E a sua televisão usada também irá para o lixo?

Já escutei de pessoas mais maduras do que eu, por volta dos sessenta e cinco anos, que em comum vivenciaram os tempos de criança na Rua Horácio de Barros e suas adjacências, que para poder assistir televisão – uma espécie de novidade para época – se acomodavam no terraço e na calçada da casa dos meus pais (“Seu” Zito e “Dona” Anita). Ressaltemos que o primeiro endereço deles, após o matrimônio,  em maio de 1955, foi na Rua Horácio de Barros 113 – Matriz.

Um dos garotos da época, hoje um senhor que já é avô, me disse que a turma já ficava ligada à noite, pois, logo após a hora do jantar papai ligava a televisão. Quando percebia a presença dos garotos,  dizia: “Anita, abre a porta para os meninos ver também”.

Pois bem, relembro isso para encaixar outra observação relacionada ao tão desejado aparelho de televisão. Nos meus tempo de adolescência (década de 80), por exemplo,  quando ainda uma televisão não era algo assim tão acessível, tal qual os dias atuais, escutava-se,  com bastante espanto,  à informação de que nos Estados Unidos e na Europa quando as pessoas comparavam um aparelho novo colocava o usado (em boas condições de uso) na rua, ou seja: literalmente no lixo.

Eis que o tempo passou e essa “tal globalização”, de certa forma, já faz parte dos nossos dias. Não fosse pelas inúmeras facilidades que temos disponíveis na palma da mão, ao acessar o celular e suas ferramentas, em tempo real com pessoas nos cinco continentes, recentemente, ao caminhar pelas ruas centrais da nossa cidade, encontrei com um aparelho de TV, aparentemente em bom estado de uso, no lixo. Ou seja, aquilo que era espantoso para nós, hoje não é mais!!!

O referido fato (tv no lixo), hoje, relativamente comum, inevitavelmente, no transcorrer da minha caminhada, de maneira solitária,  me fez pensar em tudo isso que acabei de escrever. O poeta Patativa do Assaré, com a sua sabedoria popular, diz: “Pra todo canto que eu olho, vejo um verso se bulindo”. Parafraseando o grande mestre digo que se faz necessário reservarmos um espaço na nossa mente para pensarmos em coisas , aparentemente,  frívolas. Isso faz um bem danado!!!

TUDO É HISTÓRIA – LIVRO: UM MUNDO OU NENHUM – Pesquisa: Ronaldo Sotero.

Quem se impressionou com a série Chernobyl, não pode deixar de ler o livro em destaque.Quinze cientistas,  um militar e um analista político,  produziram esse trabalho a respeito do significado da era nuclear. Os textos foram publicados originalmente em 1946, meses depois dos lançamentos das bombas atômicas em Hiroshima e Nagasaki. É um excelente estudo para entender as preocupações do início da  era atômica aos nossos tempos.

A bomba atômica é uma arma de saturação, empregada para aniquilar a capacidade de resistência do inimigo. No primeiro ataque em 6/8/1945, a bomba foi lançada e explodiu a 450 metros do solo numa área de 10km2. Apenas um avião modelo B29 causou danos equivalentes ao de 300 aviões, segundo o general H.H.Arnold, comandante da Força Aérea do Exército americano. Além de milhares de mortos, em um minuto , 250 mil saíram feridos. Dos 33 quartéis de bombeiros dos mais modernos, 27 foram destruídos. O novo ataque viria em 9/8/1945 selando a rendição japonesa.

Somente a leitura do livro, provavelmente esgotado, vai proporcionar  ao leitor interessado nessas pautas a riqueza desses levantamentos, como do físico Oppenheimer, chefe do laboratório de Los Alamos,  no estado do Novo México , onde nasceu a bomba atômica, pode dar uma ideia do apurado  trabalho.

Se o desastre de Chernobil entre 25 e 26/4/1986, na usina nuclear ao norte da Ucrânia , ou o de Fukushima , no Japão, em 2011, chocaram  a Humanidade, a obra sugerida  é ferramenta de reflexão a um invento do qual o homem já não tem mais controle sobre ele e a irracionalidade que o domina pelo poder.

LER É DESCOBRIR

Ronaldo Sotero. 

Verdades e Mentiras – por Sosígenes Bittencourt.

 

Às vezes, é melhor ouvir uma mentira que faça rir, do que uma verdade que faça chorar. Já nos basta A MORTE como incontestável verdade. Todos nós nascemos sem pedir e morremos sem querer. Há pessoas que escolhem a verdade exatamente porque magoa. Escolhem-na a dizer uma mentira que servisse de bálsamo para uma dor. É mentira?

Sosígenes Bittencourt

Eleições 2020: “estou pronto para o serviço” – disse o prefeito Aglailson Junior.

Por ocasião do evento de abertura do “Feirão da Caixa”, ocorrido na manhã da última sexta (27),  no Vitória Park Shopping, casualmente encontrei o prefeito Aglailson Junior e o deputado Aglailson Victor. Após as formalidades da referida solenidade, em uma roda com várias pessoas,  dialogamos por bom tempo. Comecei a conversa logo dizendo: “Gordo”, sobre o processo de 2020, diga-me uma coisa que ninguém sabe ainda,  para eu colocar no blog?

Ele se fez de desentendido e foi logo elencando um rosário de ações da sua gestão: “ ônibus novos para os estudantes, reformei escola tal e tal, fardamento, calçamento e …..”

Disse eu: isso já tá na mídia. Quero uma coisa que ninguém sabe. Por exemplo: quem vai ser o seu vice na próxima disputa? Ele deu uma longa risada e disse: “Perai….Assim tu já queres demais…..Nem eu sei ainda……”

Perguntei: na sua opinião, quem vai ser o candidato do grupo “amarelo”? Eu acho que será o Joaquim. Aliás, eu já escrevi isso no blog:

Com a cara fechada, ele disse: “sinceramente, não estou preocupado com isso. Sou candidato à reeleição e já estou pronto para o serviço. Pode ser qualquer um dos três” – se referindo a Elias, Joaquim ou Paulo.

Doravante, ele começou realçar os motivos pelos quais entende ter amplas chances de renovar o mandato por mais quatro anos. Aliás, é bom que se diga: desde o inicio do instituto da reeleição – Era FHC – todos os prefeitos que tentaram na nossa cidade, se deram bem – José Aglailson em 2004 e Elias Lira em 2012.

Na visão dele (ou desejo) falou-me que acha que teremos pelo menos uns cinco candidatos a prefeito na próxima eleição, aqui em Vitória. Quando perguntado sobre o novo processo da eleição proporcional (vereador),  sem coligação, uma vez que tem na sua base mais de uma dezena aliados,  disse que já está “mais ou menos” resolvido.

“Vamos dividir nosso grupo em quatro ou cinco partidos, juntar com outros novos candidatos e somar para fazer com que todos disputem bem. Lógico que terá alguns com mais vantagem. Mas isso é uma coisa normal em todo processo dessa natureza. Inclusive , estamos  também contando, dentro dos partidos que irão nos apoiar na majoritária,  com o PSC”. E completou: “nessa parte eu estou tranquilo, é muita gente chegando”.

Aqui e acolá, o prefeito voltou a dizer que “pegou uma prefeitura arrombada” (financeiramente). Que foi obrigado, primeiro, “arrumar a casa”. Acrescentando ainda:  “cortei muita “gordura” para poder honrar com os pagamentos em dia”. Com relação ao atual momento da sua gestão, no que se refere às finanças, disse  que “ está tudo aprumado”. Mais uma vez, em tom de alegria, arrematou: “agora, é daqui pra melhor”.

Pois bem, além de tudo isso, falamos também da política estadual e outros assuntos. Daqui para frente segue meus comentários sobre nossa informal conversa:

Primeiro – como já falei em matéria postada anteriormente, acho que o companheiro de chapa do prefeito, em 2020, será o ex-deputado Henrique Queiroz. Relembremos que foi com o “grupo verde” no seu palanque que os respectivos prefeitos foram reeleitos – em 2004 e 2012. Aliás, politicamente falando, dificilmente o velho Queiroz terá outro caminho para chegar a prefeitura, se não for por essa estrada – É bom que se diga que também não é uma garantia.

Segundo – com relação às arrumações das chapas de vereadores, as coisas não serão tão simples como imagina o prefeito (ou pelo menos deixou transparecer). Parlamentar aliado aceita “quase tudo” de qualquer prefeito, menos ir ao “suicídio político”. Imagino, para ele, muita dor de cabeça, no sentido de manter essa sua estratégia e achar que vai voar em céu de brigadeiro.

Terceiro – É bom que se diga que o prefeito Aglailson Junior foi eleito em 2016 com mais ou menos um terço do eleitorado. A pergunta que fica é: será mesmo que ele conseguiu agregar novos eleitores com a sua administração, até agora, sem muitas novidades?

Na outra ponta, como já falei, o histórico da nossa cidade é amplamente favorável (100%) aos prefeitos que disputaram  à reeleição. Estamos basicamente a uma ano (dia 05 de outubro 2020) do próximo pleito, até lá, tem muita água para  passar por baixo da ponte. Quem viver verá!!!

Projeto Social 21ª BPM : “foi elencado pelo sentimento materno das policiais femininas do nosso batalhão”.

Com relação a nossa postagem, realçando o projeto social do 21ª Batalhão da Polícia Militar – ADOTE UMA CRIANÇA -, assim de colou o Sargento Jailton:

 

“Parabéns Pilako pelo apoio e pela notoriedade que você está dando ao projeto. Como você mesmo falou,  esse momento vai ficar para sempre na memória dessas crianças. Esse projeto foi elencado pelo sentimento materno das policiais femininas do nosso batalhão. Contamos com a participação de todos e que Deus nos abençoe”.

Sgt Jailton.

VII Encontro das Amig@s – por Luciene Freitas.

Sobre o VII Encontros das Amigas, disse a escritora e poetisa Luciene Freitas:

A festa do reencontro com o passado é repleta de magia, sorrisos, abraços e muita conversa. As músicas que embalaram os sonhos dos jovens, reascendem e leva todos ao salão de baile, numa euforia saudável. Mesmo quem não era amigo participava das mesmas festas, colégios ou se viam nas ruas. Assim,  o encontro se torna propício para se iniciar uma amizade. A descontração deixa a alma leve e renovada”

Luciene Freitas

Fim de Semana Cultural: Só dar amor (Soneto) – Por Manoel de Holanda.

Na restrição, pra mim, de desfavor,
destas quatorze linhas d’um soneto,
Eu nem de leve tocarei no amor;
a falar sobre sonhos não me atrevo.

Eis que se foi embora um bom quarteto!
quero falar do sol, no esplendor,
das estrelas, do mar; não intrometo
o coração, em cousas de valor.

Sei da história do mar apaixonado
por Diana que o fita com dulçor,
na ausência do sol, seu namorado.

Mas, já se viu que cérebro demente?
quero banir deste soneto o amor
e um soneto fazer de amor somente!…

Manoel de Holanda

Celeuma em torno do Ciúme – por Sosígenes Bittencourt.

LIVRE é quem sente ciúme de quem lhe faz bem e respeita. Quem sente ciúme de quem lhe faz mal e desrespeita é ESCRAVO da maldade.

Há 4 tipos de ciumentos clássicos a saber: o Zeloso, o Enciumado, o Ciumento e o Paranóico.

O Zeloso é aquele que quer o bem, é o altruísta. Ele fecha a janela do quarto para o seu amor não pegar um resfriado. Ele ajusta o horário para pegar o amor no trabalho.

O Enciumado é o ciumento eventual, o constrangimento passa. Ele sempre está questionando gestos, relações de amizade, horários, meio desconfiado, mas tudo passa à menor explicação.

O Ciumento ciumento é o que quer restringir a liberdade do outro, ele dita normas. Dá grito, chama palavrão, bate a porta, irrita-se com facilidade.

O Paranóico é o que tem convicção de que é traído, mesmo sem prova. Ele delira. Vê chifre em cabeça de cachorro. Acorda assustado, todo semelhante é seu competidor.

Ora, o ciúme é natural em quem gosta de alguém, o contrário seria a INDIFERENÇA. É que nos acostumamos a confundir ciúme com espalhafato. Porque ciúme pode ser desejo de POSSE e CONTROLE, o que não se identifica com amor, ou medo de perder o objeto amado, o que pode caracterizar baixa AUTOESTIMA.

Sosígenes Bittencourt