O Monsenhor Maurício Diniz “levantou” a festa do nosso Padroeiro Santo Antão!

Por ocasião da animada programação festiva,  alusiva ao nosso padroeiro – O Glorioso Santo Antão –, ocorrida recentemente,  peguei-me, por várias vezes, em pensamentos, dialogando comigo mesmo. No meu tempo de menino, adolescente e até jovem, nesse período (festa do padroeiro) me enfiava numa roupa nova para circular pelo Pátio da Matriz. Tudo era bom! O carrossel, o cachorro quente, a maçã do amor, a “pescaria na Igreja do Rosário”,  o “rói-rói”, as animadas discotecas do “Leão” e etc….

Algum desavisado poderá dizer: “Pilako, tu tais é velho… A festa continua  a mesma,  para os garotos de hoje“… Realmente, isso é um fato inquestionável. Quando envelhecemos, naturalmente, há uma troca de percepções. O mundo lúdico murcha e agiganta-se o mudo real, sem máscaras ou ilusões, sobretudo aos olhos dos mais atentos.

Mas,  também é inquestionável o fato de que,  com a chegada do Monsenhor Maurício Diniz à Igreja Matriz de Santo Antão, as celebrações nos últimos anos – religiosas e festivas – ganharam um novo fôlego e contornos de superprodução. Tem muita gente ligada a Igreja que tem vontade de dizer isso  publicamente, mas tem receio do julgamento dos paroquianos mais antigos… Aliás, nesse caso, vale lembrar Mateus: “Não julgueis, para que não sejais julgados“.

Monsenhor Maurício Diniz é uma simpatia em pessoa. Além de se comunicar bem com todos os setores do município ele tanto gosta de promover eventos como participar das mais variadas  promoções, que ocorrem na cidade. Aliás, talvez seja por isso que a Igreja da Matriz esteja sempre cheia. O expressivo volume de fies que acompanhou a procissão desse ano talvez já seja um reflexo do seu carisma e da sua liderança.

Na sua fala,  na missa campal desse ano, ocorrida no calçadão da Igreja da Matriz, ao final da procissão,  ele interagiu em todas direções. Falou de Deus, da fé, do amor, da esperança, de história e de algumas incongruências sociais da atualidade. Esse padre é pop!!

Guilherme Pajé com músicas novas na praça…

O nosso amigo das antigas, Guilherme Pajé, está com duas músicas novas na praça. Um frevo canção e um frevo de rua. Não obstante haver nascido no dia dedicado ao “santo do forró” (São João) e, por capricho do seu pai, ter sido batizado com o “Santo do dia seguinte” – São Guilherme (25) –  Pajé é uma espécie de representação viva da nossa festa maior, ou seja: DO CARNAVAL. Ele “come”, “respira” e “transpira” frevo. Sabe tudo! É uma espécie de “Google carnavalesco” ambulante.

No seu programa  semanal,  “Sua Excelência o Frevo” – no ar há mais de 30 anos – ele rememora as boas músicas assim como os carnavalescos do passado, que seguiram no “bloco dos que já se foram, para nunca mas voltar”.

Apesar de receber muito menos do que merece, Pajé é dessas pessoas iluminadas, que não nascem em série. Seu nome – “queiram ou não queiram os juízes” – já está grafado na historiografia musical de Pernambuco. Na Vitória, Pajé é uma unanimidade!

MOMENTO CULTURAL: Estou Quase me Entregando – STEPHEM BELTRÃO‏

1013677_10200249617738296_1867956990_n

Estou quase me entregando
Saindo do banheiro de toalha
Caminhando de cueca pela casa
Tomando café em copo
Fazendo barba com navalha.

Achando que ciúme é amor
Trocando cega por surda
Levando tapa e achando graça
Achando que pasto é pastor
Andando descalço na praça.

Dormindo com chupeta
Usando meias listradas
Tomando banho com paletó
Confiando no fim do mundo
Bebendo cerveja na calçada.

Invejando os defeitos dos outros
Jogando no Pernambuco dá Sorte
Trocando a noite pelo dia
Roubando doce da boca de criança
Achando que está chovendo pra cima
Acreditando que tristeza é alegria.

“As Virgens da Vitória”: Denilson confirma a presença no carnaval 2018!

Em recente encontro com o amigo presidente da Agremiação Carnavalesca “As Virgens da Vitória”, Denilson Canejo, gravamos um vídeo no qual ele confirmou a participação da agremiação mais irreverente da cidade, no carnaval 2018.

Depois de algumas dificuldades estruturais, que ameaçou o desfile, Denilson nos confidenciou que recebeu um “reforço” dos antigos e novos parceiros que lhe deu condição, inclusive, de baratear o valor do kit e do crachá, para os que desfilam fantasiados.

O bloco “As Virgens da Vitória” fará sua concentração na Matriz, no sábado antes do carnaval (03-02). De cima do trio a eletrizante artista vitoriense, Joelma Mota não deixará ninguém parado. Garantiu Denilson.

Portanto, eis aí, uma boa notícia para o nosso carnaval. Os kits e os crachás estão custando R$ 20,00 e já podem ser adquiridos com os vendedores autorizados – Olímpia, Pedro Silva e Marluce (Duque de Caxias). Veja o vídeo:

“Primeiro Concurso de Adereço de Cabeça” da SAUDADE – a mulherada gostou da novidade!!

Em parceria com o “Barretus Stúdio” – Fotografia e Vídeo – estamos realizando esse ano o “Primeiro Concurso de Adereço de Cabeça” da SAUDADE. A brincadeira, por assim dizer, tem como principal objetivo embelezar o desfile da nossa agremiação, assim como promover o envolvimento das pessoas com clima, magia e encanto que só o carnaval produz.

Teremos três categorias: individual, dupla e grupo. A premiação será algo simbólico. Para o ganhador da categoria individual o premio será R$ 100,00 em dinheiro e um 01 kit Saudade (2019). Para a dupla vencedora 02 kits Saudade (2019) e R$ 100,00. Já para o grupo ganhador serão disponibilizados 05 kits Saudade (2019) – independente de quantos membros formem o grupo.

Antes do desfile será disponibilizado um espaço padrão para que todos os participantes sejam devidamente fotografados. Logo após o carnaval, em nossa página oficial do Facebook, haverá, em forma de enquete, a primeira disputa e os escolhidos serão avaliados por uma comissão julgadora. O resultado do concurso será transmitido ao vivo, através de uma Live.

Para entrar na “brincadeira” o folião deverá comprar o kit e se inscrever na nossa página. A inscrição é gratuita. Para maiores detalhes o internauta/folião deverá consultar o regulamento clicando aqui.

Momento Cultural: Nesse café recifence (poesia) – por Rildo de Deus

No tempo que eu era elfo
e não sentia cheiro da morte,
comia flor e semente,
nozes, muitas nozes

Bebia néctar nas flores,
vivia na luz do sol
QUENTE
Topei certa vez com uma vampiro
Que me achou pelo rastro
de meu sangue ardente
Bebeu-me a vida
Depois limpou a boca
como se limpa precedendo a lapada
do quartinho de aguardente

Gula vampiresca,
estupidez de ignorantes
No meu corpo só corria ambrosia
Comida de deuses

Ela caiu envenenada
Melhor que tivesse me engolido,
como fazem com os bois,
as serpentes.
Fomos amaldiçoados,
mesmo assim, eu inocente
Aqueles dente afiado
me tirou o sangue ardente

Já era, eu imortal,
elfo só tem precedente
Vampiro é tipo fino
Pena que come gente

Entre os vampiros
me considerarão pária.
Entre os elfos
eu caminhava pueril.
Era um ser do dia,
beijava girassóis,
Imortal, ser como um rio,
Pincel, pincéis, rouxinóis
Considerado entre eles
não é o que foi transformado
Mas, o que se tornou, por si;
Nobre, bonito, inteligente
A primeira noite que passei acordado,
foi por causa que me cresciam os dentes;
caninos felinos,
Unicúspides, alvo, crescentes

Grito, pro sol quando ele nasce:
Não me mate!
Me salve! Me salve! Me Salve!
Mãe foi quem desceu
logo, seu nome é Aurora
Só olhava e dizia:
Se afaste!, se afaste!, afaste!

Tu eis filho meu,
por Eu eis amado
Você agora é notívago
do escuro faça seu reinado
Nas trevas tem luz,
você precisa encontrar
Espelho não tem, ali não procure
Primário e secundário, reflexo você já perdeu

Seja feliz meu filho,
todo mudou e você cresceu
Agora eis vampiro
Vá embora, vá embora
Já amanheceu.

Rildo de Deus é Escritor e Estudante de Filosofia da UFPE