Ainda na noite de ontem (13) tomei conhecimento dos fatos políticos ocorridos em nossa cidade, envolvendo o postulante ao cargo de prefeito, Paulo Roberto. Os vídeos gravados, e posteriormente disponibilizados nas redes sociais, de certa forma, nos coloca como “juízes” dos acontecimentos. Logicamente que os comentários dos “internautas partidários”, cada qual com seu nível de dependência e ingenuidade, procuram reforçar suas conveniências. Uma coisa é certa: A INTERNET, INDISCUTIVELMENTE, VIROU A PROTAGONISTA DAS ELEIÇÕES MUNICIPAIS 2016.
Não custa nada lembrar que na eleição de 2008, um “infernal” vento de 40km destruiu as instalações da TV Vitória, impossibilitando assim a transmissão do guia televisivo eleitoral na nossa cidade. Hoje, oito anos depois, as imagens dos fatos ocorridos ontem (13) – com menos de 24hs – de certa forma, já estão “velhas” para os eleitores vitorienses. Mostrando assim, que os tempos são outros. A tal ditadura da mídia estar em declínio acentuado, tal qual, os que se acham donos de tudo e todos.
Ainda sobre as eleições de 2008, quando os deputados Henrique Queiroz e Aglailson Junior “engalfinharam-se” numa briga corporal, muitas foram as versões na rua: “Junior plantou a mão na cara de Henrique”, “Henrique Queiroz deu um chute no deputado”, “o filho de Zé de Povo puxou o cabelo do deputado de bobes”, “o segurança estava com a arma na mão, atira, atira” … e por ai vai… Foram muitas versões.
Já com relação aos lamentáveis fatos, envolvendo o candidato Paulo Roberto e os “eleitores arapongas”, ocorridos ontem (13), no bairro de Santana, as imagens não deixam dúvidas do que ocorreu. Isso não quer dizer que as imagens “falem” além do que não se pode ver.
Depois de muito “disse me disse” nas redes sociais, hoje pela manhã, procurei saber da versão oficial do candidato Paulo Roberto. Acessei sua página no facebook e não encontrei nenhuma nota sobre o incidente. Liguei para Djalma Andrade, mas o telefone estava desligado (tenho um número antigo, talvez não seja o mesmo). Acabei ligando para Ozias, uma vez que não tenho o número de Paulo Roberto. Quem atendeu foi Gilberto Lira, também assessor de comunicação da campanha. Disse-me que o pessoal estava em uma reunião e que ligaria em seguida.
Com poucos minutos, ligou-me o Gilberto e disse: “Paulo estava em um porta-porta sozinho, com eleitores comuns e o pessoal “do outro” lado insinuaram compra de votos”. As 13h, ligou-me novamente o Gilberto dizendo que mandaria para o meu e-mail uma nota oficial. Nota está que até agora (15:41) não chegou.
Pois bem, em nenhum momento as imagens gravadas mostram “dinheiro vivo”. É bem verdade que os áudios revelam muito mais o que se falou dentro do carro dos “arapongas”, inclusive quando um deles diz que “não tem crédito” para fazer uma ligação.
Em nenhum momento os “eleitores arapongas” – pelo menos nas imagens que circularam – fizeram algo ou atentaram contra os princípios democráticos, muito pelo contrário, de certa forma, auxiliaram a justiça eleitoral que vem incentivando, através de campanhas publicitárias, os eleitores a denunciarem práticas delituosas e que necessitam ser expurgadas do processo das campanhas eleitorais.
Já com relação à reação do candidato Paulo Roberto, ao saber que estava sendo filmado, essa foi, indiscutivelmente, um tanto desproporcional, um verdadeiro surto. Aliás, se o Paulo Roberto estava ali “em um porta-porta sozinho” – como bem falou sua assessoria de imprensa – por qual motivo ele se exaltou tanto?Sinceramente, não é compreensivo.
Aliás, a bem da verdade, ele deveria está naquele local com a sua própria equipe de filmagem, para colher depoimentos e imagens e que os mesmos pudessem ser usados no seu guia eleitoral na TV e nos vídeos produzidos para internet.
Com relação ao seu “destempero e truculência”, não é novidade. Paulo é um cara agressivo por natureza. Todos em Vitória sabem disso. Não adianta “esconder o sol com a peneira”. Aos que tem no espiritismo sua doutrina religiosa, certamente devem acreditar que o Paulo é uma espécie reencarnação de algum Rei Absolutistas do século XVIII, cujo espírito ainda está tentando se purificar na vida terrena.
Ainda com relação aos fatos, esperei que nos guias eleitorais de hoje (13h) o caso fosse falado. Não precisava de grandes produções, bastava depoimentos verdadeiros, realçando os acontecimentos. Este é o assunto do momento que os eleitores estão falando, precisando de esclarecimentos. Acho que as equipes de marketing dos candidatos perderam uma boa oportunidade de “esquentar” o debate.
Para encerrar gostaria de falar pelo menos duas coisas: Indiscutivelmente, as cenas mostraram que as leis de trânsito foram violadas inúmeras vezes, isso é uma constatação. Agora, uma outra questão para a gente refletir e imaginar: O que teria acontecido com os “eleitores arapongas”, se o candidato Paulo Roberto e sua “tropa” tivessem conseguido encurrala-los?
Segue abaixo, uma reprodução que fiz dos vídeos que circularam nas redes sociais (esses vídeos são copias )