Ornamento arquitetônico – por Marcus Prado

Ornamento arquitetônico, nunca antes de mim fotografado, da parte cimeira de uma casa existente na Rua 15 de Novembro, na Vitória de Santo Antão, antiga propriedade de José Joaquim da Silva. (Perto da casa dos pais de Paulo Lima) Peça inspirada nas colunas da Grécia Antiga, milênios atrás. Não existe outro exemplar na cidade. No meu DICIONÁRIO ONOMÁSTICO E PAISAGÍSTICO DA VITÓRIA DE SANTO ANTÃO, em parceria com Marina Prado , comento sobre esse achado.

Marcus Prado – jornalista. 

Junta Governativa de Goiana – por historia_em_retalhos.

29 de agosto de 1821.

Neste dia, era formada a Junta Governativa de Goiana/PE, fato que marcou o início do movimento que levaria à emancipação de Pernambuco do absolutismo de D. João VI, 11 (onze) meses antes do Grito do Ipiranga, mandando-se de volta para Portugal o governador português Luiz do Rego Barreto, algoz da Revolução de 1817.

Na Vila de Goiana, um segmento das elites pernambucanas instalou uma Junta Governativa Provisória, com o objetivo de aderir à política das Cortes Constitucionais portuguesas e desautorizar o governo do representante maior do monarca em Pernambuco, o general Luiz do Rego.

Durante quase um mês, a Junta de Goiana coexistiu com o Conselho Governativo do Recife, presidido por Rego Barreto, ao ponto de as desavenças acentuarem-se e o conflito armado tornar-se inevitável.

“Avante pernambucanos, o mundo nos observa: marchemos entoando o sagrado nome da pátria dos bravos”. Felipe Menna Callado da Fonseca e Manoel Clemente Cavalcante de Albuquerque (28.08.1821)

Este fato desaguou, mais na frente, na assinatura da Convenção de Beberibe, em 05 de outubro de 1821, decidindo-se pelo retorno imediato de Rego Barreto a Portugal, que partiu com familiares e outros portugueses.

Gervásio Pires foi eleito presidente da Junta, que foi chamada pelo povo de Junta Democrática e Independente

Hoje, portanto, é dia de reverenciar Goiana/PE e o seu povo!

Parabéns ao povo goianense!
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Professor Edivaldo: uma triste notícia para sociedade antonense……

Foi com espanto que, através das redes sociais, ontem (25), tomei conhecimento da trágica morte do jovem professor Edivaldo. Desde sempre o conhecia como membro atuante da diretoria da troça carnavalesca “O Pereirinha”, mas sua atuação na sociedade se materializava de maneira muito mais ampla. Na Igreja, na política, na educação, nos movimentos culturais e etc lá estava o Edivaldo, sempre atencioso, correto e proativo.

Com a sua precoce partida do mundo dos vivos fica-nos a certeza de que a sociedade antonense empobreceu. Edivaldo era um sujeito  “sangue bom” que dignificava a espécie que aprendemos chamar de “humana”. A vida é um sopro! Que Deus conforte seus familiares e amigos mais próximos,  nesse momento de dor aguda.

Prefeitos do século XXI – Zé do Povo=Elias Lira=Aglailson Junior= Paulo Roberto – todos iguais!!!

Desde a chegada do português Diogo de Braga ao nosso torrão – há quase 400 anos – tivemos vários modelos de governança. Até ascendermos à categoria de “Vila”, em 1812, na qualidade de povo, ainda não tínhamos “as rédeas” do nosso próprio destino.

Mas foi a partir da república – 1889 – que, do ponto de vista administrativo local, as coisas começaram a se encaixarem  –  “mais ou menos” –  tal qual  o modelo que conhecemos nos dias atuais. Nesse contexto, realcemos o nome do primeiro prefeito da Cidade da Vitória: Doutor José de Barros de Andrade (1892 a 1895).

Pois bem,  na qualidade de cidade interiorana brasileira/nordestina – fincada no coração da Zona da Mata pernambucana – o nossa lugar  também vivenciou o ciclo da cana de açúcar e dos seus engenhos. Em ato continuo conheceu várias figura e situações. Dentre as quais, destacamos:  “senhores  de engenho”, “coronéis da política”, “voto de cabresto”, “curral eleitoral” e etc.

Salvo pesquisa mais aprofunda,  desde o doutor José de Barros de Andrade, até os dias atuais, já tivemos  28 prefeitos – valendo lembrar  que alguns nomes  governaram a cidade por  mais de uma ocasião.

Pois bem, nessa linha de raciocínio poderíamos afirmar que o auge dos prefeitos com  práticas mais salientes – autoritárias, protecionistas e extravagantes –   deu-se com mais vigor na primeira metade do século XX.

Nesse recorte temporal era muito comum e até “normal” que os poderosos da época confundissem  frequentemente o que pertencia ao erário e/ou o  privado.  O “capital político pessoal”, por exemplo, era um bem quase indissociáveis do patrimônio familiar,  via de regra a ser herdado por um  dos membro da prole, quase sempre reservado ao primogênito – resquícios do período absolutista.

Para exemplificar, no sentido da linha política herdada pelas gerações seguintes, lembremos a emblemática  figura do Coronel José Joaquim da Silva, prefeito da nossa cidade que conseguiu seu primeiro mandato por ocasião de um ato particular do governador do estado de então, fruto, entre outras coisas, de uma indicação do Mestre  Aragão que também governou a cidade – primeiro, na qualidade de prefeito  interino, posteriormente nomeado em definitivo (1942 a 1944).

Eis que adentramos no tão esperado, sonhado  e até “temido” século XXI – dizia-se antigamente, inclusive,  que o mundo iria  acabar  no ano 2000. Com a chegada do novo tempo, a chamada “Era da Tecnologia”, da “Comunicação”, da “Pós-Modernidade”, “Das Transformações”, “Da Ciência” e etc, contudo,  imaginava-se mudanças de toda ordem, sobretudo nas práticas políticas. Mas na Vitória de Santo Antão, por incrível que possa parecer, inauguramos um tempo “invertido”, por assim dizer, nunca  antes  visto no nosso lugar, nem nos áureos tempos dos senhores de engenhos……Vejamos:

No  embate eleitoral municipal do ano 2000,  contrariando a lógica à época, elegeu-se o prefeito Zé do Povo. Em 2008, na eleição mais polarizada da  história da cidade, voltou ao poder municipal, pela 3ª vez,   o prefeito Elias Lira. Contrariando a lógica eleitoral em mais duas ocasiões, 2016 e 2020, ascenderam  ao poder executivo as candidaturas oposicionistas, Aglailson Junior e Paulo Roberto, respectivamente.

Mas o que existe de igual  e tão parecidos nos respectivos projetos  políticos/administrativos dos prefeitos da Vitória do século XXI? Observemos:

Sentado na cadeira mais importante da Palácio José Joaquim da Silva Filho, em 2002, o Zé do Povo “transferiu” da Câmara de Vereadores da Vitória para a  Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco o seu filho, Aglailson Junior,  quando o mesmo  “deu carga” na sua candidatura a deputado estadual.

Já o então prefeito Elias Lira, nas eleições gerais de 2014, não mediu esforços para “presentear ” o seu filho, Joaquim Lira, com um assento na ALEPE – detalhe: até então, o referido  filho dizia publicamente que não suportava  política…..

No dia da posse, na qualidade de gestor maior  da Vitória, em 1ª de janeiro de 2017, o então prefeito Aglailson Junior, em ato simbólico, lançou a candidatura do seu filho, Aglailson Victor a deputado estadual. Resumo da opera: em 2018, um dos mais votados do estado.

Impactada pela pandemia do novo coronavírus, as eleições municipais de 2020 foram  ameaçada de serem  efetivadas. Com “atividades de rua” comprometidas, segundo observadores da cena eleitoral,  o pleito foi decidido na internet. Com mais desenvoltura e prometendo ser diferente de todos,  levou a melhor o postulante Paulo Roberto.

Sentado na cadeira de prefeito, Paulo “produz” uma candidatura à Câmara Federal. Assim como todos os prefeitos da Vitória do século XXI, repete a mesma fórmula (um membro da família) ou seja: retira do sofá da sala de casa  o seu projeto eleitoral, apoiando e investindo no nome da sua filha, Iza Arruda –  neófita na atividade política.  O êxito na referida empreitada se configura numa grande incógnita até o momento. 

Eleição –  antes  de mais nada –  é um momento de reflexão. Estaremos recebendo, doravante,  um  grande volume de informação e propaganda eleitoral, via internet,  rádio e televisão – que se iniciará amanhã, sexta-feira (26). Precisamos ser mais racionais e menos emocionais, afinal votar,  primeiramente,  é um ato de esperança coletiva. O passado,  já passou! O presente é “massa e tijolo”  na construção de um futuro melhor….

Portanto, para concluir essas linhas que julgo ser um  singelo, mas importante documento histórico/antropológico/sociológico do nosso lugar,   sem nenhuma vaidade ou desejos tolos, imagino ser,   este,  um conteúdo contributivo na formação do chamado “debate político  produtivo”.

Salvo engano, nenhuma outra cidade pernambucana, nordestina  ou mesmo brasileira produziu, a partir do século 21,  uma sequência tão “sus generis”  quanto a nossa,  no que se refere à prática política eleitoral dos prefeitos,  atinentes  aos seus respectivos projetos eleitorais familiar. Afinal, qual a Vitória que você deseja:  a do século XX ou a do século  XXI?

 

 

 

 

 

 

Os “compadres” Gilberto Freyre, Alfred e Blanche Knopf – por Marcus Prado

Entre as mais famosas editoras de obras literárias que se tornaram de selo forte essencialmente inconfundível, não só dos EUA, uma se destacaria, quase isolada, durante décadas pela excelência do seu catálogo, resultado de um rigoroso esforço seletivo no mercado internacional de livros. Não seria outra, senão a editora fundada, em 1910, em NY, pelos Alfred A. Knopf e Blanche Wolf Knopf, notoriamente visionários e com forte dose de coragem, persistência e disciplina.

O bom gosto mostrava-se presente nos detalhes de cada edição da Knopf. Diziam que o editor queria vestir seus livros tão elegantemente quanto ele próprio julgava trajar-se no dia a dia. Nem a Gallimard, a editora francesa de Gilberto Freyre (Maitres et Esclaves), ou a poderosa Suhrkamp Verlag, de Frankfurt, (geralmente considerada como uma das mais importantes da Europa), no enfrentamento de concorrentes da Knopf, por serem fluidas, mostravam-se com criatividade gráfica nas suas edições. Teria sido esse o mesmo ideário empresarial da Taschen, a editora alemã, de Colônia, do Benedikt Taschen, o mais corajoso e seletivo editor europeu no requintado gênero de obras de arte; detentor, isolado, de um gigantesco banco de imagens. A senhora Blanche Knopf, bela, carismática e cativante, além de ícone na arte de editar, numa das viagens de trabalho para fora dos EUA, além da Europa, esteve mais de uma vez no Brasil, demorando-se no Rio de Janeiro e São Paulo, em 1942, quando a sua empresa já estava solidamente estabelecida, com títulos famosos nas melhores livrarias, concorrendo em qualidade e em preço.

Foi quando descobriu a obra de Gilberto Freyre: Casa Grande & Senzala. A partir de então, sabe-se que haveria de surgir, entre o casal Knopf, uma amizade que os biógrafos de Gilberto resumem como das mais proveitosas para o sociólogo e antropólogo pernambucano, ao ponto de Alfred e a mulher se tornarem “padrinhos”, da neta de Gilberto e Magdalena, a Ana Cecília, filha de Sônia Freyre e Antônio Pimentel. Gilberto os chamava de “compadres”, expressão de mesmo gosto dos Knopf quando se encontravam com o “solitário de Apipucos”.

Numa visita a esta capital, em 1960, sendo recebido por Gilberto e pelo antropólogo Roberto Mota no Solar de Apipucos, Alfred Knopf muito discutiu sobre os projetos, já iniciados, da sua editora com o foco na edição de novos livros de Freyre. A visita seria apenas de um dia, mas prolongou-se por causa de um roteiro cultural escolhido por Roberto Mota, a começar pelo então Instituto Joaquim Nabuco de Pesquisas Sociais, a hoje Fundação Joaquim Nabuco, que tem como presidente o escritor Antônio Campos.

Um novo mundo se descortinava para o escritor que mais atingiu a compreensão dos traços que contribuíram para fundar a cultura brasileira (“a primeira civilização moderna nos trópicos”), no campo da antropologia cultural, ainda que sua motivação seja o encontro do ethos brasileiro, a configuração de uma identidade nacional. Para que se tenha uma ideia, Freyre passou a figurar no melhor catálogo da Knopf, ao lado de celebridades como Thomas Mann, André Gide, Albert Camus, Jean-Paul Sartre, Sigmund Freud, Ilva Ehrenberg, Mikhail Sholokhov, Pablo Neruda, Ezra Pound, Simone de Beauvoir, Kalil Gibran, Elizabeth Browne, Gabriel Garcia Márquez, Jorge Amado, o grande Mikhail Aleksandovitch Cholokhov, autor do belíssimo Sementes do Amanhã (1932), que recebeu o Nobel de Literatura por sua obra, depois de editada pela Knopf, eram todos exclusivos no idioma inglês falado nos EUA. Hoje, esse catálogo deixou de existir, a Knopf foi engolida por um conglomerado poderoso de editores e empresários dos EUA.

A senhora Knopf, por ser poliglota (ao ler Freyre no original brasileiro ficou de imediato interessada pelo estilo do autor, (por sua forma múltipla de conduzir ideias científicas, mas sem nenhum exagero cientificista), não tinha nada de amadora e romântica na produção de livros e na escolha do que, para a sua empresa, teria de dar certo, não apenas como um produto comercial. Freyre entendia, como raros, como funcionavam os pormenores da lida editorial.

Dessa amizade, de mútua admiração e respeito, que haveria de durar para sempre, aconteceu um belo gesto da senhora Blanche e do marido Alfred: quando se deu uma das mais devastadoras enchentes de inverno no Recife, em 1975,(*) e que a biblioteca da Fundação Joaquim Nabuco, fundada por Gilberto Freyre, perdeu cerca de 90% do seu valioso acervo, o casal Knopf, ao saber da tragédia, via embaixada e consulado norte-americano, de imediato, tranquilizou o amigo brasileiro, garantindo duas grandes doações de livros com a famosa logomarca da editora, representada por um cão russo da raça Russkaya Psovaya Borzaya, conhecida desde a Idade Média.

O vínculo, ao longo dos anos, não só de editor, com Gilberto Freyre foi tão cordial, que ele, num belo gesto de gratidão, prestaria homenagem à memória da senhora Blanche, inaugurando uma placa com o seu nome na biblioteca que ela ajudara a reconstruir. Outro grande gesto foi feito, recentemente, pelo escritor Antônio Campos, ao doar a essa casa de leituras e pesquisas o valioso acervo da biblioteca de seu pai, escritor Maximiano Campos. Hoje, essa biblioteca pode ser vista como um tesouro cultural no secular bairro recifense de Apipucos, sob a guarda competente da bibliotecária Nadja Pernambucano e sua equipe.

Passados os anos, a Biblioteca Blanche Knopf com mais de 100 mil títulos nas diversas áreas do conhecimento humano, tornou-se uma das maiores do Brasil, protegida por uma brigada de defesa patrimonial, outra importante ação da Fundaj para resguardar os seus equipamentos culturais de Casa Forte, Apipucos, Derby e Engenho Massangana.

(*) “A água é feminina nas suas bondades como nas suas traições” (Gilberto Freyre – DIARIO DE PERNAMBUC, 1924).

Marcus Prado – Jornalista.

Pátio da Matriz: atividade inclusiva!!!

Por ocasião dos preparativos do nosso evento, intitulado 5ª Festa da Saudade, ocorrido na noite do último sábado (20), estive o dia inteiro no Pátio da Matriz. Por volta das 9h, observei que um grupo de atletas, vinculados a ADIVISA – Associação dos Deficientes Físicos – exercitavam-se na praça. .

Coordenado pelo professor de Educação Física Romero Euclides e pela professora e interprete da  linguagem de sinais, Zelma, tomei conhecimento que o projeto segue funcionando, fruto de uma das  iniciativas  da referida instituição (ADVISA). Soube também que outras modalidades esportivas já estão sendo “estudadas” para acontecer em breve.

Meses atrás (abril/2022) promovemos a 1ª edição da “Corrida da Vitória” na qual formatamos e executamos também a primeira “Caminhada Inclusiva”. Experiência, diga-se passagem, muito legal e enriquecedora.

Assim sendo, em parceria com os coordenadores desse salutar projeto, tocado pelos professores Romero e Zelma, espero ampliar a participação desses atletas na próxima edição da “Corrida e Caminhada da Vitória”. Antecipadamente, aproveito para parabenizar os coordenadores do projeto!!!

5ª Festa da Saudade – MAIS UMA EDIÇÃO COM SUCESSO!!!

Após uma espera de 3 anos – já que última edição ocorreu em agosto de 2019 –, por conta dos efeitos da pandemia, finalmente,  a  5ª Festa da Saudade foi efetivada  no sábado (20), no Clube Abanadores “O Leão”. Os participantes curtiram o evento em toda sua plenitude, afinal não é todos os dias que temos na nossa cidade um encontro dançante com foco nos grandes clássicos musicais.

Já consagrado nos mais variados palcos, o artista antonense Victor Lins abriu o evento,  comandando sua banda no sentido de não deixar ninguém sentado. Realizou uma apresentação digna de todos os elogios. Ao final, foi coroado com o carinho dos presentes e principalmente dos dançantes.

Passava pouco mais da “meia-noite’ quando a Orquestra Arcoverdense de Ritmos americanos – Super Oara –  subiu ao palco para dá  largada na sua “neve musical”, com destino ao mundo de todos os ritmos. Já bem conhecido nas terras vitorienses o carismático Elaque Amaral aproveitou para relembrar  que a “Oara”com mais de 60 anos de estrada –, já havia participado  de inúmeras promoções dançantes na nossa cidade, nos áureos tempos dos bailes românticos.

Sem deixar a peteca cair, a 5ª edição da Festa da Saudade cumpriu seu objetivo, ou seja: promover uma noite dançante voltada ao público “mais maduro”. Evidentemente que esse modelo de evento, nos tempos atuais, exige uma dose de esforço extra para ser efetivado com louvor. Assim sendo, renovo meus agradecimentos a todos aqueles que  participaram com sus ilustres presenças para enriquecer mais uma edição desse singular espetáculo. Deixo, também,  um agradecimento especial ao Engarrafamento Pitú pelo imprescindível apoio de sempre.  Aos parceiros e todos aqueles que nos prestaram seus respectivos serviços, nosso muito obrigado!

Ano que vem, tem mais!!!

O caso Maristela Just – por historia_em_retalhos.

Hoje, vamos voltar ao ano de 1989.

Naquele ano, o país vivia uma fase de transição política e, na pauta dos costumes, a emancipação feminina ainda era um tabu para a maioria das famílias brasileiras.

A jovem universitária Maristela era uma mulher dinâmica, que fazia planos para o futuro.

O seu marido, José Ramos, com quem se casara na década de 80, tinha uma postura diferente, conservadora, e essa desarmonia de perspectivas gerou um choque de realidades entre o casal.

Aos 25 anos, Maristela decide separar-se, retornando com os dois filhos, Nathália (4 anos) e Zaldo (2 anos), para a casa de seus pais, em Jaboatão dos Guararapes/PE.

A decisão de Maristela provocou uma reação ainda muito comum no patriarcado brasileiro: a não aceitação por parte do ex-marido.

No dia 04 de abril daquele ano, José Ramos foi até a casa dos ex-sogros e pediu para reunir-se a portas fechadas com Maristela e os dois filhos.

O irmão de Maristela, Ulisses, desconfiou do ato e decidiu acompanhar a reunião.

Era o prenúncio da tragédia que se avizinhava.

Dentro do quarto, Ramos brincava com o filho, quando, inesperadamente, sacou uma arma e atirou na cabeça de Maristela, matando-a.

Ulisses interveio e também foi alvejado.

Nathália e Zaldo foram baleados, a queima roupa, no ombro direito e na cabeça, ficando todos com sequelas.

Depois de mais de 21 anos de espera, o caso foi a júri popular no ano de 2010.

O réu foi condenado a 79 anos de prisão, ficou foragido por 2 anos e 5 meses e, graças a uma denúncia anônima, foi capturado e preso em outubro de 2012.

Atualmente, está em prisão domiciliar.

Em entrevista ao Fantástico, em 2015, a filha Nathália disse aquela que é a grande verdade na vida dos filhos de um feminicídio:

“A minha sentença e a do meu irmão foi dada. A gente vai viver sem a mãe da gente”.

33 anos depois, que conclusões podemos tirar desse caso para os dias de hoje?

1. Machismo mata.

2. A proliferação de armas só gera tragédias.

3. Nada, nem ninguém, reparará a dor da família enlutada.

Maristela Just dá nome ao Centro de Referência da Mulher de Jaboatão dos Guararapes/PE.
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Livro Asas Para Vitória de Santo Antão – a história do Aero Clube da Vitória – continua à venda!

Fruto de uma aprofundada pesquisa histórica, realizada pelo presidente do Instituto Histórico da Vitória, professor Pedro Ferrer, o Livro Asas Para Vitória de Santo Antão tem recebido os merecidos elogios. Recheado com fotos e documentos, o conteúdo, de maneira cronológica, narra o passo a passo rumo à materialização e sucesso, daquilo que que ficou catalogado na nossa história como um dos sonhos mais ousados dos antoenses, ou seja: a concretização do Aeroclube da Vitória – vale a pena ler……

O livro custa $70 e pode ser adquirido através do contato (81) 9.8880.1744.

17 de agosto: dia da Batalha de Casa Forte! – por historia_em_retalhos.

Capítulo importantíssimo da expulsão dos holandeses aconteceu no dia 17 de agosto de 1645, em Casa Forte.

Derrotados na Batalha das Tabocas, em Vitória de Santo Antão, 14 dias depois, os holandeses decidiram acampar no engenho de Anna Paes, imóvel onde funcionou o Colégio Sagrada Família, ao lado da matriz de Casa Forte.

E montaram um plano: o comandante Hendrick Van Haus ordenou que o major Carlos Blaer fosse até a Várzea, raptar todas as mulheres dos luso-brasileiros e as trouxessem até o engenho de Anna Paes.

Tomando conhecimento da trama, os luso-brasileiros, marchando sob pesada chuva, conseguiram atravessar o rio Capibaribe, a nado, na altura do Cordeiro, até alcançar e cercar o engenho, na manhã do dia 17 de agosto.

Pegos de surpresa, os batavos refugiaram-se na casa-grande e colocaram as mulheres prisioneiras nas janelas.

O chefe da tropa luso-brasileira, interpretando o ato como um sinal de capitulação, ordenou um cessar fogo e enviou um oficial para negociar a rendição com os neerlandeses.

Covardemente, o emissário foi morto na frente da tropa.

Enfurecidos, os insurgentes atacaram com ferocidade e sede de vingança, ateando fogo na casa.

Cercado e sufocado pela fumaça, o chefe flamengo empunhou uma bandeira branca e o cabo de uma pistola, em sinal de rendição, capitulando junto com a sua tropa.

A derrota custou aos batavos 37 mortos, muitos feridos e mais de 300 prisioneiros, além de grande quantidade de armamento, cavalos e víveres.

Você sabia❓

– o nome do bairro “Casa Forte” deve-se justamente à utilização militar da casa-grande do engenho de Anna Paes.

– a Av. 17 de agosto, principal via da região, ganhou esse nome em alusão ao fato histórico.

– as casas do engenho situavam-se em um grande pátio, chamado Campina de Casa Forte, que, no século 20, tornou-se o primeiro jardim público do grande Burle Max: a Praça de Casa Forte!

– o sobrado onde, hoje, funciona o requintado restaurante Nez Bistrô foi, no passado, a senzala do Engenho Casa Forte.

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“Victor Lins e Banda” abre os festejos da 5ª Festa da Saudade!!!

Enriquecendo o encontro dançante mais esperado da nossa cidade – 5ª Festa da Saudade – o talentoso artista vitoriense, Victor Lins, já calibrou o repertório para o referido evento. Juntamente com a sua banda irá produzir o melhor dos anos 80. Programado para abrir o evento, musicalmente falando, o inicio da sua apresentação está marcado para 22h, no Clube Abanadores “O Leão”, no próximo sábado, 20 de agosto.