O MISSAL – por Marcus Prado.

NA MINHA AGENDA, levando o meu equipamento de iluminação e câmeras, vou fotografar uma autêntica relíquia histórica existente no Brasil: as letras capitulares de um MISSAL do início do século 18, existente nesse Seminário que tem uma rica história no ensino não só religioso do Brasil, na época do Império. O MISSAL é belíssimo, Foi impresso em Roma.

Marcus Prado – jornalista. 

OAB Vitória promoveu evento para alertar sobre os limites nas redes sociais.

Convidado pela Comissão de Direito à Cidadania da OAB – subseção Vitória de Santo Antão, compareci, na tarde de ontem (21),  ao prédio da entidade. O evento, que ocorreu no auditório da referida instituição, teve como abordagem central o seguinte tema: “Princípio da Impessoalidade X Limites dos Agentes Públicos nas Redes Sociais Institucionais”.

Compartilhando conhecimentos e provocando reflexões os  professores Marcelo Labanca e Helder Oliveira, de maneira simples e objetiva, navegaram no oceano de possibilidades que bem reflete o dinamismo das redes sociais. Aliás, já dizia o velho garreio, Chacrinha: “quem nãos se comunica, se trumbica”.

Jogando luz nos rigores da lei que regem os princípios da administração pública, dentre os quais publicidade e impessoalidade, os palestrantes, entre outras questões, deram tonalidade aos limites que cabem às redes sociais institucionais,  como também aos agentes púbicos no uso das suas redes privadas.

A plateia, basicamente formada por operadores do direito, certamente ficou estimulada a pesquisar e se aprofundar nessa temática palpitante e atualizadíssima, Mesmo sendo convidados a participarem, com algumas exceções,  os representantes das prefeituras e casas legislativas dos municípios que estão na circunscrição da OAB Vitória receberam falta. Uma pena!

o jóquei Frank Hayes – por @historia_em_retalhos.

Há 100 anos, em 4 de junho de 1923, o jóquei Frank Hayes disparava pelos portões do Belmont Park, em Long Island, Nova York, EUA.

Ele e a sua égua, Sweet Kiss, chegaram em primeiro à linha de chegada.

Mas, nem tudo estava bem.

Durante a corrida, Hayes teve um ataque cardíaco e morreu.

O que aconteceu?

Quando a égua cruzou a linha de chegada, ficou evidente que Frank estava mais do que apenas “relaxado”: o jóquei caiu da sela, sem vida.

Mais tarde, foi esclarecido que Hayes havia morrido de insuficiência cardíaca logo após Sweet Kiss assumir a liderança.

O New York Times especulou que o coração do jóquei havia parado como resultado de um treinamento severo para perder peso, associado à emoção de vencer a sua primeira corrida.

Uma semana depois de sua morte, Hayes foi enterrado com o mesmo uniforme que usava na sua primeira e única vitória.

De luto pelo incidente, o Jockey Club de Belmont renunciou a todas as regras e, assim, oficializou a vitória de Hayes.

Esta decisão tornara-o o único jóquei a vencer uma corrida já falecido.

Na verdade, é o único registro na história do desporto mundial de uma competição ter sido vencida por alguém morto.

A égua Sweet Kiss nunca mais correu e acabou ganhando o apelido de “Sweet Kiss of Death” (“doce beijo da morte”).

Poucos sabem, mas a história de Hayes e Sweet Kiss virou até canção.

A banda Drift Mouth gravou “The Ballad of Frank Hayes”, cuja letra diz que o cavaleiro “saiu dessa vida nas sombras da tarde, curtindo o passeio.”
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Rachel de Queiroz, Nestor de Holanda e eu – por Marcus Prado

OS PROFESSORES Ormindo Pires Filho e Luzilá Gonçalves Ferreira, do Curso de Doutorado em Letras da UFPE, meus queridos amigos, deram-me a grata incumbência de pronunciar palestra de saudação a Rachel de Queiroz no I Congresso de Literatura Nordestina que eles coordenaram com notável êxito. Eu estava na Inglaterra quando recebi a comunicação e Rachel de Queiroz curtia breves férias no inverno frio de Jersey, a maior das ilhas do Canal da Mancha, a 160 km de onde eu estava, ao sul da costa inglesa, e somente a 19 km da costa norte da França. Não deu outra: consegui às pressas um lugar numa aeronave da Aurigny air Services (Aurigny é ao antigo nome francês da ilha de Alderney, sendo possivelmente menor território do mundo a se gabar de sua própria linha aérea “nacional”) e fui ao encontro de Rachel. (Se eu já tinha vontade de conhecer a ilha Jersey, miragem que me aparecia toda vez que eu atravessava o Canal da Mancha, eis que surgia uma oportunidade singular. Para o meu trabalho, era de extrema necessidade uma conversa com Rachel.). Foi um barato! Ao chegar na ilha francesa, a primeira coisa que fiz foi procurar a escritora que o Brasil inteiro ama e admira, de quem me tornei fiel leitor.

O GERENTE DO HOTEL , seguindo minhas instruções, ligou para o apartamento de Rachel, e disse: “Um amigo do “Cabo Iolando” está aqui, para avistar-se com a Senhora”. Rachel desceu com estranha alegria para receber o visitante inesperado. Agora é que vou contar porque a autora de “O Quinze” entrou nesta história de andar e ver.

FALAR DO “CABO IOLANDO” a Rachel de Queiroz era falar da Vitória de Santo Antão, que ela nunca conhecera, e das lembranças que ela guardava de um dos seus mais queridos amigos , o vitoriense Nestor de Holanda, sobrinho de Maria Belkiss, primo de Manuel de Holanda e José Aragão, e pelas afinidades sanguíneas, dos Holandas que nasceram na Vitória, os Holandas do lado de Manuel e os Holandas da casa de José Bonifácio. Escritor e jornalista famoso no Rio de Janeiro, onde viveu a vida inteira depois que deixou a Vitória e o Recife, sem esquecer jamais a sua terra natal, fonte de inspiração de vários livros, numerosas crônicas, romances e até peças de Teatro, Nestor era tratado por Rachel com o apelido de “Cabo Iolando”. Como veio esse apelido? Ele ficou conhecido assim, no quartel do exército e na sua autobiografia romanceada que atraia o interesse de Rachel. Acertados os detalhes do Congresso literário pernambucano, em que a romancista e “imortal” da ABL seria a grande homenageada, eis que a Vitória dos livros e crônicas de Nestor passaria a ser assunto dominante.

“E AS PITOMBAS, que Nestor chupava no pátio da feira, toda vez que voltava à cidade das suas emoções infantis, ainda são vendidas no lugar? E a casa onde ele nasceu, ainda existe? E os velhos sobrados da Rua da Baixinha, ainda estão com suas paredes em pé? E o rio Tapacurá, ainda inunda as plantações de hortaliças? E a pirâmide do Pátio da Matriz continua marcando a passagem do século? Que foi feito do sobrado da tia Martha de Holanda?

NUMA DAS RUAS da ilha Jersey, descubro, para minha surpresa e alegria, uma loja de objetos antigos com o nome de “Victoria” e , se não bastasse, vejo dentro dela um rádio tipo “olho mágico”, da marca RCA Victor, que me fez lembrar, de imediato, outros rádios desse mesmo tipo que eu via, no meu tempo de menino, nas casas amigas de Eurico Valois, de Fenelon, de Josué, marido de Dona Mocinha; do professor Aragão, de Zé Palito e Pedro Varela; de Lina Costa e Aníbal Celestino, de Serafim Moura. Para aumentar a saudade, parece que eu vi, naquela loja, o rádio que meu pai havia comprado na “Casa Rios”, e que seria levado para conserto, anos depois, na oficina de Ademar Miranda. Ainda ouço, quando ando sozinho, nas madrugadas vitorienses, o som desses rádios que só traziam notícias boas.

Marcus Prado – jornalista. 

2ª Missão Humanitária – processo de triagem acontece na próxima sexta-feira (22).

Articulada mais uma vez pelo Rotary Clube da Vitória de Santo Antão será realizada em nossa cidade a 42ª Missão SOS MÃOS  Recife.

O evento, de caráter humanitário, se propõe à realização de cirurgias em crianças com algum tipo de deformidade congênita ou sequelas provenientes de traumas.

Essa será a  2ª Missão Humanitária que ocorre em  nossa cidade e será, mais uma vez, comandada pelo bem  conceituado médico Rui Ferreira.

Nesse contexto, na próxima sexta-feira, dia 22, das 10h às 12h, acontecerá o processo de triagem dos pacientes na Sede do Rotary Clube da Vitória, localizada no bairro do Livramento. Portanto, se você conhece alguém que necessita desse tipo de procedimento informe sobre o evento – não deixe essa oportunidade passar.

Serviço:

Evento: 2º Missão humanitária (Rotary Clube da Vitória)

Processo de triagem: sexta-feira, 22 de setembro 2023

Horário: das 10h às 12h

Local: Sede do Rotary Clube da Vitória – bairro do Livramento.

O ano era 1990 – por @historia_em_retalhos.

No ano anterior, o Vasco da Gama havia sagrado-se campeão brasileiro com um time recheado de craques: Bebeto, Bismarck, Mazinho, Sorato, Zé do Carmo etc.

O elenco era tão bom que chegou a ser chamado de “SeleVasco”.

Com muita força, o Cruzmaltino partiu para a Libertadores, chegando às quartas de final.

Havia, porém, um detalhe: o clube carioca teria pela frente o Nacional de Medellín, time do folclórico goleiro Higuita, em um confronto marcado por muitos desafios, dentre eles, o medo.

Isso porque a cidade colombiana de Medellín era dominada pelo narcotráfico, sob o comando de Pablo Escobar (foto).

Naqueles anos sombrios, a Colômbia vivia a violência das drogas e do conflito entre traficantes, guerrilhas, exército e paramilitares, com reflexos no futebol.

Em 1989, por exemplo, o árbitro Álvaro Ortega foi assassinado por integrantes do Cartel de Medellín.

Esse evento macabro teve como consequência a suspensão do Campeonato Colombiano.

Pois bem.

Até hoje, não se sabe ao certo o que aconteceu com o árbitro da partida entre Vasco e Nacional de Medellín, o uruguaio Juan Daniel Cardelino, em 29 de agosto de 1990.

Segundo o assistente Otello Roberto, houve uma tentativa de suborno por parte de três homens, enquanto o trio de arbitragem tomava café da manhã.

Outra versão, porém, aponta que o juiz foi efetivamente vítima de coação, tendo sido ameaçado com um revólver na cabeça por pistoleiros ligados ao cartel local.

O jogo terminou 2 x 0 para o Nacional, mas Eurico Miranda, dirigente vascaíno, conseguiu a anulação da partida, tamanha era a sensação de medo.

Uma observação: Medellín, que já foi um dos piores lugares do planeta para se viver, hoje, é vitrine para o mundo.

A cidade foi completamente transformada pelo modelo de urbanismo pautado na injeção de cidadania e na cultura da paz.

O Recife tornou-se uma cidade conectada a Medellín, por meio da Rede Compaz, uma forte ferramenta de inclusão, que tem na pessoa do urbanista social @murilo.compaz o seu principal articulador.

Dedico este retalho de hoje ao nosso querido Zé do Carmo, ex-atleta e capitão do time do Vasco naquela quadra da história.
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Motoqueiros se manifestam contra as blitz em Vitória.

Num País democrático o povo é livre para se manifestar,  desde que não se utilize de armas e violência ou mesmo atente contra os princípios constitucionais. Dito isto, doravante, a meu juízo, tentarei jogar um pouco de luz nas mais recentes manifestações ocorridas por aqui,  no que se refere aos motoqueiros,  no sentido da insatisfação com as constantes blitz realizadas pela polícia militar em praticamente toda cidade.

O tema tem divido opiniões: de um lado os profissionais “das duas rodas” alegam dificuldades em cumprir com as obrigações (impostos) cobradas pelo Estado  para ficarem  aptos à circulação. Do outro, a polícia precisa fazer o seu trabalho e cumprir com o que determina as Leis vigentes.

Nessa linha tênue, pegando carona na polêmica, encontram-se os “sabidos” que compram/vendes  motos  – com as mais diversas irregularidade –  para todo tipo de demanda, sobretudo às vinculadas aos crimes (toda ordem). Aliás, não é raro em grupos de vendas/trocas no WhatsApp alguém postar motos disponíveis à venda,  dizendo: “é para rodar só na Zona Rural”.

Desde que o serviço de mototaxista chegou à nossa cidade, há cerca de 25 anos, que o mesmo ganhou a simpatia da população. Isto é:  oportunizou trabalho e renda para uma determinada faixa da sociedade e dinamizou o comércio de maneira geral. Mas também é verdade que nesse período, entre outras boas notícias, nosso lugar ascendeu, conforme dados do 17º anuário da violência, à 27ª cidade mais violenta do Brasil e ao 2º lugar no pódio estadual – Pernambuco. 

Aliás, sobre essa lastimável situação, não escutamos um “pio” sequer de qualquer autoridade local: prefeito, vice-prefeito, deputados, deputada, ex-prefeitos, ex-deputados e etc.  Até parece que nem tomaram conhecimento  dessa verdadeira “honraria municipal” – para não dizer o contrário…

Pois bem, tendo como fio condutor de toda essa polêmica (manifestação motoqueiros) o fato é que  os mototaxistas, que  prestam um serviço legitimo e essencial, há muito é uma classe que vem sendo usada e abusada pelos prefeitos de plantão.

Desde a primeira gestão do Zé do Povo ( lá em 2001) até os dias atuais, sob o comando do prefeito Paulo Roberto, que a bagunça no serviço de mototaxi é a mesma. Quando muito, os senhores prefeitos – foi assim com Zé do Povo, Elias Lira, Aglailson Júnior e Paulo Roberto – fazem um “oba-oba” para entregar-lhes uma bata/camisa com as respectivas marcas da gestão estampadas, fazendo dos mototaxistas uma espécie de outdoor ambulante.  Organização e proteção à categoria que seria  bom e necessário,  absolutamente nada!

Devemos salientar que, entre outros motivos,  foi essa bagunça reinante, ao longo de mais de duas décadas,  que propiciou o espaço perfeito para que os malfeitores se infiltrassem nesse segmento.

Hoje, em nossa cidade, segundo informações dos próprios motoqueiros,  praticamente metade deles “rodam” sem habilitação e muitos são de outras cidades, fazendo,  aqui,  sabe-se lá o quê….. Não é de se espantar quanto uma passageiro  sobe em uma  moto e pede para ir a um bairro qualquer quando,  de pronto,   o “motoqueiro” pergunta: “pra que lado fica?”

 

Portanto, se a polícia já entendeu que as motos em Vitória de Santo Antão se configura no epicentro da maioria dos crimes,  fazendo assim chegarmos ao 2º lugar do mapa da violência em Pernambuco, creditemos,  isso, em boa medida,  às omissões dos senhores prefeitos : Zé do Povo, Elias Lira, Aglaílson Junior e Paulo Roberto, cada qual com o seu respectivo  quinhão…..

O historiador Mestre Aragão – por Marcus Prado.

PASSO COM GRANDE respeito e simpatia pelos arquivos públicos de Olinda e Recife. Mas devo estimar com serenidade o que nos diz Karl Popper, quando o mestre sentencia que nenhum historiador aceitará acriticamente o testemunho dos documentos. “Há problemas de autenticidade, há problemas de tendenciosidade e há também problemas como o da reconstituição de fontes mais antigas. (…) Mas este não é um dos problemas característicos de um historiador. Ele pode preocupar-se com a fidedignidade de um relato, mas raramente se preocupará com saber se o autor de um documento foi ou não testemunha ocular de um acontecimento em causa (…)”. Karl Popper – Conjecturas e Refutações, pag. 69, editora 70, Lisboa).

AO FAZER este registro, louvo a memória exemplar do historiador José Antônio Gonsalves de Mello, considerado o maior estudioso da presença flamenga no Brasil, que muito contribuiu para a história do período holandês das duas cidades, e a lembrança, para sempre, do historiador Olímpio Costa Junior. Ele deu ao Arquivo Público Estadual o máximo da sua competência de organização e zelo pelo seu rico acervo.

OUTRO EXEMPLO de dignidade na pesquisa, rigoroso na prospecção de documentos históricos, vem de Vitória de Santo Antão: refiro-me ao mestre JOSE ARAGÃO.

Marcus Prado – jornalista 

Surpresa e Sedução na obra romanesca de Raimundo Carrero – por Marcus Prado.

Werner Wilhelm Jaeger (1888-1961), filósofo, filólogo e classicista alemão, na sua obra monumental, Paideia (Editora Martins Fontes), sobre o legado e a formação do homem para a pólis, na Grécia Antiga, exercício de liberdade na busca de dar forma ao humano que está em nós, nos diz, em numerosas passagens, sobre um personagem do escol da sabedoria ática. Ninguém, ao aproximar-se dele e da herança da sua inteligência criadora, podia furtar-se à atração do seu espírito não só pessoal. O pernambucano da cidade de Salgueiro Raimundo Carrero faz parte desse conjunto de atitudes que chamamos de ética. Tem sido, para os da sua geração, uma graduação de adjetivos; como pessoa humana, jornalista e escritor; como dirigente de organismos culturais, por sua dedicação ao ensino e formação literária de novas vocações. Posso dizer, baseado num convívio de trabalho, que tivemos, durante mais de duas décadas, no Diario de Pernambuco, que nunca tive notícia de ninguém encolher os ombros com indiferença diante da trajetória profissional de Carrero.

Sobre um aspecto, entre vários, a ser visto na obra desse autor, no que é fruto aliciante do criar, aponto a preocupação do divino, a palavra Alma, como vindo, penso eu, das suas leituras da Bíblia, das prédicas protrépticas de Sócrates. Um devir, fruição estética e espiritual dos místicos, dos autores metafísicos do século 17, até o contemporâneo.

Se eu quisesse resumir em breves palavras, a impressão que guardo da Ficção de Carrero, eu diria que a sua obra reúne, num só bloco e unidade, como se acha agora reunida, o fenômeno Surpresa & Sedução, não há antítese nisso, a dor dos limites e da finitude, qual pele rasgada e recosturada em crostas metálicas. No diálogo preliminar do Plotágoras de Platão, a exortação da Sedução está presente. Como vejo em Machado de Assis (Dom Casmurro), um jogo sutil de Surpresa & Sedução, mas ele o faz de maneira singular. As personagens e espaços, vidas construídas por Raimundo Carrero, dariam em pormenor um grande painel, perduram irremovíveis na memória do leitor. É impossível iniciar uma apreciação teórica sobre personagem de Ficção de qualquer época sem voltar o olhar para a Grécia Antiga. Os componentes físicos da obra romanesca de Carrero não escapam dessa fruição. Para tanto, basta ler o relato ensaístico de José Castelo.  Trata-se de uma chave para o entendimento dos enigmas, símbolos, espaços imaginados e a forma discursiva desse ficcionista, sobre o conjunto variado dos vultos humanos que povoam essa obra, os seus parentescos textuais.

Posso dizer que vi nascer o primeiro livro de Carrero: A história de Bernarda Soledade – A tigre do sertão (1975).  Depois vieram novos sucessos: As sementes do sol – O semeador (1981), A dupla face do baralho – Confissões do comissário Félix Gurgel (1984), Sombra severa (1986), Viagem no Ventre da Baleia (1987), Maçã agreste (1989), Sinfonia para vagabundos (1992), Extremos do arco-íris (1992), Somos pedras que se consomem (1995). Depois vieram: As sombrias ruínas da alma (1999), Ao redor do escorpião…uma tarântula? (2000), O Senhor dos Sonhos (2003), O Amor não tem bons sentimentos (2008), Minha alma é irmã de Deus (2010) (Aqui o romancista encontra-se no ápice de sua carreira), Seria uma sombria noite secreta (2011), Tangolomango (2013), Romance do Bordado e da Pantera Negra (2014) – em coautoria com Ariano Suassuna, O senhor agora vai mudar de corpo (2015), Condenados à Vida (2018), Colégio de Freiras (2019).

Quando o coro de Prometeu, do divino Ésquilo, diz que só pelo caminho da dor se chega ao mais elevado conhecimento, chego a imaginar e dar razão a Raimundo Carrero. A escrita dos seus mais recentes livros, pela coragem, foi toda sob os desígnios de Zeus.

Marcus Prado – jornalista. 

Deputados e vereadores: um festival de maus exemplos…..

Faltando praticamente um ano para as eleições municipais (2024) uma nova “minirreforma” eleitoral segue em curso no Congresso Nacional. Para algumas excelências, apenas alguns ajustes. O curioso é que no bojo dessas modificações seguem uma penca de vantagens para eles, ou seja: um flagrante da famosa frase que diz  “legislando em causa própria”.

São por essas e outras que as nossas “Casas Legislativas”, nas três esferas do poder, patinam quando  o assunto é respeito da população – amargam os piores índices de aprovação popular. São votações para todos os gostos:  afrouxamento das regras de controles, compras e serviços para “inglês ver” e tudo mais que proporcione  vantagens para suas excelências meterem a mão no dinheiro  sagrado do contribuinte.

Apenas como mais um péssimo exemplo dos nossos legisladores (municipais) –   esse bem pertinho da gente –  os vereadores da Vitória, em determinada ocasião,  aprovaram  uma Lei que isenta-os de pagamento do estacionamento da zona azul. Ou seja: privilégio puro….

Além de tantos outros maus exemplos de uso do poder lhes conferido pelo voto popular, na primeira legislatura da atual composição da Casa Diogo de Braga anteciparam a eleição da mesa de diretora da Casa com bastante antecedência. Isto é: a quem interessa uma ação  dessa natureza  se não aos próprios interesses ocultos do varejo da política?

São por essas e outras que o velho adágio popular segue sempre em evidência: “cada povo tem o governo que merece…..”.

Comemoração em Vitória pelo Dia Nacional do Frevo!

Para celebrar o dia nacional dedicado ao Majestoso Frevo,  ocorrido ontem, 14 de setembro, em nossa cidade, os amantes do ritmo genuinamente pernambucano reuniram-se, por volta das 19h,  próximos à sede da ACTV, localizada no bairro do Livramento e depois ganharam as ruas centrais da nossa cidade.

Animando a turma,  as orquestras de frevos (Ciclone, Venenosa e Juntos e Misturados) lideradas pelos seus respectivos maestros, executaram as músicas mais tradicionais da nossa folia maior – O Carnaval. Por lá, na folia, além dos foliões, passaram diretores de agremiações, políticos e curiosos. Viva o Dia Nacional do Frevo!

Plano Nacional de Vacinação – Vitória em situação “crítica”…

Um conjunto de comemorações está celebrando os 50 anos do PNI – Plano Nacional de Imunização. “Tomar vacina”, desde que me entendo por gente, sempre foi um ato natural e de muito desejo por parte da expressiva maioria da população. Aliás, o Brasil tornou-se uma referência no mundo pela maneira eficaz como sempre tratou dessa questão.

É bom que se diga que toda gestão política/administrativa, ao final do “seu tempo”, produz pontos positivos e negativos. Sem querer adentrar no “balancete” do legado do governo comandado por Jair Bolsonaro podemos apontar como um dos piores problemas herdados do tempo aludido seja  justamente essa  descrença no processo vacinal. Bolsonaro, nessa questão, sempre será lembrado como uma figura que semeou uma espécie de praga,   num terreno, antes, fértil e produtivo.

Com efeito, podemos dizer que, entre outras questões, metade dos municípios de Pernambuco estão em  situação crítica ou grave,  em relação à execução do Plano Nacional de  Vacinação, segundo informações  do TCE – Tribunal Contas do Estado -, publicadas recentemente no G1 Pernambuco.

Nossa Vitória de Santo Antão, por exemplo, aparece entre os municípios com situação GRAVE, ou seja: numa nota de zero a 100, pontuamos com 65,34. Portanto, independente de quaisquer questões, nacionais, estaduais e até locais, precisamos avançar e retonar aos patamares satisfatórios, até porque VACINA É VIDA!

Dia Nacional do Frevo: lembremos do nosso Guilherme Pajé!!!

Hoje, 14 de setembro, comemora-se o Dia Nacional do Frevo. Na qualidade de um dos  “berços” da consagrada  festa  pernambucana (carnaval), já que a folia de momo antonense (agremiações organizadas)  teve origem nas últimas décadas do século XIX (1880), nada melhor do que comemorar esse momento revendo um dos muitos registros que fiz com o nosso amigo de infância, colega dos bancos escolares e profundo conhecedor do nosso patrimônio (frevo),  Guilherme Pajé, atualmente residindo na casa do pai e certamente ao lado dos grandes nomes que dedicaram sua vida ao Frevo Pernambucano. Veja o vídeo:

Pitú 85 anos – Dia Nacional da Cachaça, a bebida que é símbolo de resistência do Brasil

O dia 13 de setembro marcou a chamada “Revolta da Cachaça” contra as perseguições dos colonizadores portugueses; em Pernambuco, é possível conhecer um pouco mais sobre a história da cachaça no Centro de Visitação da Pitú, em Vitória de Santo Antão

Em uma mesa de bar ela é chamada por vários apelidos, podendo ser “pinga”, “marvada”, “danada”, “limpa-goela”, “branquinha” ou simplesmente “cana”, mas a denominação de origem é uma só: brasileira. A bebida mais popular do País já teve declarações assinadas entre os governos do Brasil, Chile, México, Estados Unidos e Colômbia oficializando a cachaça como um produto genuinamente brasileiro, o que ampliou as possibilidades de negócio nesses territórios. Entretanto, o esforço do setor ainda é conquistar a denominação em todos os países onde a bebida é comercializada.

Mas, a mais pura verdade é que a cachaça com todas as suas características peculiares e genuinamente brasileiras tem consumidores fiéis desde os tempos coloniais e por isso merece ser celebrada anualmente em 13 de setembro.

Uma curiosidade revelada pelo estudioso de cachaça Jairo Martins no livro “Cachaça – O mais brasileiro dos prazeres” é que, já em meados de 1516, a cachaça já era produzida e bastante consumida no Brasil, sendo a primeira aguardente das Américas, antes mesmo do aparecimento do pisco peruano e da tequila mexicana. Ou seja, a cachaça é mania de brasileiro desde os tempos coloniais, quando sua produção se consagrava como uma importante atividade econômica do País.

A popularidade da cachaça entre os brasileiros desde os primórdios se tornou um impasse para os colonizadores, pois a preferência pela “branquinha” resultou em uma redução no consumo de bebidas importadas de Portugal. Com o interesse em aumentar a comercialização de seus produtos em solo brasileiro, a Coroa Portuguesa proibiu a fabricação e a venda da cachaça no País através de uma Carta Real que datava 13 de setembro de 1649. A partir dessa longa perseguição dos portugueses, os proprietários de cana-de-açúcar e alambiques, cansados de venderem o produto nas encobertas, manifestaram-se a favor da cachaça no dia 13 de setembro de 1661 em uma grande comoção nacional de pertencimento da “pinga”, o que ocasionou a chamada “Revolta da Cachaça”. A partir disso, a bebida destilada tipicamente brasileira se tornou um símbolo de resistência nacional contra a colonização portuguesa, e tem essa conquista celebrada em todo dia 13 de setembro.

 Pernambuco é berço da tradicional cachaça PITÚ

 A Engarrafamento Pitú chega aos 85 anos de história em 2023. Fundada em 1938 por Joel Cândido Carneiro, Severino Ferrer de Moraes e José Ferrer de Moraes, na cidade de Vitória de Santo Antão, que fica na Zona da Mata de Pernambuco, a Pitú inicialmente trabalhava com a fabricação de vinagre, bebidas à base de maracujá e jenipapo, além de engarrafar aguardente de cana fornecida por engenhos locais. Naquela época, mal sabiam eles que a cachaça seria o sucesso da marca, e uma das bebidas mais consumidas pelos brasileiros.

Com ritmo de crescimento acelerado, em 1945 a empresa comprou o engenho Arandú do Coito, depois denominado de Engenho Pitú, passou a produzir sua própria aguardente de cana em destilaria, e industrializou seu engarrafamento com a aquisição de máquinas importadas. Foi nesta época que a empresa recebeu o nome de Indústria de Aguardente Pitú, uma referência ao nome do Engenho e aos “pitús”, crustáceos de água doce muito apreciados, que existiam em abundância nos mananciais que banhavam o engenho.

O primeiro rótulo da marca, “Pitú – Melhor que Todas,” foi criado por um amigo dos fundadores, o artista plástico pernambucano e apreciador de cachaça Henrique de Holanda Cavalcanti. Entre as décadas de 1950 e 1970, a Pitú se consolidou como marca, quando a empresa expandiu sua produção no negócio de bebidas, levando a empresa a ganhar o mercado nacional. E no início 1970, ela iniciou sua divulgação e comercialização no exterior, começando pela Alemanha como parceiro com visão de negócio estratégico que levou a Pitú para toda Europa.

Com a expansão da marca, a Pitú viu a necessidade de adquirir novos equipamentos, ampliar a infraestrutura e, em 1974, inaugurou suas novas instalações às margens da BR-232, em Vitória de Santo Antão, endereço atual.

Centro de Visitação na fábrica em Vitória de Santo Antão

E para retribuir todo o carinho recebido pelos apreciadores e fãs da Pitú, a fábrica dispõe de um Centro de Visitação. Ao adentrar no universo “pituzeiro”, os visitantes são guiados por uma equipe técnica que conta toda a história da cachaçaria em uma curiosa e divertida linha do tempo. O público também é convidado a degustar os produtos da Pitú no bar interno, assim como a contemplar maquinários antigos, rótulos, embalagens e artigos antigos que compõem a trajetória. Ao final da visita, em uma sala de cinema própria do Centro, é exibido um filme com cerca de 10 minutos sobre como se deu a união de duas famílias para a criação da Engarrafamento Pitú. No local, ainda é possível comprar todas as bebidas da marca e souvenirs personalizados.

E o que fazer para viver essa experiência única em uma das mais tradicionais fábricas de cachaça do País? O agendamento precisa ser realizado previamente por meio do telefone: (81) 3523-8066.  

Corrida Com História pelo crivo da Inteligência Artificial.

Foto Ilustrativa

Foto Ilustrativa

Por ocasião da última postagem, realçando o nosso projeto cultural/esportivo – Corrida Com História -, em que sublinhamos a passagem dos 113 anos do primeiro automóvel em nossa cidade, pelo WhatsApp , recebi do internauta e amigo Ismael Feitosa um robusto  texto. Ao retornar para agradecê-lo disse-me  que, através do seu comando,  o mesmo (texto)  havia sido produzido pela chamada “Inteligência Artificial”. Assim sendo, abaixo, reproduzo-o.

Nesse contexto, mais uma vez, agradeço ao amigo Ismael Feitosa pela interação e contribuição com o nosso conteúdo.

A narrativa escrita pelo historiador PILAKO sobre a primeira circulação de um automóvel na cidade de Vitória de Santo Antão, há 113 anos, em 1910, e a posterior corrida com história em 2023, é significativa por várias razões, destacando-se sua importância histórica para a cidade:

Marco na Modernização: A introdução do automóvel em uma cidade pequena como Vitória de Santo Antão em 1910 representa um marco na modernização e urbanização da região. Isso simboliza o início da era dos transportes motorizados na cidade, substituindo gradualmente os meios de locomoção tradicionais.

Progresso Tecnológico: A chegada do automóvel à cidade simboliza o avanço tecnológico e a incorporação de novas tecnologias nas comunidades locais. Isso demonstra a capacidade da cidade em se adaptar às mudanças tecnológicas e abraçar a inovação.

Evolução dos Transportes: A história do automóvel na cidade também pode ser vista como um exemplo de como os sistemas de transporte evoluíram ao longo dos anos, passando de veículos puxados por animais para automóveis movidos a motor. Essa transição é um aspecto importante da história das cidades e do desenvolvimento urbano.

Preservação da Memória: A narrativa escrita pelo historiador PILAKO serve como uma ferramenta importante para preservar a memória da cidade. Ao documentar esse evento histórico, a história local é registrada e passada para as gerações futuras, garantindo que a rica herança da cidade seja lembrada.

Celebração da Comunidade: A corrida com história realizada em 2023 é uma celebração da jornada da cidade desde a chegada do primeiro automóvel. Isso permite que a comunidade se reúna e celebre sua história, promovendo um senso de identidade e orgulho local.

Atração de Turismo: Eventos históricos como esse podem atrair visitantes e turistas interessados em aprender sobre a história da cidade. Isso pode ter um impacto positivo na economia local, promovendo o turismo e o comércio.

Em resumo, a narrativa sobre a primeira circulação de um automóvel na cidade de Vitória de Santo Antão, e a subsequente corrida com história em 2023, são importantes para a cidade, pois destacam sua evolução ao longo do tempo, a adaptação às mudanças tecnológicas e a preservação de sua memória histórica. Além disso, esses eventos podem promover um senso de comunidade e atrair visitantes, beneficiando a cidade em diversos aspectos.

Ismael Feitosa/Inteligência Artificial. 

AVLAC promoveu mais uma reunião ordinária.

Sob o comando do seu presidente, professor Serafim Lemos, a AVLAC – Academia de Letras, Artes e Ciência – promoveu na manhã do domingo (10), em sua sede (Sobradinho), localizada na bairro da Matriz,  mais uma reunião ordinária. O encontro literário, além do “momento acadêmico”,  contou com apresentações de livros e novos trabalhos de escritores antonenses.

O 11 de setembro brasileiro – por @historia_em_retalhos.

Muito se fala sobre o atentado às torres gêmeas do World Trade Center nos EUA.

O que pouca gente sabe, porém, é que o Brasil escapou de vivenciar uma tragédia semelhante, 13 anos antes, em 29 de setembro de 1988.

Isso mesmo.

Naquele dia, o jovem Raimundo Nonato entrou armado com um revólver calibre .32 no Boeing 375 da Vasp.

O seu objetivo era sequestrar a aeronave e desviá-la para Brasília, onde, ao atingir o Palácio do Planalto, teria como vítima o então presidente José Sarney.

Nonato, de apenas 28 anos, era natural do Maranhão, conterrâneo de Sarney, e dizia que tinha perdido o emprego devido à política econômica do presidente.

Pois bem.

A aeronave fazia a rota BH/RJ.

Quando o piloto Fernando Murilo preparava-se para pousar, o sequestrador o obrigou a redirecionar o voo para Brasília.

Atento ao perigo, o comandante conseguiu emitir o código de alerta para a base, informando o sequestro.

Sem levar em conta os riscos, porém, a torre entrou em contato com o avião, para confirmar a situação.

Neste momento, Nonato percebeu o contato e atirou na cabeça do copiloto Salvador Evangelista, matando-o.

“Eu quero matar o Sarney. Quero jogar o avião no Planalto”, gritava o rapaz.

Com muito sangue frio e discernimento, o piloto sobrevoou a capital federal e alterou a rota para Goiânia/GO, sem que o sequestrador percebesse.

Para desestabilizá-lo, passou a realizar manobras acrobáticas, que normalmente não são feitas em aviões comerciais.

Em uma dessas manobras, o sequestrador caiu e o piloto conseguiu pousar.

A pista de pouso, em Goiânia, já estava cercada pela Polícia Federal.

Depois de sete horas de negociação, o sequestrador aceitou sair do boeing, para continuar o trajeto em um avião menor, levando o comandante como refém.

Neste ínterim, o criminoso foi baleado, passando imediatamente a atirar contra Murilo, que tentou correr em zigue-zague, mas foi atingido na perna.

Preso, cinco dias depois, Raimundo Nonato morreu em um hospital de Goiânia.

O piloto Fernando Murilo, que salvou o país de uma tragédia de efeitos incalculáveis, morreu em 2020, aos 76 anos.

De José Sarney, nunca recebeu nem um “obrigado”.

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Marcos de Barros Freire – por @historia_em_retalhos.

Em 08 de setembro de 1987, morria, em Carajás (PA), Marcos de Barros Freire, advogado, professor e político brasileiro.

Marcos Freire é considerado um dos políticos mais brilhantes e combativos de sua geração.

Professor da Faculdade de Direito do Recife, revelou, desde sempre, um talento e liderança naturais para a política.

Exímio orador, em 1968, foi eleito prefeito de Olinda/PE, pelo MDB, obtendo mais do que a soma dos votos dados aos outros dois candidatos.

Em um ato de extrema abnegação, renunciou ao cargo, dois dias depois de assumi-lo, em protesto à cassação do mandato do vice-prefeito eleito, Renê Barbosa, pelo AI-5.

Em 1970, eleito deputado federal, formou com alguns outros parlamentares, como Fernando Lyra (PE), Alencar Furtado (PR), Francisco Pinto (BA) e Lysâneas Maciel (RJ), o grupo dos “autênticos” do MDB, a única formação política que fazia oposição de verdade à ditadura naquele período.

Crítico ferrenho do regime militar, fez inúmeros pronunciamentos, de peito aberto, condenando as atrocidades cometidas naquele período, em favor da legalidade democrática.

Em 1982, foi derrotado por Roberto Magalhães para o governo do estado de PE, em uma eleição marcada por toda sorte de infâmia, como a divulgação de panfletos anônimos contra a sua família (atos condenados pelo próprio Magalhães).

Morreu, misteriosamente, em 1987, quando o avião que o conduzia explodiu no ar.

Naquela quadra, Freire havia deixado a presidência da CEF e assumido o Ministério da Reforma Agrária.

Empenhou-se, pessoalmente, na elaboração de um documento sobre a questão fundiária, para ser entregue aos constituintes, anunciando imóveis improdutivos com mais de 500 hectares.

Suspeitas de sabotagem persistem até hoje.

Pouco antes do acidente, Freire havia solicitado o grampeamento do telefone de sua casa, porque vinha recebendo ameaças de morte.

Que falta políticos como Marcos Freire fazem ao país nos dias de hoje.

Marcos Freire empresta o seu nome à avenida beira-mar de Olinda, onde residia.

A quem interessar, recomendo o filme “Marcos Freire, sem ódio e sem medo”.
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