FRAGMENTOS (TÚNEL DO TEMPO)

Há 27 anos – Março de 1988
*De vírus em vírus, aids do Brasil! De aids em aids, vírus o Brasil!
*Em tempo de Controle da Natalidade, disse o espermatozóide ao óvulo: – Amigos, amigos, fecundação à parte!
*O aposentado anda com medo de que o aposentem do recebimento.
*Parte do funcionalismo ameaça não funcionar,
que será o funcio(não)lismo.
*O pastor negro Jesse Jackson é o mais novo herdeiro espiritual de Martin Luther King. Sua cabeça deve ser à prova de conselho e pedrada.

Há 26 anos – Março de 1989
*Os Estados Unidos querem saber quantos hectares tem a Amazônia. Devem estar querendo se apossar de algum terreno aqui no Brasil.
*Na votação de Aluísio Alves para o Superior Tribunal Militar, foi encontrada uma bolinha a mais, ao final da contagem dos votos. Fizeram “bolinha” na nomeação do ex-ministro.
*A diferença entre Moisés, da Bíblia, e Moisés, candidato a vereador, é que o profeta subiu o Monte Sinai, e o candidato subiu a Vila da Cohab.

Sosígenes Bittencourt

Apenas Mané Capão e eu, tem foto com Zé Luis Ferrer no Enchimento.

Por ocasião de um compromisso de ordem pessoal, trafeguei da forma mais primitiva pela Rua Eurico Valois – “Estrada Nova” – na tarde de ontem (08). Já voltando para o Centro, escutei uma voz falando o meu nome.

Quando “dei fé”, vi que estava passando em frente ao enchimento do amigo Zé Luis Ferrer e era o próprio,  que chamava pelo meu nome. Disse-me Zé Luis Ferrer: “não sei de onde você vem, nem sei para onde você vai, nem quero saber, mas você caminhando por aqui não é uma coisa que a gente vê todo dia. Deixe de pressa,  e sente-se aí.”.

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De fato, não caminho costumeiramente pela referida via. Aliás, diga-se de passagem, caminhar ao longo da “Estrada Nova”, seja por qualquer calçada da via, chega a ser um prova olímpica de resistência que contém, inclusive,  risco de morte compatível a uma “roleta-russa”.

Mas, deixando à precária situação urbanística da via para lá, posso afirmar  que Zé Luis é um sujeito bom de papo. Conhece, como poucos, as histórias curiosas sobre Vitória de Santo Antão. Além de já ter assumido por mais de uma vez um assento na Casa Diogo de Braga Zé também conviveu muito tempo com Zé Augusto (prefeito) e escutou e aprendeu  muita coisa do tempo em que ele ainda não havia nascido.

Depois de algum tempo papeando, pedi para uma pessoa fazer um registro fotográfico no meu aparelho celular. Curiosamente, disse Zé Luis: “rapaz, eu só tenho uma fotografia minha aqui no enchimento. Foi há muito tempo atrás, tá na foto eu e Mané Capão”.

Pois bem, depois de algumas histórias antigas e boas risadas, Zé Luis prometeu emprestar-me um livro em que conta a história do seu pai.  Marcamos, então, um novo encontro no mesmo local, para a próxima semana quando ele  já estiver com o livro em mãos. Portanto, doravante,sou agora, além de Mané Capão, o único a ter um registro fotográfico com Zé Luis Ferrer nas dependências do seu estabelecimento comercial.

Falta vergonha na cara mesmo…

Para o motorista que é obrigado a trafegar pela via lateral do Viaduto do Cajá, no sentido subúrbio/centro, a situação continua complicada.

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O prefeito Elias Lira parece que perdeu de vez a vergonha na cara. A cidade está um caos. Lixo por toda parte. Buraco é “boia”, porcos circulando pelas vias públicas, falta de remédio e profissionais nos postos de saúde, obras inacabadas e etc…. O curioso de tudo isso, é que o dinheiro não deixa de entrar nos cofres da prefeitura. Segundo informações que circulam na internet, ao final dos seus oito anos de mandato, pelo menos HUM BILHÃO E MEIO passou pelas suas mãos. É..Na próxima campanha, o candidato que Elias “apoia” terá muita coisa para explicar…

Foto: Alepe

Foto: Alepe

Gestão do Governo de Todos na “lama”.

Os porcos continuam comandando na cidade. Na tarde do último sábado (05), por exemplo, nossas lentes flagraram na Rua Primitivo de Miranda, dois enormes porcos circulando livremente pela via.

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A gestão do Governo de todos, que já vai no seu sétimo ano consecutivo no poder, na questão dos bichos nas ruas, ainda continua na lama, ou seja: continua misturada com os porcos. Portanto, mesmo a contragosto, serei obrigado a abrir a “jaula do Elias” e zerar o contador dos bichos do blog.

Com oitenta e dois anos, Seu Orlando está em forma.

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No último domingo, dia 06 de setembro, o amigo Orlando de Souza Leão completou oitenta e dois anos de vida. Após comemorar com a família, Seu Orlando  compareceu no “encontro dominical”, na Matriz, para também brindar com os amigos, ocasião, aliás que fiz um pequeno vídeo com ele.  Entre outras coisas, disse ele: “depois dos anos 70 eu voltei a viver”. Veja o vídeo:

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Maçonaria: Setenta e Três Primaveras

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Na noite do último sábado 05/09/2015, a loja maçônica segredo e verdade VI nº53, realizou uma sessão magma em comemoração ao seu aniversário de setenta e três anos de fundação. A referida sessão que ocorreu em seu prédio “histórico” situado na rua Henrique Dias nº 184, contou com a honrosa presença de autoridades maçônicas das lojas coirmãs, “José Vilanova”, “Monte dos Guararapes” e “Djalma Paes” (Vitória), “Trabalho e Firmeza” e “Alpha Centauri”, ambas de (Gravatá), além do quadro da loja e seus familiares, também se fizeram presente os jovens do capítulo demolay “Cavaleiros do Monte das Tabocas nº 345” e demais convidados. A sessão que se deu em caráter aberto, teve início as vinte horas com a entrada do venerável mestre José Marques de Santana que se dirigiu ao oriente, onde já se encontravam as dignidades maçônicas em seus respectivos lugares, e tomando assento , o venerável iniciou a sessão com a abertura do livro da lei (A Bíblia Sagrada), lendo o salmo 133 e então pediu que desse entrada o pavilhão nacional, que conduzido pelo mestre conselheiro da ordem demolay Michel Tiano Lopes, foi saudado com o hino da bandeira e todos de pé cantaram o hino nacional brasileiro sendo o pavilhão nacional acomodado no oriente, onde já estava a bandeira de Pernambuco, após as exortações cívicas, veio o momento ritualístico em que o venerável mestre inquire os oficiais, e os mesmos respondem porquê e para quê ali se encontram, em seguida o mestre instalado e secretário da loja Jorge Guedes Filho ministrou uma breve palestra, na qual explicou as origens da maçonaria, reafirmou o compromisso da instituição para com a dignidade humana através do ideal maçônico “Liberdade, Igualdade e Fraternidade” e abordou o tema independência do Brasil, esclarecendo o papel fundamental da maçonaria, para que o fato ocorresse, ao final da palestra o aprendiz maçom João Nicodemos, recitou um poema de sua autoria com o título de Setenta e Três Primaveras (veja abaixo), em homenagem ao aniversário da loja, na sequência o mestre de cerimônia circulou “entre os maçons recolhendo doações, as quais sem ter seu conteúdo revelado, foi entregue aleatoriamente, a uma das senhoras convidadas, para quê fizesse uma obra de caridade em nome da maçonaria. Ao final da sessão magma o mestre instalado Prof. Amílcar fez o agradecimento à bandeira nacional, símbolo máximo de nossa pátria e passou a palavra ao venerável mestre que encerrou os trabalhos e pediu que o mestre de cerimônias conduzisse os convidados ao salão de banquetes onde ocorreu a recepção aos convidados.

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Agradecimento à bandeira

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Palestrante Jorge Guedes

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Nas extremidades os veneráveis Arnaldo e Sérgio das lojas de Gravatá no centre o venerável José Marques de Santana ladeado do Deputado da Assembleia Maçônica José Augusto Amâncio Lopes.

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Ubiratan, Krause, Prof. José Augusto, José Marques, Prof. Amílcar, Jorge Guedes, João Nicodemos e Daniel Urbano

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Setenta e três Primaveras

 

Parabéns pra minha loja

Que tem segredo e verdade

Pois trabalham nesse templo

Homens de capacidade

 

Já cruzaram estas colunas

Mestres de grande valor

Conduzidos na verdade

No trabalho e no amor

 

Ela é justa e é perfeita

Mais que uma confraria

Nesta loja aqui se faz

A real maçonaria

 

Posso então a vós dizer

Do orgulho que eu sinto

Fazer parte da história

Que acompanha esse recinto

 

Aqui se erguem as virtudes

E enterram-se os vícios

Nesta luta que é diária

Assumida como ofício

 

Setenta e três as Primaveras

Com segredo e com verdade

Acolhendo a juventude

E lhe ensinando a caridade

 

 

 

 

 

No capítulo demolay

Se aprende a retidão

Educamos nossos jovens

Para o futuro da nação

 

A família e a pátria

Nós juramos defender

O sagrado e o divino

Sabe o maçom reconhecer

 

Quando nós nos reunimos

Exclamamos com vigor

Glória ao grande arquiteto

Do universo o criador.

João Nicodemos.

MOMENTO CULTURAL: CORDEL DO CONTRADITÓRIO NÚMERO DEZ – Por Egidio Temótio Correia

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Esse filme eu já vi
Não precisa me contar
Vem governo e vai governo
E a forma de governar
Também mudam os protestos
E forma de protestar.

Nasci em quarenta e três
E nesses anos que vivi
Assisti a muitas coisas
Sobre outras eu já li
Mas todo mundo contente
É coisa eu nunca vi.

Governos que agradam pobres
Deixam ricos descontentes.
Ricos querem ser mais ricos
A custa de toda gente
E pobres querem ser ricos
Mesmo sem ser competente.

“Nem Jesus agradou todos”
Já diz o velho ditado.
Tem homem que até consigo
Estar sempre inconformado
Querem que governos mudem
Mas não querem ser mudados.

O governante é um homem
Que sai da sociedade.
As virtudes e defeitos
Benevolência ou maldade
Ele aprende quando vive
Na sua comunidade.

Se povo não percebe
Ou se deixa enganar.
Troca o voto por favores
Na hora que vai votar.
Só ensina ao governante
Esse modo de governar.

As reclamações são sempre
O roubo a corrupção,
O desvio de dinheiro,
Má administração.
Vai um governo e vem outro
E a mesma reclamação.

Se não tem eleitor perfeito
Não tem governo também.
Se um povo é mal-educado
Governo educado não tem
Se o povo for desonesto
A honestidade não vem.

Li muito sobre Getúlio
E o famoso JK.
Jânio quadros e a vassourinha
Que tudo ia limpar.
O roubo, a corrupção,
Tudo ia se acabar.

João Goulart assumiu.
E logo foi acusado.
De ser quase um comunista.
Fraco e desequilibrado.
Passeatas, greves e protestos.
Surgiram por todo lado.

Veio golpe militar,
Que comandou a nação.
Foram quase vinte anos
De censuras e cassação.
Muita gente foi exilada
Outros foram pra prisão.

Eu vi nos anos sessenta
Estudantes revoltados
Lutando por liberdade
Confusão pra todo lado
E políticos sendo preso
Ou tendo cargos cassados.

No próximo cordel eu volto
Fazendo a comparação.
Do que hoje acontece
Com aquela época de então
Pra não perder o embalo
No no mesmo cordel eu falo
Da presente situação.

 Egidio Temótio Correia

Internauta Juliana Dutra comenta no blog

Comentário postado na matéria “Vitória não é “assim mesmo”, nossos políticos é que não querem trabalhar pela cidade.“.

A entrada de Vitória me incomoda – e muito! Muitos pensam que a instalação do Shopping mudou a cara da cidade – puro engano. Um centro comercial não deve e nem pode caracterizar a “primeira impressão” de uma cidade. O que se vê é muita sucata, muita sujeira e, ao se “distrair” vendo isso você cai em um dos vários buracos das vias. Mas não acaba por aí; os poucos prédios históricos que ainda estão erguidos são descuidados ou estão em desuso. As pessoas são mal-educadas (como são em boa parte do nosso país), jogam lixo no chão. Diversas ruas são mal iluminadas. Calçadas irregulares e sem acessibilidade. Esgotamento sanitário nem se fala… Falta amor à cidade em que se vive, dos governantes e de boa parte da população.

Juliana Dutra

A atividade blogueira no centro da conversa.

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No feriado da independência, na Praça Duque de Caxias, bati um papo com alguns amigos blogueiros da cidade. Como já disse anteriormente, Vitória de Santo Antão contabiliza um déficit no ativismo digital profissional. Quando traçamos um paralelo entre o número de habitantes com a quantidade de blogs profissionais no município e contrastado com as outras 183 cidades de Pernambuco, logo entenderemos que aqui a tal “liberdade de expressão” é apenas uma gota da água no oceano.

Não é a toa que digo que na Vitória ainda  vigora, nos dias de hoje,  a famosa  “cartilha do atraso”. Aqui,  a imprensa já foi forte e pujante. Gomes Silvério, no “O Liberal Victoriense” de 1869 já dizia: “QUANDO A LIBERDADE PERIGA, TODO CIDADÃO DEVE SER UM REVOLUCIONÁRIO”.