135 anos da abolição formal da escravidão no Brasil – por @historia_em_retalhos.

13 de maio de 2023. – 135 anos da abolição formal da escravidão no Brasil.

É importante conhecermos os antecedentes do 13 de maio de 1888, que resultaram na assinatura da Lei n.° 3.353/1888, a chamada Lei Áurea.

A extinção do tráfico internacional de escravos (Lei Eusébio de Queirós – 1850), a assinatura das leis do Ventre Livre (1871) e dos Sexagenários (1885), esta última, de autoria de Rui Barbosa, a participação dos escravos na Guerra do Paraguai (1864-1870), o crescimento e a pressão do movimento abolicionista brasileiro, o temor da eclosão de uma grande insurreição, com base na experiência do Haiti (1791/1804), e, principalmente, a pressão internacional da Inglaterra, com vista a interesses mercantis, foram os antecedentes históricos que ensejaram a assinatura da Lei Áurea pela princesa Isabel, na sua terceira e última regência, enquanto o seu pai, o imperador Pedro II, estava fora do Brasil.

Definitivamente, não houve generosidade ou concessão alguma.

É fundamental revermos a visão romantizada que se criou em torno desse momento da história.

Ao longo de quatro séculos, aproximadamente, 5 milhões de africanos atravessaram o Atlântico para estarem sujeitos à forma mais brutal e perversa de relação humana no Brasil.

O Brasil foi o último país independente do continente americano a abolir a escravidão, o que expõe, às vísceras, a nossa dívida com esse passado tenebroso e com um presente que ainda insiste em manter vivo o impiedoso racismo na sua forma estrutural.

É uma triste constatação, mas a escravidão é a mãe dos 4 (quatro) principais males que afligem a sociedade brasileira:

– o racismo,

– o autoritarismo,

– o machismo e

– o patrimonialismo.

Sejamos justos: existe uma história do negro sem o Brasil.

Mas não existe uma história do Brasil sem o povo negro.

13 de maio é um dia de resistência.
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Lei Paulo Gustavo – Hérika e Pablo no lançamento….

Convidados pelo Ministério da Cultura, dois dos nossos atuantes produtores culturais, Hérika Araújo e Pablo Dantas, estão participando ativamente do evento de lançamento da Regulamentação da Lei Paulo Gustavo, há muito aguardada pelo setor.

O evento está acontecendo na capital baiana – Salvador –  e contou  (abertura) com a participação do presidente da Lula e também de  expressivas autoridades no âmbito da cultura nacional.

Ressaltemos que a classe artística, por ocasião da pandemia, foi o segmento que primeiro teve suas atividades suspensas e o último a se restabelecer plenamente. O evento em Salvador, além do ato solene, também tem como objetivo capacitar produtores culturais de todas as regiões do Brasil para fazer chegar, com rapidez e sem burocracia, os recursos para os verdadeiros interessados. Para Vitória de Santo Antão, segundo a produtora Hérika Araújo, está prevista a chegada de recurso na ordem de um milhão de reais. Um VIVA! Para Lei Paulo Gustavo……

Momento Pitú – Pitú lança produtos na feira de negócios APAS Show em São Paulo.

PITÚ participará em mais um ano da APAS Show, a maior feira de alimentos e bebidas das Américas que está em sua 37ª edição. O evento conhecido por ser um dos maiores no segmento do mundo acontecerá entre os dias 15 e 18 de maio, na Expo Center Norte, em São Paulo. Em fase de expansão do portfólio e renovação de embalagens, a PITÚ aproveitará o seu stand aberto e acolhedor na APAS Show para apresentar novidades em primeira mão aos visitantes da feira.

Os lançamentos da empresa na feira, como explica o diretor industrial e presidente da PITÚ, Elmo Ferrer Carneiro, serão: a nova cachaça PITÚ Mel e Limão, a versão em lata da sua mais nova aguardente PITÚ Amarelinha, a embalagem menor da lata de PITÚ Cola – agora envasada em 269 ml e entrando para a recém-lançada linha de bebidas ice PITÚ REMIX e, por fim, a embalagem com layout especial de 85 anos que estampará uma remessa de 10 milhões de unidades da lata de 350 ml da cachaça branca.

“A PITÚ foi pioneira no envase de aguardente em lata no Brasil e essa embalagem tem importante participação no nosso faturamento atualmente. Os lançamentos que estamos trazendo para o mercado vêm também nesta linha de envase, aumentando nosso portfólio e incentivando o consumo de misturas à base de cachaça”, indica o presidente.

O público poderá degustar todos os produtos que compõem o portfólio da cachaçaria pernambucana no interior do stand. Além das novas bebidas, o espaço também será expositor da aguardente de cana tradicional, das envelhecidas Premium – Pitú Gold e Extra Premium – Vitoriosa, da bebida mista de cachaça com limão – Pitú Limão e da vodka Bolvana.

O diretor comercial da PITÚ, Alexandre Ferrer, explica que o stand tem o principal objetivo de receber clientes ativos, estreitar relacionamento com o público consumidor e também com prospects das outras regiões do Brasil.

“É sempre muito frutífero participar da APAS. A ideia do stand é fazer com que os negócios se iniciem em um clima leve, de confraternização em mesa de bar, com conclusão e fechamento posterior ao evento. Os nossos representantes estarão recebendo os visitantes e a clientela que estará de passagem pela feira para conhecer o portfólio da PITÚ e degustar os produtos em um ambiente receptivo e acolhedor. A feira é um ponto de captação para novos parceiros do Sudeste e de todo o Brasil. Se comparado há cinco anos, quando a PITÚ participou pela primeira vez da APAS, o mercado de São Paulo cresceu bastante”, detalha.

LANÇAMENTOS DA PITÚ NA APAS

PITÚ Mel e Limão – Uma conhecida mistura dos consumidores agora se tornou o novo coquetel alcoólico da PITÚ. Com 17,5% vol., delicioso sabor e aroma pela qualidade dos componentes, traz facilidade a quem prefere degustar a cachaça com a mistura dos sabores do mel e do limão.

PITÚ Amarelinha em lata – A “Amarelinha” é uma aguardente composta com extrato natural e aroma de carvalho, produzida com o mesmo blend e qualidade da aguardente PITÚ. Com Teor Alcoólico de 38% vol., tem coloração dourada e sabor suave. A bebida foi lançada no ano passado na versão engarrafada e agora, na APAS, será lançada em embalagem de lata.

PITÚ Cola agora é REMIX – Mistura de aguardente de cana com refrigerante à base de cola, bebida gaseificada refrescante, com teor alcoólico de 5% vol., a PITÚ Cola terá lançamento da sua lata de 269 ml, com novo rótulo e em embalagem menor, entrando para a família da linha de bebidas ice PITÚ REMIX.

Lata comemorativa aos 85 anos da PITÚ – A cachaçaria pernambucana está comemorando, em 2023, 85 anos de história, desde que foi fundada em 1938 por Joel Cândido Carneiro, Severino Ferrer de Moraes e José Ferrer de Moraes no município de Vitória de Santo Antão, interior de Pernambuco, e que hoje é referência nacional e internacional quando o assunto é cachaça. Para celebrar a data, a PITÚ lançará embalagem da sua lata de 350 ml da tradicional cachaça branca com o selo comemorativo ao aniversário de 85 anos durante a APAS Show.

SAIBA MAIS SOBRE A PITÚ – Sendo uma das maiores indústrias de aguardente do Brasil, a PITÚ engarrafa e comercializa milhões de litros por ano. É a cachaça mais consumida nas regiões Norte e Nordeste, a vice-líder do País. A PITÚ está em sua quarta geração de gestores e mantém investimentos contínuos em inovação tecnológica, programas de sustentabilidade e ações de marketing, que garantem a qualidade do produto e refletem no posicionamento da marca diante do segmento.

A cachaça pernambucana se mantém entre as 20 marcas de bebidas destiladas mais produzidas no mundo. Na Europa, a PITÚ comanda o mercado e tem a Alemanha como o país líder em consumo. Outros países do Velho Continente, também importantes para a marca, são:  Áustria, Grécia, Espanha, Suíça e Bélgica. Nos demais continentes a PITÚ também está presente em alguns países, como: Argentina, Canadá, África do Sul, Estados Unidos, México.

SOBRE A APAS SHOW – Mais do que uma feira, a APAS Show é uma verdadeira fonte de negócios através do relacionamento com expositores, geração de conexões e das diversas palestras com profissionais de ponta do setor supermercadista. É o maior evento de alimentos e bebidas das Américas e a maior feira supermercadista do mundo. Com o conceito “Além de Alimentos”, a APAS será um momento para compartilhar conhecimentos sobre alimentos, bebidas, tecnologia, inovação, logística, finanças, infraestrutura e equipamentos de última geração.

Em 2022, foram 819 expositores, sendo 185 de 22 países diferentes e R$ 30 milhões em negócios. Nessa mesma edição, última realizada, foram 60.398 visitantes, 11.464 empresas representadas e 111.571 visitas geradas, além de 689 reuniões, 140 empresas brasileiras, 27 compradores internacionais de 30 países, 3.684 congressistas, seis auditórios temáticos e mais de 70 palestras.

SERVIÇO:

ALÉM DE ALIMENTOS

EXPO & CONGRESSO

Datas: 15 a 18 de maio de 2023

Local: Expo Center Norte, São Paulo – SP

Mais informações: https://apasshow.com/

Rodrigo Brol – um guerreiro que venceu o inimigo mais temido e valente de todos!!!

Imagine manipular alimentos gostosos todos os dias, concomitantemente com a necessidade de perder o excesso de peso acumulado por décadas? Essa realidade vivida pelo amigo empresário Rodrigo Brol, hoje, é algo que faz parte do passado.

Lembro-me, certa vez, que conversamos sobre o assunto. Dizia-me ele que já estava disposto seguir para mesa de cirurgia para perder os quilos indesejados. Eis que em dezembro de 2020 o mesmo resolveu agir numa caminho diferente. Várias quedas, como ele mesmo  revelou-me,  mas em outubro de 2021, finalmente,  encaixou um conjunto de ações que o fez, de lá para cá, se livrar de 42 quilos indesejados e viver uma outra vida, sob todos os pontos de vista.

Rodrigo foi acompanhado por alguns profissionais da área, com destaque para Bruno Damásio, que lhes forneceram as condições necessárias para alcançar os seus objetivos.

Mas, independente de tudo e todos, nada seria possível se o dito cujo – Rodrigo Brol –  não tivesse incorporado o guerreiro que estava dentro dele. Aliás,  existe uma frase que diz: “motivação é uma porta que se abre por dentro”.

Nesse contexto, convidado à participar da 2ª Edição da Corrida e Caminhada da Vitória, mas que por motivo de viagem não pode comparecer, na manhã de ontem (10), estive no seu restaurante  – Carnes & Galetos – para lhe condecorar, por assim dizer, com a medalha do evento,  no sentido da sua expressiva e saliente vitória pessoal.

Rodrigo, nesses últimos meses, mostrou-se um verdadeiro guerreiro, ou seja: venceu o mais temido e valente de todos os oponentes, Rodrigo venceu ele mesmo,  para descortinar  um mundo novo que havia dentro dele. Parabéns! Amigo Rodrigo, pela prova inequívoca e inquestionável da sua força de vontade!!!

Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião – por @historia_em_retalhos

O ano era 1926 e a coluna comandada pelo ex-militar Luís Carlos Prestes peregrinava pelo interior do país, buscando mobilizar a população contra o governo do então presidente Arthur Bernardes.

Naquele momento, as forças oficiais agiam de maneira muito precária, sendo o combate à coluna, todavia, uma prioridade máxima para o governo.

Paralelamente, as caatingas nordestinas eram palco da atuação feroz de Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, o mais temido e violento cangaceiro da história.

Para os interesses do governo, portanto, a equação seria simples: o melhor cenário seria um conflito armado entre esses dois “causadores de problemas”, com baixas nos dois lados.

Sem publicizar as suas intenções, Bernardes acatou as ponderações do seu ministro Setembrino de Carvalho e autorizou a formação do chamado “Exército Patriótico”.

Inicialmente, financiou e armou o deputado Floro Bartolomeu, que, à frente de um efetivo de 2 mil homens, fracassou na missão.

Era a vez de Virgulino e um personagem muito importante entra em cena: o padre Cícero Romão.

Padre Cícero sabia do carisma que exercia sobre o povo, bem assim que Lampião, religioso que era, o reverenciaria.

Lado outro, o padre não era apenas um religioso, mas também um líder político.

Exercia grande influência na região do Cariri, além de ser possuidor de terras e imóveis.

Ter Lampião sob o seu controle, como forma de apaziguar os ânimos, faria crescer, ainda mais, o seu poderio político.

Foi assim que o cangaceiro atendeu ao chamado e compareceu a Juazeiro do Norte.

Ali, recebeu das mãos do religioso a patente de capitão das forças patrióticas, além de armas, munições e cem contos de réis.

Passado algum tempo, porém, as coisas mudaram.

Lampião foi percebendo a fragilidade da patente recebida, que não era respeitada pelos militares, e concluiu que fora enganado.

Sem titubear, quebrou o acordo e não devolveu nada do que recebera.

Para completar, em 1927, a Coluna Prestes dissolveu-se, adentrando em território boliviano.

Resumo da ópera: o conflito armado jamais aconteceu.

Lampião continuou a sua saga por mais 12 anos, até ser assassinado, em 1938, em Sergipe.
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PITIBA: saúde e leveza através dos seus produtos…..

Desde a chegada do português Diogo de Braga ao nosso torrão, a partir da 3ª década do século XVII, segundo os livros que contam a história dos nossos antepassados, somos vocacionados ao trabalho no campo.  O tripé original – plantar, regar e colher – sempre foi uma das marcas mais salientes do povo antonense.

A feira livre da nossa cidade,  possivelmente,  é uma das atividades da chamada cadeia produtiva mais antiga que temos notícias. E bem verdade que em algum momento da linha do tempo também fomos, entre outras, referência no gado de corte e nos engenhos de cana de açúcar.

Nas últimas décadas o mercado varejista dos chamados hotifruti vem produzindo grande transformações. Com tradição nesse segmento, Vitória de Santo Antão continua se destacando no abastecimento para toda região e também  para estados vizinhos.

Sintonizada com as novas exigências do mercado, entre outras, destacamos a empresa genuinamente vitoriense que atua no ramo há mais de 40 anos, ou seja:  PITIBA.

Distribuindo saúde e leveza através dos seus produtos, recentemente, tivemos a oportunidade de conhecer melhor um pouco da sua atividade (empresa PITIBA) e constatamos que a mesma se coloca como um importante elo entre o campo e mesa dos consumidores que, aliás,  vai muito além da circunscrição territorial antonense. Sendo assim,  registro, aqui, as minhas melhores impressão da referida  empresa – como já falei – genuinamente vitoriense.

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“Voto de Aplausos” – organização da 2ª Edição da Corrida e Caminhada da Vitória!!!

Registro o recebimento do oficio nº 079/2023, enviado pelo Poder Legislativo da Vitória de Santo Antão, proposto pelo vereador Carlos Henrique Queiroz Costa e aprovado pela unanimidade dos seus pares, que alude  VOTO DE APLAUSOS,  ratificando o sucesso da organização da 2ª Edição da Corrida e Caminhada da Vitória.

Assim sublinhou o parlamentar Carlos Henrique: “foi mais uma vez de grande sucesso de público, congregou muita gente de outras cidades, vários turistas, haja vista que muitos passaram a conhecer Vitória de Santo Antão através deste grande evento esportivo”.

Na qualidade de organizador do referido evento, agradeço ao vereador Carlos Henrique por haver registrado esse momento nos anais do parlamento local e a todos os vereadores pelo acompanhamento no sentido do VOTO DE APLAUSOS. Obrigado!

Tradição mantida: 42º edição do Forró do Coelho.

Com várias atrações musicais a Agremiação Carnavalesca “O Coelho” promoveu  sua 42º edição do tradicionalíssimo “Forró do Coelho”. O evento dançante ocorreu na noite do sábado (06) no Clube Abanadores “ O Leão”. Em tempos cada vez mais  “fluídos”, realcemos o esforço e à dedicação do grande folião e festeiro,  Antônio Freitas, na manutenção desse encontro social: são mais 4 décadas de Forró do Coelho….

Instituto Histórico comemorou a passagem dos 180 anos da cidade.

Na noite da sexta-feira (05) o Instituto Histórico e Geográfico da Vitória promoveu um evento festivo para comemorar o aniversário de número 180 da elevação à categoria de cidade da nossa Vitória. Na ocasião, dentro da programação, constaram homenagens, posse de novos sócios,  aposição de fotografias (Gilson Ferrer e Elias Ramalho), entrega de peças para o acervo e a encenação da peça teatral “Vitória Demonstra Teu Valor”.

Para o setor do carnaval, o Instituto Histórico recebeu dos diretores da Agremiação Carnavalesca “Os Barrigas D’Água” duas peças originais: o boneco representativo e um dos estandartes da agremiação.

Os trabalhos da solenidade, que foi transmitida “ao vivo” pela página oficial da instituição, foram comandados pelo professor Pedro Ferrer, presidente do IHGVSA.

Cidade da Vitória: 180 anos – Corrida Com História.

Dentro das comemorações da passagem dos 180 anos da elevação da então Vila de Santo Antão à categoria de “Cidade da Vitória”, ocorrida em 06 de maio de 1843, promovemos um quadro do projeto cultural/histórico/esportivo: “Corrida Com História”.

Na ocasião,  realçamos também a passagem dos 80 anos do monumento, localizado na Praça Duque de Caxias, inaugurado em 06 de maio de 1943, justamente para marcar o centenário desse acontecimento marcante para o nosso lugar.

Próximo de chegar aos 400 anos de fundação,  já passamos por várias situações: povoado, vila, freguesia e cidade. Com o nome de Vitória de Santo Antão, estamos bem próximo de completarmos 80 anos, ou seja: a partir de 1º de janeiro de 2024.

Veja o vídeo aqui: 

https://youtube.com/shorts/xyftqHJYYTU?feature=share

Elza Soares – por @historia_em_retalhos.

Sexta-feira, 11 de setembro de 1964.

Elza Soares, já consagrada, chega ao lado do recém bicampeão mundial Mané Garrincha ao hotel de luxo Lord Palace, em São Paulo.

O hotel era habituado a receber artistas e celebridades, mas, naquele momento, negou acomodação ao casal.

O motivo revelado por Elza fora claro: preconceito de cor.

Revoltados, chamaram a polícia e seguiram para o Hotel Danúbio, onde nada lhes fora exigido.

Os anos, porém, passaram-se.

O hotel passou a perder hóspedes, a partir de 2000, até falir e ser ocupado por movimentos populares, em 2010.

Após um longo périplo com o poder público, o antigo endereço da elite paulistana transformou-se em um grande residencial de moradia popular, reconhecido pela municipalidade, ganhando um nome bem sugestivo: “Residencial Elza Soares”.

Em frente à edificação, um mural da Voz do Milênio (foto), de autoria da artista plástica Pri Barbosa.

Na pintura, a cantora segura uma chave.

Ao lado de sua mão, a frase:

“Nenhuma mulher sem casa”.

O mundo gira.
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O Instituto Histórico – por Lucivânio Jatobá.

Impossível sair imune de emoções após uma visita ao Instituto Histórico e Geográfico da Vitória de Santo Antão (PE). Como bem o disse, há anos, o poeta e publicitário inesquecível Dilson Lira: Aquele Instituto “ É uma igreja cívica e o altar é a Pátria”! O acervo histórico ali existente é riquíssimo. Encontra-se muito bem dividido e com peças raríssimas. Merece uma visitação por todos os que têm interesse pelo passado, pela História, não apenas do município histórico da Vitória de Santo Antão.
Atualmente, o Instituto Histórico e Geográfico referido, um dos mais importantes do Nordeste brasileiro, tem como Presidente o dr. Pedro Ferrer, meu querido amigo vitoriense de longas datas e de profissão. Este fez daquela Casa sua segunda casa. Vive lá, recebendo visitantes de todos os cantos da Região e do Brasil.
Estive mais uma vez naquele Instituto, e saí , como sempre , emocionado, no mês de abril deste ano ( 2023). A primeira vez que ali estive, ainda um menino aluno do Ateneu Santo Antão, na década de 1950, levado pela professora Maria Aragão, o IHGVSA tinha poucos anos de fundação ; agora já é um setentão. Está mais lindo e fascinante nos dias atuais. Cativa-nos! Emociona-nos! Torna-nos mais ricos em conhecimentos históricos.
Visitem esse Templo de História!
Lucivânio Jatobá – professor. 

Maio Antonense – o mês azul e branco – COMEMOREMOS!

Em 2023, por conta de uma séria de atividades que “consumiram” meu precioso tempo, não irei promover o conjunto de live(s),  visando realçar o “Maio Antonense” – o mês azul e branco. Fruto das minhas pesquisas e da minha ousadia, na qualidade de estudioso cobre a história do nosso lugar, sublinhei o mês em curso (maio) como aquele que carrega o maior número de eventos históricos relevantes, vinculados a nossa formação como lugar.

Na medida de possível, dentro do projeto Corrida Com História, irei produzir vários vídeos dando tonalidade à passagem comemorativa de alguns desses  acontecimentos.  No próximo dia 06, por exemplo, nossa “Cidade da Vitória” estará  completando 180 de anos da passagem de Vila à categoria de cidade, ocorrida em 1843.

Vitória de Santo Antão é um lugar rico, historicamente falando. No ano de 2026 estaremos comemorando os nossos 400 anos de fundação. Viva o Maio Antonense, Viva Vitória de Santo Antão!!!

Os alimentos do divino na pesquisa de Maria Lecticia – por Marcus Prado.

O livro da escritora pernambucana Maria Lecticia Monteiro Cavalcanti, A  Mesa de Deus: os alimentos da Bíblia (Editora Record/Edição Especial da FacForma), ostenta uma esfera de hipnótico fascínio como leitura e pesquisa histórica: o desafio de reunir, com notória pertinência, fluência e erudição, tudo o que se acha contido na Bíblia sobre os principais ingredientes e alimentos, cheios de símbolos, dos tempos narrados no Livro dos Livros.

Nele, desfilam as árvores, os cereais, as carnes, os frutos, os temperos, o azeite, o mel, o leite, as plantas, a preparação dos alimentos, os rituais e sua importância para o povo de Deus. O pão era alimento básico que se tornou sinônimo da própria vida. Frutas e peixes eram pratos favoritos da dieta. Muito curiosas no livro da senhora Maria Lecticia Monteiro Cavalcanti as páginas dedicadas aos banquetes da Bíblia. Algumas narrativas, sendo adaptadas, sugerem um tema de filme, os banquetes, como os que se mostram na cantata cênica Carmina Burana, composta por Carl Orff em 1935-1936 e estreada em 8 de junho de 1937 na Alte Oper de Frankfurt, sob direção de Bertil Wetzelsberger. Jamais uma mesa foi tão opulenta de comidas, vinhos, peças de ouro e prata, como a que serviu de cenário único para essa peça teatral.  Na mesma linha temática: A Ceia dos Cardeais, peça teatral de Júlio Dantas, levada à cena pelo saudoso Teatro de Amadores de Pernambuco, com Reinaldo Oliveira, Renato Phaelante, Enéas Alvares, Adhemar de Oliveira Sobrinho.

O livro A Mesa de Deus: os alimentos da Bíblia, segundo Maria Lecticia Monteiro Cavalcanti, nasceu de uma conversa com o cardeal Dom José Tolentino Mendonça, na Casa de Chá Santa Isabel, em Lisboa, acerca da importância da alimentação para o povo de Deus, sobre os hábitos alimentares dos hebreus nos diversos momentos de sua trajetória, reconhecendo que a Bíblia está repleta de refeições cotidianas. Abro uma breve cortina: A Casa de Chá de Santa Isabel, citada pela autora, é detentora de uma longa tradição lisboeta. Localizada no Largo do Rato, na Rua de São Bento nº 700, perto dali, morava a fadista Amália Rodrigues, tem sido um local de convívio para as pessoas há cerca de 70 anos, imperdível para quem aprecia um ambiente de seleto e requintado gosto, com a qualidade, segundo vi de perto, certa vez, de não constar do trade turístico e gastronômico da cidade. Onde talvez melhor se come na Europa.

As conversas da senhora Maria Lectícia com o cardeal Tolentino, tudo indica, foram enriquecedoras ao longo dos anos de pesquisas, até à sua erudita e consagradora Introdução ao livro. “A torrente de passagens bíblicas  referentes aos alimentos e à mesa que Maria Lecticia Monteiro Cavalcanti, com mão informada, com mão pacientíssima e brilhante (…) não é, portanto, uma marginalia destinada a ser etiquetada sob a categoria de “curiosidades ociosas”.  Entrar na Bíblia pela porta da cozinha é um argumento mais sério do que se possa supor. E também mais espiritual. O título escolhido para esta obra está certo. E o livro dá a provar do que promete. Maria Lecticia Monteiro Cavalcanti oferece-nos aqui uma daquelas experiências que não vamos querer esquecer”. (Cardeal Dom José  Tolentino Mendonça). Para quem não sabe, o apresentador, além de   cardeal, é famoso poeta, ensaísta e teólogo português. Atualmente é prefeito do Dicastério para a Cultura e a Educação, na Cúria Romana. Ganhador de mais de 10 prêmios por sua obra literária elogiada pela crítica de seu país, foi vice-reitor da Universidade Católica Portuguesa até à sua nomeação episcopal em junho de 2018 e, na mesma universidade, atuou como diretor da Faculdade de Teologia. É também professor visitante da Universidade Católica de Pernambuco.

O resultado desse livro, se atentarmos para a sua construção orgânica, também para a sua nova edição primorosamente gráfica, é uma obra que se parece com um projeto de engenharia, feito por quem delineia os traços de uma ponte para ficar suspensa no ar, sem nada faltar nas vigas da sua escrita, do começo ao fim. O resultado, digo ainda, foi uma narrativa cuidadosa e vigilante, a desafiar os rigores de um texto que não comporta concessão ao brilho fácil do intolerante e do lugar-comum. Há sopros de aromas soltos no ar, de arbustos e árvores, de cálamos, de hortelã, de mirra, de incenso, de mostarda, de arruda, quando não de romãzeira, cipreste, salgueiro, tamareira, videira. Cada um com breves referências sobre os símbolos, que ainda existem na liturgia da Igreja, na figuração do sublime. Os símbolos elencados nesse livro e as pluralidades de dizeres que eles encerram. A obra, então, atinge o seu ponto de intensidade culminante, como pesquisa e concepção.

Esse livro vem ampliar a perspectiva bibliográfica de Maria Lecticia Monteiro Cavalcanti nos temas de Gastronomia em que ela tem se mostrado mestra e erudita, desde o começo, contínuo e imparável, da sua vida de escritora e acadêmica da Academia Pernambucana de Letras.

Marcus Prado – jornalista