Firme e forte, recentemente, “Seu” Orlando comemorou seus 86 anos de vida!!

Na noite da última sexta (06), véspera do feriado cívico da independência, “Seu” Orlando de Souza Leão, completou 86 anos de vida – diga-se de passagem: BEM VIVIDOS. Para o terraço da sua residência, localizada na Rua Imperial, bairro da Matriz, convidou os atuais amigos de farra. Nesse seleto grupo, pessoas com idades variadas. De menos de 50 até alguns com mais de 80.

Com um largo sorriso no rosto, algo que já foi incorporou ao seu semblante, ele diz em tom de brincadeira: “ainda bem que arrumei essa turma para jogar conversa fora e tomar umas e outras de vez em quando. Da minha turma das antigas, para se fazer uma farra, só restou eu”.

Com origem na chamada indústria canavieira, “Seu” Orlando, quando mais jovem, foi  membro atuante em praticamente todos espaços sociais da nossa cidade. Torcedor do Santa Cruz  Futebol Clube desde de sempre é desses coroas atualizados e mesmo com quase nove décadas de vida ainda mantém acesa a curiosidade pelas novidades.

Pois bem, de um tempo para cá, após um dos nossos passeios ( intitulado de “Missão Cultural”,  onde o mesmo aprendeu um novo jeito de extrair o caldo do limão, ele não cansa de dizer: “nunca imaginei que iria aprender espremer depois de velho. Essa missão cultural é arretada!”

Assim sendo, renovamos nossos parabéns pela passagem dos 86 anos de vida de “Seu” Orlando de Souza Leão!!

AVLAC – mais uma reunião da Academia Vitoriense de Letras, Artes e Ciência.

Na manhã do domingo (08), em sua sede (Sobradinho), aconteceu mais uma reunião ordinária da AVLAC – Academia Vitoriense de Letras, Artes e Ciência. Após alguns informes administrativos repassados pela direção dos trabalhos, o momento acadêmico foi aberto. No conjunto dos debates contribuições das mais variadas.

No meu momento, por assim dizer, dei ênfase ao conteúdo do artigo do ex-ministro da Justiça e Segurança Nacional, Raul Jungmann, recentemente publicado no Jornal do Commercio com o título “As duas faces do futuro”. Nele, um sem números de pontos de reflexão. Show de Bola!!

A Historiografia de Kléber Mendonça Filho – por Raphael Oliveira

Aqui no blog do Pilako, já tivemos uma ótima análise do filme Bacurau feita por André Carvalho, onde ele aborda em termos gerais esse filme maravilhoso, que aliás, conquistou o seleto Júri do Festival de Cannes, se sagrando o primeiro filme Brasileiro a ganhar a premiação nesta categoria (Prêmio do Júri). Eu não vou fazer uma nova análise deste filme, mas eu quero chamar a atenção para um recorte da obra, uma cena que pra mim é determinante para o desenrolar da trama e que passa uma mensagem profundamente verdadeira, que me fez ter uma reflexão do quão importante é a nossa história e de como ela está cada vez mais sendo deixada de lado, e principalmente quais as consequências disso, afinal Bacurau se passa num futuro distópico porém profundamente ligado ao nosso presente.

Esta cena a qual me refiro é quando os dois motoqueiros chegam na cidade de Bacurau com a missão de colocar o equipamento que bloqueia o sinal de celular da cidade inteira, a primeira coisa que os dois fazem quando chegam na cidade, é ir ao bar e tomar umas bebidas, onde disfarçadamente eles instalam o bloqueador de sinal, eles chamam bastante atenção por conta de suas motos barulhentas, e suas roupas de trilha, que são um tanto quanto extravagantes. Talvez numa tentativa de mostrar o “valor” daquele pequeno lugar, os moradores logo oferecem a oportunidade deles conhecerem o museu da cidade de Bacurau, para que eles pudessem conhecer a história daquele povo, que obviamente era motivo de orgulho para cada um que estava ali naquele momento. Imediatamente os dois forasteiros se negam a conhecer o museu, dão uma desculpa qualquer e como já tinham cumprido a missão de bloquear o sinal de celular com o aparelho instalado embaixo de uma das mesas do bar, eles vão embora e a trama segue a partir daquele acontecimento. Aí vem o ponto que pra mim é o determinante da trama.

Se eles fossem ao museu iriam descobrir a história de luta de um povo que estava estampada e exibida no museu através de armas antigas expostas como um troféu que expressavam a força de um povo sertanejo, que ao mesmo tempo que eram pacatos também poderiam ser extremamente viscerais quando se sentissem ameaçados, aquele arsenal do Museu da Cidade de Bacurau foi o que salvou aquele povo, a história renegada pelos forasteiros, foi o que salvou aquele povo, ao mesmo tempo que a preservação daquela história foi o trunfo determinante para a vitória no confronto final.

Para mim, esse é o recado que o diretor Kléber Mendonça filho passa nesta cena do filme, quanto mais se renega a história de um povo, menos empatia se tem por ele e menos se conhece daquela realidade. Ao contraponto que a salvação da cidade de Bacurau, foi justamente a preservação de sua história materializada naquele arsenal bélico, o orgulho do seu passado salvou o seu futuro. Que essa ficção nos inspire e nos ajude a preservar o
nosso passado, para que o nosso futuro não seja tão sombrio.

Raphael Oliveira – Historiador, Analista de Sistemas, Radialista/Podcaster, metido a escritor. 

Momento Cultural: Brincadeira de Esconder por Henrique de Holanda.

Com vontade de brincar,
essas travessas meninas,
que trelam no teu olhar,
correram. (Vê, que traquinas!)
ao encontro dos meus olhos….
Nenhuma pensou em ter
escolhidos dois abrolhos
p’ra brincar de se esconder.

E além das tais “buliçosas,”
que nasceram pra brincar,
deixaram mais duas rosas
de tuas faces saltar…
E de amor pela escalada,
fugidas, muito em segredo,
ei-las com a rapaziada,
para animar o brinquedo.

– Do teu semblante, o viver;
teu sorriso, teu carinho,
tua voz, bem doce e calma,
…p’ra brincar de se esconder…
E deixei tudo, tudinho,
esconder-ser na minh’alma.
P’ra torná-los mais seguros,
fechei-os com a chave de ouro
da mais dourada ilusão,
nos recôncavos escuros
que transformaste em tesouro,
bem aqui, no coração.

Fugir do meu peito, agora,
deseja o bando inocente…
A chave, tenho-a perdida!
Minha ilusão foi-se embora!

E ficaste eternamente
fechada na minha vida.

(Muitas rosas sobre o chão – Henrique de Holanda – pág. 6 e 7).

NOSTALGIA E MELANCOLIA – por Sosígenes Bittencourt.

Os gregos designavam NOSTALGIA como a dor dos que viajam, a dor dos navegantes, de “nostós” e “algós” – viagem e dor. Ora, a nostalgia é a saudade que dói, mas a recordação de um prazer, a lembrança daquilo que se distanciou. Diferente da MELANCOLIA, que é a saudade que dói, mas uma recordação daquilo que poderia ter sido e não foi. Melancolia significa “tristeza”, “melané” “kholé” – “bile” “negra”, da qual originava-se a “dor”, produzida pelo baço. É uma imaginação e uma desilusão.

Ora, um encontro, em setembro, reunirá amigos da geração dos anos 60. Nosso encontro pode gerar NOSTALGIA, uma saudade de algo que efetivamente aconteceu, e uma MELANCOLIA, algo que deixou de acontecer.

Contudo, essas dores poderão ser suavizadas pela poesia que as envolverá. E da dor, brotará a beleza. O poeta alemão Wolghang Goethe dizia: Faz da tua dor um poema, e ela será suavizada.

Sosígenes Bittencourt

Primeira edição do “Rock NuOsso” da Vitória!!!

Aconteceu na tarde/noite do domingo (08), no “Galpão do Rock”, localizado no “Beco da Sipaúba”, o primeiro movimento intitulado “Rock NuOsso”. O evento congregou artistas locais de outras cidades. Em Vitória ou em qualquer outra parte do mundo, o “Rock Roll” tem agenda própria. Na maioria dos casos, seus amantes e seguidores tem visão de mundo diferente.  Aos produtores do referido evento, parabéns pela iniciativa!!!

O Partidos dos Trabalhadores da Vitória promoveu eleição para seu diretório.

Aconteceu neste domingo 8 das 9 as 17 horas na Câmara de Vereadores de Vitória/PE o Processo de Eleição Direta – PED do Partido dos Trabalhadores/PT. Além da escolha da chapa para o Comitê Municipal do PT e deste a indicação do delegado para o 7° Congresso Nacional. O evento foi importante pela escolha e também para rever amigos e simpatizantes partidários e reconhecimento das necessidades do novo comando partidário para o fortalecimento do PT em Vitória. O comitê será presidido pelo professor Tomé Ferraz. O advogado Jairo Medeiros também está na composição do Comitê Municipal e destacou:

“O Partido dos Trabalhadores em Vitória vai passar por um processo de depuração e depois de qualificação partidária e militante. Uma para se fortalecer internamente e ressaltar a importância do PT no cenário nacional e principalmente local e estadual. O resgate das obras, projetos, programas e ações do PT em Vitória durante os governos Lula e Dilma deverão ser resgatados por todo seu legado.

Inegável que o polo industrial com empresas multinacionais como a Mondelez, a Sadia, a Rocca e tantas outras vieram durante o governo federal do PT em apoio ao governo do PSB com Eduardo Campos. Além do incremento econômico não podemos esquecer o legado social e político como o Campi da Universidade Federal de Pernambuco e o IFPE, as casas e apartamentos do Minha Casa Minha Vida, o Bolsa Família, o Luz pra todos, Programas de formação como o PRONATEC, o PROUNI… Se fomos enumerar cansa aqui,  mas que são reconhecidos por toda a sociedade Vitoriense.

Então a missão dada é destacar o legado indelével do PT para a cidade de Vitória de Santo Antão. Em 2020 o Partido, que já está a partir de agora a construir unidade, partidária e da esquerda, com novos militantes qualificados e o chamamento da sociedade Vitoriense dos que queiram ser candidatos, o PT pela sua importância deverá ter uma chapa própria e forte sua única e sem coligação como a nova regra eleitoral determina e, também, candidato a majoritária, com Prefeito. A luta é grande e árdua,  mas o é por conta disso que ela vale a pena e todo empenho e eu, como militante e filiado, convicto da dimensão desse desafio me coloco a disposição para a disputa eleitoral de 2020 com consciência e serenidade.

A disputa nacional passada foi importantíssima para pontuar os lados dela, uma que a agora agoniza em impopularidade,  sem projeto e noção da dimensão da Presidência e do Brasil, interna e externamente com vexames emblemáticos. Os companheiros deste o golpe de 2016 contra a Presidente eleita Dilma Rousseff e depois o Lawfare contra o Presidente Lula estão unidos em Vitória mostrando e dando a cara a luta, e a sociedade Vitoriense sabe que estamos do lado certo da história. A população Vitoriense entende esta posição do Partido dos Trabalhadores que o consagrará nas urnas nesta vindoura eleição. Há uma necessidade de renovação e mudanças.”

O sentimento do dia 7 de setembro na Vitória.

Na Terra de Mariana Amália os desfiles alusivos ao dia 7 de setembro, há muito tempo, virou uma grande festa. Nesse dia, circulam nas ruas centrais da cidade pessoas de todas as gerações: avô, avó, pais, tios, jovens, crianças e etc. Em 2019, não foi diferente.

Por opção, da Praça Dom Luiz de Brito, a partir das 17h, observei alguns desfiles. Mais além da sonoridade dos instrumentos, concentrei-me em alguns rostos, sobretudo da garotada que vibrantemente vivenciavam um dia tão esperado, após muita preparação e expectativa.

Por trás de cada criança e adolescente havia uma historia diferente, no sentido do esforço e da dificuldade para a efetivação da respectiva apresentação. Um caldeirão de sentimentos!! Lógico, não esqueçamos, porém,  da apartação com a metrópole lusitana. Ficamos “independentes”, em 1822, mas com um português tomando conta de nós.

Se hoje, na condição de país, temos um território avantajado, devemos agradecer ao “dia do fico”. Sem ele, possivelmente, estaríamos fragmentados. Pernambuco, por exemplo, antes, 1817, já havia dado seu grito de independência. Bom ou ruim? Não sabemos……Num mundo cada vez globalizado, no qual as relações se dão em grandes redes mundiais (comerciais, tecnologias e etc) cada dia que e passa, estamos voltando ao começo, ou seja: todos  junto e misturados…….

Momento Cultural: Boca Doce – Por Stephem Beltrão.

Quando eu penso em você
Não me conheço
A minha boca fica doce
Querendo beijo

Quando eu falo com você
Aí não tem jeito
Tudo vira brincadeira
É só desejo

Pode ser de noite
Pode ser de dia
Toda hora é hora
Tudo é alegria

Pode ser janeiro
Março ou fevereiro
De segunda a sexta-feira
É amor o ano inteiro

Stephem Beltrão – escritor e poeta. 

MÃE, MISSA E BIRIBIRI – por Sosígenes Bittencourt.

Mãe é uma invenção de Deus. Até quem não acredita num Ser Superior, fica desconfiado. Pode-se até analisar o caráter de um ser humano, pela maneira como trata sua mãe.

Apesar de minha genitora ser evangélica desde que veio ao mundo, fui convidado por dois católicos, no Dia das Mães, para assistir a uma missa em latim, ali no Recife. Igreja antiga, cheirando ao tempo, padre entoando latim, discurso sobre a intermediação da palavra no encontro do homem com Deus. Muito bonito. Uma hora inesquecível, um evento memorável. Principalmente, para mim, uma ovelha desacostumada a visitar a Domus Dei e ajoelhar-se para agradecer. Geralmente, nesses êxtases, o homem chora.

A viagem foi um Café Filosófico. Danei-me a falar, citando a mitologia grega, contando histórias de divindades pagãs, entusiasmado com a sabedoria dos pensadores clássicos. Discorri até sobre o Destino, o Acaso e a Ação do Homem. Talvez, um antropocentrismo meio descabido para o momento, mas um exercício mental louvabilíssimo num universo de tanta asneira e falta de reflexão em que vivemos.

Depois, demos um saltinho lá no Bairro da Torre para visitar um padre, mas não o encontramos. Conhecemos, no entanto, um cidadão que mora pertinho da Igreja, que atende pelo nome de Luiz Anselmo. Aos 65 anos, dizendo-se filho de uma senhora com 100 de idade, anda mais ligeiro do que um menino treloso. Bom de conversa e vaidoso pela longevidade de seus familiares, nos apresentou uma frutinha cítrica, de uns 5 a 8 centímetros, creditando à mesma benefícios fitoterápicos. Diz que é biribiri. Curioso e enxerido, botei pra falar o que pensava. Quando soube que o mimo da natureza tirava ferrugem de roupa, fui logo dizendo que era antioxidante, continha vitamina C e combatia os Radicais Livres, responsáveis pelo envelhecimento precoce e doenças degenerativas. Tem jeito?

Dominus Vobiscum!

Bendito abraço!

Sosígenes Bittencourt