O historiador Mestre Aragão – por Marcus Prado.

PASSO COM GRANDE respeito e simpatia pelos arquivos públicos de Olinda e Recife. Mas devo estimar com serenidade o que nos diz Karl Popper, quando o mestre sentencia que nenhum historiador aceitará acriticamente o testemunho dos documentos. “Há problemas de autenticidade, há problemas de tendenciosidade e há também problemas como o da reconstituição de fontes mais antigas. (…) Mas este não é um dos problemas característicos de um historiador. Ele pode preocupar-se com a fidedignidade de um relato, mas raramente se preocupará com saber se o autor de um documento foi ou não testemunha ocular de um acontecimento em causa (…)”. Karl Popper – Conjecturas e Refutações, pag. 69, editora 70, Lisboa).

AO FAZER este registro, louvo a memória exemplar do historiador José Antônio Gonsalves de Mello, considerado o maior estudioso da presença flamenga no Brasil, que muito contribuiu para a história do período holandês das duas cidades, e a lembrança, para sempre, do historiador Olímpio Costa Junior. Ele deu ao Arquivo Público Estadual o máximo da sua competência de organização e zelo pelo seu rico acervo.

OUTRO EXEMPLO de dignidade na pesquisa, rigoroso na prospecção de documentos históricos, vem de Vitória de Santo Antão: refiro-me ao mestre JOSE ARAGÃO.

Marcus Prado – jornalista 

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