sociólogos do seu tempo”. (Por essa e outras glórias e honrarias vindas da Europa e dos EUA pagaria caro no Brasil o resto da vida). Ao passar pelo museu francês, até chegar ao que seria o Museu da Fundaj, Gilberto já conhecia o perfil de museus da Inglaterra e dos Estados Unidos, onde os museus tradicionalmente representavam um dos atores da dinâmica cultural, de transmissão de conhecimento. Neste sentido, o museu concebido por Freyre, digo eu, é pensado, na sua amplitude, na sua metodologia e conteúdo, como uma instituição indispensável e insubstituível – a síntese do que nele é vivo e cristalizado, como instrumento de formação do indivíduo., “mais vivente e convivente com os visitantes”.

Freyre afirma, no caderno pedagógico O Homem do Nordeste (1982), que a Fundação Joaquim Nabuco não estaria completa em sua organização básica, enquanto não abrisse aos estudiosos, em particular, e ao público, em geral um museu que fosse uma documentação viva da cultura do lavrador, especialmente do Nordeste canavieiro, da senzala, sobre a casa-grande.

PS – Para quem não sabe, o Museu Antropológico do Instituto Histórico da Vitória de Santo Antão, que teve como seu fundador o professor José Aragão, foi concebido a partir da experiência museológica do Museu do Homem do Nordeste/ Fundaj. Fui, com Aragão e João de Barros, na condição de sócios, realizar as primeiras visitas temáticas nesse Museu, que resultaram numa experiência cultural e educativa inédita no Interior do estado. Ali, fomos recebidos pelos dirigentes Gilberto Freyre e Mauro Mota.

Marcus Prado – jornalista 

“Maio Antonense” – com o promotor de justiça José da Costa Soares.

Dando largada à segunda edição do Projeto “Maio Antonense” – o mês azul e branco -, amanhã, quarta-feira (11), às 17h, produziremos a primeira LIVE.

Com o tema “A Importância do Ministério Público na Preservação Patrimônio Histórico” o nosso primeiro encontro será com o promotor de justiça José da Costa Soarescoordenador do NPHAC (Núcleo de Preservação do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural) –  Ministério Público de Pernambuco.

Na ocasião, entre outros assuntos, estaremos abordando questões relacionadas às leis e protocolos que visão salvaguardar as riquezas culturais e artísticas do nosso estado, assim como dialogando sobre fatos e acontecimentos relevantes da nossa história.

LIVE – Maio Antonense – o mês azul e branco.

Tema: “A Importância do Ministério Público na Preservação do Patrimônio Histórico”

Convidado: o promotor de Justiça José da Costa Soares.

Dia: quarta-feira, 11 de maio, às 17h.

Transmissão: Blog do Pilako.

Em noite festiva, o Museu do Instituto Histórico inaugurou novo espaço.

Na noite da sexta, 06 de maio, o Instituto Histórico e Geográfico da Vitória abriu suas portas para celebrar mais uma passagem do aniversário da elevação à categoria de cidade do nosso lugar: 179 anos de na condição de cidade.

Com vasta programação, o evento cívico contou com a participação de autoridades e convidados, assim como representação de outros institutos históricos da região. No contexto, abriu espaço para a extraordinária palestra do doutor Igor Cardoso,  realçando às diferenças entre “Vila” e “Cidade”.

Prestou também duas justíssimas homenagens, outorgando-lhes as medalhas comemorativas dos 70 anos do Instituto Histórico: João de Albuquerque Álvares e Reinaldo Carneiro Leão.

No quesito “inauguração” o evento congratulou o deputado Henrique Queiroz Filho, no sentido de haver contemplado a instituição com uma emenda parlamentar no valor de R$ 50.000,00,  recurso esse que foi aplicado na construção de um novo espaço no Museu da “Casa do Imperador”,  justamente para salvaguardar a história do cinema da nossa cidade e também perpetuar os feitos  dos nossos antepassados que empreenderam na arte da fotografia e na radiofonia.

Abaixo, portanto, segue vídeo institucional exibindo “os melhores momentos” da noite, por assim dizer:

Os baobás da Portela e de Ponte d`Uchoa, símbolos de resistência – por Marcus Prado.


Nunca será demais repetir que só se pode compreender a África Negra, a Mãe África, por toda a sua extensão, trazendo as suas lendas, a sua história milenar, seu universo, a sua natureza em pormenores, sem os quais não se constrói a síntese de um povo com todos os seus haveres.

Entre os símbolos africanos, não só do sagrado e das crenças, destaca-se o baobá, a árvore que possui dezenas de denominações, uma delas, a Árvore da Vida, exaltada por mais de 200 milhões de pessoas que se identificam como afrodescendentes nas Américas.

No Brasil, há o maior número de pessoas de ascendência africana fora de seu continente, sendo no estado de Pernambuco onde mais veremos baobás centenários, depois da África continental, conforme o livro Pernambuco, jardim de baobás, de Antônio Campos, para o qual produzi cerca de 300 fotos. De Igarassu ao Sertão do Araripe, não teve cidade possuidora de baobás que deixasse de figurar nesse projeto editorial, a começar pelo Município de Ipojuca e suas praias, berço das primeiras sementes de baobás em Pernambuco.

No Carnaval carioca fora de época, no mês de abril, a famosa Escola de Samba Portela trouxe para desfile na Marquês do Sapucaí uma exaltação, de beleza singular, às lendas africanas do baobá, uma história bem contada nos detalhes do Samba Enredo, de resistência, longevidade, sobrevivência e de raízes profundas. “Vai ser uma representação com garbo, disse a carnavalesca responsável pela alegoria da Portela, com a certeza daquilo que verga mas não quebra”. Faz lembrar, para quem não conhece a narrativa de Antônio Campos, o baobá centenário de Ponte d`Uchoa, do Recife, o mais emblemático de Pernambuco, por certo do Brasil.

Plantado à beira do rio que banha a cidade, tem as suas raízes ameaçadas, o tronco inteiro, pelas águas furiosas, em épocas de chuvas intensas e cheias. Chegam a deixa-lo inclinado, dá a impressão de que ás águas vão triunfar, mas não conseguem. A interação das suas raízes com a força do seu tronco, energia de inexplicável vigor, e com o que de sagrado nele se perpetua, não encontra semelhança no reino arbóreo. Isso poderia ser dito no Carnaval da Portela, mas seria exigir demais de uma Escola de Samba que deu verdadeiro show de beleza, luxo de alegorias e fantasias.

E o que dizer daquela muda de baobá plantada sobre a terra nua, em Igarassu, na comunidade religiosa Focolari? No livro de Antônio Campos há descrição de um trator que passou suas lâminas sobre a planta na façanha germinadora da vida, para abrir um pequeno caminho interno. Foi dada como morta na uberdade da terra, e houve uma grande tristeza na comunidade religiosa. Um mês depois, o milagre aconteceu, eis que a semente do baobá deu sinal de vida e hoje é uma bela árvore, que poderá contar a sua história daqui a três mil anos, a exemplo de outros de sua espécie da savana africana, cenário inspirador de O Pequeno Príncipe, de Saint Exupery.

O mundo contemporâneo precisa valorizar os seus grandes símbolos, principalmente os de resistência, os que trazem revivescências. Na Bienal Internacional de Artes de Veneza, que terá duração até o mês de setembro, vale a pena conhecer os pavilhões da Rússia e da Ucrânia, no mesmo ambiente, com seus artistas e curadores convivendo em perfeita harmonia, não apenas de forma simbólica, longe das ideologias e do ódio. As bienais de arte, às vezes, trazem uma carga muito forte de símbolos, não só entre o que se mostram nas paredes e pavilhões.

Os aros, símbolos dos Jogos Olímpicos, nas cores azul, amarelo, preto, verde e vermelho, interligados sobre um fundo branco, que representam a união dos cinco continentes, podem ser associados, nesta hora de conflitos entre as nações, a um dos símbolos contemporâneos mais representativos. Pena que esses aros caiam em desuso horas depois das Olimpíadas. A Ilíada, de Homero, tem uma intenção clara e definida: espelhar o modelo, por meio de símbolos e metáforas, do homem a ser imitado pelo povo Grego. O ideal de Belo e Bom, encarnado no personagem Heitor, um guerreiro que, por atuar em vários âmbitos, torna-se capaz de representar o maior número possível de personagens e símbolos presentes no épico. Heitor, um vulto homérico inesquecível, é cercado de símbolos, isto também porque era amado pelos deuses.

PS: Na Vitória de Santo Antão o único BAOBÁ que conheço é o do Engenho Galileia.

Marcus Prado – Jornalista PARA O BLOG DE PILAKO.

O Coronel Limoeiro – por historia_em_retalhos.

Todo mundo recorda do Coronel Limoeiro, personagem criado por Chico Anysio, que fez muito sucesso na televisão brasileira.

O que, talvez, pouca gente saiba é que, para criar o personagem, o humorista buscou inspiração em uma figura icônica do município de Limoeiro/PE, expoente do fenômeno social do coronelismo.

Estamos falando de Francisco Heráclio do Rego ou apenas do “Coronel Chico Heráclio”.

Chico Heráclio fez parte de uma geração de líderes locais que exerciam forte poder sobre as camadas menos favorecidas da sociedade, a fim de garantir votos aos seus correligionários, em troca de favores nas esferas políticas locais, estaduais e federal.

O ciclo do coronelismo foi um componente muito marcante do período da história do Brasil conhecido como República Velha, no qual as eleições eram marcadas por coação, fraudes, favores e pelo poder centralizado nas mãos das oligarquias.

Dono de 20 fazendas, no auge do seu poder, que coincidiu com o apogeu do ciclo algodoeiro em Limoeiro, Heráclio foi o chefe político de mais de 30 municípios da região.

Àquela época, o voto não era secreto e tais líderes valiam-se do chamado “voto de cabresto”.

Vaidoso e autoritário, gostava de perfume francês, de carros da moda e de um revólver Smith & Wesson pendurado na cintura.

Costumava perseguir os seus adversários com truculência, criando um clima de medo para qualquer um que ousasse enfrentar o seu poderio.

Em Limoeiro, chegou a receber a visita de Juscelino Kubistchek e, pasmem, em uma partida de futebol, determinou que o árbitro invertesse o lado de uma cobrança de pênalti a favor do seu time, o Colombo. 😱

Quando adquiriu a Fazenda Varjadas, em 1924, passou a ser conhecido, também, como o “Leão das Varjadas”.

Antes de Chico Heráclio, outros coronéis influentes também marcaram época em PE: Clementino Coelho (Petrolina), Chico Romão (Serrita), Zé Abílio (Bom Conselho) e Veremundo Soares (Salgueiro).

Heráclio é considerado o último dos coronéis.

Faleceu, aos 89 anos, em 1974.

Com a sua morte, muitos consideram que chegou ao fim o ciclo do coronelismo no Brasil.
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Segunda edição do Projeto “Maio Antonense” – o mês azul e branco.

Dentro das comemorações cívicas antonenses o Blog do Pilako,  mais uma vez, efetivará  o Projeto ‘Maio Antonense” – o mês azul e branco.

As ações, entre outros objetivos, visam produzir conteúdos históricos.  As LIVE(s)  serão efetivadas durante o mês em curso.

Nessa edição, pelo menos três temas já foram definidos:  “a importância do Ministério Público na preservação do Patrimônio Histórico” – “a história do Aeroclube da Vitória” – “e os 210 anos da Vila de Santo Antão”. Em breve,  estaremos anunciando os convidados.

TV NOVA – produção de conteúdo sobre a história da Vitória de Santo Antão.

No sentido da produção do bom conteúdo, na qualidade de estudioso da história da nossa cidade, concedemos entrevista  para emissora TV NOVA. Na ocasião, além de sublinharmos os 179 anos do aniversário da nossa cidade, Vitória, contextualizamos sobre a “linha temporal” – de quase 400 anos – do nosso lugar, desde a chegada do fundador Diogo de Braga. É nossa tarefa compartilhar com todas as pessoas o conjunto  de fatos  históricos protagonizado pelos  nossos antepassados.

 

Asas para Vitória de Santo Antão – o mais novo livro do Professor Pedro será lançado em breve!!!

Por iniciativa particular do eminente presidente do nosso Instituto Histórico e Geográfico da Vitória, professor Pedro Ferrer, em breve, será lançado, em livro, um dos capítulos mais emocionantes e  ousados  da nossa “aldeia” – Vitória de Santo Antão.  Trata-se da história do Aeroclube da Vitória.

 

Recheado de fotografias originais, realçando os grandes momentos dessa verdadeira odisseia, protagonizada  pela união das classes produtivas, políticas e com o total apoio da sociedade de então (inicio de 1940) o livro escrito pelo professor Pedro, através de uma sequência cronológica dos fatos, nos permite viajar no tempo para vivenciar o clima de euforia e visão de futuro dos  idealizadores do Aeroclube da Vitória.

Programado para ser lançado no inicio do mês  julho,  o conteúdo do livro do professor Pedro, entre outros, tem como objetivo despertar nos antonenses, sobretudo nos  moradores dos bairros do Cajá e Águas Branca, o interesse pela história local.

Recentemente,  o autor gravou peças publicitárias no local em que, efetivamente, os aviões subiam e desciam, ou seja: próximo ao Colégio CAIC. “Eu lembro muito bem, quando criança, acompanhando meu pai, da festa que era, aos domingos,  visitar  o aeroclube. Voltar aqui é viver tudo outra vez”, Relembrou o professor Pedro.

Assim sendo, em breve, o mais novo livro do Professor Pedro Ferrer: “ASAS PARA VITÓRIA DE SANTO ANTÃO”.

Instituto Histórico reabre as portas para solenidade comemorativa.

Na próxima sexta-feira, dia 06 de maio, Vitória completará 179 anos, no sentido da sua elevação à categoria de cidade. Nesse contexto, no processo de retomada das suas atividades presenciais,  o Instituto Histórico e Geográfico da Vitória irá celebrar o acontecimento em grande estilo. Na programação, que terá inicio às 19:30h, no Teatro Silogeu professor José Aragão, entre outros, teremos inauguração, condecoração e palestra.

Abaixo, em rápido vídeo, o professor Pedro Ferrer, atual presidente da “Casa do Imperador”, explica um pouco da importância da data para todos os antonenses.

Sinceramente, há necessidade de toda essa parafernália de fiação? – por historia_em_retalhos.

Sinceramente, há necessidade de toda essa parafernália de fiação?

Se o embutimento para baixo da terra mostra-se custoso, não daria, pelo menos, para diminuir a quantidade de fios expostos que desfigura a cidade e traz riscos às pessoas?

Em 2017, projeto de lei foi aprovado na Câmara Municipal do Recife para que toda a fiação das Zonas Especiais de Preservação do Patrimônio Histórico-Cultural (ZEPH’s) fosse embutida, em até 10 anos, plantando-se, no lugar dos postes, uma árvore.

O projeto foi vetado.
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“Caramelo” já garantiu presença na 4ª edição do Livro Apelidos Vitorienses.

Na manhã de ontem (03) catalogamos para o 4ª volume do Livro Apelidos Vitorienses mais uma “figura”  antonense,  que é mais conhecida pelo apelido do que pelo próprio nome. Trata-se do falante e desenrolado “Caramelo”. Ele foi mais uma “vítima”, por assim dizer, do famoso “Sitonho do Posto”.

Para o quarto volume (10/25) já catalogamos:

Pereba, Aninho, Feola, Marreco, Jajá do João Murilo, Birino,  Bel Veículo,  Ruela,  Deuh e Caramelo. 

03 de maio: Dia Mundial da Liberdade de Imprensa – por historia_em_retalhos.

Em alusão à data, registramos, hoje, uma grande jornalista e política brasileira: Maria Cristina de Lima Tavares Correia.

Natural de Garanhuns/PE, Cristina atuou em vários veículos de informação, como o Jornal do Commercio, o Diario de Pernambuco e o Correio Braziliense.

Eleita deputada federal pelo MDB, em 1978, tornou-se a primeira pernambucana e a terceira nordestina a conseguir uma vaga na Câmara dos Deputados, após as baianas Nita Costa e Necy Novaes.

Depois, foi escolhida vice-líder do PMDB e, com as ausências do titular, tornou-se a primeira mulher a liderar uma bancada na história do parlamento brasileiro.

Voz altiva e independente, lutou firmemente pela redemocratização do país, votando em Tancredo Neves, no Colégio Eleitoral, em 1985.

Defensora da área tecnológica, por acreditar ser este o caminho, ao lado da educação, para o desenvolvimento do país, foi relatora da Subcomissão de Ciência e Tecnologia e da Comunicação da Assembleia Nacional Constituinte de 1987.

Foi uma das fundadoras do PSDB, saindo, em seguida, por questões internas, para o PDT, não conseguindo o seu quarto mandado para a Câmara dos Deputados, em 1990.

Em 1989, publicou “A Última Célula: minha luta contra o câncer”.

Cristina faleceu, precocemente, em 1992, nos EUA, aos 57 anos, de câncer de mama.

Pioneira, abriu as portas para outras mulheres, que seguiram na sua luta pela liberdade de imprensa, pela democracia, pela resistência ao machismo e pela participação feminina na política.
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Trânsito: os problemas estão voltado com mais força!!!

Tendo como principal objetivo reduzir as mortes no trânsito, em 2014, surgiu o movimento “Maio Amarelo”. No bojo das ações a campanha ganhou corpo e avançou.  O mesmo se configura numa  espécie de  “consócio” por ações  e discussões  tocadas  pelo Poder Público,  iniciativa privada e sociedade civil.

Nos últimos dois anos,  em função do necessário  isolamento social,  por conta da pandemia, o tema ( trânsito), de maneira geral, foi deixado um pouco de lado. Vale lembrar que o reduzido número de veículos nas ruas fez com que os  “problemas” decorrentes do trânsito diminuíssem  na mesma proporção.  Bom! Desejo de “todo mundo”  a pandemia está indo embora, mas, inevitavelmente, os transtornos ligados à  mobilidade urbana deverão voltar com força total…..

Em nossa “aldeia” – Vitória de Santo Antão – não será diferente. Mesmo depois de algumas intervenções pontuais (positivas e outras não)  promovida pela atual a gestão muitos  gargalos permanecem e ações urgentes deverão ser efetivadas. Trânsito não é coisa para amadores e carece de atenção diária,  face ao dinamismo e ao conjunto de variáveis em questões.

 

No final da tarde da última sexta-feira (29), por exemplo, registramos o fluxo da Rua Doutor José Rufino (popularmente  conhecida como “Principal do Cajá). Esse “corredor”, por assim dizer, precisa de intervenções urgentes, tanto do ponto de vista estrutural quanto no sentido organizacional.

Por exemplo: não tem lógica a Rua Silvino Lopes – paralela a José Rufino – não ser “aproveitada”,  no sentido do direcionamento de parte desse fluxo. Outra coisa que  não consigo entender, sob qualquer ponto de vista, é que, além dos muitos buracos,  existe um pequeno trecho da referida via (Silvino Lopes), justamente no acesso à  Avenida Henrique de Holanda (Oficina de Carlinhos Canfinfa) que continua de “terra batida”, ou seja: basta uma “chuvinha” para abrir dúzias de buracos, desencorajando assim os condutores de veículos a trafegarem por ali e,  consequentemente,  “afunilando”,  ainda mais,  o fluxo por baixo do “Viaduto do Cajá”, local já bastante saturado, justamente em horário de pico…

Esses são  apenas alguns  dos maus exemplos que bem refletem a falta de investimento lógico  e inteligente no trânsito da nossa cidade.  Se a gestão do prefeito Paulo Roberto não colocar “para gerar” urgentemente nesse tema  – algo que já deveria ter planejado e realizado  -, doravante,  vai comer um desgaste grande,  justamente porque os problemas deverão voltar com muito mais força,  nesse processo de retomada “pós-pandemia”.

O “Decreto Nero” – por historia_em_retalhos.

Em 30 de abril de 1945, Adolf Hitler teria cometido suicídio, 42 dias após a assinatura do chamado “Decreto Nero”, documento em que ele determinava a destruição da infraestrutura da Alemanha.

Este decreto representava uma tradicional tática de guerra conhecida como “terra arrasada”, que significa a destruição de qualquer coisa que possa ser proveitosa ao inimigo, enquanto este avança em uma determinada área.

O ato ganhou este nome em alusão ao imperador romano que teria incendiado Roma no ano de 64 d.C.

No caso de Hitler, a ordem foi desobedecida por Albert Speer, arquiteto-chefe do Terceiro Reich, que ficou chocado e recusou-se a cumpri-la.

Poucos dias após o suicídio do Führer, em 07 de maio de 1945, o general Alfred Jodl assinava a rendição militar alemã.

Era o fim do maior conflito militar da história.
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