6ª Edição da Festa da Saudade: SUCESSO TOTAL!!!

Consolidado como o evento dançante mais esperado da nossa cidade a Festa da Saudade, em 2023, chegou ao sexto ano. Planejado para congregar pessoas de todas as idades o evento, através das atrações musicais, tem como ponto alto o rico repertório musical.

Liderada pelo professor Raphael Oliveira a “prata da casa” – Banda Vintage Soul – encantou o público presente pela belíssima apresentação. Além doa clássicos românticos internacionais, para dançar “coladinho”, sacudiu o pessoal com o melhor do rock nacional.

Faltando 10 minutos para a meia-noite, a Orquestra Super Oara começou seu espetáculo musical,  que seguiu até às (quase)  4h da matina. Com 65 anos de estrada, considerada uma das melhores orquestras de baile do Brasil, a OARA – Orquestra Arcoverdense de Ritmos Americanos – não deixou ninguém sentado. O Clube Abanadores “O Leão” virou uma imensa pista de dança.

Além dos antonenses,  apreciadores das boas músicas de outras cidades também marcaram presença ao encontro dançante. Grupos do Recife, Gravatá, Chã Grande, Pombos, Chã de Alegria, Glória de Goitá e Surubim  também curtiram o momento (alguns deles pela primeira vez na festa).

Ao final da festa, podermos dizer que deu tudo certo. A satisfação dos participantes estava estampada no semblante de todos. No quesito agradecimento, além de todos aqueles que adquiriam mesas e camarotes, externo, aqui, meu muito obrigado a toda equipe de trabalho e ao Engarrafamento Pitú pelo apoio de sempre. Até o próximo ano com edição de número 7 da já tradicional Festa da Saudade.

Atenção professor Pedro Ferrer…..

Tomei conhecimento da pesquisa do Pedro Ferrer através desse Blog do Pilako, que casualmente vi no Youtube. Muito importante e será de grande interesse para as artes e para a produção artísticas no Brasil, tantas vezes fora do conhecimento público e, também, maltratada por instituições que deveriam cuidar da maneira correta,  para a sua valorização.

Estive conhecendo esta semana uma escultura do escultor Luiz Ferrer e me interessei bastante, assim como me preocupei com às condições de exposição em que se encontra, precisando de cuidados,  de manutenção de  suporte e limpeza da própria peça. Muito provavelmente falta mais aprofundamento do valor da peça pelos atuais curadores. Enfim, se possível, pediria o WhatsApp do Pedro Ferrer,  para informar mais detalhes sobre a peça. Possivelmente ele não tem ainda conhecimento dessa escultura.

kleber Moreira – internauta. 

 

Leônidas da Silva, o “homem-borracha” – por @historia_em_retalhos.

Seduzida pela fama alcançada pelo melhor jogador e artilheiro da Copa do Mundo de 1938, a Lacta resolveu rebatizar um de seus produtos, nascendo, aí, um dos chocolates mais populares do Brasil: o Diamante Negro.

Este pode ser considerado um dos primeiros passos do marketing esportivo brasileiro.

Por 2 milhões de réis (aproximadamente, R$ 2 mil hoje), Leônidas da Silva cedeu definitivamente à marca os direitos sobre o seu apelido.

O ex-atacante, autor de 37 gols em 37 partidas pela seleção brasileira, também foi rosto de marcas como Kolynos, Emagrina, cigarros Sudan e teve uma linha de relógios que levava o seu nome.

Àquela época, ao lado de Getúlio Vargas e do cantor Orlando Silva, o jogador era uma das três pessoas mais conhecidas e reverenciadas do país.

Porém, o racismo também foi implacável com o inventor do gol de bicicleta.

Apesar de todo o talento com a bola nos pés, Leônidas não escapou da sanha racista que persiste no esporte até hoje.

Era um afronta que um jogador negro frequentasse espaços considerados da elite e fosse garoto-propaganda de diversas marcas.

Quando atuava pelo Flamengo (1942), chegou a ser preso, por oito meses, por razões até hoje pouco claras.

No mundial de 1938, na semifinal contra a Itália, a surpresa: o craque fora mantido no banco.

Carece de provas, mas há uma corrente que diz que o Brasil foi eliminado naquele jogo porque o técnico Ademar Pimenta teria sido subornado pelo governo fascista de Mussolini, para não escalar Leônidas, por ele ser o melhor jogador e ser negro.

Até hoje, essa e outras dúvidas pairam no ar.

O “homem-borracha” viveu até os 90 anos, falecendo em 2004.

Deixou como legado uma história riquíssima e a lembrança de ter sido um dos maiores jogadores da história, abrindo as portas para as futuras estrelas não brancas do futebol brasileiro, como Garrincha e Pelé.
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Aconteceu a 20ª edição do BLIZZARD OF ROCK….

Atravessando topo tipo de “tempestade”, nas duas últimas décadas,  o evento pilotado pelo “Dinossauro” do Rock antonense, professor Cristovam, chegou em sua 20ª edição. Já sublinhado no calendário pernambucano como um importante encontro da cena do Rock In Roll  o BLIZZARD OF ROCK  congrega atrações locais e regionais.

Com público cativo, o referido evento ocorreu na noite do último sábado (12), na casa de eventos “Espaço de Ouro”, e contou com “tribos” de várias cidades. Portanto, mais uma vez, parabéns ao amigo professor Cristovam pela devoção e amor à causa do Rock In Roll.

Buenos Aires, na Argentina/Recife – por @historia_em_retalhos.

Já imaginou sair de Buenos Aires, na Argentina, a pé, para o Recife, percorrendo uma distância de mais de 4.536km?

Pois é!

É isso o que está fazendo, neste exato momento, um grupo de peregrinos, com previsão de chegada na capital pernambucana no próximo dia 15 de agosto.

O objetivo da caminhada é refazer o caminho que o escravo Manoel percorreu em 1630, quando saiu de Pernambuco levando consigo uma imagem da Imaculada Conceição, que se tornaria a Virgem de Luján, padroeira da Argentina.

Negrito Manoel, como é popularmente conhecido, foi um escravizado trazido de Cabo Verde para Pernambuco, seguindo depois para a Argentina, com o navegador português André João.

Às margens do rio Luján, Manoel testemunhou aquele que teria sido o primeiro milagre da Virgem, ao possibilitar que bois puxassem um carro que se mostrava absolutamente imóvel.

Daí em diante a relação de Manoel com a sagrada imagem foi intensa, por longos 56 anos, durante os quais, segundo a tradição, ungia enfermos com o óleo da lamparina da santa, devolvendo-lhes a saúde.

Ele foi reconhecido Servo de Deus pelo Vaticano e esta peregrinação busca, dentre outras coisas, pedir a graça da sua canonização.

O prédio onde descansam os seus restos mortais está a 50 metros da atual Basílica e, por decreto, em 1989, foi declarado “Lugar Histórico Nacional”.

Já a Virgem de Luján continua muito venerada na Argentina, sendo considerada a “Mãe da Pátria”.

Agradecemos à querida amiga @anna_dbsm, por nos ter trazido esta interessantíssima informação, de caráter histórico e religioso, oportunidade em que também parabenizamos o Consulado da Argentina no Recife @consuladoargentinorecife, pelo trabalho desenvolvido.

Sejam bem-vindos ao Recife os peregrinos da Virgem de Luján!
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6ª Festa da Saudade – Orquestra Supe OARA – 19 de agosto – Clube O Leão.

Dobrando a curva da última semana, no sentido da realização da 6ª Edição da Festa da Saudade, evento dançante que acontecerá no Clube Abanadores “ O Leão”, na noite do sábado,  19 de agosto, vale informar que teremos duas atrações musicais:

A partir das 22h,  a Banda Vintage Soul executará os clássicos do Rock internacional e nacional. Já a partir das 23:45h, a internacional Orquestra Super OARA, comandada pelo sempre animado Elaque Amaral,  subirá ao palco fazer o chamado “Baile Show”, ou seja: de tudo um pouco – passando por todos os ritmos….

Com um público já bem cristalizado, o referido encontro dançante reúne um conjunto de pessoas que aprecia as boas músicas românticas e que gostam de dançar a noite toda! Por mais um ano,  a 6ª Festa da Saudade tem como patrocinador exclusivo o Engarrafamento Pitú.

SERVIÇO:

Evento: 6ª Festa da Saudade.

Local: Clube Abanadores “O Leão”.

Data: 19 de agosto.

horário: a partir das 21h. 

Vendas de Mesas e Camarotes: Pilako – 9.9192.5094. 

Rotary Clube da Vitória promove mais uma ação humanitária – SOS MÃOS!

Articulada mais uma vez pelo Rotary Clube da Vitória de Santo Antão será realizada em nossa cidade a 42ª Missão SOS MÃOS  Recife. O evento, de caráter humanitário, se propõe à realização de cirurgias em crianças com algum tipo de deformidade congênita ou sequelas provenientes de traumas.

O processo de triagem terá inicio no próximo dia 11 dia de agosto,  na sede do Rotary Clube ( bairro do Livramento),  e as intervenções cirúrgicas acontecerão nos dias 02, 03 e o4 de novembro no Hospital SOS MÃOS, localizado na capital do Estado.

Essa é a 2ª ação humanitária que acontece na nossa cidade que conta com a coordenação geral do renomado doutor Rui Ferreira que, entre outros,  possui  em  sua equipe uma médica com origem familiar antonense, ou seja: neta do também médico  – que marcou época na nossa cidade e virou nome de bairro – Doutor José Leal. Eis ai, portanto, mais uma boa ação do Rotary Clube da Vitória.

 

 

Paulo Câmara: PARABÉNS E VAIAS PARA O SENHOR………

No último de 02 de agosto completou um ano que o então governador Paulo Câmara visitou o Instituto Histórico e Geográfico da Vitória. Naquela ocasião, juntamente com toda sua comitiva, após percorrer os espaços do museu da “Casa do Imperador”, disse ele: “a gente ao visitar aqui o museu e ver o trabalho que está sendo feito,  tanto na parte histórica como na geográfica,  de Vitória, a gente fica muito feliz em saber que tem pessoas muito comprometidas com essas tradições e que mantém aqui esse espaço. Eu recomendo a todos…….”

Lembremos, também, que hoje, dia 08 de agosto de 2023, o doutor Paulo Câmara, atualmente presidindo o Banco do Nordeste, deverá receber muitas felicitações em função da passagem de data natalícia. Ou seja: o ex-governador nasceu em 08 de agosto de 1972, portanto, chegando aos 51 anos de idade, hoje. Parabéns para ele. Vida longa ao ex-chefe do nosso estado.

Pois bem, na ocasião, ocorrida no inicio do mês de agosto de 2022, provocado – no bom sentido da palavra -,   o então governador Paulo Câmara, diante da diretoria do IHGVSA, dos políticos locais, da sua comitiva e de todos os presentes, se comprometeu, ainda na sua gestão, com recursos do governo, para patrocinar um elevador ao sodalício antonense. Inclusive, se disponibilizando inaugura-lo, no mês de novembro (2022), no contexto do aniversário da referida instituição.

Animada e segura de que a palavra do então governador Paulo Câmara seria cumprida, a diretoria do IHGVSA seguiu para o Palácio do Campo das Princesas levando toda documentação para celebrar  o convênio. Após muitas ligações, idas e vindas, o tão sonhado elevador, que  proporcionaria  dignidade, cidadania  e respeito às pessoas com algum tipo de dificuldade de locomoção, não chegou. Mas o sonho continua…..

Portanto, nesse importante dia para o doutor Paulo Câmara, parabéns e vaias,  num só tempo,   para o senhor…….

1ª Feira de Agosto – a tradição continua….

Por mais um ano, marquei presença na tradicionalíssima 1ª Feira de Agosto. O referido evento se configura numa das mais antigas manifestações econômicas da nossa terra. No tempo pretérito o encontro era marcado por atividades comerciais ligadas a chamada indústria canavieira.

O tempo passou e os engenhos de cana perderam protagonismo, mas o encontro regional manteve sua força pulverizando o foco do evento. É possível dizer que hoje pouco existe da sua essência. Aliás até o nomenclatura – 1ª Feira de Agosto – vem sendo descaracterizado.

Mas independente de tudo e todos, a 1ª Feira de Agosto da Vitória de Santo Antão  é um patrimônio imaterial da nossa cidade e como tal deve ser fomentado e prestigiado. O mesmo aconteceu no último sábado (05), no Parque Joaquim Rodrigues de Lira.

Dom Fernando Saburido: Ação de Graças pelo pastoreio……

Na qualidade de pároco da Matriz de Santo Antão e vigário episcopal do Vicariato Vitória, o monsenhor Josivaldo Bezerra, juntamente com toda comunidade católica antonense comemoraram a Celebração Eucarística em Ação de Graças a Deus pelo pastoreio (duração de 14 anos) Bispo da Arquidiocese de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido.

O encontro religioso ocorreu na noite do feriado municipal – 3 de agosto – na Matriz de Santo Antão. Com origem em Jussaral – Cabo de Santo Agostinho -,  Saburido, de uma forma ou outra, sempre esteve ligado a nossa Vitória de Santo Antão. Além do título de cidadão vitoriense, recebido há 2013, o mesmo iniciou sua vida religiosa, como acólito, na Igreja Nossa Senhora do Livramento.

Portanto, próximo de deixar sua missão pastoral, em função da idade, ao que parece, essa foi a sua última visita oficial – no cargo –  nas  terras  de Santo Antão.

Lampião e o Promotor – por @historia_em_retalhos.

Durante o ciclo do cangaço, raríssimas eram aquelas pessoas que ousavam escrever qualquer coisa que falasse mal dos cangaceiros.

Pior ainda, se esse cangaceiro fosse Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião.

Vaidoso, ególatra e impiedoso, Lampião não aceitava ser contrariado.

Para quem o fizesse, a resposta seria a morte.

Pois bem.

Em 1934, o promotor de justiça Manuel Cândido (foto) publicou o livro “Fatores do Cangaço”, enquanto atuava na cidade de São José do Egito/PE, desnudando as arbitrariedades praticadas tanto pelos cangaceiros quanto pelas volantes.

Por um acaso do destino, um exemplar da obra caiu nas mãos de Lampião, que não gostou do que leu.

Estava sacramentado: a partir daquele momento, a vida do promotor estava sob risco.

Poucos meses depois, quando seguia para Água Branca/AL, Manuel Cândido deu o enorme azar de estar dentro de um caminhão que foi interceptado por Lampião.

Ao reconhecer o autor da obra, Virgulino determinou que descesse do veículo e o acompanhasse para uma conversa.

– “Doutor, cadê o livro que o senhor escreveu sobre Lampião? Está aí?”, indagou o cangaceiro.

– “Está, capitão!”, respondeu o promotor.

– “Então, doutor, o senhor vai lê-lo agorinha mesmo!”

Inteligente e sabedor da pouca intimidade do cangaceiro com as letras, o promotor adotara a seguinte estratégia: pulara os trechos que criticavam Lampião e caprichava na leitura dos parágrafos que falavam mal das forças volantes.

Ao perceber a artimanha, Lampião ficou furioso e ofereceu ao promotor duas opções: ou comia página por página do livro, ou se deixaria sangrar pela ponta de um punhal.

E agora?

Acreditem: o safo promotor conseguiu escapar.

Anos depois, ele narrara que a única saída que lhe restou foi tentar sensibilizar Maria Bonita, esposa de Lampião.

Para tanto, ele afirmara que o seu pavor não era da morte, mas de deixar a sua filhinha de 6 anos sem ter quem a sustentasse.

– “Lampião, garanta o doutor, pois eu só me lembro de minha filha”, ponderou a Rainha do Cangaço.

O capitão atendeu ao pedido da esposa, mas fez o promotor prometer que, no caso de uma nova edição da obra, corrigiria as passagens “erradas”.
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Instituto Histórico promoveu Cerimônia Solene dedicadas aos 378 anos da Batalha das Tabocas.

O  Instituto Histórico e Geográfico da Vitória de Santo Antão promoveu na noite da quarta-feira (02), véspera do feriado municipal do dia 03 de agosto, Cerimônia Solene em Comemoração aos 378 anos da épica Batalha das Tabocas.

Com a casa lotada de convidados e autoridades, o evento proporcionou uma noite memorável a todos os presentes. Na pauta, além da brilhante palestra proferida pelo jornalista José Edalvo –  “A Importância de Tabocas Para Vitória” – ocorreram condecoração, aposição de fotografias, tomada de posse de novo sócio, apresentação musical e um coquetel.

Registramos como ponto alto de emoção, as homenagens realizadas aos antonenses, já falecidos, Ovídeo de Melo Verçosa Filho e Severina Andrade de Moura, respectivamente.

Fundado em 1950, o nosso Instituto Histórico, entre outras atribuições,  se configura no guardião das melhores práticas de celebração à memória das tradições da nossa gente. Portanto, Viva o Monte das Tabocas! Viva o Instituto Histórico!

Este é Luiz de França – por @historia_em_retalhos.

Se você não o conhece, vou te apresentar.

Nascido em 1.º de agosto de 1901, na rua da Guia, Bairro do Recife, Luiz de França foi uma figura de resistência e o principal líder do maracatu de baque virado, principalmente da Nação do Maracatu Leão Coroado, onde foi mestre por mais de 40 anos.

Conta-se que a Nação do Maracatu Leão Coroado foi fundada em 1863 por ex-escravos e tinha como um de seus diretores o pai de Luiz de França.

Após assumir o Leão Coroado, na década de 1950, o mestre viveu apenas para o maracatu, até a sua morte, em 1997.

Luiz de França era mais do que um Babalorixá: era um Oluô, que, na língua iorubá, significa “sacerdote máximo”.

Ele tinha plena consciência da importância do Leão Coroado como patrimônio cultural do Recife e sempre batia de frente com os órgãos públicos, tecendo críticas à pouca verba destinada aos maracatus tradicionais.

Orgulhava-se de ter o único maracatu a nunca ter ido parar em um museu, em mais de cem anos de existência.

Para ele, os objetos sagrados do maracatu serem recolhidos a um museu não significava a sua preservação.

A preservação somente aconteceria colocando o maracatu na rua, todo ano, todo carnaval.

E foi isso o que fez.

Em reverência à sua luta e à sua memória, o dia 1.° de agosto foi instituído como o Dia Estadual do Maracatu, pela Lei n.° 11.506/1997.
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Marselhesa – por @historia_em_retalhos.

Por que a Marselhesa, um dos hinos mais famosos do mundo, recebe a desconfiança de atletas consagrados?

A atitude é um protesto silencioso contra aquilo que alguns consideram a xenofobia presente na letra da canção.

Em verdade, a crítica remete à história do hino nacional.

Isso porque a Marselhesa é um hino de guerra.

Foi criada em 1792 e popularizou-se durante a Revolução Francesa, especialmente entre as unidades do exército de Marselha, daí porque ficou conhecida como “A Marselhesa”.

O hino é uma exortação militar aos soldados que combatiam na fronteira do país e fala em “combate aos estrangeiros”.

Diz a letra:

“Às armas, cidadãos / formai vossos batalhões / marchemos, marchemos! / Que um sangue impuro / banhe o nosso solo.”

Para muitos, a expressão “sangue impuro” é interpretada como uma referência aos imigrantes e seus filhos, cujos direitos civis vêm sendo cada vez mais ameaçados com a ascensão de grupos de ultradireita na França.

Em um passado recente, o ultraconservador e presidente de honra do partido Frente Nacional, Jean Marie Le Pen, sugeriu que o atacante Karim Benzema (foto) não fosse mais convocado para a seleção francesa por não cantar o hino nacional.

Em sua fúria contra aqueles que não considera “os verdadeiros franceses”, Le Pen chegou a exigir, em 1998, que não fossem convocados à seleção jogadores negros ou de origem árabe.

A colocação é um acinte.

É justamente a essa geração Black-Blanc-Beur (negros, brancos, árabes) que o futebol francês deve os seus principais triunfos no futebol mundial.

Existe atualmente na França uma organização chamada “La Nouvelle Marseillaise”, que defende a alteração da letra para tornar o hino mais apropriado à França moderna, pacífica, multicultural e multiétnica.
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Mulheres na vida e na arte plural de Burle Marx – por Marcus Prado.

 

Neste 4 de agosto comemora-se o aniversário de nascimento de Roberto Burle Marx (1909-1994), o mais influente paisagista do seu tempo, precursor do que se entende de modernismo nesse campo no Brasil, pelo legado de uma nova identidade dessa arte em nível internacional. Sua fama chegou a ser elogiada, pelo pioneirismo de um novo estilo e de uma nova estética do urbanismo, por grandes vultos internacionais, como o celebrado Le Corbisier.

Muito já foi dito nas suas biografias, em numerosos ensaios sobre a sua obra, como pintor e paisagista, referência dentro e fora do Brasil, sobre a facilidade com que manipulava as duas vertentes de criatividade. Diversos estudiosos da obra paisagista de Burle Marx apontam nele o surgimento de uma imposição das formas sobre o olhar do passeante sem precedentes na arte dos jardins. Era a marca da sua genialidade.

Nessa data, quero lembrar mulheres que se tornaram amigas e exerceram grande influência sobre Burle Marx. A primeira, no despertar da sua vocação, foi a mãe, pernambucana do Recife, Cecília Burle, de origem francesa, que o fez amante da natureza, das flores, um iniciado no campo do piano, da pintura e do canto lírico; que o tornou aprendiz e estudioso de mais de um idioma. Depois, foi a alemã de Berlim, Erna Busse. A história começou com chegada do jovem Burle em Berlim, para onde havia sido levado por seu pai, Willheim Marx, judeu alemão nascido em Estugarda e criado em Tréveris (tinha parentesco com Karl Marx), para tratamento de saúde. O pai contratou uma governanta para o menino, a jovem e bela Erna Buss. Na fagulha do primeiro olhar, na troca inicial de abraços, aconteceria o inesperado. Ela teria visto, no perfil do jovem brasileiro, a reencarnação do noivo, morto em campo de batalha, na Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Nasceria nesse instante uma amizade pelo filho de Cecilia, vista somente nos versos dos poetas românticos do cânone universal. Era adepta do budismo, acreditava na reencarnação, no “eterno retorno”, um dos mais intrigantes e misteriosos temas da filosofia de Friedrich Nietzsche, na primeira versão do seu quarto livro, que possui o título: A Gaia ciência.

Todos os desejos de Burle Marx, na vida cultural da cidade, seriam realizados. Juntos, visitavam teatros, museus, exposições de Manet, Monet, Renoir, Picasso, Paul Klee, Matisse, dos expressionistas alemães. Naquelas visitas Burle Marx receberia o impacto de Van Gogh. Eram vistos com mais assiduidade no Neuköllner Operarl-Marx-Straße, na Ópera Alemã, na Bismarckstraße, na Gemaldegalerie, no Gropius Bau (Construído por Martin Gropius, mas Burle Marx não teve nada de dadaísta, me parece sempre mais um Paul Klee). Finalmente, no Botanischer Garten und Botanisches /Museum Berlin-Dahlem, jardim botânico de 43 hectares com as suas 22 mil espécies de plantas. Foi ali, com Erna, que nasceria a decisão de Burle Marx dedicar a sua vida ao paisagismo. Pode-se dizer que a semente do Jardim das Vitórias Régias, de Casa Forte, sua obra inaugural no Brasil, nasceu no Jardim Botânico de Berlim. (Minha sensação, quando estive em visita a esse talvez mais famoso jardim botânico do mundo).

A terceira mulher e grande amiga de Burle Marx, na sua maturidade gloriosa e fama internacional, foi a arquiteta pernambucana Janete Costa. A que mais influência exerceu, (na troca de impressões, sugestões, ideias), nos projetos de Burle Marx. Janete e Acácio Gil Borsoi foram como dois irmãos para Burle Marx. (Um dos ambientes mais belos do atelier e galeria do artista, na Barra, foi de autoria do casal Janete e Acácio). Não havia um só projeto de grande porte sem que houvesse o olhar opinativo de Janete.

Entre as pernambucanas amigas de Burle Marx pintor destaco a presença da galerista Bethe Araruna. Ela aceitou o desafio do artista para ser a sua representante oficial no Recife. Tornou-se amiga, figurando no seleto grupo dos que frequentavam a casa do sítio Barra de Guaratiba, na Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro, nos famosos almoços, que reuniam celebridades da vida cultural carioca.

Marcus Prado – jornalista. 

Abelardo da Hora – por @historia_em_retalhos.

Se ainda estivesse entre nós, Abelardo da Hora completaria, hoje, 99 anos.

Não há um único cidadão que, andando pelas ruas do Recife, nunca tenha se deparado com alguma obra deste artista.

Escultor, desenhista, gravador, pintor e ceramista, Abelardo da Hora foi um homem à frente do seu tempo, precursor das artes plásticas em Pernambuco, influenciador de várias gerações.

Suas obras sempre revelaram preocupação social, tendo se notabilizado também pelo estilo próprio com que retratou a temática da mulher, com linhas e curvas inconfundíveis.

Para alguns, teria recebido influência da obra do pintor modernista Cândido Portinari.

Fundou a Sociedade de Arte Moderna do Recife, o Movimento de Cultura Popular e o Ateliê Coletivo.

Deste último (1952), participaram nomes como Gilvan Samico, José Cláudio, Wellington Virgolino e Aloísio Magalhães.

Uma curiosidade é que Abelardo era irmão do grande cantor de carnaval Claudionor Germano.

Além da arte, também teve participação na política, como membro do PCB, até o golpe de 1964, tendo sido figura destacada no processo de redemocratização do país.

Outra particularidade é que foi dele a iniciativa para a aprovação da Lei n° 14.239/80, que prevê a colocação de obras de arte em áreas construídas com mais de 1.000m², transformando o Recife em uma grande galeria a céu aberto.

Em outubro de 2018, a família divulgou uma carta em que esclarecia que todo o acervo pessoal de sua obra, avaliado em R$ 11 milhões, havia sido doado ao estado vizinho da Paraíba, a despeito de ter sido oferecido nas mesmas condições ao estado de Pernambuco.

Ficamos felizes pela aquisição por nosso estado irmão da PB, mas é difícil não se fazerem algumas indagações:

– seria algo tão impossível de conceber que a casa na Rua do Sossego, onde ele morou, poder-se-ia transformar em um memorial, acondicionando as suas obras para os turistas e, especialmente, para as futuras gerações?

– teria o estado de PE dado a Abelardo da Hora o reconhecimento que ele tanto merecia?

As perguntas pairam no ar, até hoje, no imaginário dos seus admiradores.

Mas a sua obra é perene e atemporal.

Abelardo é de todas as horas!
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