Eleições 2024: média de idade das candidaturas ao parlamento local….

Dentro da proposta de fazer um panorama no quadro geral das candidaturas ao parlamento local, inicialmente, segundo dados disponíveis no site do TSE, identificamos que a idade média de todas as postulações (homens e mulheres) é de  46/47 anos.

No conjunto das postulações femininas a candidata pelo Partido Verde, Júlia Melo (43.333), foi  identificada como  a mais jovem na disputa geral. Ou seja:  21 anos de idade (2003).

Na outra ponta, por assim dizer, a candidatura feminina com mais idade se concretiza na Yara Alencar (15.232), que concorre pelo MDB. A mesma nasceu no ano de 1951, isto é: 73 anos idade.

No conjunto masculino, apuramos que os candidatos com mais e menos idade, coincidentemente,  pertencem ao mesmo partido (federação PSOL/ REDE). Albertson Alexandrino (18.192) seria o mais jovem dos candidatos a vereador, ou seja: 25 anos (1999).

Já o candidato Heliomar (18.490), que recentemente completou 79 anos (21/08/1945), se configura no postulante com mais idade, dentre todas as 201 candidaturas.

Nas próximas postagens, estaremos realçando mais informações e curiosidades sobre o pleito antonense 2024.

 

Eleições 2024: um “raio x” nas postulações à Casa Diogo de Braga…

No sentido de contribuir com o processo eleitoral local, doravante, estaremos postando uma espécie de “raio x” das candidaturas à Casa Diogo de Braga, diga-se: vereança.

Dentre as  divulgações também  haverá espaço para  comentários, no que diz respeito ao  levantamento realizado, levando-se  em consideração as seguintes informações: idade média dos postulantes,  escolaridade, estado cível  e curiosidades relativas ao patrimônio dos 201 concorrentes, inscritos até o presente momento.

Vale lembrar, também,  que para o pleito de 2024, em Vitória de Santo Antão, aos  que desejam uma cadeira na câmara,  a Justiça Eleitoral estipulou como “teto de gasto”  o valor de R$ 44.665,80. Será mesmo que todos irão cumprir essa determinação?

Mediante as informações no site do TSE,  disponíveis (hoje), em Vitória, para 2024, teremos 201 postulações: 137 masculino (68,5%) – 64 feminino (31,85%).

No conjunto das postulações, no quesito patrimônio,  a expressiva maioria respondeu: “não há bens a declarar”. Mas há, também, pelo menos dois candidatos que declaram patrimônios  milionários. Ou seja: possuem algo superior a hum milhão de real.

Assim sendo, em breve,  estaremos postando informações mais detalhadas sobre o conjunto de  candidaturas para um assento na Casa Diogo de Braga.

Professora Inês Bandeira….

MARIA INÊS NERI BANDEIRA, ou simplesmente: Professora Inês. Teve a imensa honra de iniciar seu curso primário e sua vida estudantil, sobre a tutela e o bastão da ilustre e dileta professora Eunice Xavier. Após sua formação preliminar, passou a estudar no glorioso Colégio Nossa Senhora da Graça. Tendo nele, concluído o Curso Normal (magistério nos dias atuais). Antes mesmo de se formar, já havia sido nomeada Professora Regente de Classe, no educandário que iniciou seus estudos. Sortuda, Inês ocupou e assumiu a cadeira que outrora havia sido regida sobre a tutela da grande mestra e exemplar Eunice Xavier.

Tempos após, os dirigentes municipais resolveram instalar de forma inusitada e pioneira, o Curso de Jardim de Infância no Grupo Escolar Pedro Ribeiro, E Inês, foi convidada a efetuar uma capacitação rápida e eficaz, a fim de assumir tal mister. Relutante e insatisfeita, pois haveria de afastar-se dos seus antigos e queridos comandados, cumpriu religiosamente o que lhe fora determinado pelos dirigentes da educação municipal à época. Haviam pois, prometido que se não houvesse adequação ao tipo de convivência didática com tal nível de ensino, a retornariam à classe e aos alunos de outrora.

Porém, automaticamente a identificação no lidar com crianças foi além do normal, virou magia, virou vício.  Inês gostou e amou a temida troca. Com os minúsculos alunos do jardim de infância, a querida professora Inês conviveu, amou, educou e foi até, um pouco de mãe. Às outras turmas, jamais retornou. Voltar, pra que?

Inês foi parceira e cônjuge de um dos baluartes desta casa, desta instituição chamada Instituto Histórico da Vitória de Santo Antão. Seu companheiro Milton Bandeira defendeu e lutou pela manutenção e preservação desta instituição.

Os ex-alunos da professora Inês, hoje estão formados, hoje estão maduros. São até avós. Porém, o grande legado da professora Inês é imensurável, é indescritível. É simplesmente mágico. Inês é aquela de sempre, aquela lá do distante passado e não mais existente jardim de infância do Grupo Pedro Ribeiro. Pedro Ribeiro que à sombra das palmeiras de Santo Antão, vislumbrou e conviveu com a magia do formar vitorienses, formar caráter, formar gente. Gente da Vitória. Gente das plagas da Vitória de Santo Antão Santão. Da sua Diretora Anunciada, das colegas Guiomar e Bete, de dona Margarida e muitas outras flores do sacerdócio do criar, do educar, do fazer o bem.

Drayton Bandeira

Vida Passada… – Visconde de Suassuna – por Célio Meira

Na antiga vila do Recife, em o último decênio do século XVIII, nasceu Francisco de Paulo Cavalcanti de Albuquerque. Inclinado à carreira gloriosa das armas, vestiu, aos 14 anos, a farda de soldado do exército da colônia. E sete anos depois, segundo as notas de Pereira da Costa, tinha, Francisco de Paula, o posto de 2º tenente. Casou-se, a esse tempo, com a prima Maria Joaquina Cavalcanti Salgado, da velha fidalguia. Em 1816, era 1º tenente de artilharia.

Quando se desencadeou a revolução republicana de 6 de março de 1817, Francisco de Paula, ardoroso, desejando um Brasil liberto, desembainhou a espada, e esteve, ao lado do pai, o bravo coronel Suassuna, nas linhas de frente dos rebeldes. Aniquilada a insurreição, ao peso das armas do marechal Cogominho e de Rodrigo Lobo, chefe naval, pagou, duramente, sua ousadia, esse intimorato recifense, nos tenebrosos cárceres da Baia. Voltou, em 1821, a Pernambuco, batalhando pela independência do Brasil.

Assumiu, na qualidade de vice-presidente, o governo da província natal, em 1826, na ausência de Mairinck da Silva Ferrão. Galgou, em 1827, o posto de tenente-coronel. Sentou-se, de novo, na cadeira da presidência, a 23 de fevereiro de 1932, substituindo Francisco Pais de Andrade. E três anos depois, ostentando os galões do coronelato, reformou-se no posto de brigadeiro. Encerrou, desse modo, sua brilhante carreira militar. Nomeado presidente do berço natal, assumiu o governo, em 1835, permanecendo, no poder, até 37, quando entregou ao Camargo. E esteve ainda, à frente as administração de Pernambuco, em maio de 1838, no impedimento de Francisco do Rêgo Barros, o eminente conde da Bôa-Vista.

Representou a terra de seu nascimento, escreve Pereira da Costa, na Assembleia provincial e na Câmara Geral, ocupando, aos 47 anos de idade, a cadeira vitalícia de senador do Império, e merecedor, meses depois, a honra de uma pasta de ministro.

Organizando, Antonio Carlos, a 24 de junho de 1840, o primeiro gabinete do segundo Império, entregou a pasta de guerra a esse eminente filho do Recife. Serviu, fielmente, na idade das reflexões, à Coroa bragantina, aquele que, vinte e três anos antes, na idade romântica das aventuras, tentou destruí-la.

Agraciou-o, no ano seguinte, o governo, com o título de barão de Suassuna, concedendo-lhe, mais tarde, a graça do viscondado. Em 1849, fatigado das lutas políticas, recolheu-se à vida tranquila, com o firme proposito de não voltar à arena dos combates. E durante trinta anos, pouco a pouco, se foi apagando a estrela de primeira grandeza de sua carreira política. Alheiou-se do mundo. Trancou-se na solidão de seu palacete do Pombal, na cidade do Recife, onde morreu, na madrugada de 28 de janeiro de 1880, aos 87 anos de idade.

Deu, o governo, o nome de Visconde de Suassuna,  a uma das avenidas do Recife. Conservemo-lo. Honra, esse nome, a história de um povo.

 

Célio Meira – escritor e jornalista. 

LIVRO VIDA PASSADA…, secção diária, de notas biográficas, iniciada no dia 14 de julho de 1938, na “Folha da Manhã”, do Recife, edição das 16 horas. Reúno, neste 1º volume, as notas publicadas, no período de Janeiro a Junho deste ano. Escrevi-as, usando o pseudônimo – Lio – em estilo simples, destinada ao povo. Representam, antes de tudo, trabalho modesto de divulgação histórica. Setembro de 1939 – Célio Meira.

Eleições 2024: candidatos ricos e pobres……..

Para o pleito antonense de 2024 a Justiça Eleitoral estipulou como “teto de gasto”, para as chapas majoritárias, o valor de R$ 775.560,06. Ou seja: toda as despesa da campanha não podem, em tese, ultrapassar esse valor, assim como tudo que for pago, obrigatoriamente,  tem que ser  devidamente contabilizado e informado,   nas  respectivas prestações de contas dos candidatos.  Isso é o que manda a Lei.

Pois bem, em uma simples navegada pelo site do TSE é possível tomar conhecimento do tamanho do patrimônio dos candidatos, ou melhor: daquilo que os mesmos informaram à Justiça Eleitoral.

Somando-se o patrimônio do candidato a prefeito mais o do vice, a chapa da Coligação “Vitória Cuidada Com Amor” (Paulo+Edmo), no quesito riqueza, já largou na frente. Isto é: é a mais rica. A mais pobre, por assim dizer, é a  da Coligação “Vitória Para Todos” (André + Lulinha).

Ainda segundo as informações prestadas à Justiça Eleitoral, pelos próprios candidatos,  tomando como base os últimos 4 anos, podemos dizer que o postulante  ao cargo de  prefeito,  André Carvalho,   teve seu patrimônio encolhido em cerca de 20%, enquanto,  no mesmo período, o candidato Paulo Roberto aumentou o valor dos seus bens em cerca de 80%.

Já o candidato que lidera a chapa “Com o Povo No Topo”, Victor, desde que ingressou na vida pública, em 2018, multiplicou o seu patrimônio por 5, isto é: saiu de $317.050,00 para R$ 1.754.749,22,  num período de 6 anos.

Apenas a título de curiosidade, tomando como base às  informações postada no site do TSE, poderíamos dizer que o candidato do “15”  (Paulo Roberto) possui mais de 100 vezes o patrimônio do “12” (André Carvalho).

Já no confronto de “eleições disputadas”, os candidatos André e Paulo sairiam empatados. Ou seja: cada qual se candidatou 6 vezes. Já Victor, em 2024, encara sua terceira disputa, valendo salientar: nunca perdeu uma eleição.

Em outras postagens, estaremos realçando  alguns números e comparações relativos às candidaturas para um assento na “Casa Diogo de Braga”.

Maria Isabel Baracho – por @história_em_retalhos.

5 de março de 1983.

Bairro da Madalena, Recife – Pernambuco.

Maria Isabel Baracho era uma jovem professora de inglês, casada com o estudante de engenharia Lenivaldo Barbosa Lacerda, de quem estava grávida de três meses.

Às três da madrugada daquele dia, sem nenhuma razão aparente, foi morta por espancamento pelo marido, sendo encontrada amarrada no banheiro, coberta por um lençol.

O marido dizia que o filho não era dele, mas de um médico amigo de Isabel.

Afirmou que orou a Deus para conseguir cometer o crime e que, depois, “purificou” o corpo da esposa (com o feto morto na barriga) com um vidro de perfume de alfazema.

O caso causou profundo impacto na sociedade pernambucana e gerou muita comoção social, acendendo a luta do movimento feminista em Pernambuco.

Contraditoriamente, Lenivaldo alegava insanidade mental, sendo conduzido ao Manicômio Judiciário de Itamaracá/PE (nome que se dava à época), de onde conseguiu fugir, em 14.09.1983, sendo recapturado na década de 1990.

Levado a júri popular, em 04.06.1991, foi condenado a 17 anos de prisão em um julgamento que durou mais de dez horas.

Os jurados rejeitaram a tese da defesa de que Lenivaldo não poderia ser responsabilizado por ser esquizofrênico.

Laudo psiquiátrico feito no Manicômio Judiciário foi lido em plenário e apresentado aos jurados.

Segundo o psicólogo especialista em psicologia criminal Rilton Rodrigues, o próprio Lenivaldo teria confessado ao psiquiatra Cláudio Duque, responsável pelo laudo, que mantinha relações homossexuais durante o seu casamento e que havia tido uma relação homossexual na noite que antecedeu o crime.

Segundo Rodrigues, Lenivaldo associou os conflitos internos que vivia com a sua sexualidade à frustração acumulada que carregava por ser sustentado financeiramente pela mulher.
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Disse Rilton Rodrigues em plenário: “Lenivaldo sentia-se incapaz de ser homem perante sua mulher, seus sentimentos de inferioridade o levaram a cometer o crime. Ele acabou por destruí-la, impelido pelo subconsciente”.
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O crime ficou conhecido perante a opinião pública como o caso do “monstro da Madalena”, em alusão ao bairro do Recife onde Maria Isabel fora assassinada.
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Independente de quaisquer outras questões, o ponto central é sempre o mesmo: a objetalização/inferiorização da mulher e a demonstração de desprezo, controle e poder sobre o seu corpo e a sua vida.
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Encerramos com este retalho de hoje a série de cinco retalhos que publicamos neste mês de agosto sobre feminicídios bárbaros que marcaram o país, buscando nos somar às reflexões da campanha do Agosto Lilás.
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Você, mulher, que nos lê neste momento, se estiver sendo vítima de violência doméstica, não se cale.
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O silêncio pode matar.
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☎️ 180
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Agradeço à querida amiga @evangelaandrade2 por ter nos trazido a sugestão do retalho de hoje.
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Eleições 2024: candidatos a prefeito mais qualificados……

Já devidamente anunciada à Justiça Eleitoral, para o pleito municipal de 2024, teremos, em Vitória, três postulações majoritárias:

André Carvalho + Lulinha, disputando pela coligação “Vitória Para Todos”, Paulo Roberto + Professor Edmo Neves, pela “Vitória Cuidada Com Amor” e Victor + Socorrinho da Apami, cuja coligação é “Com O Povo No Topo”.

Dos três candidatos ao cargo de prefeito o mais velho é Paulo Roberto (64), seguido por André Carvalho (36) e Victor (29). No somatório das chapas (prefeito + vice) a liderada por André Carvalho é a que apresenta “mais juventude”, por assim dizer.

Já no quesito “grau de instrução”, poderíamos dizer que a eleição de 2024, em terras antonenses,  será uma das mais privilegiadas, ou seja: todos os postulantes das chapas majoritárias (prefeito + vice)  são detentores do chamado  terceiro grau, isto é: Superior Completo.  

Salve pesquisa mais aprofundada, também poderíamos dizer que pela primeira vez em Vitória o “estado civil” de “solteiro” representa dois terços do total dos candidatos a prefeito,  isto é: um casado (Paulo) e dois solteiros (André e Victor).

Na medida do possível, na próxima postagem,  relativa a um breve e superficial  “raio X” dos candidatos a prefeito, iremos falar dos seus respectivos patrimônios. Aliás, tem candidato que,  só nos últimos 4 anos, aumentou sua riqueza em cerca de 80%.

O poeta Dilson Lira – por Marcus Prado.

Dilson Lira, o poeta e publicitário que amava as estrelas.

A notícia de que o poderoso Asteroide Apophis pode mudar de rota e se chocar com a Terra, em 2029, me faz lembrar do poeta e publicitário de saudosa memória Dilson Lira, da torre de observação das estrelas que tinha na sua casa, do seu telescópio Astronômico com Tripé, UltraZoom 6000X.

Dilson, que tinha a marca de homem cordial, foi o único do seu tempo vitoriense a se dedicar, como amador, à astronomia. Como poeta, hoje esquecido, mereceu honroso elogio do escritor Mauro Mota, da Academia Brasileira de Letras. no prefácio de um dos seus livros. Também esquecido.

Marcus Prado – jornalista. 

Kátia Camarotti – por @historia_em_retalhos.

O ano era 1991.

Decidida a pôr fim à relação conjugal que mantinha com o cirurgião dentista José Fernando Gomes, a psicóloga Kátia Camarotti, à época, com 39 anos, entrara com uma ação de divórcio na justiça.

Neste mesmo período, mudou-se com os filhos para o Rio de Janeiro.

Em 31 de janeiro daquele ano, estava marcada a audiência do processo de divórcio.

Kátia, então, veio ao Recife, seguindo do aeroporto direto para a residência de sua irmã Tânia, na Av. Boa Viagem, um dos endereços mais nobres da capital pernambucana.

Não sabia ela o que aquele dia lhe reservava.

Inconformado com a separação, José Fernando seguiu a psicóloga desde o aeroporto.

Ao chegar no local, matou a ex-cunhada Tânia, que estava ali apenas para ajudar a irmã, com três disparos de arma de fogo.

Em seguida, tentou matar Kátia, com um tiro na nuca, deixando-a pentaplégica, sem qualquer movimento do pescoço para baixo.

Kátia passou a depender de aparelhos para respirar.

O seu filho, o hoje conceituado jornalista Gerson Camarotti, à época com apenas 17 anos, mobilizou a opinião pública exigindo a condenação de seu pai e iniciou uma campanha nacional para conseguir Cr$ 30 milhões necessários para prosseguir com a fisioterapia respiratória de sua mãe.

O objetivo era adquirir um respirador portátil e trazer para o Recife a equipe do fisioterapeuta Carlos Alberto Azeredo (o mesmo que cuidou de Irmã Dulce).

Paradoxalmente, o agressor José Fernando era considerado um dos melhores cirurgiões dentistas de Pernambuco, mas carregava consigo o perfil de um homem violento e machista.

Obteve um habeas corpus e respondeu ao processo em liberdade.

Todavia, no ano seguinte (1992), acabou morto por um desconhecido que o assassinou com quatro tiros em sua clínica.

Eu trago este caso de hoje em referência à campanha do AGOSTO LILÁS de combate ao feminicídio.

Que este duplo e bárbaro feminicídio (consumado e tentado) jamais caia no esquecimento.

Machismo mata.
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Eleições 2024: um panorama político e partidário…

Desde o inicio da chamada Nova República o Brasil vem dando contínuas provas  do amadurecimento da sua democracia. Já passamos por momentos turbulentos e difíceis,  , mas ao final o Estado de Direto prevaleceu.

Mesmo assim –  convenhamos -,  os partidos políticos representativos (na sua expressiva maioria) continuam sendo uma espécie de “sopa de letrinhas”. Um ou outro tem algum tipo de vida orgânica popular,  mas no conjunto são espaços que pouco representa os interesses coletivos, como consta nos seus respectivos estatutos.

Pois bem, segundo levantamento da CNM – Confederação  Nacional dos Municípios -, para o pleito do próximo dia 6 de outubro,  cerca de 34% dos prefeitos que estão disputando à reeleição mudaram de partido.

Nesse contexto, na terra de João Cleofas de Oliveira, no sentido inverso do que  ocorre no País, o prefeito Paulo Roberto (MDB), que tenta a reeleição,  se manteve na mesma agremiação de 4 anos atrás. Na mesma direção, as outras duas postulações majoritárias, André Carvalho (PDT) e Victor (PSB), se configuram em  quadros orgânicos dos seus respectivos partidos.

Ainda segundo a CNM, desde a eleição municipal do ano de 2000, quando começou valer à reeleição para prefeito, 62% conseguiram êxito na empreitada eleitoral. Alcançando seu percentual máximo em 2020 (64%).

Já na República das Tabocas, levando-se em consideração que 3 prefeitos – sentados na cadeira – buscaram a permanência no cargo (desde de 2000),  poderíamos dizer que o índice de reeleição  é ainda um pouco maior (66%), ou seja: dos três, dois conseguiram – Zé do Povo ( primeiro a ser reeleito) e Elias Lira.

Eis ai, portanto, alguns números e curiosidades relativos ao nosso quadro sucessório municipal que está, efetivamente,  no seu estado inicial, visando o dia 6 de outubro de 2024.

Eleições 2024: estaremos produzindo conteúdo plural….

Vencidas as questões de ordem burocráticas, finalmente, as campanhas políticas/eleitorais estão nas ruas de todo País. Disputas municipais, de maneira geral, sempre despertam mais engajamento popular.

Doravante, já com informações oficiais disponíveis no Site do TSE, assim como nas eleições anteriores, na medida do possível, faremos uma espécie de “raio x” nas candidaturas postas no mundo antonense – prefeito e vereador.

Nos últimos dias – desde o início oficial (sexta-feira, 16) – já observamos algumas ações vinculadas ao processo eleitoral nas ruas. Algumas bandeiras fixadas e alguns veículos  sinalizados. Mas tudo ainda muito tímido, levando-se  em consideração à tradição local, ou seja: acirramento…

Portanto, mais uma vez, o Blog do Pilako  estará levando ao seus internautas informações sobre o pleito local,  isto é:  produzindo conteúdo confiável, democrático e plural. Vamos em frente…

 

DILERMANDO da Cunha Lima

DILERMANDO da Cunha Lima, pai de Geazi: nenhum vereador do Legislativo vitoriense teve, até hoje, maior visão do futuro. Há cerca de 70 anos, quando as políticas governamentais de casas populares sequer eram sonhadas, esse político PIONEIRO teve a iniciativa de comprar um terreno nos arredores da cidade e nele construiu casas para a população carente.

Marcus Prado – jornalista. 

LEMBRANÇAS DE UM TEMPO VITORIENSE – por Marcus Prado.

LEMBRANÇAS DE UM TEMPO VITORIENSE – Primeira de uma série.

Tempos difíceis e desafiadores no passado não muito remoto para os amantes da Fotografia. Para revelar um filme em preto e branco, só tínhamos as lojas de Edinho da Casa Edson e a de Dilermando da Cunha Lima. Para os filmes coloridos, Edinho pedia paciência, prazo mínimo de 15 dias, eram remetidos para o Rio de Janeiro. Dilerma só aceitava revelações em P&B, feitas no Recife.

Marcus Prado – jornalista.

7ª Festa da Saudade: mais uma noite inesquecível!!!

Com muita expectativa, por parte dos que gostam de dançar e são detentores do chamado bom gosto musical, a 7ª edição da Festa da Saudade “entregou” o prometido.

Na primeira parte do evento, por assim dizer, subiu ao palco do Clube Abanadores “O Leão”, pontualmente às 22h, a Banda antonense Vintage Soul, executando os clássicos do rock – internacional e nacional. Veja o vídeo:

 

Quando o relógio já marcava 23:59h, a internacional Orquestra Super Oara emitia os primeiro sinais sonoros, daquilo que seria uma noite, musicalmente, inesquecível. Até às 3:30h, o público na parou de dançar. Com um repertório eclético, que vai do refinado ao popular, a Super Oara mostrou o porquê que lhe cabe bem o  título de uma das melhores bandas/baile do Brasil. Veja o vídeo:

Na qualidade de promotor do referido evento, aproveito para agradecer a todos parceiros e participantes em geral, sem esquecer, claro, do patrocinador do encontro dançante: Engarrafamento Pitú. 2025 tem mais……

SÉTIMA FESTA DA SAUDADE – por Sosígenes Bittencourt.

Vitória de Santo Antão-PE (17 de Agosto de 2024).

Saudade é um sentimento que não morre quando se mata. É matando saudade e morrendo de saudade. Quem gosta de fustigar saudade é Cristiano Pilako, aqui na cidade. Dizem que a palavra Saudade só existe em nossa língua, mas não é questão de idioma, é de coração de verdade. Boa festa entre amigos e cultivo de amizade.
Próximo ano, tem de novo, enquanto houver idoso, pra nossa felicidade.

Palmas e muito obrigado!

Sosígenes Bittencourt

Obs: veja o vídeo do professor dançando…https://youtube.com/shorts/PfJBdfwp_co?si=VDDD_jIq8-mzWdIW

17 de agosto: dia da Batalha de Casa Forte! – por @historia_em_retalhos.

Capítulo importantíssimo da expulsão dos holandeses aconteceu no dia 17 de agosto de 1645, em Casa Forte.

Derrotados na Batalha das Tabocas, em Vitória de Santo Antão, 14 dias depois, os holandeses decidiram acampar no engenho de Anna Paes, imóvel onde funcionou o Colégio Sagrada Família, ao lado da matriz de Casa Forte.

E montaram um plano: o comandante Hendrick Van Haus ordenou que o major Carlos Blaer fosse até a Várzea, raptar todas as mulheres dos luso-brasileiros e as trouxessem até o engenho de Anna Paes.

Tomando conhecimento da trama, os luso-brasileiros, marchando sob pesada chuva, conseguiram atravessar o rio Capibaribe, a nado, na altura do Cordeiro, até alcançar e cercar o engenho, na manhã do dia 17 de agosto.

Pegos de surpresa, os batavos refugiaram-se na casa-grande e colocaram as mulheres prisioneiras nas janelas.

O chefe da tropa luso-brasileira, interpretando o ato como um sinal de capitulação, ordenou um cessar fogo e enviou um oficial para negociar a rendição com os neerlandeses.

Covardemente, o emissário foi morto na frente da tropa.

Enfurecidos, os insurgentes atacaram com ferocidade e sede de vingança, ateando fogo na casa.

Cercado e sufocado pela fumaça, o chefe flamengo empunhou uma bandeira branca e o cabo de uma pistola, em sinal de rendição, capitulando junto com a sua tropa.

A derrota custou aos batavos 37 mortos, muitos feridos e mais de 300 prisioneiros, além de grande quantidade de armamento, cavalos e víveres.

Você sabia?

– o nome do bairro “Casa Forte” deve-se justamente à utilização militar da casa-grande do engenho de Anna Paes.

– a Av. 17 de agosto, principal via da região, ganhou esse nome em alusão ao fato histórico.

– as casas do engenho situavam-se em um grande pátio, chamado Campina de Casa Forte, que, no século 20, tornou-se o primeiro jardim público do grande Burle Max: a Praça de Casa Forte!

– o sobrado onde, hoje, funciona o requintado restaurante Nez Bistrô foi, no passado, a senzala do Engenho Casa Forte.

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Sétima Festa da Saudade – acontece neste sábado!!!

Amanhã, sábado (17), o Clube Abanadores “O Leão” abrirá suas portas para acolher o público da Sétima Edição da Festa da Saudade. Como próprio nome diz, o evento é voltado ao segmento de pessoas mais maduras, sobretudo aos que gostam de dançar.

Com a garantia da “casa cheia”, o encontro social dançante mais esperado da cidade contará, mais uma vez, com internacional Orquestra Super Oara, liderada pelo sempre animado Elaque Amaral.

Portanto, na próxima segunda-feira, estaremos postando lances do evento!!!

Festival Palavra Cifrada – Vitória

Com abertura em Vitória de Santo Antão, Palavra Cifrada celebra a riqueza da cultura brasileira

Em sua terceira edição, festival de literatura itinerante começa sua programação pela cidade da Zona da Mata

O Festival Palavra Cifrada, organizado por Alexandre Melo, da NósPós Produtora com incentivo do Funcultura, chega a sua terceira edição com uma programação recheada de grandes nomes da literatura, da música e da arte performática de várias partes do país. Começando nesta quinta, 15/8, em Vitória de Santo Antão, o evento vai percorrer ainda o Sertão (Afogados da Ingazeira), o Agreste (Garanhuns) e a Região Metropolitana (Recife) até o dia 31.

Em Vitória a grade tem início às 14h no Colégio Municipal Três de Agosto, com uma oficina ministrada pelo escritor, editor e professor Wellington de Melo com o tema A literatura e a leitura na sala de aula, abordando as estreitas relações entre a literatura e a educação. Wellington é autor de livros como os romances Estrangeiro no labirinto (semi-finalista do Prêmio Portugal Telecom) e Emílio, além do livro de poemas O Caçador de Mariposas, traduzido para o francês. Ele é também o curador legatário da obra de Miró da Muribeca.

Já na parte da noite, a partir das 19h, o festival se transfere para o Teatro Silogeu, onde o premiado escritor e ilustrador Whalter Moreira dos Santos presenteia o público com a aula Quando a palavra quer somente ter cor e forma, em que demonstra com desenhos e cores a mágica das imagens se transformando em palavras e histórias. Whalter tem mais de 40 livros publicados em diversos gêneros, como teatro, poesia, conto, romance, memória e infanto-juvenil e obras traduzidas para braile e alemão. Entre outros prêmios, tem o José Mindlin e o Cidade de Curitiba (por O Ciclista), Prêmio Casa da Cultura Mário Quintana e Fundação Cultural da Bahia (Um certo rumor de asas) e Prêmio Nacional Cepe de Literatura (O metal de que somos feitos).

Encerrando o dia, Wellington de Melo volta, desta vez para conversar com o romancista e poeta João Paulo Parísio e professores da região sobre literatura e educação. Parísio, que já foi definido pelo crítico José Castello como “um dos principais nomes da nova geração de narradores brasileiros”, é autor de Legião anônima (contos), Esculturas fluidas (poesia), Retrocausalidades (romance), entre outros livros.

PROGRAMAÇÃO COMPLETA

VITÓRIA |  15/08 | QUINTA – FEIRA

Oficina |A literatura e a leitura na sala de aula| com com Wellington de Melo:

A produção e reprodução de literatura a partir da realidade local será desenvolvida  pelo  escritor  e  escritora  que  têm  relações  profissionais diretas com a sala de aula.

Horário: 14h | Local: Colégio Municipal Três de Agosto

Aula Master | Quando a Palavra Quer Somente Ter Cor e Forma| com Walter Moreira dos Santos

Um dos escritores e ilustradores mais premiados e publicados do país, Walter  Moreira  demonstra  com  desenhos  e  cores a  mágica  das imagens se transformarem em palavras e estórias.

Horário: 19h | Local: Teatro Silogeu

Conversa | Pedagogia da palavra| com Wellington de Melo e João Paraíso

Conversa sobre literatura e educação com professoras e professores da Região Metropolitana do Recife.

Horário: 20h | Local: Teatro Silogeu 

Assessoria

Vida Passada… – Francisco Mangabeira – por Célio Meira

Matriculou-se, Francisco Mangabeira, em 1894, aos 15 anos de idade, na Faculdade de Medicina da Baia. E três anos mais tarde, republicano e patriota, partiu, no batalhão acadêmico, rumo à terra selvagem de canudos, onde serviu, à Nação e à Pátria, nos hospitais de sangue. Quando regressou da carnificina, nos sertões baianos, escreveu, em excelentes versos, a “Tragédia Épica”. Ingressou, a esse tempo, informa um biógrafo, esse jovem poeta jornalista, no “Diário da Baia”. E em 1900, quando se extinguia o século XIX, conquistou, aos 21 anos, a carta de doutor em medicina.

Diplomado, não quis viver, esse baiano ilustrado, na terra onde nasceu, e levando, no coração, a esperança, que é luz dos moços, iniciou sua jornada , no Amazonas. E caminhava contente, pelas estradas da vida, clinicando e fazendo versos, quando, a 6 de agosto de 1902, explodiu a 3ª revolução acreana, sob a chefia de Plácido de Castro, na formosa Xaporí, dominada nessa época, pelo governo da Bolívia.

Alastrou-se, rapidamente, `às margens dos rios e nas estradas dos seringais, a rebeldia sagrada. Aderiram, a esse movimento nacionalista, e armado, homens de todas as classes. Formaram-se batalhões. E o médico Francisco Mangabeira, com o mesmo espírito arrebatado do estudante de Canudos, não ficou indiferente à cruzada de seus irmãos do extremo norte, em que se reivindicava o solo da pátria, e se ofereceu ao corpo médico, conta Napoleão Ribeiro, ao lado de Batista  de Morais, médico, tribuno e revolucionário.

E o no dia 1º de maio de 1903,  quando o “Franco Atirador”, batalhão patriótico, sob o comando do coronel Hipólito Moreira, ex-ministro da justiça, em 1899, no governo do Estado Independente do Acre, “partia de Boa Fé, para Porto Rico”, escreveu, Mangabeira, o poeta do “Hostiário”, “em casa de residência do coronel José Soares Pereira”, narra o autor do “Acre e seus Heróis”, o Hino Acreano, cantado pelos combatentes, no coração das matas virgens e equatoriais.

Doente, gravemente, sentido a aproximação da morte e a saudade irremovível de sua gente, abandonou,  Mangabeira, a gleba amazônica, buscando a terra onde nasceu. E abordo de um vapor, defronte da baia de Gurupí, entre o Pará e o Maranhão, morreu Francisco Mangabeira, no dia 27 de janeiro de 1904, pronunciando, na agonia, conta Heitor Moniz, estas palavras de tristeza e infortúnio.

Como é que morre um poeta , aos 25 anos!

E finou-se, desse modo o iluminado poeta do “Visões de Santa Tereza”, sem rever a Baia de seu coração, terra de sua meninice. (1)

1 – Transcrita da “Folha do Norte”, de Belém do Pará, edição 29 de fevereiro.

Célio Meira – escritor e jornalista. 

LIVRO VIDA PASSADA…, secção diária, de notas biográficas, iniciada no dia 14 de julho de 1938, na “Folha da Manhã”, do Recife, edição das 16 horas. Reúno, neste 1º volume, as notas publicadas, no período de Janeiro a Junho deste ano. Escrevi-as, usando o pseudônimo – Lio – em estilo simples, destinada ao povo. Representam, antes de tudo, trabalho modesto de divulgação histórica. Setembro de 1939 – Célio Meira.