AO PÉ DO HOSPITAL DA RESTAURAÇÃO – por Sosígenes Bittencourt.

Ao pé do Hospital da Restauração, há uma série de pequenas lanchonetes. Nelas, tem de tudo, de hambúrguer a feijão com arroz. Só não pode despachar bebida alcoólica. É proibido. Você pode ser convidado a se retirar, o que lhe tiraria a fome. Mas, pode cometer outros vícios, como comer demais, por exemplo.
– Aqui, vende bebida, madame?
– Olha, aqui não, é proibido.
Insistir para ingerir bebida alcoólica ao pé do Hospital da Restauração, não tem solução, é caso sem remédio.
Vem uma senhora gorda, balançando como um barco numa beira de cais, senta-se e pede o cardápio. Olha… olha… Daí a pouco, chama a despachante:
– Me dê uma galinha à cabidela.
– Pois não. – Responde a magrinha.


A freguesa põe a mão na Bíblia e começa a dar explicações sobre pecado, vícios e a Salvação da Alma. Entre uma explicação e outra, uma bocanhada na suculenta galinha à cabidela e uma “Aleluia!”
Era dessas criaturas falantes que dão discurso em saleta de dentista, advogado, penduradas em ônibus suburbano, fila do INSS, manicure e etc e tal.
Uma diferença entre o Tabagismo, o Alcoolismo e a Gula é que o tabagista faz fumaça, e todo mundo vê; o alcoólico cai na rua, e todo mundo vê; enquanto a Gula pode passar despercebida pelos homens, e só Deus perceber.
Pecaminoso abraço!

Há quatro anos…..

Sosígenes Bittencourt

Santo Antão – por Pedro Ferrer

A Igreja Católica no decorrer de sua história atravessou sérias crises tanto teológicas, como morais. Em algumas saiu chamuscada. Chamuscada mas vitoriosa. Vitoriosa, por não ser dirigida por homens, mas sim pelo Divino Espírito Santo. E esse mesmo Espírito intervia nas crises através de sua divina pedagogia. Sabiamente utilizava os próprios homens. Fazia deles, com traumas algumas vezes, é bem verdade, instrumentos de seu magnífico plano, sem agredir, o que o homem tem de mais sagrado, sua liberdade.

No início do cristianismo, por influências do judaísmo e dos sábios gregos, surgiram muitas dúvidas doutrinárias que geraram as primeiras grandes heresias. Para combatê-las, o Divino Paráclito, lançou mão de seus doutores, os grandes padres da Igreja. Era a época da Patrística. Entre muitos temos: João Crisóstomo, Basílio, Inácio de Antioquia, Atanásio, Clemente de Alexandria,  Gregório de Nissa,  Jerônimo, Ambrosio,  Agostinho.

Na obscura Idade Média, novamente a Igreja entra em crise, dessa feita, mais moral que teológica. Entretanto o Espírito de Deus vela por ela. E através dos próprios homens, como Francisco de Assis e Catarina de Sena, encontrou-se a solução.

O mundo evoluiu.  Eis que entramos na efervescência do Renascimento e da Reforma. Mais uma vez o Espírito Santo pedagogicamente vai buscar  Inácio de Loiola, Teresa de Jesus (Teresa de Ávila), Erasmo de Rotterdam, Tomás Moro etc. Personagens cultas, formadoras de opinião, expoentes da intelectualidade cristã. O Pai, com seu carinho, vai ajudando o homem a crescer e os obriga a encontrarem as soluções. Após o Renascimento vem o período Barroco e a Contra Reforma. Nele vamos encontrar  Vicente de Paulo, Bossuet e João Batista de La Salle.

Nos dois últimos séculos despontam, Frederico Ozanam, Charles Péguy, Leão XIII, João XXIII, Pedro Casadálgia e Helder Câmara. Poderíamos citar muitos outros, todavia os mencionados são aqueles que primaram em levar a Igreja a trilhar seu caminho mais original e mais autêntico, a caridade.

E o que tem Santo Antão a ver com essa maravilhosa epopeia da Igreja? Retornemos aos primeiros séculos. Santo Antão foi contemporâneo de alguns dos Santos Padres.

Os Santos Padres, é importante frisar, nasceram num marco teológico que foi se originando a partir do Novo Testamento e são os detentores do legado da Igreja apostólica. Legado que tinha como principal opção, os pobres e os oprimidos.

Alguns dos Santos Padres da Igreja, como é o caso de Agostinho, que tinha dois anos de nascido quando Santo Antão morreu, receberam forte influência da carismática figura que era Santo Antão. Sua contagiante personalidade irradiou-se por muitos séculos.  Seu exemplo de fé, de desprendimento, de amor aos pobres marcaram, não só Santo Agostinho, o principal doutor da patrística latina, mas uma multidão de monges. Santo Antão com sua vida contemplativa solidificou e expandiu a prática monástica. Vale registrar a considerável marca que nosso PADROEIRO imprimiu na vida de Atanásio, um dos Santos Padres. Atanásio, quando jovem, atraído pela vida ascética, foi viver ao lado de Santo Antão que levava uma vida austera e contemplativa no deserto. Um dia, Alexandre, o Bispo de Alexandria, cidade egípcia que fica às margens do Mediterrâneo, visitando Santo Antão, conheceu Atanásio. Convidou-o para ir assessorá-lo em Alexandria e o ordenou diácono. Nessa época surgiu o arianismo, heresia que negava a divindade de Jesus Cristo. Essa doutrina causou muitos estragos entre os cristãos da época. Silenciosamente, pedagogicamente, “sem querer, querendo”, o Divino Espírito chamou Atanásio, que se tornou o cruzado da divindade de Jesus Cristo. Assumiu a causa, defendeu bravamente a ortodoxa doutrina, atraindo para si muitos inimigos.

Mais tarde, Atanásio, que foi canonizado após sua morte, enlevado pelo exemplo de Santo Antão, resolveu escrever lhe a biografia. Biografia essa, que tornou Santo Antão mais conhecido, difundindo seu exemplo, colaborando para propagar e solidificar a vida monástica.

Pedro Ferrer

Programação dos “Monges” para o carnaval 2020.

A diretoria dos “Monges em Folia” nos enviou informações no que se refere a sua programação carnavalesca  2020. 

Carnaval vem chegando e a Companhia dos Monges em Folia está disponibilizando à venda  camisas para o desfile 2020. As mesmas  custam  R$ 50,00 e podem ser compradas pelo telefone/zap 9 8827-1481 / 9 9939-0703 – à vista ou no cartão de crédito em até  2 vezes.

Em 2020 “Os Monges” desfilará duas vezes. No dia 20/02/2020,  no Recife Antigo,  às 20:32 h,  e no dia 22/02/2020 –  Sábado de Zé Pereira –  no tradicional horário, ou seja: 21:32 h. Concentração na Praça da Matriz,  em Vitória. No percurso o tradicional serviço de garçom c/Whisky Open Bar, além das senhas para cerveja e pitú-cola – serviço de bar só no desfile local.

O tema desse ano é “Saudade”, tendo como  homenageado o nosso amigo Cristiano Pilako, Uma pitada de Saudosismo  para as pessoas que fizeram história no carnaval antonense.  No comando da animação musical, a Orquestra Temperada da cidade de Chã Grande,  que  toca na agremiação por quase uma década.

A Diretoria

CAPIBA NO CÉU – por Sosígenes Bittencourt.

Lourenço da Fonseca Barbosa
* Surubim: 1904
+ Recife: 1997
Capiba chega ao céu.
Sorridente e de braços abertos, penetra sem kit
no bloco de Nelson Ferreira, Irmãos Valença e Felinho.
Ao som de Vassourinhas, de Matias da Rocha e Joana Batista,
os anjos danam-se a frev(o)ar e plumas caem.
Vem um ente traquinas e seringa cloreto de etila no ar.
O folguedo, alegre e saltitante, vai circulando um salão de nuvens
e volatiliza-se sob uma neblina de papéis picados.

Sosígenes Bittencourt

9ª Feijoada da ABTV – abertura oficial do carnaval da Vitória – acontece no dia 25 de janeiro.

Chegando para a sua 9ª edição acontece no sábado, dia 25 de janeiro, no Restaurante Gamela de Ouro,  a Feijoada da ABTV, evento esse promovido pela Associação dos Blocos de Trio da Vitória. Na prática, o encontro carnavalesco se configura como a abertura oficial dos festejos de momo na “República da Cachaça”.

Além do ambiente festivo, com muita música e animação, também consta na programação oficial da festa homenagens póstumas e reconhecimento a pessoas e entidade que contribuíram para  o enriquecimento da nossa festa maior – carnaval da Vitória.

Assim sendo, nós, que fazemos a ABTV, convidamos todos os envolvidos diretamente com o nosso carnaval a participar desse momento de descontração e confraternização carnavalesca. Antecipadamente rendemos nossas homenagens ao Engarrafamento Pitú – Patrocinador Oficial do Evento – por continuar sendo a coluna vertebral do Carnaval Vitoriense.

Serviço:

Evento: 9ª Feijoada da ABTV

Local: Restaurante Gamela de Ouro

Dia: 25 de janeiro  – a partir das 11h

Presença de orquestra de frevo e artistas que irão se apresentar no carnaval vitoriense 2020.

Acesso: valor da pulseira/ingresso custa R$ 30,00 – direito ao almoço /bebidas serão cobradas por fora. As pulseiras poderão ser compradas na portaria do evento ou, antecipadamente,  com entrega em domicílio,  com Pedro Silva,  pelo zap: 9.8508.4265